PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

POLÍTICA.com




Como se fosse um crime-Mídia afirma que Petrobras beneficiou a Braskem, mas não conta que a Braskem pertence à própria Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima

Tudo lindo, maravilhoso, se a Petrobras não fosse - coisa que não foi divulgada com o mesmo estardalhaço - uma dos maiores donos da Braskem, na qual é sócia da própria Odebrecht.Qual seria o sentido para a Petrobras, de concorrer com a Braskem, logo consigo mesma, ou de vender a ela Nafta a preços mais caros, prejudicando uma empresa que já era dela mesmo?

Mauro Santayana
foto - ilustração
A última de certos meios de comunicação é acusar Lula de ter beneficiado a Odebrecht, via Braskem, em detrimento da Petrobras, como se a Petrobras fosse uma empresa e a Braskem outra, totalmente separadas, diferentes e concorrentes.
Tudo lindo, maravilhoso, se a Petrobras não fosse - coisa que não foi divulgada com o mesmo estardalhaço - uma dos maiores donos da Braskem, na qual é sócia da própria Odebrecht.
Logo, beneficiando a Braskem, que também lhe pertence, a Petrobras não estaria beneficiando a si mesma, ao menos em parte, não apenas colhendo o lucro e os eventuais "benefícios proporcionados à Braskem", mas também fornecendo matéria prima para ser modificada por uma empresa que lhe pertence, para agregar valor a insumos que produz, e vendê-los mais caro, como produtos acabados, no mercado?
Qual seria o sentido para a Petrobras, de concorrer com a Braskem, logo consigo mesma, ou de vender a ela Nafta a preços mais caros, prejudicando uma empresa que já era dela mesmo?
Mesmo que não seja exatamente isso, ou que a sociedade na Braskem não tenha sido positiva para a Petrobras - coisa que parece difícil, diante do estrondoso "carnaval" que pretende apresentar a Petrobras como uma inocente vítima da Braskem e do próprio Lula - a omissão da informação, que é absolutamente relevante nesse tema, é ululantemente óbvia, do ponto de vista da descarada intenção de se enganar e manipular a opinião pública.
Descontado isso, e pressionado por uma ideologia neoliberal nefasta que não aceita mais empreendimentos 100% "estatais" no país, Lula pode ter feito isso porque achava bom para a nação que ela tivesse mais um, ou ao menos um grande grupo empresarial brasileiro na área petroquímica, no caso, a Odebrecht.
O atual governo - e a fascistada que ladra na internet - prefere criar "campeões" estrangeiros na área, vendendo indústrias gigantescas como a Petroquímica Suape a outros países, pelo equivalente a cinco dias de faturamento da Petrobras, ou cerca de 10% dos recursos que foram investidos para construí-la.
Fonte - Blog do Mauro Santayana  23/04/2017

Espaço Público




Governo federal devolveu à sociedade mais da metade dos tributos pagos em 2014

Com informações da Agência Brasil
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Em 2014, os brasileiros receberam de volta do governo quase metade do que foi pago em impostos e contribuições. Essa conclusão é da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, ao apontar que a carga tributária líquida em do ano passado representou 17,39% do Produto Interno Bruto (PIB). Já a carga tributária bruta no período foi de 33,47% do PIB. A diferença entre os dois porcentuais representa o que governo devolveu por meio das transferências para a Previdência Social, os programas de assistência social e os subsídios, que somaram 16,08% do PIB.
O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Rogério Boueri, aponta que os dois valores – da carga tributária líquida e de transferências e subsídios – estão se igualando ao longo dos últimos anos. “Existe uma convergência entre a carga líquida e as transferências e subsídios. Os dois valores têm se aproximado nos últimos anos. Cerca da metade da carga tributária está indo para pessoas, entidades e empresas. Em 2015, pode haver a inversão de magnitudes, e as transferências superarem a carga líquida”, disse Boueri.
De acordo com o secretário, a crise econômica é o principal motivo para a aproximação da carga tributária líquida e das transferências e subsídios. Isso porque em momentos de contração da economia, a arrecadação cai mais que o PIB, enquanto as transferências, principalmente para a Previdência Social, seguem um comportamento rígido e não podem cair.
Boueri citou ainda o envelhecimento da população como fator que deve elevar o pagamento de aposentadorias e pensões nos próximos anos. “Quando o PIB cai 1 ponto percentual, a carga tributária líquida cai mais. No entanto, os gastos com transferências e os subsídios são mais rígidos. Sem contar que a transferência para a Previdência Social deve se acentuar com transição demográfica nos próximos anos”, explicou.
Fonte - PortoGente  30/10/2015


Governo define cronograma e quer acelerar concessões

Valor Econômico
foto - ilustração
Num esforço orquestrado para produzir boas notícias em meio à crise política e dificuldades na economia, o governo definiu o cronograma para as concessões de infraestrutura que serão realizadas neste ano. Até abril serão lançados os estudos para avaliar o interesse privado nas concessões de aeroportos, hidrovias e dragagem de portos.
O leilão das rodovias que já têm estudos de viabilidade concluídos será realizado no último trimestre. Novos trechos rodoviários serão incluídos no programa ao longo do segundo semestre e o início das concessões de ferrovias depende apenas de uma sinalização positiva dos investidores para que o governo lance o edital do trecho entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO).
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse ao Valor que as taxas de retorno dos novos projetos vão refletir "condições de mercado", sinalizando que a discussão sobre o tabelamento dos lucros das empresas, que dominou a primeira etapa das concessões, não se repetirá. A intenção é manter inalteradas as taxas de juros e os limites de financiamento do BNDES, mas a decisão dependerá de uma análise mais detalhada de cada projeto e da capacidade do banco de fomento após a definição de que não receberá novos aportes do Tesouro Nacional.
"Esses projetos fazem parte da estratégia de retomada de crescimento da economia. Refletem a disposição de aumentar o investimento em parceria com o setor privado e são importantes no momento em que fazemos correções e ajustes na política macroeconômica", disse Barbosa. "Mas este é o dia a dia do governo, são discussões que estão em andamento", afirmou o ministro, indagado sobre a estratégia do governo de impor uma agenda positiva em meio ao cenário de crise.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tende a perder fôlego. De acordo com o ministro, a próxima versão do programa incluirá novas obras no portfólio, mas a prioridade em 2015 será pagar o que já foi feito e concluir as obras que estão em andamento. "Novos projetos serão incluídos de acordo com a disponibilidade orçamentária do ano. Teremos clareza disso após a aprovação do Orçamento", explicou Barbosa.
Na avaliação do governo, o apetite do setor privado pela nova rodada de concessões não deve ser afetado pelas condições econômicas adversas no Brasil e no mundo ou pelas dificuldades criadas pela Operação Lava-Jato sobre as principais empreiteiras do país. O ministro argumentou que ainda há muita liquidez no mundo disposta a investir em bons projetos. No caso das empreiteiras, segundo ele, "as investigações terão efeitos sobre as firmas, mas o setor de construção civil terá capacidade para se adequar às oportunidades".
Uma das principais novidades do pacote é a concessão dos serviços de dragagem, um pleito antigo do setor privado. Segundo Barbosa, a Secretaria Especial de Portos identificou três terminais passíveis de terem os serviços concedidos. A escolha leva em conta a intensidade do assoreamento e o volume de movimentação, explicou o ministro dos Portos, Edinho Araújo. Segundo ele, as primeiras concessões de dragagem devem ocorrer nos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS).
Nas hidrovias, outro setor que a presidente Dilma Rousseff quer incluir no pacote de concessões, a prioridade será a região Norte, conforme antecipou no mês passado o Valor. O governo trabalha desde o início do ano no mapeamento de hidrovias nos rios Tapajós, Madeira e Tocantins. Em abril serão encomendados os estudos de viabilidade para levar adiante as concessões. A Hidrovia do Mercosul, que liga a Lagoa dos Patos à Lagoa Mirim, no Rio Grande do Sul, também está na lista.
Apesar de ser o setor em que é mais fácil realizar concessões, as rodovias só devem voltar a ser leiloadas no segundo semestre. Até maio, os estudos para a concessão de quatro trechos com pouco mais de 2,6 mil quilômetros estarão concluídos e o Planejamento espera fazer os leilões a partir de outubro, visto que os editais ainda têm que ser elaborados e avaliados pelo TCU. No pacote estão trechos como os 493 quilômetros de quatro rodovias federais entre Lapa (PR) e Chapecó (SC).
A partir de julho, segundo Barbosa, o programa de concessões rodoviárias vai incorporar novos lotes, que ainda são mantidos sob sigilo no Ministério dos Transportes. Somente após o anúncio desses trechos é que o governo começará a contratar os estudos de viabilidade. Além disso, concessões já realizadas poderão passar por uma reavaliação para incluir obras de aumento de capacidade.
A mesma estratégia será usada agora para atrair novos investimentos em ferrovias, setor onde as concessões estão mais complicadas. Barbosa informou que o governo já foi procurado pelas atuais concessionárias, que estariam interessadas em investir na ampliação da malha existente em troca de uma eventual ampliação dos prazos de concessões. Não há definição, mas o Planejamento concordou em avaliar as propostas.
Para as novas ferrovias, o governo ainda não tem segurança de que haverá investidores interessados. É isso que impede o lançamento do edital para a obra da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que compreende o trecho entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO). Até agora, de acordo com Barbosa, apenas investidores estrangeiros demonstraram interesse na empreitada.
Confirmadas ontem por Dilma, as concessões dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis e Salvador serão feitas paralelamente à reestruturação da Infraero. Depois das primeiras concessões, a estatal perdeu a receita dos aeroportos mais rentáveis e não tem como fechar suas contas. Na avaliação do governo, as regras de quem poderá ou não disputar os leilões, assim como os limites da participação da Infraero, não precisam ser definidas agora.
A fatia da estatal como sócia nos aeroportos concedidos deve ser inferior aos 49% praticados nas concessões já feitas, mas Barbosa explicou que o governo pretende manter uma participação societária que garanta representação da Infraero nos conselhos de administração e fiscal das novas concessionárias.
"Esses percentuais serão uma espécie de piso para a participação da Infraero, porque queremos garantir que a empresa continue tendo uma atuação relevante nas novas concessionárias", afirmou Barbosa. De acordo com ele, em abril o governo deve encomendar os estudos para demonstrar a viabilidade das novas concessões anunciadas.
Fonte - Revista Ferroviária  13/03/2015


Quem vai investigar Aécio em Furnas?

Por Miguel do Rosário
No blog O Cafezinho

Os escândalos envolvendo o PT, reais ou imaginários, ocupam milhares de repórteres, todos frenéticos e ambiciosos, tentando um lugar ao sol.
Investigar treta petista, mesmo inexistente, vale promoções, prêmios, aumentos de salário, tapinha nas costas dos patrões.
Investigar escândalo tucano, como sabem os jornalistas mineiros, paranaenses e paulistas, apenas serve para abreviar a carreira.
Há vários documentários sobre a brutalidade do PSDB contra jornalistas que insistem em investigar desvios do partido.
Vejam a desproporção no tratamento das notícias.
Todo o auê das últimas horas se dá porque o PGR protocolou, junto ao STF, a abertura de inquéritos envolvendo importantes políticos.
Só isso: foram abertos inquéritos. Agora os políticos serão investigados, poderão se defender, etc.
Pois bem, ao final de 2014, foi instaurado( http://www.ocafezinho.com/2014/01/27/policia-federal-confirma-abertura-de-inquerito-contra-sonegacao-da-globo/), junto à Polícia Federal, um inquérito para se investigar a sonegação da Globo.
Não se trata de qualquer sonegação, nem de qualquer empresa.
O valor cobrado pela Receita à Globo, superior a R$ 600 milhões em 2006, corresponderia hoje a mais de R$ 1 bilhão.
Não falamos de qualquer empresa, mas de uma concessão pública, a maior do Brasil, e o maior grupo de mídia da América Latina, um império construído sobre o cadáver da nossa democracia.
Por que a abertura do inquérito na PF não foi capa de nenhum portal ou revista?
É uma coisa apavorante: parece que não existiu.
Eu mesmo, que estive na superintendência da PF no Rio de Janeiro, conversei com o delegado, vi o documento, às vezes duvidava de mim mesmo.
O povo não teve esse direito básico: saber que foi aberto um inquérito para se investigar a sonegação da Globo.
Um ano depois, soubemos através de reportagem do Diário do Centro do Mundo que o inquérito foi arquivado.
Claro, o próprio pacto de silêncio da mídia ajudou neste sentido.
O caso apenas ganhou um pouco de notoriedade quando o então candidato ao governo do Rio, Anthony Garotinho, durante sabatina com uma repórter global que tentava acuá-lo com uma bateria de acusações, defendeu-se dizendo (http://www.ocafezinho.com/2014/09/21/garotinho-revela-novidades-sobre-sonegacao-da-globo/ ) que as investigações contra ele eram apenas isso, investigações, e não condenações, da mesma forma que havia uma investigação em curso contra a Globo.
Por que abrir inquérito contra um político vale capa de todos os portais, jornais e revistas do país, e abrir inquérito contra a Globo não aparece em lugar nenhum?
As investigações sobre a sonegação da Globo já haviam motivado a abertura de inquérito preliminar no Ministério Público do Distrito Federal.
A notícia saiu em vários sites alternativos, até mesmo num portal ligado à Globo, o Comunique-se (que publicou, naturalmente, num viés chapa-branca - http://portal.comunique-se.com.br/index.php/mkt-pp/11-editorias/comunicacao/72316-ministerio-publico-no-distrito-federal-apura-suspeita-de-sonegacao-envolvendo-a-globo).
Saiu também no portal da EBC (http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-07-16/ministerio-publico-no-df-abre-apuracao-sobre-suspeita-de-sonegacao-envolvendo-rede-globo )
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro havia fugido pela tangente, através de uma nota escorregadia (http://www.prr2.mpf.mp.br/noticias/pr-rj-nota-de-esclarecimento-procedimento-fiscal-da-rede-globo ), em que afirmava que sabia da sonegação, do roubo do processo, mas que não podia fazer nada.
Nada como ser educado e usar palavras bonitas para dizer ao povo, como Poncio Pilatos, que “lavo as mãos”.
Nada de hotsite especial, como fizeram agora para a Lava Jato.
Nada de cartilha para crianças, como fizeram com o mensalão.
O MPF-RJ, ao menos, fez uma coisa boa. Foi ele que repassou o caso à Polícia Federal, superintendência do Rio de Janeiro, Delegacia Fazendária, que abriu um inquérito (http://www.ocafezinho.com/2014/01/27/policia-federal-confirma-abertura-de-inquerito-contra-sonegacao-da-globo/ ).
Mais tarde, quando a íntegra do esquema foi divulgada pela blogosfera, com os nomes das empresas usadas pela Globo para praticar uma evasão fiscal bilionária, notou-se novamente o estrondoso, quase atômico, silêncio da nossa mídia corporativa.
Ninguém quis investigar, ou mesmo noticiar, um esquema que mostra, de maneira emblemática, como os grandes grupos econômicos fazem para sonegar dezenas de bilhões de reais por ano.
O mesmo silêncio se viu para o estudo do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional, estimando a evasão fiscal brasileira em 2014 em mais de R$ 500 bilhões.

*****
Voltando a Lava Jato, a grande novidade dela é trazer informações novas sobre a Lista de Furnas, um caso de corrupção que envolve diretamente Aécio Neves.
Ora, Aécio Neves quase foi presidente da república, é presidente do principal partido de oposição e as forças políticas que o apoiam tentam derrubar Dilma para colocá-lo em seu lugar.
Qualquer coisa ligada a seu nome deve ser investigada profundamente, porque é de interesse nacional.
E agora descobrimos que alguns delatores até tentam apontar o dedo para a oposição. Mas as autoridades, assim como fizeram no caso da sonegação da Globo, não parecem se interessar.
Alberto Youssef mencionou propina paga a Aécio Neves com dinheiro público, de uma estatal federal, Furnas, de 1994 a 2001.
Youssef não é o primeiro a falar do caso.
Há um sujeito engaiolado nos presídios de Minas Gerais, Nilton Monteiro, que sempre quis ajudar a Justiça, mas nunca recebeu os benefícios da “delação premiada”.
Será porque Monteiro sempre deixou claro que queria delatar os esquemas tucanos, mais particularmente de Aécio Neves, em Furnas?
(Ouça o áudio da entrevista (https://soundcloud.com/azenha/a-entrevista-completa) do Viomundo com Nilton Monteiro. Serve para entender porque Ali Kamel tenta, tão desesperadamente, asfixiar a blogosfera com processos.)
Há inúmeras reportagens sobre a lista de Furnas na blogosfera, todas embasadas em documentos. A delação premiada de Youssef apenas chega para reforçá-las.
A Folha hoje publica uma matéria (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1599725-outras-estatais-pagavam-politicos-diz-doleiro.shtml) em que menciona a delação de Youssef contra Aécio Neves. Mas faz de tudo para esconder o nome de Aécio, que aparece apenas no fim do texto.

Repare só o título:

O cinismo não tem limites.
Na delação de Youssef aparece ainda o nome de Augusto Montenegro, dono do Ibope, envolvindo num esquema de corrupção.
Montenegro é um amigo de longa data da grande mídia.
O Ibope também está ligado ao golpe militar. Somente há pouco a instituição liberou uma pesquisa que realizou em 64, mostrando João Goulart com alta popularidade no país.
Diante do interesse histórico evidente, porque o Ibope não divulgara a informação imediatamente após a queda do regime militar, para ajudar o país a entender a sua história?
Por que a mídia (e o próprio Ministério Público, que se tornou quase um braço da nossa mídia) faz infográficos maravilhosos com as delações de Youssef, mas ignora solenemente as partes em que ele menciona a corrupção de Aécio Neves, presidente do PSDB, e Augusto Montenegro, dono do Ibope?

*****
Ao invés de investigar as novas revelações sobre a Lista de Furnas, a mídia centrou sua artilharia semiótica em Dilma.
Manchetes, insinuações, títulos, interpretações enviesadas, trataram de compensar a ausência absoluta de indícios da participação da presidenta em qualquer esquema escuso, na Petrobrás ou em qualquer estatal.
Exatamente o contrário do que se dá com Aécio Neves, que foi diretamente acusado pelo doleiro, confirmando uma denúncia (http://www.viomundo.com.br/denuncias/com-medo-de-morrer-delator-do-mensalao-tucano-fica-em-presidio-de-seguranca-maxima-e-se-diz-perseguido-por-aecio-neves.html) de outro indivíduo importante, Nilton Monteiro, e corroborando o documento chamado Lista de Furnas, onde consta a assinatura de Dimas Toledo, operador do PSDB.
A lista foi autenticada pela perícia (http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2006-06-16/policia-federal-confirma-autenticidade-da-lista-de-furnas) da Polícia Federal, mas o caso sempre foi sistematicamente abafado pela imprensa.
Ou seja, o nosso PGR abriu inquérito contra políticos com base apenas em delações de Costa negadas por Youssef, como é o caso de Lindberg Farias, Humberto Costa e Palocci. Mas mandou arquivar inquérito contra Aécio, apesar das delações de Youssef serem confirmadas por Nilton Monteiro e por um documento autenticado pela Polícia Federal.
Os tucanos jogam pesado. O advogado de Nilton Monteiro diz que tem medo de morrer (http://www.viomundo.com.br/denuncias/advogado-contesta-versao-oficial-e-diz-que-morte-de-modelo-tem-ligacao-com-mensalao-tucano-em-minas.html), mas seus temores jamais foram publicizados na grande mídia.
Dino Miraglia fala ainda da morte da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, que foi sua cliente, e morreu, no ano 2000, em circunstâncias misteriosas. A modelo atuava como “mula” de corruptos tucanos em Minas, e sua morte oferece toda a aparência de “queima de arquivo”.
A mídia se cala, mais uma vez, sobre Furnas, tentando manipular investigações políticas e enganar a opinião pública.
Ao invés disso, o Globo prefere, em pleno Dia Internacional da Mulher, publicar uma charge repugnante contra a primeira mulher presidente da república do nosso país.


Repugnante e cheia de reverberações sinistras.
Afinal, quem é o Exército Islâmico, símbolo máximo de brutalidade antidemocrática e ignorância sangrenta, disposto a degolar uma presidenta eleita e reeleita por mais de 50 milhões de eleitores?
Quem está jogando pesado para derrubar Dilma, ou pelo menos, mantê-la, a ela e a seu governo, acuados, paralisados, sem força para levar adiante, por exemplo, mudanças efetivas na política de comunicação?
Bem que eu andei comparando a nossa mídia ao Estado Islâmico, por conta de sua agressividade assassina em relação a jornalistas e políticos que fogem do script.
Agora eles mesmos vestiram a carapuça.
Fonte - Blog do Miro  09/03/2015


Porsche desmoraliza o Judiciário

Por Altamiro Borges

Os ilustres membros do Judiciário – o mais hermético dos poderes da República e também o mais corrupto, segundo vários estudos –, adoram os holofotes midiáticos. No geral, prevalece uma relação promíscua entre estes dois aparelhos de hegemonia na sociedade. Os juízes nunca investigam os barões da mídia, nunca punem os impérios midiáticos nos casos de desrespeito à Constituição e ainda garantem sentenças favoráveis ao setor – como agora, na condenação do blogueiro Miguel de Rosário, perseguido pelo censor Ali Kamel, diretor de jornalismo da poderosa Rede Globo. Na outra ponta, os veículos de imprensa não acionam suas equipes de “jornalistas investigativos” para apurar denúncias de irregularidades no Poder Judiciário. Há uma relação de sedução e medo entre estes dois aparatos. Muito raramente ela é quebrada, como agora com a patética história do juiz Flávio Roberto de Souza, flagrado ao volante de um luxuoso Porsche apreendido do empresário-trambiqueiro Eike Batista.
A cena ocorreu na manhã desta terça-feira (24), no Rio de Janeiro. O juiz Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Federal Criminal, foi visto dirigindo o Porsche Cayenne, avaliado em R$ 495 mil, que pertencia a Eike Batista. O veículo tinha sido apreendido pela Polícia Federal no início de fevereiro como parte das investigações sobre os crimes financeiros cometidos pelo empresário. O juiz exibicionista, responsável pelos processos contra o ricaço, agora será alvo de investigação da Corregedoria do Tribunal Regional Federal. Apesar do flagrante, Flávio Roberto de Souza ainda tentou posar de inocente. “É uma situação normal. O carro ficou guardado em local seguro, longe de ser suscetível a qualquer dano”, justificou-se à imprensa. Mas ninguém parece que acreditou muito na sua “história” – nem mesmo seus compadres do Poder Judiciário.
Segundo matéria da Folha, “o caso do Porsche criou mal-estar entre juízes e desembargadores federais. Desembargadores do TRF ouvidos pela Folha e que pediram que não fossem identificados dizem que o juiz feriu regras da Lei Orgânica da magistratura, do Código de Processo Civil e da Lei de Improbidade Administrativa. Nenhuma delas prevê explicitamente uso de bens apreendidos por magistrados. Há entendimento de que o juiz não pode ‘ter à sua disposição os bens de um réu’. Quando um bem é apreendido, o juiz deve eleger um ‘fiel depositário’ para resguardá-lo e impedir sua deterioração. Souza solicitou ao Detran, no dia 11, que o Porsche e um Hilux, também de Eike, ficassem à disposição do juízo. À garagem do condomínio em que mora o juiz, além do Porsche, foi levado uma Land Rover de Thor, filho de Eike”.
Para Eliana Calmon, ex-corregedora nacional da Justiça – que ficou famosa por denunciar a existência dos “bandidos de toga” e até se aventurou na política, mas foi derrotada na eleição para o Senado na Bahia –, o flagrante do juiz ao volante do Porsche mancha a imagem do Judiciário. “Considero este caso extremamente grave. A conduta do juiz é absurda e desmoraliza o Poder Judiciário... Isso deixa o juiz em situação de suspeição e atenta contra a credibilidade da Justiça, que deve ser preservada”, afirma. O mesmo juiz já havia chamado a atenção ao criticar o réu fora dos autos. Em novembro passado, ele afirmou que Eike Batista nutria o "sonho megalomaníaco de se tornar o homem mais rico do mundo”. Pelo jeito não era só o empresário-trambiqueiro que nutria este sonho. Quantos outros juízes não ambicionam os holofotes da mídia e a riqueza?
Fonte - Blog do Miro  25/02/2015


Aécio está histérico. Qual o motivo?

