Silvana Blesa
TB
foto - ilustração |
A comissão espera que o Prefeito ACM Neto, juntamente com os vereadores, revisem o projeto e vejam os cálculos que estão sendo feito em cima dos imóveis, terrenos e construções em que muitos dos casos, o aumento será exorbitante. O presidente do Fórum Empresarial, Victor Ventin, disse que é a favor do pagamento dos impostos, porém, é preciso está atento para os efeitos desse aumento. “Não podemos aceitar um aumento que chegue a ser 60 vezes o valor da inflação. Existem casos de pequenos comerciantes que esse aumento possa chegar a 1500%, baseado no tamanho de seu empreendimento, mas quem está ali, é aquele micro-empresário, suando atrás do balcão, tendo o mesmo tratamento dos tributos comparado aos grandes empresários”, alertou Ventin.
Ele ainda reforçou que os empresários não estão contra o pagamento dos impostos. “O que não pode é querer nos fazer pagar aquilo que foi esquecido por anos, de uma só vez. Existem empresas que já estão pensando em mudar de Salvador por conta disso. Os donos de mercados que tiverem geradores, além do pagamento do IPTU, terão que pagar outro imposto para o gerador. Ou seja, ele só tem gerador no seu empreendimento, porque existe uma deficiência do Estado no fornecimento de energia. Se não tivesse apagão, ele não iria se preocupar com gerador. E ter que pagar por isso, é inaceitável”, completou Ventin.
Quanto ao aumento das residências, Ventin argumentou que esse será 35%, em cima dos 33% que já foi aumentado ano passado. “Ano que vem, teremos outro reajuste de 35% e por aí vai. Com isso, o custo de vida do soteropolitano vai aumentar. Como é que o pequeno empresário vai tirar dinheiro para suprir esse aumento? Ele vai aumentar os preços dos produtos ou serviços oferecidos”, sinalizou. Os empresários defendem a criação de um patamar menor de impostos para as micros e pequenas empresas. Propõe também que a atualização do valor venal dos imóveis seja realizada em etapas, para diluir ao longo dos anos o efeito do reajuste.
Impacto do reajuste para o comércio
O vice-presidente da (Abase), Teobaldo Luís da Costa, afirmou que se esse reajuste for aplicado como está previsto, vai prejudicar o comércio de Salvador e comprometerá a saúde financeira das empresas. “Com uma inflação de 6% ao ano, não cabe um reajuste desse. Nós que pagarmos o IPTU de R$ 100 mil, não podemos pagar R$ 400 mil”, explicou.
Já Antonie Tawil, Presidente das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Bahia – FCDL defende a criação de tetos para que o reajuste seja mais baixo para imóveis de menor valor. Presente também no evento, a vereadora Aladilce Souza reforçou que as pessoas precisam participar mais das decisões dos representantes da sociedade, na Câmara, para evitar os excessos.
A Prefeitura de Salvador já começou a atualizar o valor venal dos imóveis e uma análise da incidência dos aumentos do IPTU nos bairros de classe média em Salvador permite afirmar que esses imóveis terão aumento no imposto que podem chegar a 500%.
Fonte - Tribuna da Bahia 13/09/2013
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