Os estacionamentos para bicicletas serão distribuídos por dezenas de bairros, em toda a cidade.A iniciativa pretende incentivar diferentes práticas de cidadania entre os fortalezenses. Dois bicicletários já foram implantados na Praça Pajeú e no Parque das Crianças, ambos no Centro da Capital
Vanessa Madeira - Repórter/DN
FOTO: LUCAS DE MENEZES |
Dois bicicletários já foram implantados na Praça Pajeú e no Parque das Crianças, ambos no Centro da Capital. Utilizando corrente própria, o usuário pode prender seu veículo às estruturas de ferro, sem custos. A região foi a primeira escolhida para receber os paraciclos e deve abrigar um total de cinco equipamentos. Os outros três ficarão localizados nas praças da Estação, do Ferreira e José de Alencar. A previsão é que os dois últimos já sejam inaugurados em janeiro.
"Muitas pessoas dizem que não andam de bicicleta porque não têm onde estacionar. Por isso, estamos começando com a instalação dos bicicletários", explica Rodrigo de Oliveira, assessor de projetos especiais da SCDH. Além do Centro da cidade, bairros como Messejana, Parangaba, Conjunto Ceará, Pirambu, Cristo Redentor e outras áreas com grande fluxo de ciclistas serão contemplados pelo projeto ao longo de 2015.
O professor Edil Figuerêdo é um dos que utiliza a bicicleta como meio de transporte com frequência e atesta a ausência de ações que incentivem o uso de diferentes modais. Ontem, no Parque das Crianças, ele fez uso do estacionamento pela primeira vez. "Isso mostra que o poder público está se preocupando mais com outros veículos que não o carro", observou.
Padrão
Segundo Rodrigo de Oliveira, os paraciclos seguem um padrão internacional de construção, definido a partir de pesquisas e consultas feitas com profissionais do ciclotransporte e ativistas do ciclismo para garantir mais comodidade e segurança. O assessor afirma, ainda, que a instalação dos equipamentos está alinhada à elaboração do Plano Diretor Cicloviário.
Os paraciclos estão inclusos no primeiro eixo de trabalho do Cidadania Sustentável, programa que contará com ações de conscientização para o consumo sustentável de água, energia, telefonia e, no caso das bicicletas, combustíveis fósseis. "Queremos partilhar com a população a responsabilidade de fazer uma cidade melhor, a partir de mudanças de comportamento", afirma Oliveira.
Juntamente aos bicicletários, a SCDH está produzindo um almanaque ilustrado com sugestões de roteiros para ciclistas, informações sobre manuseio correto de bicicletas, dentre outros conteúdos. O material será disponibilizado em janeiro na internet e distribuído em escolas, encontros de praticantes do ciclismo, comércios e outros pontos. Dentro do projeto, também serão oferecidas, no mesmo período, oficinas de mecânica para bicicletas.
As ações dos outros três eixos, segundo Oliveira, ainda estão em desenvolvimento. No entanto, o assessor explica que todas têm caráter educativo e de conscientização. "O conceito de cidadania sustentável parte da mudança de comportamento de cada pessoa. É o pensamento de que a partir das minhas atitudes, vou ajudar a melhorar minha cidade", afirma.
Fonte - Diário do Nordeste 27/12/2014
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