terça-feira, 21 de outubro de 2014

Legado da Copa - Fonte Nova e as obras viárias estão no dia a dia dos soteropolitanos

Salvador

De acordo com Ney Campello, titular da Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo (Secopa), mais do que preparar o estado para o evento, as ações baianas relacionadas à Copa, inseriram a Bahia em um novo cenário, deixando-a mais preparada para outras ocasiões importantes e também para a rotina da própria população. 

Daniela Pereira - TB
Foto: Divulgação
Após 64 anos, o Brasil foi sede de uma Copa do Mundo. Para receber as seleções mundiais e os turistas nacionais e estrangeiros, a Bahia passou por obras de infraestrutura para se adequar ao padrão exigido pelos organizadores dos eventos, bem como para facilitar o acesso ao público. Novas sinalizações, mais iluminações, obras de saneamento, alargamento de avenidas, praças e áreas de lazer, recuperação e manutenção de pontos turísticos foram algumas das ações que ficaram para os baianos após o término da competição.
Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação (Secom), além da construção da Arena Fonte Nova, melhoria na mobilidade urbana e acessibilidade, requalificação e infraestrutura turística, qualificação profissional dos atores envolvidos, fortalecimento da cultura local, infraestrutura digital, segurança pública e requalificação da rede hospitalar.
De acordo com Ney Campello, titular da Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo (Secopa), mais do que preparar o estado para o evento, as ações baianas relacionadas à Copa, inseriram a Bahia em um novo cenário, deixando-a mais preparada para outras ocasiões importantes e também para a rotina da própria população. “O evento contribuiu bastante para o desenvolvimento e a visibilidade mundial da Bahia. Ficamos com legados materiais, imateriais e sociais”, explicou.
Entre os legados materiais, Campello apontou a construção da Arena Fonte Nova como o principal. “Com caráter multiuso, 10 níveis e três anéis de arquibancadas com 50 mil assentos, a Arena também contribuiu como parte da revitalização do centro antigo de Salvador”, disse. Além do estádio, destaque-se a conclusão da primeira etapa da obra do Porto de Salvador, com aproximadamente R$ 42,7 milhões em investimentos federais, e as obras de ampliação do aeroporto Luís Eduardo Magalhães, com R$ 145 milhões, onde houve aumento do pátio das aeronaves, construção da nova Torre de Controle e requalificação do Terminal de Passageiros.
Também ressalta-se o funcionamento do metrô; construção do Sistema Viário no entorno do estádio; o centro de comando de segurança pública; e a recuperação de centros de treinamento do Barradão, Pituaçú, Porto Seguro e Praia do Forte. Pensando na acessibilidade, também foram feitas rotas para pessoas com deficiência no Centro Histórico de Salvador.

Fortalecimento do turismo é um dos ganhos
Em relação aos legados imateriais, Ney Campello destacou a projeção da Bahia enquanto produto para o mundo como o principal benefício. “Na Copa das Confederações, no sorteio da final e na Copa do Mundo fomos acompanhados por mais de 190 nações. A Bahia recebeu mais de 100 mil turistas estrangeiros, durante os meses de junho e julho. Fomos assistidos por mais de 500 milhões de pessoas e tivemos uma taxa de ocupação hoteleira maior do que a esperada”, afirmou. Além da capital, o interior da Bahia também ganhou com a chegada dos turistas, em especial, a região do Litoral Norte e da Costa do Descobrimento. As cidades de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, por exemplo, receberam as delegações da Suíça e Alemanha, respectivamente, e sentiram um impacto de R$50 milhões na economia local.
A Secopa também destaca a dinamização da economia local, com cerca de R$ 850 milhões de circulação financeira; geração de emprego, trabalho e renda; capacitação profissional de taxistas, baianas de acarajés e trabalhadores de hotéis e restaurantes; e a recuperação da auto-estima da população. “A sociedade internalizou uma cultura de que somos capazes de receber bem qualquer público e sediar eventos de grande porte”, afirmou o secretário.
Ainda de acordo com Ney Campello, o maior desafio da Copa do Mundo na Bahia foi a realização de “duas Copas em uma”. “Fizemos uma copa dos espetáculos, voltada para as disputas futebolísticas, e a outra foi a copa dos legados, que foi projetada e pensada no bem-estar dos soteropolitanos, pós evento. O sucesso da Copa só foi possível porque o povo recebeu bem os turistas e também porque trabalhamos com integração operacional”,afirmou.
Entre os legados sociais estão os projetos Copa na Escola e o Gol Verde. O primeiro consiste em fomentar o esporte nas instituições de ensino e o segundo no plantio de 1111 mudas do bioma de Mata Atlântica para cada gol marcado na Arena Fonte Nova, o que resultou em 36.663 mudas. Até o momento já foi iniciado o plantio de 55 mil novas árvores.
Fonte - Tribuna da Bahia 21/10/2014

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