Mobilidade/PlaMobi
Na maioria das cidades mais populosas, os projetos já foram elaborados ou estão em desenvolvimento.Os que não cumpriram o prazo, perderam o acesso a recursos do OGU (Orçamento Geral da União) para projetos voltados a essa área, enquanto não regularizarem a situação.
Natália Pianegonda - Ag. CNT
foto - Sérgio Alberto/CNT |
"Isso é um problema seríssimo porque a maioria dos municípios depende dessa verba. A única brecha que se achou é para que as prefeituras recebam recursos do OGU, por meio de emenda parlamentar, para executar os planos", diz o secretário nacional de Mobilidade Urbana e Transportes do Ministério das Cidades, Dario Rais Lopes. Segundo ele, desde 2012, a pasta vem auxiliando as administrações municipais no desenvolvimento dessa ferramenta, que define o planejamento, a gestão e a avaliação dos sistemas de mobilidade.
O secretário afirma que, entre as cidades mais populosas, a maioria obedeceu os prazos estabelecidos pela lei. "Dos 26 municípios com mais de 750 mil habitantes, poucos são os que ainda não apresentaram os planos, mas estão em desenvolvimento", explica.
É o caso, por exemplo, de Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Niterói (RJ) e Belém (PA). O maior índice de descumprimento da lei está entre os municípios menores, que somam cerca de três mil. Apesar disso, Dario Lopes diz que a maioria da população urbana do Brasil está em áreas que já possuem as estratégias para o setor, num total aproximado de 60 milhões de pessoas. "Do ponto de vista populacional, o foco nas grandes cidades está sendo cumprido e elaborado, de modo que existe perspectiva de melhorar condições de mobilidade", complementa.
Após a implementação dos planos de mobilidade urbana, o secretário diz que o desafio está em estabelecer uma série de critérios que permitam avaliar se está sendo satisfatório e efetivo. Conforme a lei que criou a Política Nacional de Mobilidade Urbana, os planos municipais devem ser revisados, no máximo, a cada 10 anos. Ainda segundo o texto, as estratégias devem, entre outras coisas, priorizar modos de transporte não motorizados e coletivos sobre o transporte individual motorizado, buscar a integração dos modos e serviços de transporte urbano e reduzir impactos ambientais e socioeconômicos nos deslocamentos. Já os municípios de regiões metropolitanas devem desenvolver os sistemas de forma integrada entre si.
O desenvolvimento e os desafios à implementação dos planos municipais de mobilidade urbana foi um dos temas debatidos nesta quarta-feira (14), durante o III Seminário Internacional de Mobilidade e Transportes, realizado pela UnB (Universidade de Brasília) na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
Fonte - Agência CNT de Notícias 14/10/2015
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