Quilombolas protestam na Base Naval de Aratu
Cerca de 50 quilombolas foram ao local para protestar
Integrantes da comunidade quilombola Rio do Macaco, instalada num trecho das margens da Baía de Todos os Santos, apreveitaram a presença da presidente Dilma Rousseff na Base Naval de Aratu, região metropolitana de Salvador, para denunciar nessa manhã de segunda-feira, 2, que vêm sofrendo pressão da Marinha devido à proximidade da Vila Militar da unidade.As 50 famílias se queixam que os fuzileiros "passeiam à noite pelas suas roças" criando clima de tensão com o objetivo de expulsá-los da área. Além disso, alegam que o acesso à comunidade é controlado pelo portão de entrada da Vila Militar.O grupo de quilombolas aproveitou a presença de jornalistas no píer marítimo de São Thomé de Paripe, que estão de plantão para cobrir o descanso da presidente, para organizar um barulhento protesto contra a Marinha. Levaram várias faixas cobrando uma "solução" à presidente Dilma Rousseff.Uma das frases acusava: "Marinha quer expulsar comunidade Rio do Macaco". Outras pediam socorro: "Vai permitir isso presidenta?" e "Dilma tem que nos ajudar". Os manifestantes levaram o "bumba-meu-boi" para o protesto realizado próximo ao muro que isola a praia de Inema, privativa da Base Naval à de São Thomé de Paripe.
Parte da área onde a comunidade está instalada, segundo os moradores, há cerca de 200 anos, é disputada judicialmente pela Marinha, que pretende usar o local para ampliar as instalações da base naval.
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