Mais de 200 mulheres rurais dos 27 territórios de identidade do estado estão reunidas até esta segunda-feira (27) para debater o papel da assistência técnica e extensão rural (Ater) no reconhecimento do trabalho realizado por elas. A programação consta de palestras, rodas de conversas com especialista, intercâmbio de experiência sobre comercialização, organização e Ater Mulheres.
Da Redução
foto - Andre Frutuoso/SDR |
Mais de 200 mulheres rurais dos 27 territórios de identidade do estado estão reunidas até esta segunda-feira (27) para debater o papel da assistência técnica e extensão rural (Ater) no reconhecimento do trabalho realizado por elas. A programação consta de palestras, rodas de conversas com especialista, intercâmbio de experiência sobre comercialização, organização e Ater Mulheres.
Presente na abertura do encontro, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, destacou que a feira reflete a autonomia das mulheres rurais: “Cerca de 70% dos expositores presentes na Febafes são mulheres, o que demonstra a força delas no mundo rural, com seus projetos que geram renda e sustentabilidade a toda família. Aqui é uma oportunidade de interação e que elas troquem experiências de negócio e de vida e ganhe ascensão a futuros negócios”.
Gestora da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater/SDR), Célia Watanabe destacou que o encontro é importante para evidenciar o protagonismo das mulheres nas unidades produtivas familiares. Watanabe ressaltou que a Ater precisa considerar as diferentes percepções dos sujeitos do campo, pois é porta de entrada para o acesso outras políticas públicas:
“Na visão das mulheres, o rural se caracteriza por várias dimensões: é o espaço de vida e de produção, é o quintal, é o cuidado com a natureza, com a terra e com a água, é a vivência dos princípios agroecológicos. É importante dar visibilidade ao papel das mulheres na produção rural, como gestoras que apresentam resultados econômicos e sociais”, enfatizou Watanabe.
A secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis, parabenizou a SDR pela realização do encontro, com uma diversidade de representação de mulheres: “O processo de Ater é fundamental para organizar o modelo da agricultura familiar sustentável e visibilizando a presença expressiva das mulheres. É uma decisão acertada pois somos a maioria da população”.
Autonomia
A presidente da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), Denise Cardoso, é um das mulheres presentes no evento. Ela conta que na cooperativa 70% do seu quadro de cooperados são mulheres: “Cada vez mais estamos conseguindo, por meio da luta e da organização, o acesso às políticas públicas e o alcance dos espaços representativos da sociedade. O bacana de um evento como este é conhecer as experiências de outras mulheres, o que nos ajuda a reforçar a luta no nosso território”.
Denise também destaca que representar as mulheres à frente dos seus negócios é um grande desafio: “Nesta sociedade extremamente machista, ser mulher, jovem e negra e presidente de uma cooperativa do porte da Coopercuc significa muito para as mulheres, pois estamos mostrando que somos capazes de gerenciar e ocupar espaços que sempre foram, em sua maioria, masculinos”.
Presenças
Participaram também da abertura do evento a secretaria estadual de Política para as Mulheres em exercício, Karla Ramos, a coordenadora executiva da Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA/SDR), Renata Rossi, a representante da Superintendência de Políticas Territoriais e Reforma Agrária (Sutrag/SDR), Sarana Brito, a coordenadora do Fórum da Agricultura Familiar, Elisângela Araújo, a presidente da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Unicafes), Iara Trindade, a gerente executiva do Banco do Nordeste, Patrícia Bastos, a delegada federal do Desenvolvimento Agrário, Thais Bispo, representante dos Colegiados Territoriais e grupos de mulheres de toda Bahia.
Com informações da Secom Ba. 26/11/2017
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