terça-feira, 18 de agosto de 2020

O MONOTRILHO do Subúrbio Ferroviário de Salvador e o debate fora dos trilhos

Transportes sobre trilhos  🚄

O Monotrilho não será apenas um modal a ser implantado na Região do Subúrbio Ferroviário,ele chegará com uma "gama de oportunidades" para toda população local,que "devera ter o domínio maior" de todos os benefícios que com ele chegarão,é preciso estar atento desde já e prontos para essa mudança.

Luis Prego Brasileiro
foto - ilustração/arquivo
Um debate que tem um viés "crônico eivados de equívocos" com a finalidade de desqualificar o Monotrilho que será implantado na região da orla Ferroviária de Salvador,não pode prosperar,"vamos aos fatos".
O atual trem do subúrbio(que opera precariamente), transporta atualmente em média 6 mil passageiros,ida e volta 12 mil, que pagam R$0,50 pela tarifa e isso é explorado de maneira exaustiva por aqueles que se colocam contra a implantação do novo sistema com a alegação que a tarifa será mais cara.Esquecem porem que os 588 mil  "restantes" da população local,do total aproximado de 600 mil que compõe a população do Subúrbio, mais uma parte da RMS que será beneficiada com a implantação do monotrilho, já desembolsam atualmente "R$4,20 POR UM PÉSSIMO SERVIÇO DE TRANSPORTES POR ÔNIBUS, DEFICITÁRIO ,SEM CONFORTO,MOROSO E INSEGURO",ficando muitas vezes nos pontos expostos ao tempo durante um longo período a espera de um ônibus,e durante o trajeto da sua viagem sujeitos a assaltos,acidentes e panes nos veículos,além dos costumeiros engarrafamentos, o que faz com que as viagens se tornem mais demoradas, enfadonhas e "cansativas,roubando das pessoas em torno de 3h diárias do seu tempo ou mais, dentro de um transporte público de péssima qualidade. Mas...... quem se preocupa com isso? ou defende esse contingente de quase 600 mil pessoas sacrificadas diariamente durante anos, nas suas indas e vindas dentro dos famigerados ônibus de Salvador???.... parece que isso não desperta muito interesse dos críticos do monotrilho. O debate fica fora de foco,sendo conduzido de maneira evasiva e equivocada,quando supostamente "defendem" o direito da parcela mais carente da população do Subúrbio que utiliza o "trem cacarecado", de continuar pagando R$,0,50,pela tarifa.Isso na verdade significa condená-los a continuarem na pobreza para o resto da vida,e esse não deve ser esse o foco repito.Essa parcela carente da população deve ser sim, considerada e protegida sim,mais não sendo nivelada por baixo, e sim através da criação de programas específicos de inclusão social para que possam galgar degraus acima do seu status atual e possam, em condições de igualdade com o grosso da população do ´Subúrbio poder pagar,utilizar e desfrutar de um sistema de transporte moderno,rápido,confortável,seguro e integrado aos sistemas já existentes.Que se criem,por exemplo,programas para criação de cooperativas para as marisqueiras e pescadores,assim bem como para outras diversas atividades,para que possam aumentar a sua produtividade,armazenar devidamente os seus produtos sem perdas,aumentando a sua rentabilidade,tornando-se também fornecedores e não apenas meros ambulantes transportando diariamente apenas um balaio ou um isopor nos trens com uma pequena quantidade de mercadorias para ser vendida em algum ponto da cidade,gerando assim emprego e renda para todos.Esse é apenas um exemplo de muitas ações que podem ser criadas para melhorar a renda e a qualidade de vida de várias camadas da população do subúrbio,"eles não precisam de esmolas e sim de oportunidades".Que se discuta a implantação de um programa de financiamento público para a tarifa do transporte para que ela se torne mais aquecível para a população da cidade e não pese tanto no seu orçamento financeiro.E preciso incluir no sistema de transporte público um contingente de 40% da população da cidade que atualmente anda a pé por não poder pagar o custo da atual tarifa do transporte e também por vezes, é mais rápido fazer um determinado percurso a pé do que ficar mofando num ponto a espera de um ônibus.Para isso também se faz necessário a melhoria e a modernização do sistema de transportes por ônibus de Salvador. A reintrodução desse contingente fora do sistema,também tende a baixar o custo operacional do transporte que certamente terá reflexos na tarifa e todos ganharão com isso.Um debate superficial jogando tinta com viés politiqueiro ou interesses seja lá de que natureza for,e de quem quer que seja,longe dos reais interesses da população da Região da orla Ferroviária de Salvador,não trará nenhum resultado positivo ou nenhum alento para a população local e da RMS em seu entorno,que também se beneficiará do novo modal.Se as rodas do trem são de ferro ou de borracha,isso não retira dele a sua característica de veículo ferroviário e tão pouco importa para a população que vai utilizar o modal,mais sim a certeza de ter a sua disposição um sistema moderno,integrado,confortável,seguro e rápido que esteja disponível em até 3 minutos em cada estação e também  conectado ao Metrô de Salvador. É preciso desfazer a carranca,remover o ranço e avançar de modo positivo e construtivo nesse debate.O Monotrilho não será apenas um modal a mais a ser implantado na Região do Subúrbio Ferroviário,ele chegará com uma "gama de oportunidades" para toda população local,que "deverá ter o domínio maior" de todos os benefícios que com ele chegarão,é preciso estar atento desde já e prontos para essa mudança .-  Seja o Monotrilho,seja um VLT ou um Trem moderno nenhum deles certamente terá um a tarifa igual a R$0,50
Luis Prego Brasileiro
Salvador Sobre Trilhos  18/08/2020 