Por Altamiro Borges
Aécio Neves sempre foi visto como um típico político mineiro. Conciliador e cordato, ele se jactava de seguir as lições do seu avô, Tancredo Neves. A partir da campanha eleitoral do ano passado, ele mudou radicalmente de postura. Passou a babar ódio! Imaginava-se que era pura jogada de marketing. Após o pleito, porém, o derrotado nas urnas radicalizou ainda mais sua conduta. Afirmou que Dilma fora reeleita por “uma organização criminosa”; pediu a recontagem dos votos; em vídeo, apoiou marchas golpistas; e flertou com a ideia do impeachment de Dilma. Na semana passada, o senador até bateu boca com o presidente da Casa, Renan Calheiros. Com a sua barba por fazer, ele pareceu ainda mais colérico. Até seus pares estão surpresos com o seu total descontrole. Qual seria o motivo de tamanha agressividade depois de passadas as eleições?
Algumas pistas começam a aparecer. Na semana passada, numa pequena notinha, o jornal Estadão – que apoiou o cambaleante – confirmou que o governo de Minas Gerais pretende ir ao Ministério Público Federal para denunciar Aécio Neves e sua criatura, Antônio Anastasia. Segundo o deputado Durval Ângelo, líder da bancada petista no Legislativo mineiro, há indícios de “total corrupção” nos 12 anos de governos do PSDB no Estado. Conforme já havia prometido, o governador Fernando Pimentel criou uma auditoria para analisar a herança dos tucanos e até importou o “xerife” Mario Spinelli, que desbaratou a máfia dos fiscais que atuou em São Paulo nas gestões de José Serra e Gilberto Kassab. Os resultados destas investigações, segundo Durval Ângelo, são “estarrecedores”.

Minas finalmente terá CPIs?
Entre outras irregularidades, a auditoria constatou que as empreiteiras investigadas pela midiática Operação Lava-Jato também fizeram bilionários negócios em Minas Gerais. Os deputados mineiros, que sempre foram tratados na base da mordaça ou da sedução pelos governos tucanos, agora já falam em instalar várias Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) – o que era totalmente impensável no passado. Diante desta expectativa sombria, que talvez ajude a explicar a irritação do cambaleante Aécio Neves, o sempre atento Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, ouviu o deputado Durval Ângelo para entender os possíveis desdobramentos destas investigações. Reproduzo alguns trechos da entrevista:
“Segundo o petista, os alvos da investigação conduzida pelo ‘xerife Spinelli’ são a construção do estádio do Mineirão – que será alvo de CPI que a bancada estadual do PT pretende abrir –, a construção da Cidade Administrativa pelo governo Aécio Neves, a construção de estradas dadas em concessão à iniciativa privada (empreiteiras da Lava Jato), pagamento de vantagens irregulares a servidores vinculados aos governos tucanos e irregularidades na companhia de saneamento básico de MG, a Copasa. Esses são os focos principais das auditorias dos governos Aécio Neves e Antônio Anastasia que o governo de Fernando Pimentel está levando a cabo, mas não são todos, são, apenas, os focos principais. Segundo Ângelo, há muitas outras linhas de investigação”.

As "petrofortunas" da Lava-Jato
“O deputado petista afirma que Spinelli, o controlador-geral do Estado de Minas, já dispõe de ‘elementos evidentes’ sobre corrupção nas gestões tucanas e esses elementos serão tornados públicos no fim de março ou começo de abril. Ângelo informa que os suspeitos sem foro privilegiado serão denunciados ao Ministério Público estadual, apesar de ser controlado por um procurador-geral indicado pelo ex-governador Anastasia. Com foro privilegiado só figuram nas investigações os ex-governadores tucanos, que, por conta disso, serão denunciados ao Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. O deputado também disse que durante os governos tucanos secretários de Estado, por exemplo, eram denunciados ao MP mineiro pela oposição, mas, como tinham foro privilegiado – só podiam ser investigados pelo chefe do MP estadual –, as investigações não andavam, pois o procurador-geral “sentava em cima”. Como agora esses servidores não têm mais foro privilegiado por não fazerem mais parte do governo qualquer procurador poderá investigá-los”.
“Já Aécio e Anastasia, por serem senadores poderão ser investigados pelo MPF, apesar de que a competência para investigá-los seria do procurador-geral do Estado. Mas como algumas supostas irregularidades os vinculam a empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que tem escopo federal, a denúncia pode ser feita à Procuradoria Geral da República. Perguntado pelo Blog sobre a consistência das acusações, o deputado Durval Ângelo diz que seriam fortes. Porém, como se trata do PSDB ele desconfia que um elemento fundamental em investigações, a pressão da imprensa, não existirá, facilitando a vida dos acusados. Mas afirma que o que cabe ao governo Pimentel fazer, está sendo feito”.
No caso da midiática Operação Lava-Jato, até o jornalista Elio Gaspari, da Folha tucana, publicou uma notinha neste domingo (8) que deve atormentar ainda mais a vida de Aécio Neves. “O PSDB sabe que não sairá ileso da Operação Lava Jato. Suas petrofortunas recentes eram conhecidas antes mesmo do surgimento do juiz Sérgio Moro”. Juntando as duas informações, até dá para entender porque o cambaleante anda tão irritadinho!
Fonte - Blog do Miro  11/02/2015


Bob Fernandes / A guerra da narrativa: corrupção ou cartel? Falta d’água ou crise hídrica?...




Nenhum tucano vai para a cadeia?

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (2), “a Justiça de São Paulo decretou o bloqueio de R$ 282 milhões da multinacional francesa Alstom e do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, réus em ação de improbidade movida pelo Ministério Público”. A revelação bombástica foi feita pelo jornalista Fausto Macedo, do Estadão, mas não mereceu as manchetes dos jornalões e nem os comentários hidrófobos dos “calunistas” das emissoras de rádio e tevê. Na sua seletividade escancarada, a mídia privada prefere destacar apenas as denúncias de corrupção contra a Petrobras, com o objetivo explícito de desgastar o governo Dilma. Os escândalos envolvendo os chefões tucanos foram arquivados no passado e seguem sendo abafados no presente. Se depender dos barões da mídia, nenhum tucano será preso – dado o peso simbólico que isto teria para desmascarar os falsos moralistas.
Como lembra o solitário repórter do Estadão, “Robson Marinho foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB) entre 1995 e 1997”. Pelas mãos do seu padrinho político, ele foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Ele sempre foi um homem de confiança dos tucanos paulistas, que comandam o Estado há 20 anos. Há suspeitas de que o conselheiro do TCE – a típica raposa tomando conta do galinheiro – sempre ajudou na arrecadação de fundos para as campanhas do PSDB. No caso do “trensalão tucano” – que a mídia prefere chamar carinhosamente de “cartel dos trens” –, Robson Marinho é acusado de ter desviado uma fortuna em propinas As próprias multinacionais denunciadas, como a Alstom e a Siemens, já confessaram no exterior que repassaram dinheiro para políticos do PSDB. Mas nenhuma investigação avança, a mídia faz silêncio e os tucanos seguem fora da cadeia!
Nesta semana, porém, a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13.ª Vara da Fazenda Pública, decidiu tentar mexer novamente no caso. “Em agosto de 2014, Maria Gabriella decretou o afastamento de Marinho de suas funções no TCE. Ele está sob a suspeita de ter recebido na Suíça US$ 2,7 milhões em propinas da multinacional francesa Alstom, entre os anos de 1998 e 2005 (US$ 3,059 milhões em valores atualizados). A Promotoria acusa Roberto Marinho de enriquecimento ilícito, sustenta que ele lavou dinheiro no exterior e afirma que o conselheiro de contas participou de um ‘esquema de ladroagem de dinheiro público’”, relata o jornalista. Há quem bote fé que agora as investigações avançarão e que algum tucano irá, finalmente, para a cadeia. Com base na revoltante história de impunidade dos chefões do PSDB, tenho minhas dúvidas.
Não custa lembrar outro escândalo envolvendo os protegidos da mídia, o chamado “mensalão tucano” – que a mesma imprensa insiste em chamar de “mensalão mineiro”. Em junho deste ano, a maracutaia completará dez anos da sua descoberta. Ela antecede a eclosão do chamado “mensalão petista”. No caso do PT, o julgamento midiático já foi concluído e os acusados foram presos e execrados. O processo foi decisivo para carimbar na testa dos petistas o rótulo de corruptos, que hoje tem tanta força no imaginário popular. Já os tucanos metidos no tal “mensalão mineiro” seguem em liberdade. Até o cambaleante Aécio Neves, que teve seu nome citado pelo próprio articulador do esquema, o ex-governador Eduardo Azeredo, adora posar de vestal da ética. Aqui vale reproduzir uma solitária e esquecida reportagem da Folha online de dezembro passado (ela também não rendeu manchete):

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Folha 26 de dezembro de 2014

Após quase dez anos, ninguém foi julgado por mensalão tucano

Por Paulo Peixoto, de Belo Horizonte
Em junho de 2015 completam-se dez anos da descoberta do mensalão tucano, que ocorreu na esteira do mensalão petista. Enquanto o julgamento do mensalão do PT já foi concluído, o do PSDB de Minas se arrasta.
Somente neste ano o processo do então governador Eduardo Azeredo, que desde março de 2014 está pronto para ir a julgamento, deverá ser analisado pela primeira instância da Justiça mineira. A data não foi marcada ainda.
Azeredo renunciou ao mandato de deputado federal e perdeu o foro privilegiado. O STF (Supremo Tribunal Federal), então, encaminhou o processo para a primeira instância.
Apesar de a renúncia ter ocorrido em março, somente no dia 4 de dezembro a ação penal chegou à 9ª Vara Criminal, em BH, onde já tramita outro processo, esse com oito réus.
Essa outra ação tinha dez réus, mas a morosidade da Justiça permitiu que o crime prescrevesse para dois deles, que completaram 70 anos. Os favorecidos foram o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e o tesoureiro da campanha de Azeredo, Cláudio Mourão.
Esse processo ainda se arrasta, e nenhum réu foi nem sequer ouvido. A última audiência do ano não aconteceu porque os advogados dos réus não foram notificados do depoimento com a última testemunha de defesa, justamente do réu José Afonso Bicalho. A audiência foi remarcada para 21 de janeiro.
Há ainda um terceiro processo, que envolve o ex-senador Clésio Andrade (PMDB). Ele também renunciou ao mandato, o que levou o processo para a primeira instância.
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, o mensalão tucano envolveu desvios de R$ 3,5 milhões de empresas públicas de Minas, usados na campanha eleitoral de Azeredo, que tentava se reeleger governador em 1998.

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Estes e outros escândalos tucanos – como o da compra de votos para a reeleição de FHC ou o da criminosa “privataria” das estatais, entre tantos outros crimes – nunca foram apurados. Os suspeitos de envolvimento no desvio do dinheiro público – como FHC, José Serra ou Geraldo Alckmin – nunca sequer foram convocados para depor. Alguns já morreram e outros usaram de expedientes jurídicos, como Eduardo Azeredo, para escapar das barras dos tribunais. A mídia privada – nos dois sentidos da palavra – fez e faz de tudo para blindar os chefões do tucanato por motivos ideológicos, políticos e econômicos. Já o PT, que poderia ser mais incisivo na denúncia destes crimes, preferiu optar pelo pragmatismo político. Enquanto a direita é implacável contra as forças de esquerdas, alguns setores de esquerda preferem adotar o charmoso “espírito republicano”.
Daí o meu ceticismo. Apesar das inúmeras provas – geralmente provindas de órgãos de investigação no exterior – sobre as propinas do chamado “cartel dos trens”, nenhum tucano de São Paulo irá para a cadeia! Uma esperança que poderia restar é que o novo governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, investigasse os vários crimes do PSDB no Estado. Ele poderia começar pelo aeroporto construído com dinheiro público na fazenda do titio de Aécio Neves. Dava até para averiguar melhor o caso do helicóptero com meia tonelada de cocaína. Mas o governador é conhecido como “o mais tucano dos petistas” e tende, também, a engolir esta herança maldita. Ou seja: o rótulo de corrupto, repetido por tucanos, ricaços e “calunistas” mais sujos do que pau de galinheiro, continuará cravado na testa dos petistas e dos militantes de esquerda. Os tucanos seguirão fora da cadeia!
Fonte - Blog do Miro 06/02/2015


A ESTRADA PARA BAGDÁ

Mauro Santayana

(Jornal do Brasil) - Enquanto o mundo acompanha os jogos da Copa 2014, disputada no Brasil, as agências internacionais informam, em despachos urgentes, que rebeldes islâmicos sunitas se encontram há apenas algumas dezenas de quilômetros da capital iraquiana.
Há poucos dias, combatentes do EIIL - Estado Islâmico do Iraque e do Levante, capturaram Tikrit e Mossul, no norte do país, e em rápido avanço, tomaram em seguida Raqqa, Tal Afar, Suleiman Beg e Falluja. Ontem pela manhã, eles cercavam Baquba, que, se cair também em suas maõs, lhes dará acesso à estrada que, ao longo de 60 quilômetros, os separa dos subúrbios de Bagdá.
Surpreendidos e desnorteados pela rapidez dos acontecimentos, os EUA, como já ocorreu antes, quando tiveram que abandonar, ás pressas, o Vietnam e a Somália, anunciaram o envio de 275 soldados para “proteger” seu corpo diplomático - quando na verdade eles podem estar indo para lá para organizar e cobrir sua retirada - no que pode ser o capítulo final de uma enorme tragédia que teve início com duas farsas: a do não comprovado envolvimento do regime de Saddam Hussein com os até hoje também não esclarecidos ataques de 11 de setembro de 2002; e a mentira sobre a existência, no Iraque, de “armas de destruição em massa” que nunca foram encontradas.
Impossibilitado, pela própria opinião pública norte-americana - que não quer nem saber de falar em guerra - de se envolver diretamente com o conflito, os Estados Unidos falam em usar dronespara atacar os rebeldes, e se dividem quanto a eventual cooperação com o vizinho estado iraniano, que por ser também xiita, simpatiza com o atual Primeiro-Ministro iraquiano, Nouri Maliki.
Chega a ser irônico que os EUA, agora, falem em proteger a “estabilidade” do Iraque. A intervenção norte-americana no país não foi somente injusta, cruel, absurda e desnecessária. Ela transformou-se em um verdadeiro fiasco moral, militar e econômico para os Estados Unidos.
No dia 16 de março de 2003, pouco tempo antes da invasão, o então Vice-Presidente de Bush, Dick Cheney, afirmou, em um encontro com a imprensa na Casa Branca, que a operação iria custar entre 80 e 100 bilhões de dólares, incluindo a conquista de Bagdá e a ocupação do Iraque, e dois anos de conflito.
Dez anos depois, em maio de 2013, um estudo denominado The Costs of War, do Instituto Watson de Estudos Internacionais da Universidade Brown - a sétima mais antiga dos Estados Unidos - calculou em quanto havia ficado a conta para os contribuintes: um trilhão e setecentos bilhões de dólares, mais 490 bilhões de dólares em despesas médicas e indenizações e pensões para os veteranos, que, até que essa geração desapareça, podem chegar a 6 trilhões de dólares, nos próximos 40 anos.
A isso, é preciso acrescentar, segundo a organização antiwar.com, cerca de 5.000 soldados norte-americanos mortos e desaparecidos, e um número estimado de 100.000 feridos.
As mortes diretas de iraquianos, ainda segundo o estudo da Brown, foram de 134.000 civis, número que deve ser multiplicado por quatro, considerados os que morreram por ferimentos, enfermidade e fome até agora, principalmente crianças. Somando-se ao número inicial, membros de “forças de segurança”, rebeldes, jornalistas e funcionários de organizações humanitárias, chega-se a um número aproximado de 189.000 vítimas.
Antes da intervenção norte-americana no Iraque, o regime de Saddam e o dos Aiatolás, se vigiavam mutuamente, contribuindo para manter certo equilíbrio de forças na região.
Com a destruição da nação iraquiana, os Estados Unidos – assim como estão fazendo na Ucrânia, na Síria, na Líbia - substituíram um país relativamente estável, sem grandes conflitos internos, no qual conviviam diversas etnias, por um inferno de morte e violência do qual, como sempre, se afastaram, depois, quando a situação piorou, como se não tivessem absolutamente nada a ver com isso.
E tudo isso para que ? Para, depois de tantos anos de uma guerra tão cara como brutal, desumana e inútil, os EUA, absolutamente impotentes, verem tropas rebeldes sunitas islâmicas - muito mais anti-EUA do que Saddam Hussein jamais foi - tomarem conta do país.
Para, depois, correrem o risco de ter de assistir tropas do Irã - a maior potência política e militar da região – tomarem também a estrada para Bagdá, como pacificadores, entregando o Iraque, de bandeja, para um país que sempre consideraram seu arqui-inimigo naquela região.
Fonte - Mauro Santayana  18/06/2014


BLOGUEIROS ENTREVISTAM O EX PRESIDENTE LULA




Prefeitura de SP repatria 15% do dinheiro de Jersey

Jamil Chade 
Agência Estado
Mais de um ano após a Justiça de Jersey condenar o ex-prefeito e hoje deputado Paulo Maluf (PP-SP) e autorizar a devolução de uma verdadeira fortuna aos cofres públicos paulistanos, a Prefeitura de São Paulo ainda não conseguiu repatriar a maior parte do dinheiro. Do total bloqueado, só 15% dos recursos voltaram para a cidade. O restante está embaraçado em negociações com instituições financeiras que foram acusadas de facilitar a evasão dos recursos.
Em novembro de 2012, o Tribunal de Jersey deu ganho de causa para o Brasil e ordenou que US$ 32 milhões em nome de Maluf e de seu filho Flávio fossem devolvidos ao cofres municipais - mesmo com a condenação, o deputado nega ligação com as contas na ilha britânica. Do total, US$ 6 milhões estavam depositados em dinheiro e foram repatriados em maio de 2013. O restante está garantido por ações da Eucatex, empresa criada por Maluf, que precisam ser vendidas.
O dinheiro teria sido desviado de obras como a construção da Avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Água Espraiada), enviado ao exterior e retornado ao Brasil por meio de fundos que compraram participação relevante na Eucatex. Estima-se que 30% da companhia pertença a esses fundos, que tinham como cotistas empresas de Flávio Maluf.
Em Jersey, fontes da Justiça disseram ao Estado que estão "surpreendidas" com a demora da Prefeitura em recuperar o dinheiro bloqueado. As autoridades do paraíso fiscal usam o caso de Maluf como prova de que estão dispostos a cooperar com a Justiça internacional, a fim de aliviar a pressão de governos que os acusam de ajudar corruptos a esconder dinheiro.
"Já mandamos mais de uma consulta ao Brasil para saber o que fariam", contou ao Estado um funcionário de alto escalão da Justiça de Jersey, que pediu anonimato. "O que causa estranhamento é que nada mais impede que esses ativos sejam enviados ao Brasil."
Estratégia. A explicação da Prefeitura, entretanto, se calca na estratégia de tentar recuperar, em parceria com o Ministério Público, o maior volume de dinheiro possível em outros processos judiciais. O objetivo é repatriar o total das ações da Eucatex que estão bloqueadas em Jersey e que superam em muito os US$ 32 milhões atuais.
O secretário de Negócios Jurídico em exercício da Prefeitura, Robinson Barreirinha, diz que está em trâmite uma negociação entre o Ministério Público e instituições financeiras que ajudaram as empresas do filho de Maluf na constituição dos fundos e na compra de títulos da Eucatex.
A proposta é que as instituições, além de pagarem uma indenização, assessorem sem custo a venda dos papéis. Além disso, os preços das ações no mercado também estão influenciando na decisão. "Tudo está sendo resolvido tecnicamente pela Procuradoria do município, cujo procurador-geral (Celso Coccaro) está no cargo desde o primeiro ano do governo José Serra", disse Barreirinha. "Não há qualquer ingerência política neste processo."
O procurador-geral do município em exercício, Antônio Aith, que responde pelo órgão durante as férias de Coccaro, diz que existe uma parceria com o Ministério Público em diferentes ações que envolvem o caso Maluf e outros processos estão sendo ajuizados. Em um desses casos, a tática é responsabilizar a Eucatex por ajudar no esquema de desvio de recursos. A ação é de R$ 500 milhões.
O caso de Jersey, entretanto, é o único efetivamente já ganho pela Prefeitura. Aith explica que a demora se justifica por dificuldades legais, já que são os fundos que são detentores das ações e não diretamente as empresas do filho de Maluf, que são cotistas destes fundos.
O procurador Silvio Marques, que é responsável pelos casos no Ministério Público, diz que outras duas ações estão correndo para repatriação de ativos com base nas ações da Eucatex bloqueadas em Jersey. Segundo ele, é importante que a Prefeitura venda as ações quando estiverem com valor de mercado mais elevado do que hoje para não dilapidar patrimônio. Ele diz que as ações bloqueadas valem hoje US$ 100 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte - A Tarde 19/01/2014


Nafta trouxe pobreza e baixos salários ao México

Autor: Miguel do Rosário

Começamos o dia com uma reportagem publicada ontem no Valor, que é de arrepiar os cabelos. Não teve destaque no próprio Valor, nem terá em nenhuma outra mídia. Foi feita, naturalmente, por repórter estrangeiro, Mark Stevenson, da Associated Press, pois duvido que algum barão da mídia permitisse que um jornalista brasileiro fosse tão ousado.
A reportagem diz, em suma, que a Nafta, o acordo comercial entre México e EUA (que inclui o Canadá também), que derrubou uma série de barreiras comerciais e trabalhistas entre os dois países, não trouxe contribuição social relevante ao México.
Ao contrário, a situação piorou. Confira os trechos abaixo:
“(…) o México é o único dos grandes países latino-americanos em que a pobreza também cresceu nos últimos anos.
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a pobreza caiu de 48,4% em 1990 para 27,9% em 2013 em toda a América Latina. No México, onde estava em 52,4% em 1994, a taxa de pobreza chegou a cair para 42,7% em 2006; mas em 2012 tinha voltado a subir para 51,3%.”
“(…) os empregos do setor no México são notoriamente mal remunerados, e pouco se avançou em reduzir o fosso salarial em relação aos EUA.
(…) A média dos salários na indústria de transformação do México correspondia a cerca de 15% dos pagos nos EUA em 1997. Em 2012 esse percentual tinha aumentado para apenas 18%. Em alguns setores, os salários praticados na China, na verdade, superaram os pagos no México. “
O Nafta corresponde a Alca, o acordo que os EUA queriam implantar em toda a América do Sul. Foi enterrada com a eleição de Lula e outros governantes progressistas. Agora sabemos os resultados a que ela se propunha. Não teríamos o combate a pobreza que vimos por aqui e os EUA ficariam ainda mais ricos...
Fonte -  Do blog Tijolaço  07/01/2014


