Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Petrobras tem dinheiro em caixa para pagar os R$ 6 bilhões à União sem depender de reajuste no preço dos combustíveis nem de ajuda do Tesouro Nacional, disse hoje (23) a presidenta da estatal, Graça Foster. A quantia corresponde à parte da empresa nos R$ 15 bilhões do bônus de assinatura do leilão do Campo de Libra, cujo leilão ocorreu segunda-feira (21).
Graça Foster deu as declarações após reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que é presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ela, o encontro teve como objetivo discutir apenas o modelo de investimento para a extração do petróleo na camada pré-sal. “O reajuste dos combustíveis não foi tratado na reunião. Nem existe data para mudança de preços [da gasolina e do diesel nas refinarias]”, assegurou a executiva.
“O único assunto foi discutido foi Libra. Tratamos sobre as curvas de investimento. Temos alguns planos de desenvolvimento. Temos uma série de atividades que queremos antecipar para produzir o mais rápido possível no menor espaço de tempo, ao menor custo”, declarou Graça Foster. “Ainda terei de conversar muitas horas com o ministro [Guido Mantega] sobre Libra.”
Dizendo não poder antecipar números da Petrobras, que divulgará o resultado do terceiro trimestre na sexta-feira (25), Graça Foster limitou-se a dizer que a estatal tem dinheiro suficiente para assumir os compromissos com o leilão de Libra. “O caixa da Petrobras está muito bem e vai chegar ao final do ano conforme o planejado. Temos como pagar os R$ 6 bilhões. Só que não posso falar do resultado do trimestre hoje”, destacou.
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Graça Foster negou a necessidade de que o Tesouro Nacional precise injetar recursos na Petrobras. “[A empresa] não precisa hoje de um aporte do Tesouro”, ressaltou. Ela disse ainda que não existe previsão de reajuste no preço dos combustíveis. “Não tem data para aumento dos combustíveis”, reiterou.
Em relação aos planos da estatal para os próximos anos, a presidenta da Petrobras também não forneceu detalhes, mas disse que a extração de petróleo da camada pré-sal na área de Libra não exigirá investimentos consideráveis nos primeiros anos de operação. “Não posso falar sobre o ano que vem porque o plano de investimentos não foi lançado ainda. Só posso dizer que, nos primeiros dois, três anos, os investimentos de Libra não serão expressivos”, declarou.
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