Uma carta em defesa das ferrovias brasileiras divulgada por diversas entidades, afirma que a “constatação inevitável é a de que sobrou no Brasil um sistema ferroviário mínimo, necessário apenas para não deixar desassistidos os interesses econômicos imediatos das empresas para as quais ele foi passado, e de suas coligadas.
Portogente
foto - ilustração/arquivo |
Para as signatárias da carta, a edição da MP 752 em 2016, depois convertida na Lei 13.448/17, é o exemplo acabado disto. E criticam: “Gestada e editada em uma época de notórias MPs e Leis sob encomenda, obtidas sob efeito de trocas, esta Lei é o ápice de uma série de golpes no nosso combalido sistema ferroviário, golpes estes que se iniciam lá na década de 1940, que se intensificam nas décadas de 1960 e 1990 e que se tornam mortais agora na atual década de 2010.”
O documento afirma que a Lei 13.448 “é o golpe de misericórdia em todos os já muito maltratados sonhos de se ter uma ferrovia que atenda ao brasileiro comum e suas cargas”. E reivindicam “uma ferrovia abrangente, integrada, disseminada, acessível a qualquer um, e fazendo a diferença por onde passe. O que estamos assistindo não é nada disto. É a consolidação de um modelo de retalhamento da malha, e a sua manutenção nas mãos que a fizeram encolher de 29.000 quilômetros em 1996, para os 13.000 quilômetros atuais, limitando-a a alguns poucos corredores de exportação”.
Fonte - Portogente 20/12/2019
Leia a carta-documento na íntegra aqui
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