segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

QUILOMBO RIO DOS MACACOS - Canudos é aqui, entre Salvador e Simões Filho, na Baía de Aratu...





Quilombolas protestam na Base Naval de Aratu


    Cerca de 50 quilombolas foram ao local para protestar
Cerca de 50 quilombolas foram ao local para protestarIntegrantes da comunidade quilombola Rio do Macaco, instalada num trecho das margens da Baía de Todos os Santos, apreveitaram a presença da presidente Dilma Rousseff na Base Naval de Aratu, região metropolitana de Salvador, para denunciar nessa manhã de segunda-feira, 2, que vêm sofrendo pressão da Marinha devido à proximidade da Vila Militar da unidade.As 50 famílias se queixam que os fuzileiros "passeiam à noite pelas suas roças" criando clima de tensão com o objetivo de expulsá-los da área. Além disso, alegam que o acesso à comunidade é controlado pelo portão de entrada da Vila Militar.O grupo de quilombolas aproveitou a presença de jornalistas no píer marítimo de São Thomé de Paripe, que estão de plantão para cobrir o descanso da presidente, para organizar um barulhento protesto contra a Marinha. Levaram várias faixas cobrando uma "solução" à presidente Dilma Rousseff.Uma das frases acusava: "Marinha quer expulsar comunidade Rio do Macaco". Outras pediam socorro: "Vai permitir isso presidenta?" e  "Dilma tem que nos ajudar". Os manifestantes levaram o "bumba-meu-boi" para o protesto realizado próximo ao muro que isola a praia de Inema, privativa da Base Naval à de São Thomé de Paripe.
Disputa
Parte da área onde a comunidade está instalada, segundo os moradores, há cerca de 200 anos, é disputada judicialmente pela Marinha, que pretende usar o local para ampliar as instalações da base naval.
Em outubro de 2010, a 10ª Vara Federal da Bahia determinou, por meio de liminar, a desocupação de 43 imóveis do quilombo. A área na qual eles estão localizados foi cercada pela Marinha, e a entrada e saída dos moradores passou a ser monitorada. Um ano depois, porém, a área foi oficialmente declarada comunidade quilombola, com publicação no Diário Oficial da União em 4 de outubro, e a Secretaria de Políticas de promoção da Igualdade Racial (Seppir), do governo federal, solicitou que a Procuradoria Geral da União (PGU) interviesse no caso.
No início de novembro, o Tribunal de Justiça da Bahia suspendeu a execução da liminar, que estava em fase de cumprimento coercitivo, e deu prazo de mais quatro meses, a partir de 4 de novembro, para  negociações. Fonte - A Tarde 02/01/2012

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