A Linha Sul do Metrofor (Metrô de Fortaleza) e os VLTs de Fortaleza, Sobral e Cariri estiveram no radar de consultorias que representam fundos de pensões americanos, segundo revelou o titular da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), Lúcio Gomes.
Diário do Nordeste - Abifer
foto - ilustração/arquivo |
"Fomos procurados por consultorias que representam grandes empresas. Geralmente, elas (as consultorias) entram em contato porque as empresas não fazem isso diretamente", detalhou o secretário sobre a consulta de três investidores que não querem ter os nomes revelados. Antes de assumir a Seinfra, em janeiro, quando era titular de Cidades, Lúcio Gomes informou com exclusividade ao Diário do Nordeste sobre o objetivo do Estado em licitar trechos do Metrofor e do VLT em dois pacotes.
Na época, contou do interesse da chinesa Railway Rolling Stock Corporation (CRRC) - que estaria de olho em outro projeto, o qual envolve as linhas Leste e Oeste do Metrofor -, o que motivou o governo cearense a promover os estudos para possíveis PPPs (Parcerias Público-Privadas) que envolvem o transporte ferroviário do Ceará.
Processo adiantado
O PMI visa ampliar a participação privada no processo de escolha do modelo de administração do equipamento público, o qual pode configurar-se como PPP, concessão, privatização, dentre outros. "Em janeiro nós enviamos para a Seplag (Secretaria de Planejamento e Gestão, responsável pela finalização do processo) a nossa proposta. Pediram alterações e, até onde sei, está tudo pronto", informou Gomes. A intenção do governo é leiloar os quatro equipamentos em um só lote à iniciativa privada.
"É um pacote completo. Quem arrematar um, arremata todos os outros", acrescentou. Segundo o secretário da Infraestrutura, o PMI para Linha Sul e os três VLTs foi equacionado com mais rapidez se comparado ao outro projeto, vide o andamento das obras de todos estar concluído ou próximo disso - exceto do VLT Parangaba-Mucuripe, em Fortaleza. Exclusivamente sobre este último, Lúcio Gomes afirmou que a operação assistida (com passageiros, mas sem cobrança de passagem) deve ser iniciada em maio deste ano entre a Parangaba e a Avenida Borges de Melo, onde a construção dos trilhos e estações estão prontos. O VLT do Cariri também se encontra, desde novembro de 2016, temporariamente paralisado. O motivo é a construção de viadutos na Avenida do Contorno, em Juazeiro do Norte. A Linha Sul do Metrofor opera comercialmente (cobrando passagem) levando passageiros de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), à Capital de segunda a sábado.
Já o VLT de Sobral mostra-se como o mais adiantado de todos os equipamentos na mira da concessão pelo Estado. Também em operação comercial, funciona de 5h30 às 23h, de segunda a sexta-feira, e hoje (17) inicia a operação da bilhetagem eletrônica - com desconto de até 33% aos usuários que comprarem 25 passagens de uma só vez.
Recursos e mão de obra
Lúcio Gomes ainda informou que, dos recursos previstos para os quatro equipamentos incluídos no PMI, o governo do Ceará deve receber cerca de R$ 85 milhões do governo federal. A quantia, vide o andamento de cada projeto, representa segurança aos planos de concessão.
Ele também destacou como positiva a ação do Metrofor de selecionar 148 funcionários para reforçar a operação da Linha Sul e iniciar a do VLT Parangaba-Mucuripe, no trecho até a Avenida Borges de Melo.
Apesar de temporárias, as vagas de assistente condutor, assistente controlador de movimento, agentes de estação, auxiliares operacionais, assistente operacional administrativo e técnico em segurança do trabalho poderão ter o contrato renovado por mais um ano.
"Linha Sul, VLT de Fortaleza, VLT de Sobral e VLT do Cariri já estão mapeados, e colocamos tudo o que está definido na minuta. A gente já sabe o que vai fazer até o fim do ano e começo do ano que vem", afirmou.
Outros trechos
Apenas a Linha Leste do Metrofor desperta preocupação ao secretário. Após reunião com representantes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gomes garantiu o R$ 1 bilhão acertado pelo Banco ao governo cearense para a conclusão das obras do trecho. No entanto, a parte do governo federal - correspondente a mais R$ 1 bilhão - ainda continua indefinida.
"Até temos 'minutado' o texto da PMI da Linha Leste também, mas só podemos soltar quando a questão do financiamento houver sido definida", afirmou o secretário da Infraestrutura.
No leilão
"É um pacote completo. Quem arrematar um (equipamento), arremata todos os outros (três)".
Fonte - Abifer 17/04/2017
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