Previsão de ampliação do horário de operação da conexão metrô-aeroporto é para 1º de maio e cobrança de passagem deve iniciar em meados da próxima semana. Confirmação depende de reunião de Diretoria Executiva da Trensurb, que acontecerá amanhã (30).
Trensurb
Foto: Kauê P. Menezes/Trensurb |
Desde 14 de abril, o veículo A200, com capacidade para 300 passageiros, o dobro do A100, circula para testes com usuários. A linha que faz a conexão da Estação Aeroporto do metrô ao Terminal 1 do Salgado Filho, em um trajeto de 814 metros percorrido em dois minutos, abriu ao público em 10 de agosto de 2013. Desde então, realizou mais de 14 mil viagens, transportando 301 mil passageiros. O horário de operação, que inicialmente era das 10h às 16h, foi ampliado para o atual (das 6h30 às 16h) em 18 de novembro de 2013.
Aeromóvel em foco na SERGS
Após a abertura do Bom Dia Engenharia, feita pelo presidente da SERGS, Hilário Pires, o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, apresentou o histórico do projeto da linha metrô-aeroporto do aeromóvel. Kasper lembrou que a iniciativa surgiu a partir de uma recomendação do Ministério das Cidades, feita em 2008 como resultado da CPI do sistema de tráfego aéreo, com intuito de melhorar o acesso a terminais aeroportuários. Lançado oficialmente em 2010, foi a partir de sua inclusão no PAC, em 2011, que o empreendimento “deslanchou”.
Após uma série de avaliações e ajustes dos diversos e complexos sistemas e subsistemas que compõem a linha da Trensurb desde que ela foi aberta ao público – em agosto de 2013 –, a conexão metrô-aeroporto está quase pronta para operar comercialmente. E será a primeira linha de aeromóvel a fazê-lo no Brasil e a primeira do mundo com operação 100% automática. “Estamos num patamar aceitável no desenvolvimento da tecnologia operacional para darmos um salto e ampliarmos o uso do modal para outros locais”, afirmou Kasper. “O próximo passo é ajudar no desenvolvimento de tecnologia operacional aplicada”, completou, referindo-se a constituição de um Centro de Desenvolvimento Operacional Aplicado à Tecnologia Aeromóvel dentro da Trensurb, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do governo federal.
No encontro da manhã de hoje, o coordenador do Centro de Desenvolvimento Operacional Aplicado à Tecnologia Aeromóvel, da Trensurb, Sidemar Francisco da Silva, destacou a possibilidade que o modal tem de vencer obstáculos como aqueles existentes no trajeto entre metrô e aeroporto. As passarelas e elevados obrigaram a construção da via do aeromóvel com aclives e curvas de raio fechado. Sidemar destacou ainda o baixo custo energético proporcionado pela tecnologia, graças a um peso morto transportado menor que de outros modais. Enquanto a linha da Trensurb, transportando cerca de dois mil passageiros em 9,5 horas diárias de operação (das 6h30 às 16h), representou um gasto de 22 watts-hora por passageiro-quilômetro (Wh/pass.-km), esse valor chega, em horários de pico, a 86,1 Wh/pass.-km para metrôs e 161,1 Wh/pass.-km. O automóvel particular tem gasto de 844,5 Wh/pass.-km.
Participaram, ainda, do Bom Dia Engenharia: Oskar Coester, inventor da tecnologia aeromóvel; Rogério Balle, sócio-diretor da Rumo Engenharia, empresa responsável pela construção das estações da linha metrô-aeroporto do modal; Fernando Orsi, diretor industrial da T’Trans, empresa responsável pela fabricação dos veículos da linha.
Coester falou dos princípios e da evolução da tecnologia, comparando a história do aeromóvel a da propulsão a jato da aviação, que enfrentou resistência antes de se tornar padrão na indústria. Mas, segundo ele, “a recompensa de todo esse trabalho é poder fazer algo para melhorar a vida das pessoas”. Balle, por sua vez, detalhou as fases da construção dos terminais da linha metrô-aeroporto e destacou que os trabalhos junto à Estação Aeroporto da Trensurb pouco influenciaram a operação do sistema metroviário. Falando sobre os dois veículos do aeromóvel da Trensurb, Orsi falou da qualidade da automação e do controle de seus diversos subsistemas. “O aeromóvel é tecnologia pura”, afirmou.
Fonte - Trensurb 29/04/2014
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