2 comentários:

  1. Uma das melhores formas econômicas de modernizar e atualizar os sistemas de trens de passageiros em locais em que ainda se utilizam da bitola métrica é a implantação de bitola em 1,6 m a exemplo do que acontece nas maiores metrópoles brasileiras, observando, uma foto frontal postada, como destas composições de Salvador-BA, Teresina-PI, Campos do Jordão-SP e o bonde Santa Teresa-RJ em bitola de 1,1 m, e que já sofreram múltiplos descarrilamentos e com mortes, pode se visualizar a desproporção da largura da bitola, 1,0m com relação largura do trem “l”=3,15 m x altura “h”= 4,28 m (3,15:1) conforme gabarito, o que faz com que pequenos desníveis na linha férrea provoquem grandes amplitudes, oscilações e instabilidades ao conjunto, podendo esta ser considerada uma bitola obsoleta para esta função, tal situação é comum na maioria das capitais no nordeste, exceto Recife-PE.

    Para que esta tarefa seja executada sem grandes transtornos, inicialmente devem ser planejadas e programadas as substituições dos atuais dormentes que só permitem o assentamento em bitola de 1,0 m por outros em bitola mista, (1,0 + 1,6 m) preferencialmente em concreto, que tem durabilidade superior ~50 anos, principalmente os que possuem selas, para após realizar a mudança, observando-se que para bitola de 1,6 m o raio mínimo de curvatura dos trilhos é maior. (Nota; Este procedimento foi feito com amplo sucesso por ocasião da unificação da bitola dos trens suburbanos da antiga Sorocabana com os da RFFSA, inclusive com os trens cargueiros rumo a baixada paulista que hoje são a maioria nesta bitola).

    Com estas ponderações fica justificada haver uma uniformização em bitola de 1,6 m para trens suburbanos de passageiros e metro, e um provável TMV- Trens de passageiros convencionais regionais em média velocidade, máximo de 150 km/h no Brasil, e o planejamento com a substituição gradativa nos locais que ainda não as possuem, utilizando composições completas com ar condicionado em que a SUPERVIA-RJ, Metro-RJ, CPTM-SP colocaram em disponibilidade em cidades como Teresina-PI, Natal-RN, Maceió-AL, João Pessoa-PB, Salvador-BA que ainda as utilizam em bitola métrica, com base comprovada em que regionalmente esta já é a bitola nas principais cidades e capitais do Brasil, ou seja: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, e Curitiba (projeto), e que os locais que não as possuem, são uma minoria, ou trens turísticos.

    Assim como foi feito em São Paulo, que se recebeu como doação, composições usadas procedentes da Espanha nas quais originalmente trafegavam em bitola Ibérica, de 1,668m, e que após a substituição dos truques, (rebitolagem) trafegavam normalmente pelas linhas paulistanas em 1,6 m, com total reaproveitamento dos carros existentes, o mesmo poderá ser feita com estes trens que trafegam nestas cidades do Brasil, lembrando que este é um procedimento relativamente simples, de execução econômica, com grande disponibilidade de truques no mercado nacional, facilitando a manutenção e expansão dos serviços, uma vez que todas as implantações das vias férreas pela Valec no Norte e Nordeste rumo ao Sul já são nesta bitola (1,6m).

    Esta será uma forma extremamente econômica e ágil de se flexibilizar, uniformizar, racionalizar e minimizar os estoques de sobressalentes e ativos e a manutenção de trens de passageiros no Brasil.

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    1. Uma das vantagens do Monotrilho neste caso,é o fato do mesmo poder chegar ao Terminal da França no bairro do Comercio,região portuária de Salvador(além da estação da Calçada) sem interferir no trânsito urbano,a outra é acabar com o isolamento entre as comunidades de borda e região com a praia e o mar,causada atualmente pela via permanente do sistema ferroviário,restringindo a travessia das pessoas e até de veículos a pouquíssimos locais onde existem passagens de nível,ainda assim com algum risco.

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