domingo, 27 de julho de 2014

Transporte privativo cresce e gera lucros em Salvador

Transportes

O modelo de negócio ainda está em expansão e somam 22 empresas cadastradas em Salvador, segundo a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur).

Paula Morais
Débora e Eduardo são sócios na
Salvador Legal Turismo

Marco Aurélio Martins | Ag. A TARDE
Do Pelourinho à Lagoa do Abaeté ou do retorno de um show ao hotel. Empreendedores oferecem nova alternativa de mobilidade para turistas: transporte privativo. O modelo de negócio ainda está em expansão e somam 22 empresas cadastradas em Salvador, segundo a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur).
Para ganhar espaço no mercado, no entanto, é preciso ter credibilidade, segundo Suely de Paula, gerente da unidade de acesso a mercado do Sebrae. "Primeiro é preciso que haja legalização perante a prefeitura. Depois, é importante ter seguro contra acidentes", explica.
A fim de ganhar visibilidade, a gerente indica que empresas façam parcerias com restaurantes, hotéis e agências de viagem. "Esses estabelecimentos indicam a empresa aos seus clientes em troca de um percentual. A empresa, em troca, ganha clientes fiéis", fala.
É como a empresa Salvador Legal Turismo, dos sócios Débora de Azevedo e Eduardo Paim, trabalha. Há um ano no mercado, a ideia surgiu quando a gaúcha Débora visitou a cidade pela primeira vez e não encontrou serviços de transporte privativo para turistas. "Nossa fidelidade foi formada a partir da parceria com hotéis. Atendemos soteropolitanos, mas, principalmente, turistas".
A transportadora oferece uma programação mudada semanalmente. "Cada dia apresentamos um evento diferente. A partir disso, pegamos a pessoa onde ela estiver e levamos ao lugar. Depois, voltamos com ela", explica.
Diferentemente de Débora, a empreendedora Patrícia Batista, sócia da empresa Baiano Turismo, no mercado há quatro anos, não trabalha com programações. "É a empresa que se adequa aos horários dos clientes".
O roteiro, de acordo com Patrícia, é realizado a partir das necessidades do turista e o passeio tem, geralmente, duração de seis horas. "As pessoas costumam dizer quantos dias querem o serviço e para onde querem ir. Então, fazemos o translado, que, negociado, pode chegar a 8 horas", fala.

Investimento inicial
Débora investiu, em 2013, cerca de R$ 50 mil no projeto e, hoje, a empresa conta com cinco vans e 15 funcionários, entre motoristas e guias turísticos. "Começamos a ter lucro após oito meses, quando regularizamos nossa formação", fala a sócia da empresa, que chega a ter um lucro de R$ 30 mil por mês.
O aumento, de acordo com ela, foi de 30%. "Também depende da estação que estivermos. Na Copa do Mundo, chegamos a transportar 200 pessoas por jogo", vibra.
O momento do investimento, no entanto, precisa ser cauteloso. "Além da compra de uma van ou outro modelo de carro, é preciso que o motorista seja profissional e legalizado. Além disso, é importante apostar em profissionais educados e que saibam lidar com culturas diferentes. Guias bilíngues também é um ponto importante", indica Suely.
Geralmente, o lucro retorna após um ano de investimento, de acordo com a gerente. "Esse é o momento de expansão, quando o Sebrae auxilia com um planejamento de negócio futuro".
Já o valor a ser cobrado por cada passeio depende da empresa. Débora cobra R$ 50 a ida e volta ou o pacote que contém ingresso de um espetáculo proposto pela programação mais o translado. "Ficamos até o final do evento para, depois, levarmos as pessoas ao hotel", diz.
O valor atribuído pela empresa de Patrícia depende do trajeto e quantidade de horas . "Em média, cobramos R$ 250 para duas pessoas hospedadas na orla. Mas damos mais tempo para elas conhecerem a cidade", explica a empresária.
Fonte - A Tarde  27/07/2014

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