quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Navegação interior no Brasil tem produtividade baixa

Transporte hidroviário  🚢

O transporte por hidrovia é o mais seguro e afeta menos o ambiente. Seu custo compete com os dos demais modais. Todavia, parece que tais fatores não são considerados como medidas de produtividade, no processo de tomada de decisão. Decerto, esse equívoco é a causa da grande quantidade de obras inacabadas, há mais de cinco anos, na hidrovia Tietê-Paraná. 

Portogente
foto - ilustração/Twiter
No Brasil, em valores aproximados, há uma extensão invejável de 46.000 Km de vias navegáveis, pelas quais fluem apenas 50 milhões de toneladas por ano, 5% do potencial do País. Nos Estados Unidos, são movimentadas 500 milhões de toneladas por ano, 10 vezes a movimentação brasileira, apenas nos rios Mississipi e Missouri. E o Brasil tem o potencial de cinco Mississipis. Isso se traduz por deficiências de falta e falha de planejamento. É preciso mudar.
No Webinar Semanal Portogente (WSP), desta terça-feira (8/9), “Os caminhos das águas – Navegação fluvial no Brasil”, apontou-se a estrutura administrativa da navegação hidroviária como a origem do problema. O Brasil antes dividido na perspectiva hidroviária em bacias, hoje está sob a administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - Dnit que trata nacionalmente dos transportes terrestre e aquaviário. Outro fator importante é integrar a hidrovia à ferrovia e ao rodoviário.
Muitas deficiências construtivas, principalmente nas eclusas, se solucionadas com tecnologia, sem grandes obras e fruto de planejamento adequado, serão convertidas em aumento significativo da produtividade da nossa navegação fluvial. Por exemplo, vai possibilitar o comboio percorrer toda a hidrovia, com mais do dobro de barcaças de atualmente. Tudo isso, com baixo investimento e simples normatização de passagem da navegação.
O transporte por hidrovia é o mais seguro e afeta menos o ambiente. Seu custo compete com os dos demais modais. Todavia, parece que tais fatores não são considerados como medidas de produtividade, no processo de tomada de decisão. Decerto, esse equívoco é a causa da grande quantidade de obras inacabadas, há mais de cinco anos, na hidrovia Tietê-Paraná. Isto desestimula, sobremaneira, a confiança dos exportadores de grãos daquela região.
Expor e debater os problemas é uma forma de entender essa grave realidade e as ações necessárias. Nisto está a ameaça à pequena margem do produto movimentado na hidrovia, em grande quantidade, pelo exportador. Reunir experiências e informações sobre a hidrovia Tietê-Paraná, sob a visão da correção e regularização, será o propósito do Webinar Semanal Portogente (WSP), em 1º de outubro próximo.
Fonte - Portogente  10/09/2020

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