Câmara deve votar nesta semana projeto que destina royalties do petróleo à saúde e educação

Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana a proposta sobre os recursos da exploração do petróleo para a educação e saúde. O Senado adianta apenas que, no ano que vem, serão destinados aos dois setores R$ 4 bilhões vindos dos royalties pagos pela exploração do petróleo nos três campos em atividade no país, de acordo com o projeto de lei aprovado pela Casa. Já técnicos da Câmara dos Deputados calcularam que a proposta aprovada pelos senadores resultaria na redução de R$ 170,9 bilhões no repasse para as áreas, dos quase R$ 280 bilhões previstos pelo projeto aprovado nesta Casa do Legislativo.
O governo anunciou que vai negociar com os deputados para que seja aprovado o texto do Senado. Parlamentares se articulam e os deputados decidem se aprovam ou rejeitam o projeto na forma em que veio do Senado. Entidades civis estão se mobilizando para pressionar o Congresso por mais recursos na educação.
Segundo relatório da Consultoria de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos da Câmara dos Deputados, de autoria do consultor Paulo César Ribeiro Lima, de 2013 a 2022, pelo substitutivo do Senado, as receitas adicionais para saúde e educação com a exploração de petróleo chegariam a R$ 108,1 bilhões, enquanto, com a proposta da Câmara, somariam de R$ 261,4 bilhões a R$ 279 bilhões, "sem conservadorismo", como especifica a nota técnica da Casa. Com as alterações, os recursos da educação serão reduzidos de R$ 209,3 bilhões para R$ 97,4 bilhões, e os recursos da saúde cairão de R$ 69,7 bilhões para R$ 10,7 bilhões – tomadas as previsões não conservadoras.
Na sexta-feira (5), o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), deu esclarecimentos sobre os pontos que considerou “premissas equivocadas” no texto aprovado pela Câmara. Em nota técnica, o líder diz que as alterações introduzidas no Senado buscaram aprimorar o texto aprovado na Câmara minimizando o risco de judicialização e evitando o uso indevido do Fundo Social.
O projeto aprovado na Câmara prevê que 50% do capital do fundo devem ir para educação e saúde. Já no projeto aprovado no Senado, serão destinados metade dos rendimentos do fundo para educação, como constava no projeto original enviado pela presidenta Dilma Rousseff, ao Congresso Nacional.
Braga diz que não sabe quanto, em valores, será destinado à educação, disse que "isso pode variar". O senador, no entanto, reconheceu que a parcela dos royalties não é suficiente para garantir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, mesmo que 100% destes recursos fossem destinados exclusivamente à área.
Na avaliação do mestre em políticas públicas em educação da Universidade de Brasília Luiz Araújo, "o texto aprovado pela Câmara dos Deputados é bem-vindo, mesmo que não resolva tudo". "Acho um retrocesso aprovar o texto que o Senado aprovou, uma demonstração de que não se ouviu o discurso das ruas. É impossível garantir um 'padrão Fifa', ou seja, alta qualidade, sem a elevação de recursos."
O professor de matemática financeira da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Gil Vicente Reis Figueiredo fez uma projeção de quanto seria destinado à educação na forma como estava editada a Medida Provisória 592/12 – texto que basicamente se manteve no projeto de lei enviado à Câmara pelo governo. O professor também acredita que a aprovação do texto do Senado é um retrocesso. “O que saiu da Câmara ia em uma boa direção e no Senado foi emendada de um jeito muito complicado.”
Para chegar aos 10% do PIB para a educação, previstos no Plano Nacional de Educação (PNE), Figueiredo, que também é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), defende o aumento da vinculação do que é arrecadado pela União e pelos estados e municípios para o setor. Pela Constituição Federal, 18% do que é arrecadado pela União e 25% do recolhido pelos estados e municípios devem ir para o setor. O professor defende que a porcentagem suba para 20% no caso da União, e 30% para os municípios.
Fonte - Agência Brasil   07/07/2013


Caso Panair abre debate sobre perseguição a empresas durante o regime militar

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Foto ilustração - asasdotocantins
Rio de Janeiro - Audiência pública organizada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) discutiu hoje (23) o caso da companhia aérea Panair do Brasil. A empresa perdeu a licença para voar em 10 de fevereiro de 1965 e foi extinta pelo regime militar, sendo reabilitada em 1995.
O atual presidente da Panair, Rodolfo da Rocha Miranda, filho de Celso da Rocha Miranda, um dos sócios da empresa na época do fechamento, diz que somente após a criação da CNV e da Lei de Acesso à Informação foi possível conhecer documentos, antes considerados sigilosos, que comprovam a suspeita que se tinha sobre a perseguição política e financeira.
“Essa documentação provou o que se intuía, o que se comentava veladamente: Celso da Rocha Miranda e Mario Wallace Simonsen sofreram perseguição por parte do regime militar por serem identificados com os governos de Juscelino Kubitschek e João Goulart. Eram documentos secretos, todos acusatórios de Celso da Rocha Miranda, que posteriormente instruíram a Comissão Geral de Investigação do Rio de Janeiro, do Ministério da Justiça, num processo aberto em 1969, visando o enquadramento de Celso da Rocha Miranda no crime de enriquecimento ilícito”.
O jornalista e escritor Daniel Leb Sasaki, autor do livro Pouso Forçado, sobre a história da Panair, lembra que a empresa era a maior companhia aérea do Brasil na época, concessionária da maior parte dos voos internacionais e uma rede nacional muito grande, além de ter uma estrutura em terra que nenhuma companhia alcançou até hoje, com aeroportos e uma área de telecomunicações aeronáuticas privada.
De acordo com ele, a Panair recebeu por telegrama a notícia de que não podia mais voar e imediatamente foi paralisada, sem aviso prévio ou direito de defesa.
“O governo militar pressionou para que fosse decretada a falência. Uma falência em que não havia credores pedindo, não havia dívidas vencidas, todos os funcionários estavam em dia, a empresa tentou durante esses quase 50 anos se proteger juridicamente, pagou todos os credores, pagou até mais do que devia pagar, tem dinheiro até hoje, só que o governo militar publicou decretos modificando a legislação para que impedisse a reabilitação da empresa, porque ela não tinha porque não operar”.
A coordenadora do Grupo de Trabalho sobre o golpe de 1964 da CNV, Rosa Cardoso, explica que a audiência sobre a Panair inaugura a linha de investigação sobre a perseguição a empresas e empresários feita pelo regime militar.
“É muito valioso nós recordarmos porque mostra a extensão das violações de direitos à vida durante a ditadura. Violações que não se caracterizaram somente com assassinatos, sequestros, desaparecimentos forçados, tortura, mas também uma ação contra empresas e empresários que anteriormente haviam apoiado governos como o de Juscelino Kubistchek, como é o caso da Panair, e também João Goulart”.
De acordo com ela, vão ser chamados para uma reunião empresários e empresas que se sentiram perseguidos para montar os casos e iniciar as pesquisas no Arquivo Nacional e em outros acervos. Por enquanto, a comissão não tem nenhum outro caso concreto.
O coordenador da CNV, Paulo Sérgio Pinheiro, afirma que a comissão trabalha com duas linhas de pesquisa sobre as pessoas jurídicas na época da ditadura, que se complementam, para compreender que interesses sustentaram a perseguição a certas empresas e empresários e quem se beneficiou dessas práticas ilegais.
“Uma investiga as empresas e empresários que deram suporte material ao regime, financiando equipes de repressão, tortura, assassinatos, desaparecimentos em vários estados, tendo sido beneficiados. E uma outra linha sobre empresas e empresários que sofreram perseguições, intervenções do regime, como é o caso da Panair. Os motivos da perseguição podiam variar desde um possível alinhamento ideológico de esquerda até uma recusa em colaborar materialmente com o regime ditatorial. Tudo isso precisa ser trazido à luz pela Comissão Nacional da Verdade”.
Ressaltando a importância de se entender melhor a história do país, Pinheiro terminou sua exposição citando Milton Nascimento e Fernando Brant: “descobri que a minha arma é o que a memória guarda dos tempos da Panair”.
Amanhã (24), integrantes da CNC participam do ato público pelo Dia Internacional pelo Direito à Verdade sobre Graves Violações de Direitos Humanos, às 16h na Praça São Salvador, em Laranjeiras, na zona sul.
Fonte - Agência Brasil  23/03/2013


Andréa Falcão, a mulher que tira o sono dos Neves

Novo Jornal

Advogada, centrada e extremamente rigorosa. Esta é a ex-esposa de Aécio que vem assombrando o
esquema montado em torno de seu ex-marido
Ex-esposa de Aécio Neves, Andréa Falcão mora no Rio de Janeiro com a filha do casal, Gabriela. Ela e Aécio foram casados por oito anos. Separados há catorze anos, Andréa tem hábitos saudáveis e esportivos sendo considerada pelos amigos uma atleta. Discreta e reservada, poucos sabem de suas atitudes que colocam em risco o projeto de Poder construído pela família Neves após a morte de Tancredo.
Embora apresentado como político, Aécio Neves na verdade é apenas um produto comercial como tantos outros disponíveis no mercado, fruto de pesados investimentos publicitário. A início patrocinado por seu padrasto, o falecido banqueiro Gilberto Faria, em curto espaço já servia ao pesado esquema de desestatização e desnacionalização da economia montado pelo ex-presidente FHC.
Eleito em seu primeiro mandato de deputado federal e Constituinte por Minas Gerais pelo PMDB, Pimenta da Veiga viu em Aécio a possibilidade do PSDB se apropriar da imagem de Tancredo Neves. Porém, como hoje, na época Aécio não tinha gosto pela política, tinha que ser constantemente cobrado e policiado.
Entretanto, como sua carreira política tornava-se cada vez mais lucrativa, montou-se em sua volta uma eficiente estrutura com membros de sua família e políticos que viram nele a parceria ideal para ocupar o espaço político deixado por seu avô, Tancredo. Contudo, seus familiares e parceiros não contavam com um fato novo, o casamento de Aécio com Andréa Falcão.
Segundo amigos de Andréa, rígida por princípios, passou a questionar o comportamento de Aécio e a farsa montada para manter sua imagem. À amigos ela reclamava que isto impedia que Aécio amadurecesse.
Separada de Aécio em 1998, procurou organizar sua vida, porém, com a eleição de Aécio para governador em 2002, no intuito de passar para a população uma imagem de homem de família, o esquema passou a utilizar sua filha Gabriela, sendo histórica a presença da mesma em sua posse.
Sabedora do que realmente ocorria, Andréa passou a questionar esta utilização com receio de que a exposição, as companhias e hábitos de Aécio fossem prejudiciais à sua filha. Entretanto, o esquema montado em torno de Aécio insistiu, mesmo diante de sua recusa.
Esta prática foi bastante reduzida nos últimos anos de governo de Aécio Neves, contudo, o mal já havia sido concretizado. Com a denúncia dos deputados mineiros Sávio Souza Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT) de enriquecimento ilícito dos irmãos Andréa e Aécio Neves perante a Procuradoria da República e Receita Federal descobriu-se uma gigantesca movimentação financeira de Aécio nos Estados Unidos.
Constatou-se que os maiores depósitos coincidiam com as datas das viagens de Aécio Neves a Aspen, uma estação de esqui no Colorado, para onde Aécio se dirigia sobre a justificativa de que estaria levando a filha para esquiar. As suspeitas aumentaram ao se descobrir que as viagens foram feitas em jatinho fretado sem que sua bagagem passasse por qualquer alfândega, seja no Brasil ou USA.
A área de inteligência da Receita Federal descobriu que uma integrante da inteligência da PMMG, conhecida como PM2, havia relatado uma discussão entre Aécio e Andréa Falcão, onde ela, de maneira enérgica, reclama; “deixe minha filha fora dos seus rolos, não quero que fique utilizando ela para servir de justificativa para você fazer o que faz”, Aécio pergunta. “Que rolo?”; Andréa Falcão responde; “levar estas malas de dinheiro e diamante para Aspen”.
Este procedimento encontra-se desde o final do ano passado nas mãos do procurador geral, Roberto Gurgel, parado. Segundo amigos de Andréa Falcão, se ela for convocada a esclarecer os fatos ela irá contar tudo que sabe para defender sua filha. Pelo visto a família Neves finalmente terá a oportunidade de constatar que Andréa Falcão sempre falou sério.
O senador Aécio Neves, consultado sobre o tema que seria abordado na matéria, optou por nada comentar e Andréa Falcão recusa-se a falar com a imprensa.
Fonte - Com Texto Livre 13/03/2013


A cobertura da Agência Brasil sobre a conturbada visita da blogueira cubana
Coluna da Ouvidoria 
Agência Brasil
Brasília - Motivada pela manifestação enviada à ouvidoria no dia 20 de janeiro pelo leitor Marcelo Torres, o tema da coluna desta semana é a cobertura feita pela Agência Brasil da visita ao país pela blogueira cubana Yoani Sánchez, que foi pontuada por protestos em alguns lugares e muitos comentários na imprensa.
De acordo com nosso leitor: “Nas matérias sobre a blogueira cubana, mais uma vez a cobertura da Agência Brasil se iguala à cobertura da mídia privada [...]. Existem muitos eixos ‘esquecidos’ pela imprensa privada que poderiam ser explorados pela ABr. Vamos a alguns:
1 - A blogueira é jornalista mesmo, como vocês a chamaram? Creio que não, pois ela não se formou em nenhuma faculdade de comunicação nem atua em imprensa. Mas seria preciso checar.
2 - Quais são mesmo as propostas e ideias dela? Ninguém conhece um texto dela com mais do que 20 linhas. [...] Por que não explorar as ideias gerais dela?
3 - ‘Saídas negadas’. Alguém escreveu e todo mundo está repetindo que ela tentou 20 vezes sair de Cuba e não conseguiu. Mas ela já morou na Suíça, e foi há pouco tempo. Por que não checa isso?
4 – Quem paga as despesas, que não são poucas, desse tour que ela fará pelo mundo [12 países]? (...) Ela [a blogueira] disse que foram promoções em sites etc. e tal [será?]. Já sobre a matéria assinada por Ivan Richard [1], há que se perguntar: ela foi mesmo ‘hostilizada’? O termo é esse? […] A imprensa privada, a pretexto de defender as ‘liberdades’ que a blogueira diz defender, parece querer impedir manifestações. Isso é liberdade? A liberdade só vale para quem é contra Cuba? … Outra coisa: a blogueira não foi impedida de assistir ao filme na Bahia, como diz a matéria … A organização do evento é que cancelou, com medo dos protestos. Nessa matéria, a ABr poderia ouvir [pluralidade] o outro lado [o de quem protesta, por que protesta]. As aspas ficaram apenas com um lado da questão.
E que história é essa de que só a recebeu o pessoal da oposição? Suplicy foi quem mais a protegeu. Contra a blogueira e a favor dela tem gente na situação e na oposição. … Aliás, por falar neles, a ABr poderia dar nome aos bois, ou pelo menos alguns deles: Jair Bolsonaro [novo arauto das liberdades], Ronaldo Caiado [graaaande democrata], N. Marchezan Filho [DEM] etc.”.
Quando desembarcou no Brasil no dia 18 de fevereiro, o objetivo declarado pela cubana Yoani Sánchez era, além de passear, de participar em debates sobre a liberdade de expressão no seu país e assistir à exibição do documentário Conexão Cuba Honduras, no qual ela aparece. O responsável pelo filme, o ativista baiano Dado Galvão, filmou Yoani e outros dissidentes cubanos em uma viagem que fez a Cuba em dezembro de 2009 como convidado do Universo Audiovisual de Crianças e Adolescentes da América Latina (Unial), onde ele apresentou outro documentário seu, com a participação de Zilda Arns, sobre o trabalho da Pastoral da Criança no interior baiano. A filmagem de Yoani e os outros foi feita sem a permissão do governo cubano.
Em resposta, no dia 28 de fevereiro, a Diretoria de Jornalismo informou: “A Agência Brasil reportou a passagem da cubana Yoani Sánchez de forma equilibrada, ouvindo os dois lados, de defensores de sua vinda ao país e de manifestantes contrários a essa visita, inclusive com aspas. As informações que constam das matérias da agência foram checadas pelo repórter. Levaremos em consideração suas observações em coberturas futuras.”
De acordo com o levantamento realizado no site da ABr, foram localizadas nove matérias sobre o assunto. Desse total, seis foram publicadas antes da visita da blogueira ao Brasil e três durante sua passagem pelo país. Além das matérias sobre a visita serem poucas, reparamos que todas as matérias fazem referência a Yoani Sánchez como sendo uma blogueira e jornalista que representa uma das principais vozes de oposição ao governo cubano, sem abordar aspectos mais detalhados acerca do histórico da blogueira, o que ela defende, quais os motivos que a levaram a adotar tal posicionamento, quem são e por que existem pessoas contrárias aos pensamentos dela, qual o interesse público no fato, entre outros.
As questões levantadas pelo leitor são as mesmas que Yoani enfrentou nos lugares por onde andou no Brasil. Quem arcou com as despesas da viagem, por exemplo? Nas matérias publicadas pela Agência Brasil essa informação não aparece, mas a resposta da blogueira está disponível em uma notícia publicada pelo Portal da EBC, onde ela diz que sua viagem mundial é financiada por apoiadores na internet e organizações que a convidaram para debates. [2]
Outros pontos questionados pelo leitor também receberam atenção no portal em notícias, vídeos e áudios: a participação dos deputados Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado na recepção da blogueira na Câmara dos Deputados em Brasília e a versão da União da Juventude Socialista (UJS) sobre a manifestação em Feira de Santana que resultou no cancelamento da exibição do filme.
Contudo, as respostas às perguntas feitas pelo leitor se prestam a várias interpretações, de acordo com a perspectiva de cada um. Para os defensores do regime cubano, a resposta da blogueira sobre quem financiou a viagem não passa de uma máscara para esconder os “verdadeiros” interesses por trás da disseminação das mensagens da dissidente cubana: o imperialismo norte-americano, a CIA, os donos dos veículos da mídia privada, os políticos de direita, etc. Para outros, os principais locais e eventos onde ela se apresentou no Brasil – livrarias, auditórios, sedes de jornais e emissoras de televisão – são típicos da recepção dada a intelectuais e formadores de opinião e não dependem de grandes despesas. Para os críticos, os contatos com políticos da oposição e representantes da grande mídia provam que ela é uma voz a serviço das forças conservadoras.
Enfim, a validade da aplicação da liberdade de expressão, independentemente das posições ideológicas, passou despercebida na cobertura dada pela Agência Brasil e pela imprensa em geral.
Fonte - Agência Brasil  11/03/2013


Sobre as reclamações de FHC

Por Cadu Amaral do seu Blog
Fernando Henrique Cardoso (FHC) andou reclamando de maus tratos dados a seus governos pelo PT. Sua “mágoa” foi dita no aniversário de 70 anos de Pedro Malan e no seminário “Minas Pensa o Brasil”. Esse evento serve apenas para afagar o ego de Aécio Neves e tentar “mirabolar” uma agenda de campanha para 2014. Algo que a oposição no Brasil não tem.
FHC acusa o PT de negar os feitos de suas passagens na presidência da República e que o PSDB deve se preocupar em atender o cidadão. Se for como o prefeito de Maceió, o tucano Rui Palmeira, que em campanha prometeu trocar lixo por comida na periferia da capital alagoana, dá para imaginar como o tucanato pensa o que seja atendimento ao cidadão.
Vale lembrar alguns dos feitos de FHC em Brasília.
Começando por suas relações em Minas Gerais. Existem documentos de que Fernando Henrique teria recebido R$ 573 mil em 1998 do esquema do valérioduto tucano. Também receberam “dim dim”, o ministro do STF – à época da Advocacia Geral da União (AGU) – R$185 mil e Editora Abril, de Veja, quase R$ 50 mil.
Em 1995, FHC baixou um decreto extinguindo a chamada Comissão Especial de Investigação instituída por seu antecessor, o ex-presidente Itamar Franco. Composta por representantes da sociedade civil, ela tinha o objetivo combater a corrupção.
Em 1995, FHC, na calada da madrugada de um sábado em novembro, assinou uma medida provisória instituindo o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER). Esse programa injetou 1% do PIB no sistema, começando pelo Banco Nacional, então pertencente à família Magalhães Pinto, da qual um de seus filhos era agregado.
Segundo economistas da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões à época.
Não se pode deixar de falar das privatizações. As do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foram marcadas pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira – ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil – e tesoureiro de campanha de FHC e do eterno candidato e vampirão das redondezas, José Serra, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para ajudar ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch a abocanhar a Vale do Rio Doce.
Para a montagem do consórcio Telemar, ele cobrou R$ 90 milhões.
Em 1996, FHC modificação na lei de Patentes. Ele ignorou os apelos das universidades, atendendo aos interesses dos EUA e comprometendo o avanço científico e tecnológico do país.
A lista é enorme. Tem apagão em 2001. Tem relações com Salvatore Cacciola e o banqueiro Daniel Dantas do banco Opportunity, preso na operação Satiagraha da Polícia Federal, por lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas.
Tem também a emenda da reeleição. A verdadeira compra de votos no Congresso. O então deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) – hoje o PFL é o DEM – confessou ter recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda.
Tem a subserviência escrachada aos EUA. Nossos ministros tiravam os sapatos para entrar em solo estadunidense; FHC não se cansava de tomar esporro de Bill Clinton ou qualquer autoridade de seu país ou de bancos internacionais.
Mas o pior de tudo era a qualidade de vida das pessoas. O povo brasileiro não tinha perspectiva de futuro. Taxa de desemprego nas alturas, somente acompanhada pela taxa de juro e ambas inversamente proporcional ao poder de compra dos trabalhadores.
FHC quer que se repita a mesma cantilena que faz a “grande imprensa” sobre o seus governos, isso sim. E quase ninguém mais lhe dá ouvidos, a não ser as elites brasileiras, cuja boa parte, a paulistana, não que seu novo pupilo mineiro como candidato em 2014.
Fonte - Blog do Miro  28/02/2013


Teria Dilma perdido a paciência?

