Logística
Os 85 contêineres saíram da Santos Brasil – operadora de terminais portuários e logística –, no porto de Santos, carregados de sucata de alumínio e insumos para a fabricação de produtos químicos. De lá, foram levados ao Terminal da Cragea, em São José dos Campos; o destino final são fábricas de clientes da MRS também no município de São José dos Campos e no de Pindamonhangaba,
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Os 85 contêineres saíram da Santos Brasil – operadora de terminais portuários e logística –, no porto de Santos, carregados de sucata de alumínio e insumos para a fabricação de produtos químicos. De lá, foram levados ao Terminal da Cragea, em São José dos Campos; o destino final são fábricas de clientes da MRS também no município de São José dos Campos e no de Pindamonhangaba, ambos no estado de São Paulo. “Esse tipo de operação acontece de acordo com a demanda. Não é possível afirmar que se trata de uma tendência, mas é muito provável que novas operações com composições desse porte ocorram nas próximas semanas”, avalia Guilherme Alvisi, gerente geral de Negócios para Carga Geral da companhia.
Os contêineres têm ganhado cada vez mais espaço no transporte ferroviário. No primeiro trimestre de 2016, por exemplo, a MRS registrou crescimento de 60% no segmento se comparado ao mesmo período do ano passado. No fechamento de 2015 foi registrado, pelo segundo ano consecutivo, um crescimento superior a 30% no transporte das caixinhas, totalizando 67,7 mil TEUs transportados.
Para a coordenadora de Serviços Logísticos Juliana Arjona, o bom relacionamento e o alinhamento entre os clientes e parceiros logísticos envolvidos é fundamental para o sucesso da operação. “Toda a operação foi alinhada entre as partes, que estruturaram a solução logística multimodal em parceria. Nós, da MRS, estamos diretamente envolvidos e comprometidos com a performance das partes no processo, como o terminal da Cragea. A Logística e a equipe de Pátios e Terminais estão sempre presentes, in loco, e esse acompanhamento nas etapas operacional e burocrática do processo é fundamental para garantir eficiência”, afirma ela.
A Grade Fixa
A grade fixa de trens viabiliza atendimentos a demandas de contêineres dentro de padrões pré-definidos, ou seja, há uma operação desenhada para cada rota de atendimento sinalizada pela área Comercial: todos os envolvidos sabem a que horas o trem parte, circula e chega ao destino. No entanto, a analista de Planejamento da Circulação e Controle da Operação Natasha Granato, ressalta que, apesar da denominação “fixa”, as grades ainda permitem à MRS uma certa flexibilidade de atendimentos entre rotas. “As referências operacionais, já definidas, facilitam o planejamento de volumes por rotas, mas com certeza são imprescindíveis à programação no momento de tomada de decisões mais seguras e ágeis com base na grade”.
Segundo Natasha Granato, três características da grade fixa contribuíram para a circulação do trem de 90 TEUs. “O primeiro ponto é a mobilidade entre rotas, pois o espaço para trens maiores no terminal depende da demanda do momento; o segundo fator é a visibilidade prévia dos programadores, que conseguem visualizar de imediato a oportunidade de ocupação do terminal por um trem maior; e, por fim, a organização dos atendimentos, que proporciona às áreas envolvidas na operação a visão rápida do desenho planejado”, conclui.
A circulação do trem na rota Santos-Vale do Paraíba começa na margem esquerda do porto de Santos e termina em São José dos Campos. O especialista ferroviário da Gerência de Pátios e Terminais – Baixada, Fabiano Oliveira, destaca os investimentos feitos pela MRS nesse trecho para viabilizar um transporte cada vez mais eficiente. “Várias obras e aquisições melhoraram a capacidade e a qualidade da malha da MRS e o transporte de carga geral tem sido bastante beneficiado com as melhorias. O trem de contêineres passa, nesta rota, por Raiz da Serra, onde sobe a Cremalheira com as locomotivas Stadler, por Paranapiacaba e, por fim, pela Segregação Leste, exemplos claros de investimento”, pontua Oliveira.
Fonte - Portogente 09/06/2016
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