"As maiores multinacionais de capital privado do setor do petróleo não repõem suas reservas na taxa que são esgotadas, têm produção declinante, apresentam resultados financeiros fracos, e perderam boa parte de sua capacidade tecnológica, ao terceirizar suas atividades às empresas prestadoras de serviço. Em uma palavra, definham", adverte o documento.
Portogente
foto - ilustração/Arquivo |
"As maiores multinacionais de capital privado do setor do petróleo não repõem suas reservas na taxa que são esgotadas, têm produção declinante, apresentam resultados financeiros fracos, e perderam boa parte de sua capacidade tecnológica, ao terceirizar suas atividades às empresas prestadoras de serviço. Em uma palavra, definham", adverte o documento. E prossegue: "Entre as principais causas, a adoção de modelo de negócios baseado em premissas falsas, com objetivo de maximizar o valor para o acionista no curto prazo, com precária visão estratégica ao não compreender o ambiente de negócios, seguindo bovina e consensualmente* planos similares baseados em informações de “consultorias independentes”, ao negar restrições socioeconômicas, além de ignorar limites naturais. Caso a Petrobras adote modelo parecido terá o mesmo destino, em breve."
A Aepet também defende que a petrolífera brasileira "deve preservar e promover a capacidade do seu corpo técnico, evitar a terceirização com a contratação de serviços técnicos via prestadoras de serviços. A história demonstrou que, nesta indústria intensiva em tecnologia, é essencial preservar as vantagens competitivas conferidas pela liderança tecnológica. É necessário que o corpo técnico próprio conduza a pesquisa e a inovação, a elaboração dos projetos básicos, a compra dos materiais e equipamentos, a supervisão da construção e da montagem, além da integração das diversas disciplinas dos empreendimentos. São aspectos essenciais para preservar a Petrobrás contra a corrupção".
Como diz o economista Delfim Netto, em recente artigo na revista CartaCapital, o Brasil precisa sair, urgente, da encrenca em que foi envolvido e pede que até o Natal tenhamos certo quem estará à frente da Presidência da República. Nessa linha, apelamos: punam-se quem obteve dinheiro ilicitamente, mas que isso não se confunda com a grandeza e importância da Pertrobras - gigante ainda maior com o poder do pré-sal, que é sim do Brasil.
*Grifo nosso
Fonte - Portogente 05/07/2016
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