A presidenta pela primeira vez elevou o tom ao se referir, indiretamente, à mídia nacional

Paulo Nogueira
Dilma
Estaria a paciência de Dilma chegando ao fim?
É a principal questão que emerge depois de seu pronunciamento hoje, mais incisivo e mais enfático do que o habitual.
Dilma se dirigiu, inicialmente, a todos os brasileiros para anunciar que, a partir de agora, as contas de luz vão ficar 18% mais baratas. Mas depois falou diretamente, sem citá-la, à mídia. “Aqueles que estão sempre do contra vão ficando para trás”, disse ela.
Entre os governos de esquerda ou de centro esquerda da América do Sul, o brasileiro adotou sempre, primeiro com Lula e depois com Dilma, uma posição conciliatória perante adversários bem pouco cavalheirescos.
Pense em você. Se você grita numa discussão e seu oponente silencia, você tende a achar que ele está acuado, intimidado. E na maior parte das vezes você está certo. Então, você grita ainda mais, na crença de que assim vai vencer o confronto.
É mais ou menos o que vem ocorrendo no Brasil.
Em outros países, o cenário é diferente. Chávez, na Venezuela, respondeu sempre no mesmo tom a todos os ataques recebidos dos conservadores interessados em desestabilizá-lo e desmoralizá-lo.
A tevê de Gustavo Cisneros, o Roberto Marinho venezuelano, tratou os seguidores de Chávez de “macacos”. Mas Chávez chamou Cisneros de “mafioso”. Cisneros acabou baixando o tom, posteriormente. Em outro caso, Chávez não renovou a concessão de um barão que tramara sua derrubada num golpe que durou dois dias.
Na Argentina, Cristina Kirchner está em guerra aberta contra o Clárin, um grupo que floresceu, como a Globo, na ditadura militar e acabou se tornando virtualmente monopolista.
É previsível, hoje, que Kirchner vença o duelo – e isso significaria um Clárin bem menor do que é hoje, e moralmente derrubado. Poucos argentinos lamentarão.
No Equador, Rafael Correa se bate também francamente com os barões da mídia. A mídia equatoriana está quase toda na mão de grandes bancos, o que significa que a imprensa “livre” para bater em Correa não é nada livre para investigar o mercado financeiro.
O Brasil destoou dos vizinhos. Um dos maiores símbolos disso foi o comparecimento de Lula ao enterro de Roberto Marinho, a quem dedicou elogios absurdamente descabidos, vista a folha corrida de nosso companheiro jornalista das Organizações Globo.
Dilma ergueu a voz hoje, ainda que ligeiramente.
É uma nova fase? Aguardemos. A tática conciliatória deu no que deu. Passados dez anos, os resultados estão claros. Basta ver, na mídia, o crescimento avassalador do número de colunistas dedicados a dar pauladas todos os dias no governo. São os escaravelhos de que falou Boff, e são ubíquos e blindados. Podem cometer erros horrorosos que nada acontece: Merval enterrou Chávez há muito tempo, Mainardi anunciou Serra na presidência um ano antes das eleições de 2006, Kamel provou no JN que o atentado da bolinha de papel não era o atentado da bolinha de papel: os escaravelhos são o último reduto da impunidade. Não são cobrados sequer pelo fracasso em convencer os leitores a votar de outra forma.
Os dois governos petistas cometeram vários erros, e este Diário já falou disso muitas vezes. Mas o que a grande mídia vem fazendo extrapolou há muito os limites do jornalismo sério.
Não se trata de defender o governo e sim de proteger a dignidade no jogo político.
Para ver “jornalismo crítico” genuíno o brasileiro tem que ler jornais como o NY Times ou o Guardian: eles fiscalizam os governos, cobram, podem ser duros – mas você jamais verá neles qualquer coisa parecida com o que acontece no Brasil. A decência foi transposta faz muito tempo.
O que está por trás da campanha? O retorno a dias em que o BNDES dava empréstimos a amigos em condições privilegiadas, em que o Banco do Brasil trocava dívidas por anúncios – em que o Estado, em suma, era babá do chamado 1%.
Imagine a França em 1789. As empresas de mídia brasileiras estão hoje no papel da nobreza francesa de então, na defesa feroz de vantagens indefensáveis. É um grupo de empresas que louva a competição mas se agarra, feudalisticamente, a práticas anticapitalistas como a reserva de mercado para elas mesmas.
Dilma se cansou de apanhar calada?
Na Roma antiga, Cícero, cansado das tramas de Catilina, perguntou a ele: ‘Até quando você vai abusar da nossa paciência?”
Dilma pareceu a pique de dizer isso.
Fonte - Diário do Centro do Mundo   24/01/2013


AGU garante ressarcimento de R$ 2,6 milhões desviados da Marinha em esquema fraudulento

Ascom
A Advocacia-Geral da União (AGU) assegurou, na Justiça, bloqueio de bens e afastamento de três servidores da Marinha do Brasil envolvidos em ações de fraude e desvio de dinheiro dos cofres públicos. Ao todo a atuação do grupo gerou um prejuízo de R$ 2,6 milhões.
A Procuradoria-Regional da União (PRU2) explicou que os servidores tinham atribuições diretamente relacionadas à cobrança do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) e teriam se apropriado de quantias desviadas.
De acordo com os advogados da União, os servidores entravam em contato com empresas que estavam com pendências no pagamento do adicional e solicitavam a quitação sob ameaça de inscrição do nome da entidade na Dívida Ativa da União e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). As quantias eram depositadas na conta da FHS Serviços Marítimos e Logística de Transporte LTDA. e posteriormente dividida entre os envolvidos.
A PRU2 destacou que foi constatado um desfalque de R$ 2.697.671,20 do Fundo da Marinha Mercante, após processo apuração do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro e de Tomada de Contas Especial realizada pelo Ministério dos Transportes.
Os advogados da União informaram, ainda, que durante as investigações, o Ministério Público Federal encontrou documentos de cobrança do AFRMM extraviados da Marinha na casa de um dos acusados. Eles afirmaram que os servidores descontaram vários cheques com valores equivalentes a quantia desfalcada dos cofres públicos.
Diante dos fatos, a PRU ajuizou ações de improbidade administrativa, com pedido de indisponibilidade de bens, com o objetivo de assegurar a reparação de eventual dano aos cofres públicos. Foi solicitado, também, na ação o afastamento dos servidores dos cargos. Além disso, a Procuradoria explicou que existe fortes indícios de enriquecimento ilícito ou dano e dilapidação do patrimônio público.
Ao analisar o caso, a 20ª Vara Federal do Rio de Janeiro acolheu os argumentos da AGU. Inconformado, um dos servidores recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) alegando que as medidas de bloqueio de bens e afastamento dos cargos antes de sentença definitiva da Justiça Criminal seriam ilegais.
A Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), por unanimidade, negou o pedido do servidor e ratificou decisão de primeira instância mantendo todas as restrições aos servidores.

AFRMM
O Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante tem a finalidade de atender aos gastos da intervenção da União no apoio ao desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras, constituindo fonte básica do Fundo da Marinha Mercante. A taxa incide sobre transporte aquaviário da carga descarregada em porto brasileiro. A quantia é recolhida diretamente no Banco do Brasil.
Ref.: Apelação Cível nº 504957.2003.51.01.025310-4 - 7º Turma Especializada do TRF2.
A PRU2 é uma unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU.
Fonte - ANTF  20/01/2013


STF, totalmente, desmascarado pelo Dr. Pedro Serrano


Pedro Estevam Serrano é advogado e professor de Direito Constitucional da PUC-SP,mestre e doutor em Direito do Estado pela PUC-SP. Neste vídeo ele revela todas as aberrações


Farra de horas extras abala Justiça Eleitoral

Funcionários do Tribunal Superior Eleitoral são exonerados; conforme o Diário Oficial, caíram o diretor-geral Alcidez Diniz, homem de confiança da presidente da Corte, Carmem Lúcia (à esq.), e a secretária de Controle Interno Mary Ellen Madruga; motivo: pagamentos de R$ 9,5 milhões em horas extras, entre setembro e novembro, a funcionários; servidores acabaram ganhando mais que ministros
Nem a Justiça Eleitoral, instituição em que, segundo as pesquisas, os brasileiros confiam, escapa dos escândalos de corrupção. Desta vez, na forma de pagamentos irregulares de horas extras a quase 600 servidores públicos lotados na instituição. Em razão de gastos nessas rubrica de R$ 9,5 milhões entre os meses de setembro e novembro do ano passado, foram exonerados de seus cargos o diretor geral do Tribunal Superior Eleitoral, Alcidez Diniz, e a secretária de Controle Interno e Auditoria do TSE, Mary Ellen Gleason Gomide Madruga. Diniz era homem de confiança da ministra Carmem Lúcia, presidente da Corte, e assumiu o cargo na gestão dela. Mary Ellen, no mês de novembro, recebeu R$ 26 mil apenas em horas extras.
Somente no mês de novembro, os gastos com horas adicionais a 567 funcionários do TSE totalizou R$ 3,8 milhões. Somando-se os meses de setembro e outubro, esses gastos subiram para R$ 9,5 milhões. Com os ganhos adicionais, muitos servidores receberam nesses meses mais que os ministros da instituição. A presidente Carmem Lúcia ainda não falou publicamente sobre as exonerações.
Fonte - Com Texto Livre 14/01/2013


MÍDIA - O que a Globo defende na Argentina.

CONHEÇA A HISTÓRIA DA LIBERDADE DE IMPRENSA O QUE A GLOBO DEFENDE NA ARGENTINA

Quantas vezes por dia você ouve os apresentadores do Jornal Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo dizer que a presidenta da Argentina atenta contra a liberdade de imprensa daquele país?
Já parou para se perguntar porque a Rede Globo com todas suas emissoras de rádio e TV, jornais impressos e revistas defendem tanto o Clarín, principal grupo de comunicação da vizinha Argentina?
Conheça aqui um pouco da história desse empresa que lá corresponde ao significado das Organizações Globo para o Brasil e compreenda com mais clareza do que pretendem lhe convencer.
Com reportagem de Erico Nepomuceno sob o título de O Leviatã Midiático, CartaCapital n˚729 mostra a formação do Clarín, símbolo maior do oligopólio dos meios de comunicação. É assustador!
“Por trás desse conglomerado gigantesco, além do mais, há histórias escabrosas. O jornal Clarín surgiu em 1945, de forma relativamente modesta. Seu fundador, Roberto Noble, era um fervoroso admirador de duas figuras que haviam marcado época e deixado um rastro de barbaridades: um italiano chamado Benito Mussolini e um austríaco chamado Adolf Hitler.
Terminada a Primeira Guerra Mundial, vencidos e mortos os dois, Noble achava que parte de suas ideias merecia ser resgatada. Quando Juan Domingo Perón foi derrubado por um golpe militar em 1955, o Clarín demonstrou claras simpatias pelo novo regime. E assim foi. Havia outros grandes jornais que faziam pesada sombra. E se hoje é um dos diários de maior circulação na América Latina, até a última ditadura argentina (1976-1983) nunca deixou de ser um jornal de segunda linha, sem a tradição do conservador La Nación ou a ousadia de publicações que inovaram a imprensa do país, como a revista Primera Plana dos anos 60 ou o jornal La Opinión dos primeiros anos 70.
Na ditadura, o jornal ganhou corpo e voz. E tornou-se um grupo importante, graças às manobras de seu executivo, Héctor Magnetto, que começou como contador e hoje é o segundo maior acionista da empresa. Além da cumplicidade aberta com o regime genocida, o jornal – ao lado do vetusto La Nación e o popularesco (hoje desaparecido) La Razón – conseguiu um maná a preço de banana: apoderar-se do Papel Prensa, única fábrica papeleira da Argentina. A apropriação é uma das tantas histórias de horror absoluto da ditadura iniciada pelo general Jorge Rafael Videla e continuada por outros adeptos da barbárie como meio de vida.
A Papel Prensa era, por certo, um negócio confuso. Foi fundada durante os efêmeros governos peronistas por um jovem e ousado financista, David Graiver, que contava com o apoio de José Gelbard, ministro de Economia de Héctor Cámpora e do próprio Perón. Graiver morreu num misterioso desastre aéreo no México, em agosto de 1976, quando a ditadura encabeçada por Videla cumpria cinco meses de horror. Sua viúva, Lidia Papaleo de Graiver, e a filha eram as herdeiras majoritárias, além de outros familiares do marido.
Naquele período, além de torturar, assassinar, desaparecer e mandar para o exílio dezenas de milhares de argentinos, os militares se distraiam apoderando-se dos bens de suas vítimas. Gravier era especialmente odiado. Além de judeu, era considerado (e muito, possivelmente com razão) o administrador da fortuna do grupo guerrilheiro peronista Montoneros, criada a partir de resgates milionários obtidos em sequestros. A Papel Prensa era um butim muito ambicionado.
Logo depois da morte de Graiver, sua viúva voltou para a Argentina. Queria cuidar das propriedades do marido morto. Foi quando conheceu a face cruel da ditadura e o rosto macabro de Magnetto. Presa, foi pressionada a vender as ações da Papel Prensa para um trio formado pelo Clarín, o La Prensa e o La Razón, além de uma participação que permanecia nas mãos do Estado.
Fragilizada, Sob todo tipo de pressão – ameaçavam matá-la e desaparecer com sua filha, na época um bebê de 1 ano de vida -, capitulou. Vendeu suas ações e recebeu como sinal cerca de 8 mil dólares. O resto – outros 2 milhões, preço insignificante diante do que a Papel Prensa realmente valia – nunca foi pago. Até hoje ela move, na Justiça argentina, um processo na tentativa de receber o combinado. Neste ano, diante de um tribunal, ela contou como foi a venda e, principalmente, o que aconteceu em seguida.
Disse que pouco depois de ter assinado a papelada, foi presa. Há razões para que a prisão acontecesse depois da venda da Papel Prensa. Uma lei determinava que os bens dos subversivos presos ou mortos passassem diretamente às mãos do Estado. A ditadura queria compensar seus aliados da mídia. Prender Lidia Papaleo significaria passar a única fábrica de papel do país para o Estado. Feita a transação, sobrava uma viúva jovem, atraente, e certamente dona do segredo de outros milhões de dólares. Seus algozes queriam encontrar o dinheiro deixado por Graiver.
Diante do tribunal, Lídia Papaleo contou como foi violada, agredida, vexada. Teve o tímpano arrebentado a golpes de mão aberta contra o ouvido. Muitas vezes, depois de estuprada, era levada de volta para a cela e jogada, nua, no chão. “E então, contou ela ao juiz, “eles vinham e cuspiam, urinavam e ejaculavam em cima de mim”. Contou que até hoje, em seus pesadelos, revê o rosto de seus torturadores. E disse que nenhum desses rostos a amedronta mais do que o do homem que a pressionou para assinar os documentos da venda da Papel Prensa. Os olhos do homem que dizia, com uma voz serena e calma, que ou ela assinava, ou veria sua filha ser morta, antes de ela mesma ser assassinada.
Esse homem chama-se Héctor Magnetto e é o presidente do Clarín, do qual detém 33% das ações.
Graças a ele e aos seus métodos, o grupo tornou-se o que é hoje. É ele o patrão dos paladinos que dizem e asseguram que a Lei de Meios é um atentado à liberdade de expressão. É à sua voz que fazem eco os conglomerados de comunicação do Brasil.
Cristina Kirchner acaba de cumprir o primeiro ano de seu segundo mandato, envolvida numa briga tremenda com o grupo capitaneado por semelhante personagem.
O país enfrenta, seu governo também enfrenta, é verdade, um amontoado de problemas significativos. A inflação está em níveis elevadíssimos (deve rondar ou superar a marca dos 25%, em 2012), a economia apenas engatinha após anos de forte impulso, a classe média concentrada, principalmente, em Buenos Aires, e que sempre expressou contra o peronismo algo muito parecido ao preconceito (quando não ao ódio) de classe, se opõe de maneira cada vez mais radical a tudo que seu governo faz.
Há acusações de corrupção, e, certamente, uma parte consistente delas tem fundamento. Os investidores desconfiam de suas ações, algumas multinacionais abandonam o país, há sérias dificuldades para obter divisas e honrar os compromissos internacionais.
Nada disso parece insolúvel. Se ela conseguir, e tudo indica que conseguirá, desmontar um conglomerado ávido e feroz, que nasce a partir de uma história de horror e indecência, terá deixado uma significativa marca. E um exemplo – outro – para os vizinhos: da mesma forma que é possível resgatar o passado e fulminar a impunidade de quem cometeu crimes de lesa-humanidade, é possível desmontar os monopólios e democratizar a informação.
Fonte - Blog de Um Sem Mídia 30/12/2012


A moral de velhas prostitutas

Aos poucos, sem nenhum respeito ou rigor jornalístico, boa parte da mídia passou a tratar Rosemary Noronha como amante do ex-presidente Lula. A “namorada” de Lula, a acompanhante de suas viagens internacionais, a versão tupiniquim de Ana Bolena, quiçá a reencarnação de Giselle, a espiã nua que abalou Paris.

Leandro Fortes
Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula
Como a versão das conversas grampeadas entre ela e Lula foi desmentida pelo Ministério Público Federal, e é pouco provável que o submundo midiático volte a apelar para grampos sem áudio, restou essa nova sanha: acabar com o casamento de Lula e Marisa.
Já que a torcida pelo câncer não vingou e a tentativa de incluí-lo no processo do “mensalão” está, por ora, restrita a umas poucas colunas diárias do golpismo nacional, o jeito foi apelar para a vida privada.
Lula pode continuar sendo popular, pode continuar como referência internacional de grande estadista que foi, pode até eleger o prefeito de São Paulo e se anunciar possível candidato ao governo paulista, para desespero das senhoras de Santana. Mas não pode ser feliz. Como não é possível vencê-lo nas urnas, urge, ao menos, atingi-lo na vida pessoal.
Isso vem da mesma mídia que, por oito anos, escondeu uma notícia, essa sim, relevante, sobre uma amante de um presidente da República.
Por dois mandatos, Fernando Henrique Cardoso foi refém da Rede Globo, uma empresa beneficiária de uma concessão pública que exilou uma repórter, Míriam Dutra, alegadamente grávida do presidente. Miriam foi ter o filho na Europa e, enquanto FHC foi presidente, virou uma espécie de prisioneira da torre do castelo, a maior parte do tempo na Espanha.
Não há um único tucano que não saiba a dimensão da dor que essa velhacaria causou no coração de Ruth Cardoso, a discreta e brilhante primeira-dama que o Brasil aprendeu desde muito cedo a admirar e respeitar. Dona Ruth morreu com essa mágoa, antes de saber que o incauto marido, além de tudo, havia sido vítima do famoso “golpe da barriga”. O filho, a quem ele reconheceu quando o garoto fez 18 anos, não é dele, segundo exame de DNA exigido pelos filhos de Ruth Cardoso. Uma tragicomédia varrida para debaixo do tapete, portanto.
O assunto, salvo uma reportagem da revista Caros Amigos, jamais foi sequer aventado por essa mesma mídia que, agora, destila fel sobre a “namorada” de Lula. Assim, sem nenhum respeito ao constrangimento que isso deve estar causando ao ex-presidente, a Dona Marisa e aos filhos do casal. Liberados pela falta de caráter, bom senso e humanidade, a baixa assessoria de tucanos, entre os quais alguns jornalistas, tem usado as redes sociais para fazer piadas sobre o tema, palhaços da tristeza absorvidos pela vilania de quem lhes confere o soldo.
Esse tipo de abordagem, hipócrita sob qualquer prisma, era o fruto que faltava ser parido desse ventre recheado de ódio e ressentimento transformado em doutrina pela fracassada oposição política e por jornalistas que, sob a justificativa da sobrevivência e do emprego, se prestam ao emporcalhamento do jornalismo.
Fonte - Carta Capital  05/12/2012


Relatório da CPMI

Discurso do Sen Collor de Melo em ele que fala sobre PGR,MPF,Policarpo,Veja e outros nomes inclusos no relatório final da CPMI do Cachoeira



PRESIDENTE LULA FALA SOBRE SUAS ESCOLHAS E NOMEAÇÕES DE MINISTROS PARA O STF





Bomba! Valério entrega líderes tucanos para escapar de processo no STF

Os mesmos petardos jurídicos disparados do Supremo Tribunal Federal (STF) por Joaquim Barbosa, presidente eleito da Corte e relator da Ação Penal 470, contra os principais líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), partem agora na direção dos envolvidos na origem do escândalo que recebeu o apelido de ‘mensalão tucano’. O advogado Dino Miraglia, de Belo Horizonte, procurou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais para pedir proteção à vida dele e de seu cliente, Nilton Antonio Monteiro, após peticionar ao Supremo para que estabeleça a conexão entre o caso conhecido como ‘lista de Furnas’ e o ‘mensalão tucano’, iniciado por Marcos Valério durante o governo do hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Em linha com o estilo do ministro Barbosa de detalhar as peripécias de Valério e seus cúmplices no ‘mensalão petista’, o caso da ‘lista de Furnas’, contido no inquérito 3530 do STF, acusa tucanos de alta plumagem, entre eles Azeredo, Clesio Andrade e Walfrido dos Mares Guia, de crimes como assassinato, explosões, incêndios, perseguições e até o suborno de magistrados da própria Corte Suprema. Compra de votos, no caso, seria o menor dos pecados cometidos pela quadrilha mineira. Segundo Miraglia, fitas transcritas do depoimento de outro advogado, Joaquim Engler Filho – então ligado ao PSDB mineiro – ao delegado João Otacílio Silva Neto, no Departamento Estadual de Operações Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais, em 24 de janeiro de 2008, “comprovam o esquema montado para abafar o ‘mensalão mineiro”.
– As fitas transcritas com o depoimento de Engler Filho, que integram o inquérito 3530, denunciam a atuação do grupo político ligado ao PSDB mineiro e nacional, na tentativa de calar o denunciante do ‘mensalão tucano’, Nilton Monteiro. Ele foi igualmente responsável por trazer a público a ‘lista de Furnas’, comprovando o esquema montado por Dimas Fabiano, ex-dirigente da empresa estatal, para favorecer e financiar candidatos e campanhas eleitorais do PSDB. Nossa petição foi para que este inquérito seja juntado à Ação Penal 536, que comprova a ação ilícita ocorrida em Minas Gerais durante a gestão tucana – afirmou Miraglia ao Correio do Brasil.
Para o advogado, o acordo de Marcos Valério para obter vantagens jurídicas com a ‘delação premiada’ não está no âmbito da AP 470, que julga o ‘mensalão petista’, mas na AP 536, da qual Barbosa também é relator.
– O Marcos Valério está entregando todo mundo do PSDB. O esquema todo, para se livrar das penas que deverá receber quando esta ação for julgada. Quanto ao ‘mensalão petista’ não há mais muito o que fazer, mas na ação contra os tucanos, ele está contando tudo o que sabe. Minas está em polvorosa, porque a AP 536, após a juntada do inquérito 3530, transforma-se em um vendaval, capaz de revelar em detalhes toda a corrupção e demais crimes cometidos pelo alto escalão da República, na época do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso – relata Miraglia.
Leia a íntegra desta matéria na Edição Digital do Correio do Brasil
Fonte - O Terror do Nordeste 09/11/2012


Mensalão não existiu", afirma jornalista Raimundo Pereira




Collor diz estar comprovado que procuradores vazaram dados sigilosos para 'Veja

Da Redação

Em discurso nesta terça-feira (30), o senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a acusar jornalista da revista ‘Veja’ de terem ligações estreitas com a quadrilha comandada por Carlinhos Cachoeira. O senador também disse que já está comprovado que membros do Ministério Público Federal (MPF) vazaram informações sigilosas dos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo para a publicação, que classificou como “folhetim semanal”.
- Não há mais dúvidas de que são verdadeiras as informações sobre vazamento de inquéritos que corriam em segredo de justiça – afirmou Collor.
Segundo Collor, o jornalista Policarpo Junior, “o grão vizir da chumbetagem da revista Veja”, é um empregado de Carlinhos Cachoeira. Juntos com outros funcionários da revista, disse Collor, Policarpo fornecia à quadrilha de Cachoeira “toda espécie de serviços e informações” e recebia parte dos lucros da organização.
- Esse fato, inclusive, é fartamente demonstrado nos diálogos das inúmeras interceptações telefônicas em que Policarpo Junior aparece como um dos interlocutores - lembrou.
Para o senador, será “fora de propósito” se os profissionais da revista envolvidos com a quadrilha não forem convocados para depor na CPI do Cachoeira. Ele disse apoiar a prorrogação dos trabalhos da CPI mista para ampliar as investigações.
Fonte - Agência. Senado 30/10/2012


ACM Neto e família construíram fortuna se aproveitando da máquina pública




A PRIVATARIA TUCANA





Dirceu sob suspeita também por ser cidadão comum

Por Andre Araujo
Episódio extraordinário - Um episodio extraordinário no show do mensalão: a incalculável importância de uma transação que pode abalar a economia brasileira: José Dirceu usou de suas relações para apresentar sua ex-esposa em um banco para conseguir um financiamento imobiliário para comprar um apartamento classe media em um bairro classe media de São Paulo. Que coisa incrível. Que cidadão comum teria a ousadia de contactar um banco conhecido para pedir que uma pessoa amiga apresentasse um pedido de financiamento para comprar casa. É demais. Nunca se viu tal corrupção no Brasil. Nem os Ministros do Supremo passariam por tal constrangimento, já que os luxuosos apartamentos em Brasilia onde moram, pelo menos em certo momento da historia da Alta Corte, fato publico noticiado pela mídia, foram comprados por eles mesmos com financiamento da União, após serem ocupantes como parte das prerrogativas do cargo desde a inauguração de Brasilia.
Infelizmente os cidadãos comuns precisam pedir empréstimo a bancos, ficar devendo e pagar a divida todo mês, sem prerrogativas e sem mordomias, dando o imóvel em garantia.
É realmente um delito incomensurável, não é a toa que um dos Ministros dedicou a tal tema grande parte de seu voto. Apresentar alguém em um banco privado para uma transação normal é um crime gravíssimo, que merece uma das maiores condenações do Código Penal.
Fonte - Do blog de Luisnassif  10/12/2012


Dilma na ONU e o complexo de vira-latas da direita brasileira

Com Texto livre

Você pode até discordar do que o país defende nos fóruns internacionais. Sobre Cuba, Palestina, EUA ou o que quer que seja, mas não dá para negar que desde 2003 somos de fato um país nesses espaços.
Tratamos dos temas de forma igual. Antes tirávamos os sapatos. Ouvíamos sermões de como fazer isso ou aquilo. E cogitar espaços na ONU, nem em sonhos.
E como incomoda essa postura. As elites brasileiras sempre tão subservientes tendo que engolir, como diria Zagallo – ex-treinador da seleção brasileira de futebol.
Vi comentários de vira-latas, porque é isso que são: vira-latas. O Brasil sempre teve esse complexo e tem gente que insiste em não se livrar dele.

