Karine Melo
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração |
No caso do Japão, durante a COP 19, o governo daquele país anunciou o abandono de sua meta de reduzir em 25% as emissões de gases do efeito estufa até 2020, com relação ao nível de 1990. Com isso, ao invés de cortar, a projeção é que agora as emissões do país cresçam 3,1%. A justificativa seria o desastre de Fukushima e o desligamento de outras usinas nucleares, que fez crescer o consumo de carvão.
Na avaliação de Izabella Teixeira, a próxima COP em Lima, no Peru, que será a primeira na Amazônia, tem que resgatar aquilo que o G77- formado por países em desenvolvimento - conseguiram em Varsóvia que foi construir uma unidade.
“Nós conseguimos ter uma unidade de compromissos e de posições entre todos os países em desenvolvimento, esperamos isto entre os países desenvolvidos e acreditamos em um espaço politico mais confortável, mais amplo, com menos disputas para tirar o assunto de pauta e mais soluções para serem negociadas”, disse acrescentando que os países precisam sair do problema para a solução.
Para contribuir na construção de um acordo mais amplo a ministra disse que o Brasil já está em entendimento com a presidência da COP em Lima para ajudar a construir não só um engajamento dos países, mas de toda a sociedade em um diálogo, já com vistas a Paris que sediará a conferência em 2015.
O subsecretário-geral de Meio Ambiente, embaixador José Antônio Marcondes Carvalho, destacou os números de redução das emissões no Brasil, que segundo ele, representam um número considerável, já que são superiores ao somatório das ações dos países desenvolvidos.
“ Varsóvia foi que esperávamos em termos de preparação para o novo acordo, apesar de países tentarem desconstruir os conceitos basilares desse acordo. Em Lima temos que conquistar a confiança dos países desenvolvidos. O Brasil continua com sua determinação inabalável de avançar nestes processos “, ressaltou.
As declarações foram dadas durante audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas, para discutir a agenda pós-Varsóvia. Além da ministra do meio ambiente, o encontro, que termina no fim da tarde, tem a participação de parlamentares e especialistas em meio ambiente de vários países.
Fonte - Agência Brasil 06.12.2013
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