segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Estacionamento a R$ 10 na orla é motivo de queixa

Raíza Tourinho

Fernando Amorim | Ag. A TARDE
Cobrança espanta a clientela, segundo comerciantes

Nem os 37° C registrados em alguns termômetros da cidade neste domingo, 10, foram suficientes para encher as praias distantes do circuito Barra-Ondina. O esvaziamento na orla fora do chamado Circuito Dodô é atribuído por muitos a um outro motivo além da precária infraestrutura: desde o início do Carnaval, estacionar entre o Jardim de Alah e Itapuã está mais caro: R$ 10, pelo período de até 12 h.
De acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), a portaria que estabelece a cobrança foi publicada em caráter emergencial devido ao alto fluxo de turistas na cidade. O valor será cobrado exclusivamente durante o período da festa. Em seguida, um estudo deverá reordenar a implantação das zonas de estacionamento em toda a cidade.
Há comerciantes que reclamaram do valor da cobrança, que estaria afastando os clientes. "O movimento caiu completamente. Ninguém para mais aqui", diz o vendedor de cocos Charlan Almeida. Além desta cobrança temporária, a ausência de estrutura adequada nas praias é outro motivo de queixa. São bem poucos os sanitários químicos na orla e os (também poucos) banheiros fixos embaixo dos mirantes estão degradados. "Que imundície!", espantou-se a turista Leonora Oliveira, 45 anos, ao tentar entrar no único sanitário encontrado aberto, no mirante da Praia do Corsário.
Sem água, deteriorado e exalando forte mau cheiro, foi logo recusado pela dona de casa. "Não tem condições", afirmou. O sanitário feminino a que A TARDE teve acesso foi fechado devido à intensa sujeira no interior, segundo usuários. Uma banhista teve que pedir aos salva-vidas para utilizar o banheiro exclusivo deles (e por eles lavado momentos antes).
"Antigamente tinha quem limpasse", disse um salva-vidas. Ele e seus colegas reclamam da precária estrutura dos mirantes: as escadas estão enferrujadas e com degraus faltando. Eles temem pela falta de segurança em geral: "Temos que ficar aqui embaixo ou, quando está muito cheio, na beira da praia. Sem o mirante, a visibilidade é bem reduzida", afirma Carlos dos Santos.
Os piores - Na profissão há 32 anos, diz só ter visto os mirantes serem pintados. "Todos estão no mesmo estilo. Mas os de Jaguaribe e Jardim de Alah são os piores".
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, os sanitários foram desativados para reforma e vândalos os teriam arrombado para fazer suas necessidades fisiológicas no chão.
Fonte - A Tarde 10/02/2013

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