Lamentável.
Pior é o papelão que faz a pseudo revista Veja. Reparem no título do texto de seu editor, Reinaldo Azevedo, sobre o pronunciamento de Dilma na 67ª Assembleia da ONU.
Veja e Azevedo sentem saudades do Brasil dos vira-latas
Agora falar em como a Privataria Tucana é comentada até na Itália eles não falam.
Assista a íntegra o pronunciamento da Presidenta Dilma na 67ªAssembleia Geral da ONU no Blog do Cadu
Fonte - Com Texto Livre 26/09/2012


Mauro Santayana - A RECUPERAÇÃO MORAL

Por Mauro Santayana

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em São Paulo, em um encontro com artistas e intelectuais, que esse é o momento de “recuperação moral” da política brasileira. Ele pode ter razão, e a terá ainda mais se, depois do escrutínio judicial da Ação 470, o exame de outras ações pendentes no STF e nos tribunais dos Estados, abrir o véu que cobre o período de 1995 a 2003. Seria importante saber como se deu a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, uma empresa construída por mineiros. E seria também importante verificar, em sua intimidade, o processo de privatização da Telebrás e suas subsidiárias.
Estamos submetidos a um péssimo serviço, quase todo ele explorado por empresas estrangeiras. Segundo o Procon, as reclamações contra os serviços telefônicos celulares batem o recorde naquele órgão. Enquanto isso, algumas empresas, como a Telefônica, continuam se valendo do nosso dinheiro, via BNDES, para financiar sua expansão no país, enquanto os lucros são enviados a Madri, e usados para a compra de empresas no resto do mundo.
Será, da mesma forma, necessária à recuperação moral da política brasileira saber quais foram as razões daquela medida, e como se desenvolveu o processo do Proer e da transferência de ativos nacionais aos bancos estrangeiros, alguns deles envolvidos em negócios repulsivos, como a lavagem de dinheiro do narcotráfico.
Quem fala em recuperação moral estuprou a Constituição da República com a emenda da reeleição, recomendada pelo Consenso de Washington, uma vez que aos donos do mundo interessava a continuidade governamental nos países periféricos, necessária à queda das barreiras nacionais e à brutal globalização da economia, com os efeitos nefastos para os nossos países. Seria, assim, também importante, no processo histórico da “recuperação moral”, saber se houve ou não houve compra de votos para a aprovação do segundo mandato de Fernando Henrique, como se denunciou na época, e com algumas confissões conhecidas.
Tivemos oito anos sem crescimento do ensino universitário público no Brasil, enquanto se multiplicaram os centros privados de ensino superior, que formam, todos os anos, bacharéis analfabetos, médicos açougueiros, sociólogos inúteis.
Para essa “recuperação moral” conviria ao ex-presidente explicar por que, no apagar das luzes de seu governo, recebeu, para um jantar a dois, o banqueiro Daniel Dantas, acusado de desviar dinheiro de seu fundo de investimentos para os paraísos fiscais, violando a legislação brasileira. Seria também importante reexaminar a súbita prosperidade dos jovens gênios que serviram à famosa “equipe econômica” em seus dois mandatos.
Se a “recuperação moral” for mesmo para valer, o ex-presidente não tem como eludir às suas responsabilidades. Para começar, se alguém se habilitar a investigar – e julgar! – basta o seu diálogo gravado com o pessoal do BNDES no caso da privatização das telefônicas.
Fonte - do Blog Mauro Santayana  21/09/2012


Joaquim Barbosa e o pensamento monofásico 

Autor: Luis Nassif
Foto ilustração
Um valentão entra em um bar e ameaça bater nos fregueses. Surge outro valentão que o encara e acaba com sua banca. A atitude do segundo valentão será louvada.
Uma pessoa educada levanta um argumento qualquer. O valentão reage com gritos e ameaças. Sua atitude será condenada.
É simples assim para entender porque Joaquim Barbosa foi elogiado quando encarou Gilmar Mendes e está sendo execrado quando avança sobre Ricardo Lewandowski. Não se tem política no meio, mas análise de atitudes, do comportamento que deve reger relações entre pessoas civilizadas.
Os que julgam que, quem elogiou a primeira atitude (encarando o brutamontes) precisa automaticamente elogiar a segunda (a agressividade com o educado) manipula um tipo de raciocínio monofásico.
Há mais diferenças entre eles.
Ambos, Barbosa e Lewandowski, analisam réus. Com exceção de João Paulo Cunha, Lewandowski votou pela condenação de todos os cabeças da operação, de Pizolatto aos diretores do Rural. Sua sentença condenatória tem muitissimo mais peso que a de Joaquim Barbosa, disposto a levar à fogueira qualquer ser que passe na sua frente.
A diferença com Joaquim Barbosa é que ele, Lewandowski, debruçou-se sobre os autos e preocupou-se com a sorte dos personagens menores, pessoas sem o amparo do poder (como os donos do Rural), nem dos partidos políticos, mas personagens anônimos, sem relevância. E fez isso sem esperar reconhecimento nem retribuição, apenas pelo cuidado que os grandes magistrados devem ter em relação às pessoas que julga, mais ainda em relação aos despossuídos de poder.
Um marciano que chegasse à terra e assistisse uma sessão do STF poderia supor que Barbosa, com seus modos truculentos, é o valente, Lewandowski, com seus modos tímidos, o tíbio.
Ledo engano. O homem que está enfrentando a máquina de moer reputação, apenas para para ficar de bem com sua consciência, é o manso.
Fonte - Luis Nassif On line 13/09/2012


Bob Fernandes/ Valério falou. E começa a sucessão presidencial.




A DURA RESPOSTA DE DILMA PARA FHC




A herança maldita de FHC

Por Emir Sader
Carta Maior
O governo Lula recebeu uma herança maldita do governo FHC, refletida numa profunda e prolongada recessão, no desmonte do Estado, na multiplicação por 11 da dívida pública, no descontrole inflacionário. O controle da inflação jogou-a para baixo do tapete: transferiu-a para essa multiplicação da dívida pública.
O povo entendeu, rejeitou FHC e derrotou os seus candidatos: Serra duas vezes e Alckmin. Isso é história, tanto no sentido que é verdade incorporada à história do Brasil, como história porque o governo Lula, com grande esforços, superou a recessão profunda e prolongada herdada e conduziu o Brasil ao ciclo expansivo que dura até hoje.
Para não aguçar o clima de instabilidade que a direita pretendia impor no começo do seu governo, Lula preferiu não fazer o dossiê do governo FHC, que incluísse tudo o que foi mencionado, mais os escândalos das privatizações, da compra de votos para a reeleição, da tentativa de privatização da Petrobras, entre outros.
Não por acaso FHC é o político mais repudiado pelos brasileiros. Já na eleição de 2002, Serra tratou de distanciar-se do FHC. Em 2006, as privatizações, colocadas como tema central no segundo turno, levaram a uma derrota acachapante do Alckmin. Em 2010, de novo o Serra nem mencionou FHC, tentou aparecer como o melhor continuador do governo Lula, para a desmoralização definitiva do governo FHC.
Ao lado disso, economistas da ultra esquerda esposaram a bizarra tese de que não havia herança maldita, que o governo Lula era continuidade do governo FHC, que mantinha o modelo neoliberal. Além de se chocarem com a realidade das transformações econômicas e sociais do país, foram derrotados politicamente pelo total falta de apoio a essas teses no final do governo Lula, quando o candidato que defendeu essas posições, apesar de toda a exposição midiática, teve 1% dos votos.
FHC não ouve ninguém, despreza os que o cercam, mas sofre da teoria da dependência da dor de cotovelo. Dedica as pouco claras forças mentais que lhe restam para atacar o Lula, cujo sucesso – espelhada no apoio de 69,8% dos brasileiros que querem Lula de volta como presidente em 2014 e nenhuma pesquisa sequer faz a mesma consulta sobre o FHC, para não espezinha-lo ainda mais – fere seu orgulho à morte.
Esses amigos tentam convencê-lo a não escrever mais, a não se expor ainda mais à execração publica – com efeitos diminutos, porque ele não ouve, seu orgulho ferido é o maior dos sentimentos que ele tem, mas também porque ninguém lê seus artigos – a se retirar definitivamente da vida pública. Cada vez que ele se pronuncia, aumentam os apoio ao Lula e à Dilma.
A historia diz, inequivocamente, que o Lula é um triunfador e FHC um perdedor. Isso a direita e seu segmento midiático não perdoam, mas é uma batalha perdida para todos eles.
Fonte - Blog do Miro   02/09/2012 



OAB critica posturas de Joaquim Barbosa

Atitudes de Barbosa no caso mensalão preocupam OAB

Por Marcos de Vasconcellos

As atitudes do ministro Joaquim Barbosa durante o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, tornaram-se motivo de preocupação para o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Plenário da entidade decidiu, por unanimidade, divulgar uma nota se solidarizando com os advogados que atuam no processo.
O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, afirma que a nota se faz necessária porque o ministro Joaquim Barbosa “tem adotado posturas que em nada engrandecem a Justiça”. Entre os problemas apontados por ele, está o pedido do ministro, já no primeiro dia de votação, para enviar uma representação contra os advogados que pediram sua suspeição no caso, questionando sua imparcialidade para julgar o processo. O pedido foi rejeitado pelos outros ministros.
O presidente da OAB também critica a atitude do ministro ao chamar de “abobrinhas” questões preliminares levantadas por advogados do processo. “Quero eliminar as abobrinhas”, disse Barbosa em referência às questões preliminares, ao que até mesmo o ministro Marco Aurélio o advertiu de que os advogados podiam sentir-se ofendidos.
Pelo visto ofendeu mesmo, pois na visão de Ophir Cavalcante, Joaquim Barbosa “tentou diminuir as vozes da defesa”. E mais: tentou “emparedar os advogados de defesa ao pedir o envio de representação contra eles”.
A nota aprovada pelo Conselho Federal da OAB diz que “manifestações diminuindo a relevância do papel da defesa não se coadunam com o que se espera — e se exige — de uma autoridade do Judiciário”.
A OAB diz também que os advogados que estão atuando na AP 470 têm-se portado com dignidade, respeito, e em estreita observância aos postulados ético-profissionais, não se observando conduta ofensiva ou merecedora de reparos.

Leia a nota:
O plenário do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu, por unanimidade, divulgar nota se solidarizando com os advogados que atuam na Ação Penal 470, conhecido como mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Com o seguinte teor:
1. O advogado é indispensável à administração da Justiça. No exercício de sua missão, deve atuar com independência e autonomia, de modo a assegurar a efetivação de um julgamento justo.
2. Toda e qualquer atitude em desrespeito à liberdade profissional do advogado ofende a Constituição, o devido processo legal e atenta contra as garantias fundamentais dos cidadãos.
3. Os advogados devidamente constituídos na referida Ação Penal têm-se portado com dignidade, respeito, e em estreita observância aos postulados ético-profissionais, não se observando conduta ofensiva ou merecedora de reparos.
4. Manifestações diminuindo a relevância do papel da defesa não se coadunam com o que se espera — e se exige — de uma autoridade do Judiciário.
Marcos de Vasconcellos é repórter da revista Consultor Jurídico.
Fonte - Blog do Saraiva 27/08/2012


Lewandowski não tem medo do PIG

LEWANDOWSKI DIZ QUE JÁ ESPERAVA CRÍTICAS AO SEU VOTO

Saiu na Folha:

Depois de abrir a divergência e votar pela absolvição do petista João Paulo Cunha (SP), o revisor do processo do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou nesta sexta-feira que o juiz “não pode se pautar pela opinião pública”, nem ter “medo de pressões de qualquer espécie”.
“Já esperava as críticas, as incompreensões, isso faz parte do nosso trabalho. Mas eu tenho certeza de que o Brasil quer um Judiciário independente, um juiz que não tenha medo de pressões de qualquer espécie”, disse. “Eu acho que o juiz não deve ter medo das críticas porque o juiz vota ou julga com sua consciência e de acordo com as leis. Não pode se pautar pela opinião pública.” (…)
Para o ministro Lewandowski, não existe desgaste entre os ministros e o que está em jogo não são eles, mas o destino dos réus do mensalão. “Nós não levamos nada pessoalmente, nós defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, o que está em jogo é o destino dos réus no caso da ação penal 470″, finalizou.


Ricardo Lewandowski questiona R$ 7 milhões que o PiG recebeu de Marcos Valério

Revisor diverge do relator e pede absolvição de João Paulo Cunha
Daniel Pearl Bezerra  
Ministro Ricardo Lewandowski afirma que a maior parte dos R$ 10,9 milhões repassados pela Câmara à agencia de Marcos Valério e sócios foi destinado ao pagamento de publicidade veiculada pela mídia. E provoca: se a corte entender que houve subcontratação ilegal de serviços, como propõe a acusação, terá que pedir ressarcimento dos R$ 7 milhões pagos aos veículos de comunicação do país. Os advogados presentes à corte acreditam que o voto de Lewandowski muda a perspectiva do julgamento.

Ricardo Lewandowski, inocentou o ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP),
Najla Passos
Brasília - O revisor do processo do “mensalão”, ministro Ricardo Lewandowski, inocentou o ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), candidato à prefeitura de Osasco nas eleições deste ano, de todas as quatro acusações que pesavam contra ele: uma de corrupção ativa, duas de peculato e outra de lavagem de dinheiro. O voto foi comemorado pela maioria dos advogados presentes à sessão, que o consideraram uma reviravolta no processo que, até então, vinha corroborando com todas as acusações da defesa.
Fonte - Desabafopaís 25/08/2012


BOB FERNANDES - SÓ O MENSALÃO ACABOU NA JUSTIÇA





Arruda é condenado. Cadê as manchetes?

Por Altamiro Borges

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de Brasília, decidiu suspender por cinco anos os direitos políticos de José Roberto Arruda. Na sua primeira derrota na Justiça, ele foi condenado por violar o painel eletrônico do Senado, em fevereiro de 2001. Na época, ele era líder do PSDB e, junto com o falecido Antonio Carlos Magalhães, autorizou a adulteração do painel na votação da cassação do ex-demo Luiz Estevão. Para evitar a cassação, ele renunciou ao seu mandato no Senado, após uma patética sessão em que chorou no plenário.
Protegido pela mídia demotucana, que sempre blindou o ex-líder de FHC, Arruda deixou o PSDB, filiou-se ao PFL - atual DEM - e, em 2006, foi eleito governador do Distrito Federal. A revista Veja até chegou a produzir "reporcagens" sobre o "exemplo de administrador". O tucano José Serra anunciou que ele poderia ser o seu vice nas eleições presidenciáveis de 2010. "Vote num careca e leve dois", afirmou. Mas o projeto não vingou. Vídeos comprovaram o milionário esquema de corrupção no Distrito Federal, apelidado de "mensalão do DEM". Arruda foi preso em fevereiro de 2010 e teve o seu mandato cassado, em março.
O "vice careca" e o "mensalão do DEM"
As investigações da Polícia Federal, na operação Caixa de Pandora, confirmaram que Arruda comandava uma rede de pagamento a parlamentares do Distrito Federal, com dinheiro oriundo de empresas que faziam negócios com o governo. O "vice careca" de Serra também se lambuzou no "mensalão", com pagamentos quinzenais de R$ 50 mil, além de conseguir empregos para parentes e amigos nas empresas que integravam o esquema. Num vídeo, Arruda aparece recebendo maços de dinheiro. Já as investigações da Operação Castelo de Areia revelaram que o protegido da mídia recebeu 637,6 mil dólares na sua campanha de 1998.
A condenação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região diz respeito apenas à primeira maracutaia do ex-tucano e ex-demo. Por violar o painel eletrônico do Senado, ele perde os direitos políticos por cinco anos, terá que pagar uma multa de cem vezes o salário de senador na época do escândalo e não poderá receber benefícios fiscais do poder público nem participar de contratos. Até o pagamento da dívida, todos os seus bens estão indisponíveis. Quanto ao "mensalão do DEM", o caso tramita lentamente no Supremo Tribunal Federal (STF), o mesmo que está com tanta pressa para julgar o chamado "mensalão do PT".
A seletividade da mídia demotucana
Será que a mídia demotucana vai dar manchete para a condenação de José Roberto Arruda? Ou, de forma seletiva, ela só está interessada no "mensalão petista" ? A Folha, que fabricou uma pesquisa para pressionar o STF e exigir a condenação sumária dos 38 réus, fará outra sondagem para defender a "prisão" do ex-demo e ex-tucano? O cartunista Angeli também será pago para fazer um gibi sobre o "mensalão do DEM"?
Fonte - Blog do Miro 20/08/2012


Cachoeira. Mulher faz CPI passar vergonha.

Sem saber, Roseli Pantoja da Silva teve o nome usado pela quadrilha. Intimada, foi de ônibus ao Senado, sentou-se diante de 23 parlamentares e não deixou sem resposta uma só pergunta. Uma humilhação para políticos e contraventores que temem ser presos se abrirem a boca. - Feirante diz que o nome dela foi usado pela Delta Dona de uma banca na Feira dos Importados, Roseli Pantoja foi de ônibus ao Congresso e enfrentou a CPI sem advogados

João Valadares

Roseli ficou sabendo pela internet que era dona de uma empresa fantasma que recebeu R$ 27,7 milhões da Delta
Roseli Pantoja da Silva virou exemplo. Chegou à CPI do Cachoeira na condição de empresária milionária, dona da Construtora Alberto & Pantoja, e saiu de lá como uma cidadã brasileira pobre, que teve o nome usado de forma criminosa pela Delta, empreiteira investigada por montar um esquema de empresas fantasmas para lavar dinheiro e financiar campanhas políticas. Ela, que é dona apenas de uma banca na Feira de Importados, foi de ônibus para o Senado e, sem nenhum advogado ou assessor, sentou-se na bancada diante de 23 parlamentares e não deixou de responder a nenhuma pergunta. Envergonhou políticos, empresários e funcionários públicos que, escorados em habeas corpus, se calaram. Antes mesmo de Roseli acabar o relato, vários integrantes da comissão declararam que a CPI do Cachoeira havia morrido naquele momento. “A partir de agora, esta é a CPI da Delta. A CPI do Cachoeira acabou”, concluiu o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
Tranquila e bastante segura nas respostas, ela revelou, logo no início do depoimento, que só ficou sabendo pela internet que era dona de uma empresa de engenharia que, nos últimos anos, recebeu R$ 27,7 milhões da Delta. “Pelo que li na internet, sou dona da Alberto & Pantoja. No entanto, meu nome é Roseli com i e não com y”, disse a comerciante. Constrangido, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), perguntou o número do CPF dela. Ao responder, o deputado verificou que não batia com o número que estava em suas mãos. Por um momento, os integrantes chegaram a pensar que tinham convocado a Roseli errada.
A confusão só foi desfeita quando os parlamentares descobriram que também havia empresas fantasmas no nome do ex-marido de Roseli, Gilmar Carvalho Moraes. A depoente assegurou que Gilmar é um homem pobre e endividado. Informou que ele recebeu uma procuração dela para abrir uma loja de artigos para roqueiros na Feira de Importados. “Ele abriu uma conta bancária, tomou empréstimos e não pagou. Por isso, meu nome foi parar no Serasa”, esclareceu. Os parlamentares vão convocar Gilmar para saber se ele também é vítima do esquema ou se recebeu alguma vantagem em troca do uso do nome dele para abertura de empresas de fachada do esquema fraudulento.

