segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Hortolândia abre museu em antiga estação ferroviária

História das Ferrovias

Desenvolvimento começou ali, onde tropeiros paravam para descansar; moradores contribuem - Para implantar o Centro de Memória e deixar o imóvel acessível, foram investidos R$ 880 mil em quase um ano de obras e cinco meses de preparo dos 80 objetos expostos. Parte deles doados pelos próprios moradores.

Por Diego Almeida
Correio Popular de Campinas
Foto: Diego Almeida/AAN
Não há endereço mais emblemático para abrigar a memória de Hortolândia do que a Estação Ferroviária Jacuba, no Centro da cidade. O desenvolvimento começou ali, onde tropeiros paravam para descansar.
Agora, sem passageiros, mas com muito fôlego de construir novos capítulos para esta história, a Prefeitura inaugurou ontem o Centro de Memória de Hortolândia Professor Leovigildo Duarte Júnior, neste local, prédio mais antigo da cidade, tombado pelo patrimônio histórico e cultural em 2003.
Para implantar o Centro de Memória e deixar o imóvel acessível, foram investidos R$ 880 mil em quase um ano de obras e cinco meses de preparo dos 80 objetos expostos. Parte deles doados pelos próprios moradores.
A outra metade estava abrigada na Sociedade Amigos de Bairro do Parque Santo André, Parque Santa Amélia e Jardim Everest (Samest).
Entre as atrações do museu, estão relíquias de uso da rede ferroviária, como a placa sinalizadora para o maquinista apitar em obstáculos, grampos de linha que prendiam o trilho à placa de apoio no solo e aparelho de distribuição telefônica, todos colocados num espaço abaixo do contrapiso para que pudesse ser mostrado o alicerce do imóvel.
“Este prédio não tem nenhuma barra de ferro, apenas tijolos e massa. Na revitalização não pudemos deixar o piso original por segurança e, com o chão de vidro os visitantes conseguem ver como é a base”, contou o coordenador da Estação Paulo Eduardo Germano.
O espaço abriga também documentos, reportagens, fotos, anotações, mapas e livros antigos sobre a cidade, além de ter televisores e tablets para garantir a interatividade do acervo, desde a criação do prédio em 1896, para utilização do Posto Telegráfico de Jacuba, depois pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro e, incorporado na sequência pela Ferrovia Paulista S/A, a Fepasa até 1998, época em que o transporte de passageiros foi gradualmente suspenso.
“A cidade merecia. Sou amante da história e é uma pena não ter vivido esta época”, disse Waldeck Carvalho, de 51 anos.
“É o resgate da história de nossa cidade, que precisa ser preservado para as futuras gerações. Centenas de pessoas até hoje se identificam com a estação”, disse o prefeito Antonio Meira.

Serviço
A Estação Jacuba está localizada na Rua Rosa Maestrello, n° 2, Vila São Francisco de Assis, região central, e fica aberta ao público de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. A entrada é gratuita e livres para todas as idades.
Fonte - STEFZS  29/09/2014

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