Manifestação começou pacífica, mas bombas lançadas deixaram motoristas e
passageiros sitiados na Consolação
Foto: Bruno Santos / Terra |
PM atira contra manifestantes durante protesto na capital paulista
Marina Novaes Direto de São Paulo
Vagner Magalhães Direto de São Paulo
Milhares de pessoas foram às ruas na noite desta quinta-feira contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo. Mas a passeata, que começou pacífica - com jovens cantando, carregando cartazes e distribuindo flores para a população -, terminou com cenas de guerra em diversas ruas do centro.
As primeiras bombas de gás lacrimogênio lançadas pela Polícia Militar, às 19h15, na rua da Consolação, deram início a uma sequência de atos violentos por parte dos militares, que se espalharam até por volta da meia-noite. Antes do início da ação policial, o major Lidio Costa Junior, do Policiamento de Trânsito da PM, afirmou ter sido rompido um "acordo" que havia sido feito com os manifestantes.
Segundo o encarregado de impedir que os manifestantes subissem a rua da Consolação, em direção à avenida Paulista, o combinado era que a manifestação, que começou na praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, se encerrasse na praça Roosevelt, ao lado da igreja da Consolação. "Se não é para cumprir acordo, não adianta reclamar das consequências", disse o major. Menos de cinco minutos depois, as primeiras bombas foram lançadas quando um grupo de manifestantes avançou o quarteirão até a rua Maria Antônia.
As bombas foram respondidas com pedras. Vazia, a subida da Consolação serviu como território para medir forças. Bombas e tiros de bala de borracha eram endereçados aos manifestantes, que responderam com pedras e rojões. Em minoria, em um primeiro momento, os policiais recuaram várias vezes. Com o reforço vindo do sentido contrário, acabou o confronto. Os manifestantes se espalharam pelas ruas da região e se deu início a uma perseguição que se estendeu pelo menos até a meia noite.
Perseguição e medo - Se a subida da Consolação estava vazia, a descida, em direção ao centro, estava lotada de ônibus estacionados no corredor e veículos de paulistanos que viraram reféns da situação. Durante a troca de pedradas e bombas, muitos motoristas fecharam os veículos e se abrigaram no comércio da região. Nos ônibus, mulheres e crianças, além de adultos, sofreram com os efeitos do gás lacrimogênio. Dos manifestantes, algumas mulheres receberam um pouco de vinagre, que, inalado, ajuda a desobstruir as vias respiratórias....
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Fonte - Jornal do Brasil 14/06/2013
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