Pedido de prisão
Durante a sessão de ontem, vários parlamentares chegaram a pedir a prisão do dono da Delta, Fernando Cavendish. Ele vai prestar depoimento no dia 29 de agosto. No entanto, ao contrário de Roseli, deve ficar calado. “Se o Brasil fosse um país sério, o dono da Delta estaria preso. A senhora é a única brasileira que veio aqui contribuir com a verdade e sem advogados. Parabéns”, elogiou o senador Pedro Taques. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) também cobraram a prisão de Cavendish.
Dados preliminares da CPI, divulgados na semana passada, apontam que 16 empresas fantasmas do esquema receberam mais de R$ 300 milhões da Delta. Dos mais de R$ 27 milhões repassados para a Alberto & Pantoja, o contador da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, sacou R$ 8,66 milhões. A firma fantasma também repassou R$ 3,41 milhões para a JR Construtora e a Mapa Construtora LTDA, também laranjas.
Edivaldo Cardoso de Paula, ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás, e Hilner Ananias, que foi segurança do ex-senador Demóstenes Torres, também foram convocados para prestar depoimento na CPI. Os dois, resguardados por habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ficaram em silêncio.
“A partir de agora, esta é a CPI da Delta. A CPI do Cachoeira acabou”
Miro Teixeira (PDT-RJ), deputado federal
Fonte - Do Blog Aposentado Invocado 16/08/2012


Juiz recebia mimos de Cachoeira

OPERAÇÃO MONTE CARLO - Juiz recebia mimos de Cachoeira - TRT-18 investiga magistrado que, segundo a Polícia Federal, ganhou viagens do contraventor e orientava a quadrilha em ações trabalhistas

Alessandra Mello
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O desembargador do TRT-18 investigado pela PF se referia ao bicheiro Carlinhos Cachoeira como cabeça
Relatório sigiloso da Polícia Federal, encaminhado em julho para o comando do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), com sede em Goiás, aponta indícios do envolvimento do desembargador Júlio César Cardoso de Brito com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Assinado por dois agentes da Polícia Federal e encaminhado ao presidente do TRT-18, desembargador Mário Sérgio Bottazzo, pelo delegado federal Matheus Rodrigues, o documento faz uma análise do material apreendido na residência de Gleyb Ferreira da Cruz, um dos principais auxiliares de Cachoeira, sócio dele em algumas empresas e apontado pela PF como um dos operadores financeiros do esquema comandado pelo bicheiro.
De acordo com o relatório, foi analisado o conteúdo de um notebook, um caderno, uma agenda e um telefone celular apreendidos em 29 de fevereiro — data em que Cachoeira foi preso. Tanto no caderno quanto na agenda foram encontradas anotações a respeito da compra de passagens áreas para o desembargador e sua mulher em, pelo menos, duas datas, para Miami e para a Argentina.
No computador, ainda foram localizadas diversas fotos do desembargador Cardoso de Brito ao lado de Gleyb e do irmão de Cachoeira, Marco Antônio de Almeida Ramos, em jantares e viagens ao exterior. E, no celular, segundo a PF, havia cerca de 300 mensagens trocadas entre Gleyb e o desembargador. Nesses torpedos, os dois conversam sobre as viagens e sobre processos envolvendo os laboratórios Vitapan e Neoquímica — que teriam ligação com o esquema do contraventor. Em um dos textos, o desembargador cobra um iPad de alguém ligado ao esquema que estava indo para fora do Brasil. O desembargador se refere a Cachoeira como “cabeça” e marca encontros com ele via Gleyb.

Grampos
O nome do desembargador já tinha sido citado nas escutas telefônicas da Operação Monte Carlo. Nessas conversas, Cardoso de Brito orienta advogados do grupo de Cachoeira sobre como proceder nos processos trabalhistas de interesse do grupo liderado pelo bicheiro. O magistrado discute ações trabalhistas do laboratório Vitapan — que pertence à ex-mulher de Cachoeira, Andrea Aprígio —, de uma distribuidora de medicamentos e da Ideal Segurança, ambas ligadas ao contraventor.
Por unanimidade, o TRT de Goiás abriu, em 12 de julho, um processo disciplinar para investigar as denúncias contra Cardoso de Brito, que foi afastado temporariamente do cargo de desembargador, da vice-presidência do tribunal e da corregedoria. O relator do caso é o desembargador Paulo Pimenta, escolhido por sorteio, como determinam as regras do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Cardoso de Brito não foi localizado pela reportagem para comentar o relatório. Em sua defesa, ele negou qualquer tipo de recebimento de vantagens, disse que nunca atuou nos processos de interesse de Cachoeira e afirmou ainda que mantinha relações sociais com Gleyb, mas que não eram amigos íntimos.
Fonte - Aposentado Invocado 15/08/2012


A IMPRENSA E O "MENSALÃO"





GRAVAÇÃO MOSTRA RELAÇÃO ENTRE CARLINHOS CACHOEIRA E POLICARPO JR. 




A ofensiva neoconservadora e a Venezuela no Mercosul

A adesão da Venezuela como membro pleno do Mercosul consolida no coração da América Latina uma referência de recorte progressista sem precedentes na região
Na contraofensiva do conservadorismo abjeto que tem dado ultimamente seu show de horror ao próximo perante o mundo inteiro (vide o deputado conservador britânico que classificou a abertura dos Jogos Olímpicos como uma “cerimônia esquerdista e lixo multicultural”. Com uma Inglaterra orgulhosa do que viu na abertura, o primeiro-ministro David Cameron procurou se afastar de seu colega conservador. No plano político, bandeiras de Taiwan e da Coréia do Sul provocaram conflitos diplomáticos. A Olimpíada de 2012 e seus conflitos de bandeiras provaram mais uma vez, parafraseando Von Clausewitz, que o esporte é, como a guerra, a “política por outros meios”), a cúpula do Mercosul dá boas vindas à Venezuela de Hugo Chávez.
No exercício da presidência do Mercosul até dezembro deste ano, o Brasil coordenou a cúpula extraordinária do bloco nesta terça-feira (31), celebrando a entrada de seu quinto membro, a Venezuela. “Estamos conscientes de que o Mercosul inicia uma nova etapa”, disse Dilma Rousseff, que considerou o significado histórico da entrada venezuelana por marcar a primeira ampliação do bloco desde a sua criação em 1991, estendendo-o da Patagônia até o Caribe, além de incrementar sua economia: “Considerando os quatro países mais ricos do mundo, EUA, China, Alemanha e Japão, o Mercosul somado é a 5° força”, destacou Dilma.
A propósito, nos chamou a atenção um editorial da agência Carta Maior, assinado por Saul Leblon. Com o título sugestivo “Enfrentamentos reais e miragens conservadoras”, ele observa que a adesão da Venezuela como membro pleno do Mercosul consolida no coração da América Latina uma referência de recorte progressista sem precedentes na região, em razão da abrangência institucional e o fôlego econômico intrínseco ao bloco agora liderado por Dilma Rousseff, Cristina Kirchner, Pepe Mujica e Chávez.
Leblon comenta que se a Cuba dos anos 60 exerceu um magnetismo ideológico superior ao desse quarteto, seu ardor não se traduziu numa organização duradoura com o alcance que o Mercosul possui e deve ampliar graças à incorporação do detentor da maior reserva de petróleo cru do mundo (a Venezuela tem 296,5 bilhões de barris, seguida da Arábia Saudita, com 264,5 bilhões de barris).
Trata-se de mais um confronto no qual os interesses conservadores, refletidos no bombardeio midiático contrário a essa inclusão, foram habilmente vencidos. Não é um revés em torno de uma questão bizantina menor. Os que hoje, como há uma década, protestam contra a presença venezuelana, são os mesmos que, paralelamente, defenderam a ALCA como alternativa a uma inserção global do continente assumidamente subordinada e dependente aos EUA. Felizmente, foram derrotados.
Há pouco, no golpe contra Lugo, enfatizado com a suspensão dos golpistas no âmbito do Mercosul, o jornal ‘Estadão’ destilou a nostalgia da velha agenda. Em editorial, aconselhou a direita paraguaia a responder à punição jogando-se nos braços dos EUA, de modo a consumar, pelo menos, mais uma mini-Alca regional, na expressão do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães.
E conclui Leblon, em seu melhor estilo barroco-belicoso: “A opção de desenvolvimento regional integrado e soberano, reafirmada pela Cúpula de Brasília do Mercosul, insere-se assim numa espiral de enfrentamentos em que o guarda-chuva maior do conservadorismo verga sob o peso da dissolução da ordem neoliberal. É nessa esquina de derrotas históricas apreciáveis que a seção brasileira perfila armas e concentra tropas para fazer do julgamento do chamado mensalão uma espécie de 3º turno simbólico de sua anemia política”.
O fato é que o conservadorismo aferra-se a batalhas do passado na esperança de apagar do imaginário social a percepção de que seus interesses e credo são parte de um mundo que irá ruir muito em breve no futuro. Estrondosamente.
Fonte - Com Texto Livre  05/08/ 2012 


Ministério Público denuncia 'mensalão' de Furnas...a terra vai tremer  

Amaury Ribeiro Jr.
Hoje em Dia  

"A procuradora da República no Rio Andrea Bayão Ferreira denunciou o ex-diretor de Planejamento de Furnas, Dimas Toledo, e um grupo de empresários e políticos acusados de participarem da chamada Listas de Furnas – a caixinha de campanha clandestina que funcionou na empresa estatal durante o governo de FHC. A denúncia reúne um arsenal de documentos da Polícia Federal e da Receita Federal que, além de atestar a veracidade, comprova a existência de um “mensalão” organizado por Dimas na estatal.
De acordo com a procuradora, o mensalão de Furnas provocou o enriquecimento de funcionários públicos, empresários e lobistas, acusados de alimentarem os financiamentos ilegais de campanha políticas dos tucanos e de seus aliados com o dinheiro público. Segundo a denúncia, o esquema era custeado pelos contratos superfaturados assinados pela estatal com duas empresas : a Toshiba do Brasil e a JP Engenharia Ltda. As duas foram contratadas sem licitação pública para realizar obras no Rio . “ O diretor Dimas Toledo reproduziu, em Furnas, o esquema nacional que ficou conhecido como ‘ mensalão’ – um esquema de arrecadação de propina – na ordem de milhões, custeado mediante o superfaturamento de obras e serviços”, diz a procuradora na denúncia.
A lista
A lista de Furnas, assinada pelo próprio Dimas Toledo, traz o nome de políticos que receberam doações clandestinas de campanha da empresa estatal em 2002. Entre os beneficiados estão os ex-governadores de São Paulo e de Minas Gerais, e outros 150 políticos.
Réus confessos
Os próprios executivos da Toshiba do Brasil – uma das empresas que financiavam o esquema – confirmaram a existência de um caixa dois que sustentava mesada de servidores e políticos. O superintendente Administrativo da empresa japonesa, José Csapo Talavera, afirmou, por exemplo, que os contratos de consultoria fictícios das empresas de fachada, até 2004 , eram esquentados por um esquema de “notas frias”.
Escuta quente
As escutas da Polícia Federal desmentem que o lobista Nilton Monteiro teria tentando falsificar a lista. Pelo contrário. “Durante a intercepção das linhas telefônicas usadas por Nilton Monteiro, nada foi captado que indicasse a falsidade da lista, ao revés, em suas conversa telefônicas, inclusive com sua esposa, sustenta que a lista é autêntica”, diz a procuradora.”
Fonte - Blog do Saraiva 31/07/2012



CartaCapital publica documentos que provam envolvimento de Gilmar com o Mensalão Mineiro

Valerioduto: confira a íntegra dos documentos 

Adicionar legenda
CartaCapital publica a íntegra dos documentos que registram o caixa 2 da campanha de reeleição do tucano Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998. Há uma lista de doadores e outra de beneficiários.
Neste último grupo, constam meios de comunicação, institutos de pesquisa e fornecedores de vários serviços de campanha que não necessariamente sabiam da movimentação ilegal de recursos. Podem ter recebido sem conhecer a origem do dinheiro que pagou por seus serviços. De qualquer forma, a contabilidade assinada e registrada em cartório pelo publicitário Marcos Valério de Souza mapeia o fluxo dos recursos não-registrados oficialmente. A diferença é colossal. Azeredo declarou ter gasto 8 milhões de reais, mas os números apontados pelo publicitário chegam a 104 milhões.
Também é possível acessar um documento intitulado Declaração para fins de prova judicial ou extrajudicial datado de 12 de setembro de 2007 e assinado por Marcos Valério de Souza. Nele, o publicitário declara um repasse de 4,5 milhões de reais a Azeredo.
Todos os papéis estavam em posse do advogado Dino Miraglia Filho, de Belo Horizonte, e foram entregues à Polícia Federal.
Certos assessores de imprensa disfarçados de jornalistas tentam desqualificar a lista pinçando nomes de empresas citadas e perguntando se elas se corromperiam por tão pouco. Não sabemos afirmar (nem esta é a questão, a não ser para a estratégia diversionista de certos assessores de imprensa). Mas achamos que se abre uma nova linha de investigação do valerioduto.Confira abaixo a íntegra dos arquivos (em PDF):
Veja mais em Cartacapital
Fonte - do Blog do Saraiva 28/07/2012


GILMAR, JUIZ ? NÃO ! ELE É RÉU !

Gilmar Mendes, Ministro do Supremo, recebeu R$ 185 mil deste Mega-Caixa Dois.

Paulo Henrique Amorim

Os repórteres Mauricio Dias e Leandro Fortes, na Carta Capital desta semana, , publicam a contabilidade do maior de todos os mensalões.
Trata-se da contabilidade de Marcos Valério para a re-eleição de Eduardo Brandão de Azeredo a governador de Minas, e de Fernando Henrique Cardoso para Presidente, em 1998.
São “demonstrações de recursos arrecadados com as fontes e os recebedores”.
São 26 páginas.
Dez se referem a doadores.
Entre os ilustres doadores, o insigne Banco Opportunity, do banqueiro que mereceu dois HCs Canguru.
Dezesseis páginas se referem a recebedores.
Uma Mega-Caixa Dois que movimentou a bagatela de R$ 104 milhões.
Viva o Brasil !
Viva a UDN !
Viva o PiG (*) !
Viva o Merval !
Gilmar Mendes, Ministro do Supremo, aquele que foi chantageado e não denunciou o chantageador; aquele que, segundo o Demóstenes ao Cachoeira, “mandou subir”, este Catão de Diamantino, recebeu, então, R$ 185 mil.
Nessa época, ele já trabalhava para o Presidente Fernando Henrique, e cuidava de instalar, em Brasília, seu Instituto de Ensino da Constituição por SMS.
R$ 185 mil !
Será que vieram do Banco Opportunity ?
Estão entre os recebedores: Paulo Henrique Cardoso e o pai, Fernando Henrique Cardoso, que, depois de expressa recomendação de Azeredo e de Pimenta da Veiga, são agraciados com a ninharia de R$ 573 mil.
Recebem tambem outros heróis do PiG (*), como Tasso Jereissati, Ronaldo Cesar Coelho e o indefectível Heráclito Fortes.
Há um ilustre petista, Senador Delcídio Amaral, que quase sepultou a CPI dos Correios antes de indiciar Daniel Dantas.
E se isso tudo for uma fraude ?
Como, por muito tempo, os tucanos disseram que era a Lista de Furnas.
Bem, Mauricio Dias e Leandro Fortes são macacos velhos.
Os documentos datam de 28/03/1999.
São assinados por Marcos Valério com firma reconhecida.
Os documentos têm uma cópia adicional, assinada por Valério e Cláudio Mourão, para dar autenticidade à contabilidade.
Além disso, Dias e Leandro mostram DOCs cujos valores coincidem com os mencionados nas operações para os beneficiários.
Há algumas surpresas no Mega Mensalão tucano.
André Lara Resende e Luiz Carlos Mendonça de Barros, os cérebros da Privataria, recebem insignificantes R$ 1 mil, cada.
Consta da lista, como quem recebeu R$ 1 milhão e 825 mil, a modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada.
O ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas processa este ansioso blogueiro porque, ao noticiar os dois HCs Canguru, disse que aquilo equivalia a transformar o Supremo num balcão de negócios.
Quem defende o ex-Supremo nessa nobre açao é o notável jurisconsulto Sepúlveda Pertence.
Fonte - Do Blog Conversa Afiada  27/07/2012


A FERROVIA DA CORRUPÇÃO - Sarney e Costa Neto indicaram chefes de esquema que sangrou R$ 1 bi da Norte-Sul

Cládio Dantas Sequeira - Da IstoÉ

No início do mês, a Polícia Federal prendeu o ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o “Juquinha”, acusado de enriquecimento ilícito. Segundo os autos do inquérito da operação “Trem Pagador”, ele teria comandado um esquema que desviou mais de R$ 100 milhões de obras da Ferrovia Norte-Sul, a mais extensa via férrea do país. A revista IstoÉ revela agora que o rombo provocado pelo esquema de Juquinha, que comandou a estatal de ferrovias por oito anos, pode chegar à escandalosa cifra de R$ 1 bilhão, dinheiro que teria abastecido não só as contas pessoais do ex-presidente, familiares e ex-integrantes da cúpula da Valec, mas também o caixa de partidos como PR e PMDB.
A estimativa é da própria PF, com base numa série de investigações em andamento. Só na Delegacia de Crimes Financeiros da Polícia Federal em Goiás foram abertos sete diferentes inquéritos que abarcam os quase 4,5 mil quilômetros de extensão da ferrovia. Ao longo da Norte-Sul, que já consumiu R$ 8 bilhões, correm suspeitas de superfaturamento em materiais, como trilhos e dormentes, nas ações de terraplanagem, escavações e aterros.
A PF encontrou ainda indícios de conluio entre empreiteiras, direcionamento de licitações e subcontratação de empresas ligadas a políticos. As investigações, que tiveram origem em fiscalizações do TCU, da CGU e denúncias do Ministério Público, estão longe de terminar, e indicam que só no trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), justamente o que ajudou a enriquecer Juquinha e sua família, foram desviados mais de R$ 400 milhões.
Laudos técnicos que compõem os inquéritos mostram que a estrada de ferro consumiu todo o orçamento previsto nos contratos com as construtoras Andrade Gutierrez, SPA Engenharia, Constram, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa. A Valec de Juquinha autorizou aditivos que atingiram o limite legal de 25% e mesmo assim a obra chegou ao fim infestada de problemas estruturais, como a falta de proteção vegetal de taludes e canais de drenagem superficial. O resultado é a erosão de áreas que estão provocando a desestabilização dos trilhos, inviabilizando o uso da ferrovia. Não foram construídos oito pátios intermodais que estavam previstos em contrato. Isso significa que, mesmo os trens sendo liberados para transitar na estrada de ferro, eles simplesmente não têm onde ser carregados e descarregados.
As construtoras reclamam que a obra ali consumiu mais que o previsto, por conta de desvios e da existência de aterros moles, que acabam consumindo mais horas de trabalho das máquinas e do orçamento. Daí, segundo a PF, chega-se a outro problema: não há medição confiável, os métodos utilizados são os mesmos de 40 anos atrás.
Essa falha foi explorada não só pelos empreiteiros, mas pela própria Valec, segundo a PF. O escamoteamento de custos, de acordo com os relatórios de investigação obtidos por IstoÉ, era processado em Brasília, no 20º andar do edifício-sede da estatal, e se estendia ao campo de trabalho. Laudos da Perícia Criminal indicam sobrepreço tanto no orçamento de referência da estatal como nas propostas das empreiteiras. A análise de centenas de planilhas de preços feita pelos peritos apontam uma variação entre 6,5% e 48% de sobrepreço nos orçamentos.
O TCU agiu em alguns casos, como nas obras de Aguiarnópolis (TO) e Anápolis-Uruaçu (GO). Em ambos, determinou-se a suspensão cautelar de 10% do valor dos contratos, muito pouco, considerando o volume de recursos utilizados. O tribunal instaurou tomadas de contas especiais em contratos como o da SPA Engenharia, que se recusou a seguir as determinações de repactuação do orçamento.
Um relatório interno da consultoria jurídica da Valec, obtido por ISTOÉ, mostra que só em dois contratos os fiscais encontraram sobrepreços de R$ 42 milhões e R$ 40 milhões, respectivamente. Desde o início da obra, a Valec tem comprado dormentes, fabricados pelas próprias empreiteiras, a valores 40% superiores ao de outros fornecedores.
Esses dados, além de abastecerem os inquéritos da PF, levaram o atual presidente da Valec, José Eduardo Castello Branco, a criar uma força-tarefa para melhorar a fiscalização das obras da Norte-Sul e passar um pente fino nas obras em andamento. Talvez por isso, desde que assumiu no lugar de Juquinha no ano passado, Castello Branco tem sofrido pressões de partidos e empresários para deixar o cargo.
‘Presidente’, ‘velhinho’ e ‘chefe’ – O perfil técnico do atual presidente da Valec causa desconforto para um grupo de políticos que se acostumou a gerenciar o orçamento bilionário da empresa. Escutas telefônicas feitas pela PF com autorização judicial mostram como se articularam os dirigentes da estatal às vésperas da faxina determinada pela presidenta Dilma Rousseff, diante das denúncias de pagamento de propina no Ministério dos Transportes.
Em conversa gravada no dia 19 de outubro de 2011, Juquinha, ciente da iminente dança das cadeiras na Valec, telefona para seu advogado, Heli Dourado, e pergunta se ele conversou com o “presidente”, segundo a PF numa referência ao senador José Sarney.
Heli diz que “Sarney conversou com o ministro duas vezes e não tem mais o que falar com ele; que ele sabe que a pessoa é sua indicada”.
Na conversa, Heli diz ainda que foi até a casa de Sarney para tentar evitar a queda dos apadrinhados. Segundo a PF, o presidente do Senado foi atropelado pela decisão do Palácio do Planalto.
Além de “presidente”, Sarney é citado por Juquinha e outros integrantes do grupo pelas alcunhas de “velhinho” e “chefe”.
Para a PF, não há dúvidas de que o grupo usava constantemente o nome de Sarney. De acordo com um delegado ouvido por IstoÉ, as investigações demonstram que o presidente do Senado e o deputado Valdemar da Costa Neto (PR) dividiam os cargos na cúpula da Valec. A Ferrovia Norte-Sul, no entendimento dos investigadores, era uma espécie de “menina dos olhos” dos parlamentares.
Quem cuidava dos interesses de Sarney nos contratos da ferrovia, de acordo com a PF, era Luiz Carlos Oliveira Machado, o então diretor de engenharia da estatal.
Responsável por acompanhar diretamente todas as obras da Valec, Oliveira Machado é um dos principais alvos dos inquéritos. Pelas investigações iniciais, ele estaria ligado às empresas CMT Norte-SUL e Trilha Engenharia, que foram subcontratadas nos lotes 2 e 11 para fornecer maquinário.
Sarney informou, por meio de sua assessoria, que Oliveira Machado não é sua indicação e nem sequer lembra “se conhece essa pessoa”. Costa Neto, por sua vez, admitiu sua relação com Juquinha e a indicação para a presidência da Valec, mas disse que não tinha nenhuma “ascendência administrativa” sobre ele.
Boi Barrica – Não é a primeira vez que o nome de Sarney surge em escândalos envolvendo a Ferrovia Norte-Sul. Seu filho Fernando Sarney, foi investigado na operação “Boi Barrica”, por conta de contratos suspeitos da Valec com a empresa Dismaf para o fornecimento de trilhos.
A empresa, mesmo denunciada pelo Ministério Público por fraude no fornecimento de fardamento para o Exército, conseguiu entrar na Valec. Quem intermediou o negócio, segundo a PF, foi o senador Gim Argello (PTB) e o filho de Sarney.
Um dos sócios da Dismaf é Basile Pantazis, que até estourar o escândalo no ano passado era tesoureiro do PTB. Entre 2008 e o início de 2011, a Dismaf recebeu mais de R$ 410 milhões, segundo levantamento das ordens bancárias da Valec feito pela ONG Contas Abertas. A empresa quase conseguiu um segundo contrato de R$ 750 milhões, mas a licitação foi suspensa por determinação do TCU.
Fonte - São Paulo Trem Jeito 22/07/2012


Demóstenes é cassado. Falta a Veja! 

