Ao detalhar a decisão para jornalistas, o secretário para Alimentação e Saúde, Ko Wing-man, afirmou que as últimas informações fornecidas por autoridades brasileiras sugerem que “o risco à segurança alimentar não pode ser totalmente descartado”.De acordo com Wing-man, técnicos do Centro de Segurança Alimentar identificaram mais uma fábrica nacional que importou produtos derivados da carne brasileira, além das cinco que já tinham sido identificadas.
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Ag.Brasil |
Ao detalhar a decisão para jornalistas, o secretário para Alimentação e Saúde, Ko Wing-man, afirmou que as últimas informações fornecidas por autoridades brasileiras sugerem que “o risco à segurança alimentar não pode ser totalmente descartado”.
De acordo com Wing-man, técnicos do Centro de Segurança Alimentar identificaram mais uma fábrica nacional que importou produtos derivados da carne brasileira, além das cinco que já tinham sido identificadas.
O secretário não informou qual o volume de carne brasileira bovina, suína ou de frango, bem como de seus derivados, pode estar, hoje, à disposição dos consumidores e comerciantes de Hong Kong.
Quanto aos produtos embarcados com destino a Hong Kong antes do próprio governo brasileiro embargar as exportações dos 21 frigoríficos sob suspeita, o secretário disse que eles ficarão retidos na chegada ao porto até que as investigações sejam concluídas.
Wing-man também não precisou quanto tempo durará a suspensão, mas garantiu que a população será devidamente informada sobre todo o processo.
Considerado um dos maiores mercados para a carne brasileira, Hong Kong já tinha proibido, na terça-feira (21), a importação de carne brasileira congelada e refrigerada. Na ocasião, o próprio ministro da Agricultura, Blairo Maggi, incluiu o território semiautônomo chinês no grupo de compradores aos quais o governo brasileiro estava destinando mais atenção. “ China e Hong Kong são os dois pontos que estamos olhando com mais atenção, em permanente contato, respondendo a todas as questões”, disse Maggi. China, como Hong Kong, também já tinha anunciado a suspensão temporária das importações.
Até a noite desta quinta-feira (23), pelo menos 14 países, além da União Europeia, tinham suspendido temporária e integralmente a importação de carne brasileira e seus derivados depois que a deflagração da Operação Carne Fraca pela Polícia Federal (PF), na última sexta-feira (17), trouxe à tona suspeitas de irregularidades na produção e fiscalização do setor.
Onze países e territórios suspenderam temporária e integralmente a importação: Argélia, Bahamas, China, Chile, Egito, Hong Kong, Jamaica, México, Panamá, Qatar e Trinidad e Tobago. Três países suspenderam as importações apenas dos 21 frigoríficos investigados pela PF ou de parte deles: África do Sul, Japão e Suíça. A União Europeia também integra o bloco dos que optaram pela suspensão parcial, proibindo a entrada de produtos provenientes de quatro plantas industriais brasileiras onde eram processadas carne bovina, suína e de aves.
Fonte - Agência Brasil 24/03/2017
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