segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Quais são os principais desafios da mobilidade urbana

 Mobilidade  🚇 🚄 🚌 🚗 🚲 👫

Você sabe quais os principais desafios da mobilidade urbana no Brasil? Pode não saber dizer o nome deles, mas com certeza os sente na prática todos os dias, especialmente se viver nas grandes cidades nacionais.

Rafael - Portogente
foto - ilustração/arquivo
 Atualmente, a mobilidade urbana é um dos problemas mais mencionados pelos candidatos a prefeito nas Eleições 2020. Afinal, apesar de ser um problema de nível nacional, ele afeta diretamente as cidades e tem contextos municipais muito específicos. Se você se interessa pelo tema e gostaria de saber o que pode ser feito para trabalhar a situação, siga a leitura do artigo abaixo! 

Ausência de políticas públicas para reduzir o número de carros
A mobilidade urbana é um problema travado, em grande parte, por cayusa da ausência de políticas públicas voltadas à situação em todas as regiões do país. Por isso, é importante ter em mente que a solução passa pela elaboração de novas políticas do tipo. Essas políticas não são únicas que servem para todos os lugares. Elas são contextuais, o que significa que trazem resultados de acordo com o contexto de cada região. Por exemplo, a cidade de São Paulo sofre pelo alto número de carros nas ruas. Por isso, é importante criar ações com estímulos para que as pessoas deixem os automóveis na garagem. Isso significa investir em transporte público, incentivar o rádio táxi em SP e mais soluções. Já uma cidade com menos gente, pode apresentar outros tipos de problemas e, nesse caso, precisaria de soluções diferentes para funcionar. Portanto, é importante analisar cada contexto. 

Cidades superpopulosas é um dos principais desafios da mobilidade urbana 
Segundo dados do IBGE, o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes no momento. O problema é que grande parte dessas pessoas estão aglomeradas em poucas cidades, o que faz com que haja uma densidade demográfica gigantesca em certos lugares. A cidade de São Paulo, por exemplo, tem aproximadamente 7.387 habitantes por km². E ela nem é a maior densidade demográfica do país, sendo ultrapassada por cidades como Taboão da Serra (tem quase o dobro de densidade demográfica), São João de Meriti, São Caetano, Osasco e Fortaleza. Por causa disso, é muito complicado dar vazão a tanta gente em tão pouco espaço. Não é à toa que isso gera um problema enorme de mobilidade urbana em todas as cidades com grande densidade demográfica. Não existem soluções fáceis para esse problema. O ideal seria ter mais pessoas em cidades diferentes, de modo a aliviar a carga. No entanto, esse não é um elemento tão fácil de trabalhar. Na ausência de cidades menos populosas, o segredo é tentar criar um robusto sistema de transporte público, capaz de levar mais pessoas, para mais lugares e sem tornar a viagem desconfortável por causa da lotação. Em grandes centros urbanos como São Paulo, essa tarefa é muito difícil de ser realizada. No entanto, em cidades com menos gente, a ação fica mais fácil de ser cumprida.

Falta de infraestrutura adequada é outro dos grandes desafios atuais
Um dos principais desafios da mobilidade urbana que dificulta a qualidade da mobilidade urbana no país é a falta de infraestrutura adequada para a resolução do problema. Veja, por exemplo, a cidade de São Paulo. Apesar de ter uma das maiores malhas de metrô da América Latina, isso ainda é insuficiente perto da quantidade de trens e metrôs necessários para a demanda atual da cidade. Seria necessário construir muitas novas estações e muitos quilômetros de trilho. Outra questão, por exemplo, que dificulta a resolução de problemas de mobilidade urbana é a falta de investimento em opções de mobilidade em grupo. Existem diversas modalidades que sequer são exploradas no Brasil. Por exemplo, os famosos bondinhos que passam pelas ruas das cidades são extremamente comuns em municípios europeus, com Lisboa e Berlim sendo bons exemplos disso. No Brasil, entretanto, poucas são as cidades que usam o recurso. Outro exemplo são modalidades de transporte naval, que podem ser bem exploradas em cidades litorâneas, mas que são muito pouco aproveitadas no Brasil.

 A descentralização urbana é um problema pouco discutido
 Por fim, um grande desafio de mobilidade urbana que precisa ser mais discutido, mas que pouca gente fala a respeito, é a descentralização urbana. Na prática, trata-se da ideia de tentar evitar que as pessoas vão tanto para o centro da cidade ou algumas poucas regiões. A ideia é bem simples: se temos um fluxo enorme de gente indo para alguns poucos lugares, é claro que veremos uma grande quantidade de problemas de mobilidade ali. Afinal, há um limite físico de quantas pessoas podem estar em alguns lugares. Veja a cidade de Londres, por exemplo. Seu centro é tão lotado que há uma punição em dinheiro para quem vai de carro para lá e o trânsito é impraticável. A descentralização prega a criação de um planejamento urbano que permita que existam mais lugares de atenção nas cidades, de modo a garantir que o fluxo de movimentação seja adequado em todos os lugares. 
Fonte - Portogente  28/09/2020

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