Por Altamiro Borges 

Numa sessão histórica do Senado Federal, o ex-demo Demóstenes Torres teve seu mandato cassado hoje por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções. O placar foi arrasador e enterra de vez o falso moralista e um dos políticos mais direitistas do período recente, que se projetou graças ao apoio da mídia "privada". É a segunda vez na história que o Senado cassa um mandato parlamentar - o primeiro punido foi outro famoso conservador, o senador Luiz Estevão, também muito chegado aos veículos de comunicação.
"O senhor feriu de morte a dignidade do mandato", disse o senador Pedro Taques (PDT-MT), que relatou o processo na Comissão de Constituição e Justiça. "Quem lhe condena é o seu passado", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), que relatou o processo no Conselho de Ética. Demóstenes Torres, o assassino de reputações, o paladino da ética e o líder da oposição de direita, não teve como justificar as suas íntimas e milionárias ligações com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.
Tendo enviado ao inferno o ex-demo, cabe agora à CPMI do Cachoeira aprofundar as investigações sobre as relações do ex-demo com outros setores empresariais e midiáticos. Demóstenes Torres só se projetou na política graças ao apoio da mídia demotucana. A revista Veja chegou a chamá-lo de "mosqueteiro da ética" e produziu várias capas a partir desta fonte criminosa. O que ela ganhou nesta relação promíscua? Quais foram seus objetivos comerciais e políticos? Demóstenes já vai tarde! Mas e os outros cupinchas?
Fonte - Blog do Miro 11/07/2012


Record News Atualidade fala sobre a crise do Paraguai



Foi um golpe de Estado ou um golpe dentro das regras da democracia paraguaia? É possível um presidente eleito pelo povo ser deposto em 24 hs? O Brasil interferiu nos negócios internos do Paraguai? Quem fala sobre o assunto é o professor Marco Aurélio, assessor especial da presidência da República.
Fonte - R7.com 02/06/2012

Avaliação positiva do governo Dilma atinge maior índice e chega a 59%, diz pesquisa CNI/Ibopex


A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff aumentou novamente, de acordo com pesquisa
encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) ao Ibope, divulgada nesta sexta-feira (29). O índice de pessoas que consideram a gestão "ótima ou boa" subiu de 56%, em março, para 59% em junho. É o maior percentual registrado desde o início do governo.
Os percentuais de entrevistados que aprovam a maneira como Dilma governa e que confiam na presidenta ficaram estáveis em 77% e 72%, respectivamente, em relação a março.
Sobre a expectativa em relação ao restante do mandato de Dilma, 61% consideram ótimo ou bom e 25%, regular. O percentual dos que acham esse quesito ruim ou péssimo se manteve em 10% desde dezembro de 2011.
Na última pesquisa, divulgada em março, a gestão de Dilma conseguiu a mais alta avaliação desde que assumiu o cargo (77%) e índice também superior aos alcançados pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (60%) e Luiz Inácio Lula da Silva (54%) em igual período de seus governos.
Para 58% dos ouvidos, as gestões de Dilma e Lula têm o mesmo nível, contra 16% que acham que o governo Dilma é melhor e 24% que consideram pior. Um porcento dos entrevistados não sabe ou não respondeu.
A pesquisa
Os entrevistados foram questionados sobre os assuntos que mais lembravam do noticiário com temas relacionados ao governo. Os temas mais citados foram o caso do bicheiro Carlos Augusto Ramos, Carlos Cachoeira; as medidas econômicas e a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
Com relação à maneira da presidente de governar, a aprovação manteve-se em altos índices todas as regiões do país. A maior delas está no Nordeste, com 82% da aprovação – o mesmo valor alcançado na última pesquisa. Nas demais, o índice varia entre 75% e 77%.
Ao analisar o perfil dos pesquisados, os que mais confiam na presidente são idosos, com menor grau de instrução e com menor renda familiar.
A pesquisa avalia trimestralmente a opinião pública com relação à administração federal. A CNI/Ibope tem grau de confiança de 95%, conta com margem de erro de dois pontos percentuais e entrevistou 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 19 de junho de 2012.
Políticas públicas
Dentre os temas mais relevantes de políticas públicas, 57% aprovam as ações relacionadas ao combate à fome e à pobreza, ante 38% que desaprovam e 5% que não sabem ou não responderam. As ações relativas à proteção ao meio ambiente também são bem vistas por mais de metade dos entrevistados (55%).
A pesquisa também revela uma grande desaprovação em relação às atividades desenvolvidas na área da saúde (66%), da educação (54%) e da segurança pública (61%).
Do total dos entrevistados, 34% afirmam que as notícias veiculadas na imprensa não são nem favoráveis e nem desfavoráveis ao governo Dilma, 28% acham que o noticiário é favorável, 15% acham que são desfavoráveis e 23% não sabem ou não responderam.
Economia
No âmbito da economia, 61% da população desaprova a política de impostos e 47% não aprovam as medidas relacionadas ao combate à inflação. Por outro lado, 49% aprova a política de juros e 53% são favoráveis às medidas aprovadas para o combate ao desemprego.
Para o gerente executivo da pesquisa da CNI/Ibope, Renato da Fonseca, um dos elementos que ajudou a presidente a manter o nível alto de aprovação da presidente foi a mudança na avaliação da política econômica do governo devido às campanhas dos bancos de baixar as taxas de juros.
Fonseca destacou ainda que a aprovação do governo Dilma é maior nas camadas mais baixas da população, entre aqueles com renda inferior a um salário mínimo. No entanto, ele destaca o aumento da aprovação nas camadas mais altas, com recebem mais de 10 salários mínimos.
Fonte - Blog do Saraiva 29/06/2012


TOP SECRET" - A Conspiração contra o Brasil


 
Demóstenes cassado. Veja lamenta!  BY BY DEMolido  O Conselho de Ética do Senado aprovou na noite desta segunda-feira (25), por unanimidade, o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) pela cassação do mandato do ex-demo Demóstenes Torres. A votação se deu através do voto aberto e nominal - o que dificulta futuras manobras para inocentar o o falso paladino da ética e jagunço de reputações. O relatório teve a aprovação dos 15 senadores que integram o conselho. O parecer será agora encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para análise dos aspectos constitucionais. Na sequência, ele seguirá para votação no plenário. Até os íntimos amigos do falso paladino da ética já dão como certa sua cassação. Do contrário, alegam, ocorrerá a total desmoralização do Senado. Os viúvos do ex-demo A cassação do ex-demo representará um duro golpe para a oposição de direita no país. Para o DEM, que já havia lançado o senador para a sucessão presidencial de 2014, ela quase significa um passaporte para o inferno. O partido tende a extinção após as eleições municipais de outubro. Já o PSDB perde o seu mais fiel aliado, sustentáculo do governo FHC e de outros governos tucanos. A caAs provas da ligação de Demóstenes Torres com a máfia de Carlinhos Cachoeira são irrefutáveis. ssação também enterra de vez o falso discurso moralista, udenista, da oposição da direita - mais suja do que pau de galinheiro. Além do baque na direita partidária, a cassação também causa abalos na mídia hegemônica. O ex-demo era paparicado por jornalões, revistonas e emissoras de tevê. Era presença constante na imprensa como líder da oposição e arauto da moralidade. Quem mais sofre com o fim de carreira de Demóstenes Torres é a revista Veja, que sempre usou o senador como fonte privilegiada. O ex-demo chegou a ser eleito pela revista como um dos "mosqueteiros da ética". Bob Civita deve ter insônias nesta noite! Fonte - Blog do Miro 25/06/2012  RN: O lugar onde o crime compensa Por Daniel Dantas Lemos No blog De olho no discurso

Esta semana fez exatamente um mês. O que você acha que aconteceria caso uma das principais lideranças políticas do estado fosse flagrada em escutas telefônicas combinando o uso da conta pessoal de um tesoureiro de campanha para transferir dinheiro a fim de comprar apoio político de dois vereadores da capital? Se esse líder político fosse o marido da governadora do estado e um dos vereadores a serem comprados fosse o presidente da Câmara Municipal da capital? Se esse mesmo líder, marido da governadora, em outra ligação, ao conversar sobre a defecção de dois deputados estaduais da campanha da mulher, dissesse literalmente que tinha “um dinheirinho para mandar” na tentativa de reverter a mudança de voto dos dois deputados? E se um desses dois deputados fosse o presidente da Assembleia Legislativa? E se você ouvisse que seriam depositados R$ 100 mil na conta de campanha de um deputado federal mas que esse dinheiro não era dele? Ou seja, que o grupo político teria que inventar recibos e notas fiscais frios para retirar esse dinheiro da conta do deputado para uso na campanha ao senado. E se essa candidata ao senado, eleita, fosse a atual governadora do estado? E se você ouvisse diversas gravações mostrando as articulações para uso de notas fiscais frias para justificar gastos de campanha na prestação de contas? Você não veria nisso um escândalo político sem igual na história do estado em questão? Você não esperaria ver o tema estampado em todos os jornais locais e, inclusive, em veículos nacionais? Você não gostaria de ver uma ação enérgica do Procurador Geral da República para investigar e punir exemplarmente os envolvidos - cujos crimes supostos prescreverão apenas em 2018? Por que, então, o #Caixa2doDEMnoRN, com raras exceções, não foi destaque dos veículos convencionais de imprensa? Por que sequer revistas como a CartaCapital não lhe deram espaço? Por que apenas o jornal O Globo se interessou e, ainda assim, foi silenciado pela ação do líder do PMDB na Câmara Federal? E por que ninguém se indignou com essa afronta à liberdade de imprensa? Por que ninguém se indigna com a incapacidade da Procuradoria Geral da República em responder, há praticamente um mês, sobre o que foi feito de uma investigação que recebeu há três anos? Por que essa enorme inação, silenciamento, sufocamento histórico? Porque, parece, no RN o crime compensa. Para os poderosos. Mesmo que tantos elementos e indícios claros tenham sido levantados e deixem perplexos o que os lêem e ouvem, os poderosos têm o direito de não serem incomodados até que os seus supostos crimes prescrevam. E tudo com a anuência, parece, do espreguiçador geral, Roberto Gurgel. Vamos deixar, como sociedade, que crimes tão evidentes restem, ao fim, impunes? Vamos deixar que aqueles que fazem o meio campo entre a comunidade e os fatos prossigam omitindo fatos dessa gravidade? Quantos outros ainda serão sonegados? Quantos criminosos restarão impunes e aparecerão como éticos e perfeitos políticos? Probos. Uma última questão: se o PGR não encontra os áudios e relatórios da investigação de 2006, que recebeu em 2009, o nosso Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, não poderia reencaminhá-los para Gurgel? Ainda dá tempo de a impunidade não prevalecer. Linha do tempo 5 de setembro a 26 de outubro de 2006 - O telefone celular de Francisco Galbi Saldanha é inteceptado com autorização judicial no contexto de uma investigação em Campo Grande (RN). Em 42 conversas aparecem claramente diversas evidências de crimes eleitorais cometidos pelo PFL na campanha eleitoral: Caixa 2, compra de apoios políticos, compra de votos, uso de notas frias e falsos recibos. 2009 - com o fim da investigação principal, o Ministério Público estadual encaminha os áudios e relatórios do #Caixa2doDEMnoRN para o Ministério Público eleitoral no RN e para a Procuradoria Geral da República. Por envolver personagens com foro de prerrogativa, o MPE também encaminha o material para a PGR. Estão envolvidos a então senadora Rosalba Ciarlini (DEM), o senador José Agripino (DEM) e o deputado federal Betinho Rosado (DEM). 21 de maio de 2012 - Recebo os áudios da investigação e publico os primeiros deles. De imediato, o Blog do Barbosa deu ampla cobertura ao caso. 22 de maio de 2012 - O Jornal de Hoje publica a primeira de uma série de reportagens sobre o tema. O Portal No Minuto também cita o caso. 24 de maio de 2012 - O Ministério Público do RN emite nota de esclarecimento em que relata a investigação em questão e o envio das provas coletadas aos órgãos ministeriais adequados. 25 de maio de 2012 - Repórter Chico de Gois, da sucursal de O globo em Brasília, entra em contato interessado na pauta. A pauta foi derrubada, dias depois, após interferência do deputado federal Henrique Alves (PMDB), após pedido de Carlos Augusto Rosado, principal voz nas conversas gravadas. 27 de maio de 2012 - São publicados os últimos áudios dentre os 42 recebidos no início da semana. 28 de maio de 2012 - MPF no RN informa que material recebido do Ministério Público do RN foi encaminhado à Procuradoria Geral da República. Primeiro contato com a Procuradoria Geral da República em busca de informações sobre o que foi feito da investigação, recebida em 2009. Até hoje, a PGR não conseguiu responder. 30 de maio de 2012 - Realizado tuitaço com a hashtag #Caixa2doDEMnoRN, que permaneceu cerca de uma hora ininterrupta como mais citada do Twitter no Brasil. Nesse dia, o Blog do Miro divulgou os áudios. 7 de junho de 2012 - O #Caixa2doDEMnoRN é publicado com destaque pelo blog Vi o Mundo, de Luiz Carlos Azenha. No mesmo dia, é publicado pelo blog da Maria Fro, de Conceição Oliveira. 9 de junho de 2012 - Primeira publicação do caso no blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim. 13 de junho de 2012 - A Tribuna do Norte fala, pela primeira vez, sobre o assunto. A colunista Eliana Lima publica entrevista com o Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, sobre o tema. Onofre reitera conteúdo da nota publicada em 24 de maio. Nesse dia o processo que cuida das interceptações telefônicas no âmbito da justiça estadual foi reativado e foi apresentada uma petição, cujo teor não é conhecido. 14 de junho de 2012 - A secretária de comunicação da PGR informa que Roberto Gurgel, tendo fraturado o braço, está afastado por questão médica desde a semana anterior. Porém, Giselly Siqueira complementa a informação dizendo que ao questionar o PGR este lhe informou não se lembrar do caso. Mas ainda não havia resposta sobre o que foi feito da investigação no âmbito da Procuradoria Geral da República. 15 de junho de 2012 - O #Caixa2doDEMnoRN volta a ser assunto do Conversa Afiada, que desta vez enfatiza o fato de que o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, disse à sua secretária de comunicação que não se lembrava do caso. 18 de junho de 2012 - A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) fala pela primeira vez sobre o caso ao ser perguntada sobre o assunto em entrevista ao vivo no Jornal 96, da FM96. Rosalba diz que as denúncias não são sérias pois, se fossem, seus adversários teriam interposto ação ainda em 2006. Suas contas de campanha foram aprovadas. Rosalba usa de uma falácia, uma vez que suas contas foram julgadas sem que o órgão ministerial e o TRE tivessem conhecimento dos áudios das investigações. Nem seus adversários sabiam, já que os áudios permaneceram desconhecidos até serem publicados no blog, mesmo sem estarem mais submetidos a segredo de justiça, segundo disse o MP. 21 de junho de 2012 - Um mês depois, continuamos sem resposta. E a sensação de que o crime no RN compensa. Ao menos para os poderosos, que tem o direito de não ser investigados conforme sua própria vontade. Fonte -  Blog do Miro 25/06/2012 COLLOR PROCESSA GURGEL E MULHER COMO CÚMPLICES DE CACHOEIRA Collor salvou a CPI ! Paulo Henrique Amorim

O senador Fernando Collor entrou hoje à tarde com cinco representações judiciais contra o brindeiro Procurador Gurgel e a mulher por prevaricação e omissão diante do que sabiam ao receber a Operação Vegas. Collor chamou a Abril e Policarpo Junior de criminosos. Marconi Perillo disse a Collor que se a Operação Vegas tivesse sido conhecida teria influencia sobre a eleição de 2010. Collor salvou a CPI ! Clique aqui para assistir à entrevista que Fernando Collor deu a esse ansioso blogueiro. Collor descreveu as atividades de Policarpo Junior, diretor da Veja em Brasília. Segundo Collor, Policarpo era o centro de toda a organização criminosa. Segundo Collor, Policarpo intercambiava informações recebidas de Procuradores da República, “a mando de Gurgel” – ainda segundo Collor durante a sessão da CPI – com Carlinhos Cachoeira. O resultado era o acesso de Cachoeira a inquerito na 11a. Vara de Anapolis, em que Cachoeira era o principal suspeito. Segundo Collor, Policarpo duplicava esse poder de intercambiar ao publicar “noticias” na revista Veja. Segundo Collor, o colonista (*) Lauro Jardim da Veja não passa de um “borrador”, já que numa das gravações da Policia Federal, Cachoeira combina publicar uma “noticia” na “colona” dele. Segundo Collor, a Veja se organizava para fazer o mal. Para destruir reputações. E ao longo de oito anos Policarpo Junior acobertou os crimes de Cachoeira – segundo o testemunho de Collor na sessão da CPI. 
 Fonte - Conversa Afiada  13/06/2012
Agnelo abre sigilos. E o Perillo?  Altamiro Borges 
Em seu depoimento à CPI do Cachoeira, na manhã de hoje (13), o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), abalou a euforia que contagiou os tucanos após o encenação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), um dia antes. O petista foi assertivo: “Ofereço à CPI a quebra de todos os meus sigilos” – bancário, fiscal e telefônico. No dia anterior, uma pergunta sobre a quebra dos sigilos do tucano de Goiás gerou bate-boca entre os parlamentares e Perillo fugiu da raia. O que ele e o PSDB temem? A postura dos dois governadores também foi bastante diferente. Agnelo Queiroz partiu para o ataque. Garantiu que nunca teve qualquer relação com a máfia de Carlinhos Cachoeira. “Não fiz qualquer nomeação por indicação de Cachoeira”, afirmou, numa outra estocada indireta contra o governador tucano. Em Goiás, já está provado que a quadrilha “nomeou” vários integrantes do governo estadual – inclusive na área de segurança - e que assessores de Perillo mantinham relações bem intimas com o mafioso. Situações distintas Agnelo também explicou, em detalhes, que “a organização criminosa aqui investigada tentou derrubar o meu governo”. Já em Goiás, a quadrilha de Cachoeira sempre deu apoio a Marconi Perillo. Há, inclusive, suspeitas de que tenha ajudado a financiar a sua campanha eleitoral em 2010. O petista também afirmou que “não houve nenhum favorecimento ao jogo no Distrito Federal”. No dia anterior, Perillo havia confessado que criará uma legislação favorável à operação de jogos caça-níqueis em Goiás. Num outro trecho inflamável do seu depoimento, Agnelo Queiroz lembrou que o senador Demóstenes Torres entrou com pedido de impeachment contra o seu mandato em 2011. “Agora entendo porque ele pediu meu impeachment”, ironizou o petista, numa referência às ligações do senador com a quadrilha de Cachoeira. Já Marconi Perillo foi obrigado a confessar que o ex-demo fazia parte do seu grupo político. “Demóstenes era o nosso candidato a prefeito em Goiânia”, afirmou. Tucanos eufóricos. Até quando? Ao final do depoimento de Marconi Perillo à CPI, ontem, os tucanos saíram alegres e faceiros. Elogiaram a postura do governador, dizendo que ele “arrasou” e que agora “está livre de qualquer suspeita”. Não foi bem assim. O tucano não explicou vários casos estranhos, como o da compra da sua mansão pelo mafioso Cachoeira ou do uso de caixa dois em sua campanha. Além disso, ele contou com certa apatia de alguns parlamentares – o que reforçou os indícios sobre a existência de um pacto de não agressão. A postura de Agnelo Queiroz, porém, pode abalar a euforia dos tucanos. Ao disponibilizar seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, ele força o governador de Goiás a fazer o mesmo – o que ele tem relutado. Para piorar a sua situação, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) apresentou hoje (13) requerimento ao relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), pedindo que seja formalizada a quebra de sigilo de ambos. O pedido será analisado na reunião administrativa da CPI amanhã. Será que os tucanos ainda estão festejando? 
Fonte - Blog do Miro 13/06/2012 Comissão de Ética absolve Orlando Silva Por Kerison Lopes
No sítio Vermelho
A Comissão de Ética da Presidência da República absolveu nesta segunda-feira (11) o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, da denúncia sobre supostas irregularidades no Programa Segundo Tempo. O processo foi aberto em 17 de outubro, baseado em notícias publicadas na revista Veja. Em entrevista dada após a reunião que tomou a decisão, o presidente Sepúlveda Pertence informou que “a Comissão arquivou a denúncia contra Silva por absoluta falta de provas”. Orlando Silva, em entrevista ao Vermelho, disse que essa foi a “primeira vitória na cruzada em defesa da justiça e da verdade”. O ex-ministro conta que sabe como é longo o caminho da justiça brasileira e que está percorrendo todos os passos para provar a verdade contra as calúnias que foram divulgadas. Ele lembrou que a denúncia analisada na Comissão de Ética foi iniciada em um processo “a partir de mentiras publicadas na revista Veja”. “É importante essa decisão da Comissão de Ética, pois depois de longo processo de análise, conclui-se que não existe absolutamente nenhuma prova contra mim”, analisa Orlando, que comentou estar tomando todas as medidas para que a verdade seja restabelecida. “Continuo, por exemplo, com os processos que movo contra os delinquentes que me caluniaram”. Orlando agradeceu o carinho e a solidariedade de tantos amigos e companheiros que se manifestaram no Facebook e no Twitter. Comentou também como é injusta a cobertura da imprensa, pois quando foi aberto o processo na Comissão foi feito muito alarde com manchetes garrafais. Já a sua absolvição sai publicada apenas em poucas linhas de um ou outro jornal. As voltas que o mundo dá Oito meses separam a data em que foi aberto o processo na Comissão de Ética até o dia da absolvição de Orlando Silva. Neste período, a verdade vem cada vez mais à tona. E não se trata apenas da decisão tomada pela Comissão nesta segunda-feira. A revista Veja, que foi a ponta de lança das calúnias contra Orlando e o PCdoB, passou de acusadora a ré. As gravações obtidas pela Polícia Federal provaram que a revista faz parte da máfia comandada pelo bandido Carlinhos Cachoeira, que se encontra preso. O editor da Veja, Policarpo Júnior, agia como funcionário de Cachoeira, que era o verdadeiro editor da revista. Suspeita-se inclusive, que o bandido pode ter plantado nas suas páginas também as mentiras contra Orlando. Outro que trocou de cadeira no tribunal foi o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Ele era a voz que mais gritava mentiras no plenário do Senado e nos microfones do PIG na crise deflagrada no Ministério do Esporte. Hoje, é um morto vivo que mal aparece no Senado, ou dá as caras apenas em dias de depoimentos em processos que terminarão com a cassação do seu mandato. Também ele é membro da quadrilha do bandido Cachoeira. Só não sai preso do Senado, porque estamos no Brasil. E quem se lembra do policial bandido João Dias, que serviu como caluniador contra o PCdoB. Poucos meses depois, protagonizou uma série de atos criminosos, sendo preso por mais de uma vez. Uma de tantas que aprontou, foi esparramar 200 mil reais dentro do Palácio dos Buritis, sede do Governo do Distrito Federal. Contido pelos seguranças, bateu em funcionárias, quebrou um dedo de um policial e saiu preso. Sabe-se lá porque, hoje está recluso graças a algum “Cala Boca”. Quanto aos parlamentares da oposição, que desfilavam calúnias no período, estão bastante ocupados na manhã desta terça-feira. Devem estar inventando argumentos para tentar defender o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, que se encontra sentado como depoente na CPI do Cachoeira. O goiano é acusado de ser sócio, parceiro, subserviente ao bandido Cachoeira, que inclusive foi preso dentro de uma casa que foi do governador.
Fonte - Blog do Miro  12/06/2012 Mensalão tucano e o silêncio da mídia 
Por Altamiro Borges

