Em todos os encontros, que aconteceram em Campos, Brasília, Rio de Janeiro e Vitória, foram apresentados em detalhes o projeto de engenharia de implantação da nova ferrovia, incluindo traçado detalhado, infraestrutura da obra, potencial logístico, integração com a malha ferroviária nacional e com os portos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, e o potencial de geração de negócios.
Jornal Ururau - RF
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Em todos os encontros, que aconteceram em Campos, Brasília, Rio de Janeiro e Vitória, foram apresentados em detalhes o projeto de engenharia de implantação da nova ferrovia, incluindo traçado detalhado, infraestrutura da obra, potencial logístico, integração com a malha ferroviária nacional e com os portos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, e o potencial de geração de negócios.
Agora, todas as sugestões recebidas durante os encontros serão encaminhadas para discussões técnicas e, caso seja necessário, ajustes no planejamento da nova ferrovia serão implantados. A próxima fase é encaminhar o projeto da EF-118 para apreciação do Tribunal de Contas da União (TCU) e, posteriormente, colocar em licitação pública pelo Governo Federal para concessão por meio de Parceria Público Privada (PPP).
Com orçamento de R$ 7,6 bilhões, a EF-118 terá 577,8 km de extensão, sendo 169,2 Km no Espírito Santo e 404,6 Km no Rio de Janeiro, e interligará os complexos portuários dos dois estados. O projeto prevê a implantação de seis túneis, 171 viadutos rodoviários, 130 pontes ferroviárias, 117 passagens inferiores e 60 passagens de pedestres.
Com potencial de carga de 100 milhões de toneladas por ano, a EF-118 interligará a Região Metropolitana do Rio com Vila Velha, Vitória. A ferrovia se articulará com a futura EF-354 (Estrada de Ferro Transcontinental - ligação ao Peru), a partir de Campos, atravessando as regiões minerais e agrícolas de Minas Gerais e do Centro Oeste brasileiro, e possibilitando a conexão com os mercados europeu e asiático. Além disso, a nova ferrovia estará interligada com a rede da concessionária MRS, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo e Minas Gerais. E, no Espírito Santo, com a estrada de ferro Vitória-Minas.
A EF-118 atenderá a demanda da rede portuária dos dois estados, incluindo os portos de Sepetiba, Itaguaí, Macaé, Barra do Furado e Açu, no Rio de Janeiro, e os portos Central, Ubu, Tubarão e Vitória, no Espírito Santo e posicionará o Rio de Janeiro como a plataforma logística de classe mundial. A província portuária do Rio de Janeiro e do Espírito Santo será a maior do país, estando ancorada pelos superportos do Açu, do Rio de Janeiro e Central, no Espírito Santo. Esses são dois portos de grande capacidade, calado profundo acima de 20 metros, capazes de receber navios graneleiros de última geração. Essa nova infraestrutura logística, que integra portos e ferrovias de grande capacidade, possibilitará a atração para o Rio de Janeiro de novos empreendimentos industriais e logísticos, fazendo do estado uma grande plataforma de entrada e saída de produtos de todo o Brasil, com geração de emprego e renda de forma sustentável e por longo prazo.
A nova ferrovia Rio-Vitória faz parte do Programa de Infraestrutura e Logística (PIL), lançado pela presidente Dilma Rousseff no mês passado, que prevê a concessão, por parte da União, de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos em todo o país
Fonte - Revista Ferroviária 30/07/2015
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