Ferrovias 🚂
O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, se reuniu com representantes da VLI Multimodal na Bahia, para discutir a situação do transporte de cargas minerais por ferrovias na Bahia. Durante o encontro, Tramm apontou o crescimento da atividade mineral nos últimos anos, e a necessidade de um modal ferroviário que funcione para que o setor continue a se desenvolver.
Abifer
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foto - ilustração/arquivo |
Na quarta-feira (26), representantes da VLI Multimodal na Bahia, empresa proprietária pela concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), se reuniram com o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, para discutir a situação do transporte de cargas minerais por ferrovias na Bahia. Durante o encontro, Tramm apontou o crescimento da atividade mineral nos últimos anos, e a necessidade de um modal ferroviário que funcione para que o setor continue a se desenvolver. “Nós éramos o 5º, passamos para 4º e esse ano nos tornaremos o 3º maior produtor mineral do Brasil. Precisamos de trem para chegar a 2º. O volume de minério no norte do estado é muito grande. Mas é necessário que exista uma logística de transporte para que esse minério produzido tenha por onde ser escoado.”, disse. Tramm lembrou ainda que não é contra a renovação do contrato de concessão que vem sendo pleiteada pela VLI/FCA, mas que antes dessa prorrogação ser concedida é preciso que fique claro quais foram os benefícios e investimentos trazidos pela VLI para Bahia nestes últimos 25 anos e qual proposta de investimentos será feita daqui para frente. “A minha cobrança é principalmente à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que é a responsável por fiscalizar a ação de vocês e cuidar dos interesses da sociedade civil. A minha luta é pela garantia de futuro das próximas gerações.”, salientou. Álvaro Pinto de Oliveira Neto, gerente geral de operações da VLI na Bahia, apresentou o panorama atual das ações da empresa no estado, enquanto o gerente geral comercial da VLI, Asley Fonseca apresentou alguns planos de fortalecimento da atividade mineral na Bahia que já estão em andamento, como o fechamento de um contrato com a Bamin para o transporte ferroviário de minério de ferro. “A partir do mês que vem começamos um novo fluxo para exportação, rodando 100% dentro do estado da Bahia. Estamos construindo, em parceria com a Bamin, um terminal na cidade de Castro Alves, muito próximo do Porto de Enseada e próximo ao Porto de Aratu. Essa é a parte 1 do nosso projeto, onde a gente pretende chegar até 2 milhões de toneladas por ano de transporte de minério de ferro. Queremos deixar um legado da atividade mineral na Bahia.”, afirma Asley. Tramm questionou a proposta da VLI para que o minério de ferro produzido pela Colomi Iron, em Juazeiro, utilize o Porto de Sergipe, de propriedade da VLI, para escoamento, através do transporte rodoviário, ao invés de utilizar a via férrea existente. Tramm lembrou também que a Bahia é a maior exportadora de manga do Brasil e que a mesma é embarcada pelo Porto de Pernambuco, porque não temos um trem com container que desça para sair por Salvador/Aratu. Usando o exemplo da Colomi Iron, Asley explicou que quem determina por onde exportar é o cliente. “Eles nos procuraram para fazer a exportação por Sergipe. Do ponto de vista financeiro e econômico foi o mais atrativo para o nosso cliente, para aproveitar o bom momento do mercado nessa primeira fase de teste, em que a Colomi está colocando seu material no mercado. Não é interesse da VLI fazer essa exploração pelo Porto de Sergipe. É mais vantajoso fazer por ferrovia, mas para isso precisamos nos preparar, tanto nós quanto a empresa. No momento não temos essa capacidade, por isso todo transporte está sendo feito por rodovia.” Tramm perguntou se essa vantagem vista pela Colomi Iron para utilizar a via rodoviária em detrimento da via férrea seria a mesma que determina que a Caraíba traga sua mercadoria para o polo também por caminhões. Asley respondeu que não era possível saber com certeza sem antes fazer um estudo de competitividade. Elias Rezende, relações institucionais da VLI, aproveitou a oportunidade para pedir ajuda da CBPM na relação com as mineradoras, para que a empresa saiba quais minérios são produzidos, em qual volume e com que periodicidade, e possa a partir daí elaborar novos planos de desenvolvimento, na medida do possível. “Temos trabalhado para desenvolver o estado e trazer carga. Nossa meta é duplicar os investimentos na Bahia e precisamos contar com a cooperação das empresas.” Tramm finalizou a reunião garantindo estar à disposição para fazer esse intermédio entre a VLI e as mineradoras e ressaltando a necessidade de ver essas novas prospecções documentadas e postas em prática, para que assim a CBPM possa declarar o seu apoio à renovação do contrato de concessão da VLI/FCA.
Fonte - Abifer 31/05/2021
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