PALESTINA

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Obras no Leblon trazem à tona trilhos de bondes...

Transportes sobre trilhos

Assim como ocorrera com Copacabana, em 1892, a chegada do bonde trouxe progresso e crescimento à região. O pesquisador Rogério Suarez Barbosa Lima, autor de livros sobre o bairro e do site “O Antigo Leblon”

O Globo - RF
foto - ilustração/oriodeantigamente
As obras da Linha 4 do metrô no Leblon trouxeram à tona um pedaço da história do bairro. Esta semana, operários que trabalham no canteiro de obras da Avenida Ataulfo de Paiva encontram, próximo à Praça Antero de Quental, restos dos trilhos que compunham o antigo itinerário dos ferrocarris (bondes) que circularam por ali no início do século XX. Inaugurado em 1914, o meio de transporte chegou ao bairro já movido a eletricidade (os primeiros, que começaram a circular na cidade em 1868, usavam tração animal). Ele fazia a ligação do Leblon com o Centro.
Assim como ocorrera com Copacabana, em 1892, a chegada do bonde trouxe progresso e crescimento à região. O pesquisador Rogério Suarez Barbosa Lima, autor de livros sobre o bairro e do site “O Antigo Leblon” (www.antigoleblon.com.br), recorda que o surgimento dos bondes foi fundamental para o crescimentos de áreas da Zona Sul.
— Havia de um lado linhas que circulavam por Botafogo, Flamengo, Copacabana e Ipanema e, de outro, as que faziam Jardim Botânico, Gávea e Leblon. Elas se encontravam no Canal do Jardim de Alah — recorda-se Rogério Suarez.
Com a chegada do bonde, em 1914, os moradores ganharam mais mobilidade e passaram a ter uma conexão bem maior com toda a cidade. Saindo do Tabuleiro da Baiana, no Largo da Carioca, passando pela Glória, Flamengo, Botafogo e Gávea, os bondes circulavam por vias importantes, como Bartolomeu Mitre, Dias Ferreira e Ataulfo de Paiva, indo até a Visconde de Pirajá, esquina de Henrique Dumont, já em Ipanema.
— Até a década de 10, o bonde que saía do Centro só chegava até a Gávea, na Marquês de São Vicente. A partir dali, os moradores do Leblon tinham que seguir a pé ou, quem tinha dinheiro, pegava uma charrete. Era um bairro de chácaras e, quando surgiram os primeiros loteamentos, começaram a circular as primeiras linhas — explica o historiador Nireu Cavalcanti.

Morador se emociona com descoberta
Nas linhas que circulavam pelo Leblon, os passageiros embarcavam em veículos grandes, de teto arredondado, largos, e considerados ligeiríssimos para a época. O militar aposentado Sebastião Grossi, de 75 anos, ainda se lembra dos passeios pela cidade. Ele ficou emocionado com a descoberta dos trilhos na Avenida Ataulfo de Paiva pelos operários das obras do metrô.
— Moro num prédio em frente à obra, e minha mulher me chamou para ver. Então eu desci e fui conferir pessoalmente. Fiquei muito emocionado, porque me recordei de um tempo bom que não volta mais. Eu, quando jovem, usei muito o bonde para andar pela cidade toda, para trabalhar, ir à praia — disse. — Ainda me lembro dos carnavais, que muitas vezes eram comemorados dentro do bondes.
A Linha 4 do metrô ligará o Jardim Oceânico, na Barra, a Ipanema.
Fonte - Revista Ferroviária  14/12/2012

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