Na quarta-feira passada (6), finalmente o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu incluir na pauta o debate sobre o “mensalão tucano”, o esquema utilizado para alimentar a campanha pela reeleição do governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998. A mídia, porém, não deu qualquer destaque ao assunto. Algumas notinhas informaram apenas que o “mensalão mineiro” também deverá ser julgado em breve – a imprensa demotucana evita, por razões óbvias, falar em “mensalão tucano”. O caso é bastante emblemático. Ele serve para comprovar a seletividade da chamada grande imprensa. O escândalo surgiu bem antes das denúncias contra o PT. A própria Procuradoria-Geral da República, ao encaminhar o caso ao STF em novembro de 2007, afirmou que o esquema foi “a origem e o laboratório” do “mensalão do PT”. Ele teria sido armado pelo mesmo publicitário Marcos Valério, que montou o famoso “valerioduto” para financiar campanhas eleitorais com recursos públicos e doações de empresas privadas. "Problemas na prestação de contas" Segundo o Ministério Público Federal, o esquema usado na campanha frustrada pela reeleição de Eduardo Azeredo, derrotado na época por Itamar Franco, foi financiado com recursos da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais) e Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais). Cerca de R$ 3,5 milhões foram repassados à agência de publicidade de Marcos Valério, a SMP&B, e depois serviram para irrigar o caixa dois da campanha do tucano mineiro. Numa entrevista à Folha, em setembro de 2007, o próprio Eduardo Azeredo, hoje deputado federal do PSDB, confirmou que teve “problemas na prestação de contas da campanha”. Mas, diante das denúncias, ele fez questão de dizer que os recursos “não contabilizados” não eram apenas para a sua campanha, “mas dos partidos coligados e que envolvia outros cargos, até mesmo de presidente da República”. E confirmou que “parte dos custos” da campanha pela reeleição de FHC foi bancada por seu comitê eleitoral. Os corredores lúgubres do Judiciário Apesar das inúmeras provas documentais sobre a existência do esquema ilegal, até hoje o STF protelava o seu julgamento e a mídia fazia de conta que ele não existia. A “faca no pescoço”, utilizada para acelerar o julgamento do “mensalão do PT”, nunca foi usada para apressar o julgamento do “mensalão tucano”, bem mais antigo. Será que agora os ministros do STF vão finalmente julgar o caso? Ou ele permanecerá “passeando pelos corredores lúgubres do Judiciário”, como indaga o blogueiro Antônio Mello. 
Fonte - Blog do Miro 10/06/2012 A rendição do STF diante da mídia Por Eduardo Guimarães
No Blog da Cidadania

A esta altura, não resta mais dúvida de que o Supremo Tribunal Federal está se desmoralizando em decorrência de condutas e declarações de alguns de seus membros que vêm se mostrando claramente incompatíveis com a sobriedade e a independência que se espera da mais alta instância do Judiciário brasileiro. Nas últimas semanas, avolumaram-se evidências de que aquela Corte é integrada por algumas pessoas que não se atêm à letra da lei, que tomam decisões sob pressão de setores da sociedade e que não se portam como seria de se esperar de quem dará a palavra final sobre processos que se arrastam por anos, quando não por décadas. A própria grande imprensa, que tem uma miríade de interesses políticos e econômicos nas decisões do Supremo, tem criticado o comportamento de alguns de seus membros. Inclusive daquele ao qual acaba de devotar um voto inexplicável de confiança ao comprar, integralmente, sua versão sobre polêmica em que se envolveu. A acusação que a revista Veja fez recentemente ao ex-presidente Lula, de que teria tentado pressionar o ministro do STF Gilmar Mendes para este votar pelo adiamento do julgamento do mensalão, também foi considerada pela imprensa, em sucessivos editoriais, colunas e artigos, como evidência de comportamento impróprio do magistrado. Ainda que a imprensa tenha desprezado a versão de dois dos três envolvidos no caso– Lula e Nelson Jobim (ex-ministro do ex-presidente e também do STF) – e comprado acriticamente a versão do terceiro (Gilmar Mendes), criticou a este por ter ido ao escritório de um advogado (Jobim), alguém cujas demandas aquele magistrado poderá ter que julgar. A mesma imprensa tem pressionado o ministro José Antonio Dias Toffoli a não participar do julgamento do mensalão, agora marcado para agosto próximo, por ter sido advogado-geral da União no governo Lula, apesar de não fazer o mesmo com Gilmar Mendes, que ocupou o mesmo cargo no governo Fernando Henrique Cardoso e que vem dando declarações contra o PT. Quem é capaz de pensar sozinho, porém, reflete que, se Tofoli está inabilitado para julgar o mensalão por ter sido advogado-geral da União no governo de Lula, Gilmar também está por ter exercido o mesmo cargo no governo de FHC. Se um juiz que integrou um governo petista é suspeito para julgar um petista, um juiz que integrou governo de adversário do PT também é. Enfim, não há dia em que os meios de comunicação não levantam suspeitas sobre a cúpula do Judiciário. E é freqüente que insinuem que conseguiram pressioná-lo, inclusive tripudiando sobre os adversários políticos de forma a darem provas do poder que têm. A parcela da sociedade que se informa, portanto, está cada vez mais preocupada com a politização do STF. Ao abrigar lutas político-partidárias como a protagonizada por Gilmar Mendes, a Corte permite refletir sobre que outro tipo de interesse pode balizar suas decisões. Nesta mesma semana, outro fato surpreendente e demolidor para a imagem do STF. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o ministro Marco Aurélio Mello declarou que nenhum membro da Corte que integra teria coragem de pedir mais tempo para analisar o processo do mensalão porque “pagaria um preço alto demais” junto à “opinião pública”. Quando Mello alude à “opinião pública”, evidentemente que não se refere aos cerca de oitenta por cento dos brasileiros que aprovam o ex-presidente Lula ou ao percentual pouco menor que apóia a presidente Dilma. Mello alude à mídia, a meia dúzia de donos de meios de comunicação que exigem do STF que condene todos os acusados no inquérito do mensalão. A sociedade – incluindo aqueles que querem ver políticos dos quais não gostam condenados a qualquer preço – deve refletir se quer uma Justiça que decide com base apenas na letra da lei ou se aceita o risco de qualquer um poder vir a ter que se submeter a uma Justiça que se deixa pressionar pelos interesses mais poderosos. Diante da suspeita de violação de limites constitucionais e éticos por membros do STF, movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e até mesmo os cidadãos comuns devem se preparar para um grande campanha de protesto contra essa aparente rendição do Judiciário à mídia, pois constitui ameaça a todos. A mídia tem muitos alvos. MST, CUT, PT (e outros partidos), UNE, e por aí vai. Muitos desses entes sabem que, cedo ou tarde, podem ter que ser julgados pela cúpula do Judiciário. O julgamento do mensalão, portanto, não envolve apenas 38 acusados. Envolve a todos os setores da sociedade que a mídia combate. Se esses setores ficarem assistindo o STF se ajoelhar diante da mídia sob os temores manifestados, com sinceridade escandalosa, pelo ministro Marco Aurélio Mello quando este diz que nenhum de seus pares seria “louco” de desafiar pressões, podem estar certos de que ainda serão vitimados. Fonte - Blog do Miro  09/06/2012
Pagot quer falar na CPMI. Serra treme! Por Altamiro Borges 

Os jornalistas Marcos Chagas e Luciana Lima, da Agência Brasil, informam hoje (8) que o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, “disse que ‘está à disposição’ da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira para prestar depoimento”. A notícia deve ter abalado o sono do notívago tucano José Serra. Na semana passada, o mesmo Pagot fez algumas revelações bombásticas para a revista IstoÉ. Vale relembrar alguns trechos: ***** Em três encontros com a reportagem num hotel em Brasília, todos gravados, Pagot contou detalhes sobre a forma como, no exercício do cargo, foi pressionado pelo governo de José Serra a aprovar aditivos ilegais ao trecho sul do Rodoanel. A obra, segundo ele, serviu para abastecer o caixa 2 da campanha de José Serra à Presidência da República em 2010. “Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá.’ Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin”, disse Pagot. Nas conversas com IstoÉ, Pagot também afirmou ter ouvido do senador Demóstenes Torres um pedido para que o ajudasse a pagar dívidas de campanha com a Delta com a entrega de obras para a construtora. Mas nem o aditivo de R$ 260 milhões para o trecho sul do Rodoanel foi liberado pelo DNIT – embora tenha sido pago pelo governo de São Paulo – nem o favor a Demóstenes foi prestado, segundo Pagot. Pagot contou à IstoÉ que recebeu pressões para liberar R$ 264 milhões em aditivos para a conclusão do trecho sul do Rodoanel. Segundo ele, em meados de 2009, o então diretor da Dersa, empresa paulista responsável pelas estradas, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, solicitou uma audiência no DNIT. Levou assessores, engenheiros e um procurador para tentar convencer Pagot a liberar a quantia. Até então, a obra tinha consumido R$ 3,6 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão em repasses da União. Acompanhado do diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, Pagot disse que o governo não devia mais nada à Dersa. Quarenta dias depois, houve nova reunião, no Palácio dos Bandeirantes, na qual tentaram recolher sua assinatura num Termo de Ajuste de Conduta (TAC), apresentado pelo Ministério Público Federal. “A partir daí começaram as pressões”, diz Pagot. Ele diz que recebia telefonemas constantes, não só de Paulo Preto, mas do deputado Valdemar Costa Neto (PR/SP), do ministro Alfredo Nascimento e de seu secretário-executivo, hoje ministro Paulo Sérgio Passos. O caso foi parar no TCU, que autorizou a Dersa a assinar o TAC, condicionando novos aditivos à autorização prévia do tribunal e do MP. Pagot recorreu à AGU, que em parecer, ao qual IstoÉ teve acesso, o liberou de assinar o documento. Em meados de 2010, almoçando uma dobradinha no tradicional restaurante Francisco, em Brasília, o procurador de uma empreiteira adicionou para Pagot um elemento novo à já suspeita equação do Rodoanel. O interlocutor, segundo o ex-diretor do DNIT, revelou que no convênio haveria um percentual para abastecer a campanha de Serra. “Aquele convênio tinha um percentual ali que era para a campanha. Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra financiava a campanha do Serra”, disse. Consulta ao TSE mostra que o comitê de Serra e do PSDB receberam das empreiteiras que atuaram no trecho sul do Rodoanel quase R$ 40 milhões, em cifras oficiais. O representante de uma empreiteira que participou do Rodoanel confirmou à IstoÉ que manteve contatos com Pagot reivindicando o aditivo. ***** As revelações Pagot não tiveram maior repercussão na mídia demotucana. O Jornal Nacional da TV Globo escondeu a bomba e o tema não virou capa da Veja. Nos jornalões, elas apareceram num dia e sumiram no outro. Agora, porém, o ex-dirigente do Dnit diz que está disposto a abrir o bico na CPMI do Cachoeira. Será que a mídia demotucana, tão excitada com o julgamento do chamado mensalão do PT, dará destaque para a denúncia de propina e Caixa 2 de José Serra? Ou a sua seletividade é mesmo tão descarada? Fonte - Blog do Miro   08/06/2012 A ERA FHC
 
   A Privataría Tucana 
 VAZA MAIS UM VÍDEO SECRETO DA MÍDIA 
 
Análise de voz aponta fraudes na fala de Gilmar Mendes UOL Noticias 29/05/2012
Software de análise de frequência de voz aponta trechos de "alto risco" de fraude na entrevista do ministro Gilmar Mendes veiculada nesta segunda-feira (28) pelo canal "GloboNews", sobre um encontro seu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Veja trechos do exame realizado pelo perito em veracidade Mauro Nadvorny. Quebra de Sigilo
Bons Companheiros de Serra Por Altamiro Borges - 18/05/2012 Por Renato Rovai
Na revista Fórum:
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Em 2005, o então vice-prefeito, Gilberto Kassab, indicou ao então prefeito José Serra, o nome de Hussain Aref Saab para chefiar o Departamento de Aprovação das Edificações (APROV), na Secretaria Municipal de Habitação. A indicação foi aprovada mesmo depois de Aref ter sido indicado no relatório final numa CPI, realizada pela Câmara Municipal, como suspeito de irregularidade em 71 processos de regularização de antenas de celulares, instaladas entre 1999 e 2002.E mesmo depois de o Ministério Público tê-lo indiciado com a acusação de que, ao não analisar os pedidos de alvará em 90 dias, teria permitido que essas antenas fossem ligadas sem autorização e de forma irregular.Coincidentemente, ou não, nos anos em que Aref esteve no comando do APROV, São Paulo viveu uma “explosão” imobiliária. Tanto no que diz respeito as operações urbanas, que sob o pretexto de reurbanizar áreas degradadas beneficiam o mercado imobiliário, como também com a multiplicação de grandes empreendimentos na cidade.Por confiar plenamente no “companheiro”, Serra e Kassab não perceberam que os fatos que se seguem aconteciam bem abaixo dos seus narizes, como se costuma dizer no populacho.Em 2010, um grupo empresarial transferiu seis apartamentos, na região do Parque Ibirapuera, para o nome da SB4, empresa de Hussain Aref Saab. A Servcenter, que integra o grupo empresarial, registrou o repasse dosimóveis para Aref em novembro de 2010 como pagamento por “prestação de serviços de assessoria empresarial”. Depois da transferência, empresas do mesmo grupo conseguiram liberações de alvarás na prefeitura. Um mês depois, o centro de convenções do WTC, do mesmo grupo, obteve a renovação de seu alvará de funcionamento na marginal Pinheiros – o processo estava parado há mais de um ano. Já em fevereiro de 2011, outra empresa do grupo, a Servlease, obteve o alvará de reforma de um salão de eventos nos Jardins. A aprovação saiu em cerca de um mês, quando o procedimento “normal” é muito mais demorado.O empresário Gilberto Bousquet Bomeny, responsável pelo grupo que “pagou” a empresa de Aref com seis apartamentos, nega qualquer irregularidade. Por meio de sua assessoria de imprensa, alega que “a transação imobiliária feita não tem vínculos com o que está sendo noticiado pela imprensa”.Ou seja, o fato de Aref ser do Aprov não é indício de nada, mesmo ele tendo recebido seis apartamentos do WTC que conseguiu sucesso na aprovação dos seus empreendimentos. Por outro lado, o fato de o ex-ministro José Dirceu ter recebido 20 mil reais de por uma consultoria para a Construtora Delta quer dizer muita coisa. Claro, evidente, uma coisa é uma coisa e outra é outra.Além disso, documentos obtidos pelo jornal Estado de S. Paulomostram que a construção de seis torres em uma área contaminada por produtos químicos na Granja Julieta, área nobre na zona sul, foi autorizada contrariando um ofício do Departamento de Controle Ambiental da Prefeitura, órgão ligado à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, que alertava que o alvará foi emitido sem a aprovação das autoridades ambientais.Além do problema da contaminação, após moradores da região entrarem com ação civil pública contra a obra, o MP alertou Aref que o empreendimento seria construído em um terreno de 10 mil m2 previsto para virar parque linear e onde existia um córrego.O engenheiro agrônomo Eduardo Pereira Lustosa, perito do MP, enviou ofício alertando para a suspeita de que a Esser Empreendimentos, responsável pela obra, teria aterrado o córrego Maria Joaquina para erguer as torres. Todos estes pareceres oficiais foram ignorados e o alvará foi emitido.Em 2004, a então diretora do APROV, Paula Maria Motta Lara, paralisou a construção de um edifício de 9 andares no Morumbi. Um laudo do Instituto Geológico mostrava que o terreno estava em uma Área de Preservação Permanente (APP) porque parte era em área de Mata Atlântica. Ao assumir a direção do APROV, em 2005, quando Serra assume a prefeitura, Aref libera o alvará e a construção retomada.Mas a lambança não para por aí. A SB4 Patrimonial, empresa que administra os bens de Aref, afinal um funcionário público precisa de uma empresa para administrar seus bens, comprou, em 2009, por R$ 50 mil um apartamento na Rua Coriolano, na Lapa. O imóvel havia sido vendido, por R$ 141 mil, um mês antes, ao engenheiro Eduardo Midega pela construtora SBTEC Engenharia e Instalações.Um mês após Aref comprar o imóvel na Lapa por 1/3 do valor que ele havia sido negociado um mês antes, o vendedor, Eduardo Midega, conseguiu o Habite-se para um empreendimento na região da Raposo Tavares.Como diretor do Aprov, como já disse lá em na parte superior deste texto, Aref tinha vaga de suplente nas reuniões do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio (Conpresp) e não raro substituía o secretário municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite. O Conpresp estava debatendo no último período a revisão da Resolução 06, de 1997, que definiu o limite máximo para construção de prédios em volta do Parque Ibirapuera a até dez metros de altura. Caso essa proposta de revisão fosse aprovada, seria permitida a construção de edifícios com até 54 metros de altura na região. O que evidentemente levaria a algumas construtoras a ganhar muito, mas muito dinheiro. E só Aref sabia disso. Serra e Kassab, não. Mas o SPressoSP sabia.A votação estava prevista para acontecer no último dia 10 de abril, mas foi adiada. O motivo do adiamento foi o pedido de vista do processo feito por um conselheiro. Quatro dias depois, Aref foi exonerado do cargo de diretor da APROV porque o prefeito percebeu que o mar de lama contra ele estava insuportável. E que o Ministério Público ou a PF em breve levariam seu assessor às barras do tribunal.Ainda há mais lama nessa história, como a compra de um imóvel, em 2008, por Aref, por R$ 242 mil do empresário David Carlos Antonio. O mesmo apartamento havia comprador três anos antes por R$ 1,2 milhões. David, que na época tinha um processo de anistia encalhado na prefeitura havia cinco anos, viu o mesmo voltar a tramitar 4 meses depois da negociação. E recerbeu o alvará da APROV um ano depois.Mas Kassab nem desconfiava de nada. Muito menos Serra. Aliás, Serra é um gestor que confia plenamente nos seus assessores. Foi assim com Paulo Preto. E também com Aref. Ninguém pode negar que ele é um bom companheiro. Ninguém pode negar… 
Fonte - Correio do Brasil 20/05/2012
FHC, o midiático bailarino  Por Gianni Carta
Na revista CartaCapital:

“O poderio do governo (de Dilma Rousseff), sobretudo sobre a pequena mídia, é crescente.” Palavras do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Instituto FHC na terça-feira 15. Autor de alguns livros acadêmicos de sociologia lidos por um punhado de gatos pingados há mais de três décadas, FHC continua sendo “a principal referência intelectual” da oposição partidária (leia PSDB) e dos seus simpatizantes (leia elites), escreveu Marcos Coimbra, colunista de CartaCapital. Nesse trono dos intelectuais da direita, FHC esmera-se em semear contradições mil. Eis mais uma vez a acima citada (e haverá outras abaixo): o poder da pequena mídia é crescente. O ex-presidente esqueceu que foi eleito em grande parte graças à mídia conservadora, e principalmente pela tevê Globo, cria da ditadura? Naquela primeira eleição em 1994, o candidato de Roberto Marinho era FHC. O povo, ainda despreparado para votar no torneiro mecânico, votou no intelectual de gravata. Em seguida, os supostos experts em economia da tevê global e de todos aqueles semanários conservadores como Veja e mais os diários Folha, Estado, Globo etc. inventaram que o presidente sociólogo foi o criador do plano real – e assim ele tirou o Brasil do buraco. A mídia internacional, especialmente a anglo-saxônica, comprou a versão dos colegas canarinhos. Vale acrescentar o seguinte: essas revistas e jornalões, assim como a tevê da família Marinho, estiveram por trás do golpe de Estado de 1964 e do golpe dentro do golpe. Pergunta: o sociólogo presidente, que ganhou fama mundial com sua Teoria da Dependência, teve suposta formação marxista, e se autoexilou na França (ele poderia ter ficado aqui sem nenhum temor), reconhece como se contradiz? Apoiado pelas elites e uma mídia que distorce fatos, FHC agora culpa Dilma, que se opôs de verdade contra a ditadura, por ser defendida por uma “pequena mídia”. Pior seria como a defende o pessoal da blogosfera? Blogosfera, diga-se, também povoada por reacionários e mesmo assim Veja quer censurá-la. Um adendo já manjado, mas é bom repeti-lo para podermos refletir sobre o nível do jornalismo canarinho: o chefe da sucursal da Veja em Brasília trabalhou em parceria com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, agora atrás das grades, para produzir furos contra a esquerda. Os dois trocaram 200 telefonemas. O que leremos nas transcrições dessas “entrevistas”? Provavelmente não leremos nada. A mídia que FHC aprova fecha-se em copas para que Roberto Civita, o dono da Veja, não compareça à CPI do Cachoeira. E o bicheiro de Goiás que corrompeu deputados e governadores gostaria de contar tudo… De corrupção, aliás, FHC entende. Ele não disse, em outra manchete de jornalão tucano, que o governo de Dilma roubou mais que os seus dois governos? Dito de outra forma, os governos de FHC também roubaram, mas menos. É algo como dizer: você matou 100 pessoas, eu somente 25. Convenhamos: faro para o que interessa à mídia FHC tem. É preciso falar de corrupção. O assunto, como diz Vladimir Safatle, colunista da CartaCapital, é “grave” e temos de lidar com ele. Mas e os outros assuntos? Por exemplo, como vai a social-democracia hoje? Não espere a resposta de FHC, o líder intelectual da oposição. Na verdade, o Partido da Social-Democracia Brasileiro (PSDB) nunca foi social-democrata. E nem seu fundador-mor. Alguns meses atrás FHC disse a algum jornalão que ele deveria ser julgado pelo seu legado, não pela sua linhagem ideológica. De qualquer forma, essa linhagem ideológica é límpida como as águas do Mediterrâneo. Mais recentemente, num artigo intitulado “Política e moral”, no qual FHC analisa um recente livro do seu amigo sociólogo Alain Touraine, os partidos estariam “petrificados”. “Lideranças respeitadas podem despertar a confiança perdida.” Indagou Marcos Coimbra: “Será que ele está se oferecendo para o papel?” Claro que sim. Fernando Henrique Cardoso se apresenta como apóstolo da pós-política para debater a corrupção, e em particular o Mensalão. (Será que FHC leu A Privataria Tucana, de Amaury Jr.?) E assim o ex-presidente quer despolitizar ainda mais quem o ouve. Enquanto isso, os franceses elegeram para a Presidência François Hollande, um socialista. Social-Democrata de verdade, Michel Rocard, o mais popular premier da V República da França, disse a CartaCapital: “Podemos dizer que agora nos aproximamos da social-democracia na França… De qualquer forma, a esquerda francesa está tomando uma responsabilidade na economia de mercado”. Em outro encontro com Rocard, o ex-premier observou: “Importante não é o balé dos indivíduos, mas sim a correntes coletivas”. FHC é apenas um bailarino. Fonte - Blog do Miro 18/05/2012
Cachoeira negociou compra de partido em Goiás, diz PF Gravações mostram que grupo ofereceu R$ 200 mil pelo PRTB de Goiás Definido pela mulher como "preso político", o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preparava uma ofensiva política em Goiás. Conversas interceptadas pela PF (Polícia Federal) durante a operação Monte Carlo mostram Cachoeira negociando a compra de um partido.Os áudios da PF indicam que seria a seção goiana do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), cujo presidente nacional Levy Fidelix é citado em diversas escutas.As conversas sobre a compra do partido começam em maio de 2011, quando Cachoeira questiona um aliado sobre a direção da legenda em Goiás. A ideia era tirar do cargo Santana Pires, presidente regional da sigla. Dois dias depois, o contraventor pede a Wladimir Garcêz que envie uma mensagem para alguém, cujo codinome entre o grupo é "nosso maior", questionando se valia a pena "pegar" o PRTB.A PF identificou que o sargento aposentado da Aeronáutica, Idalberto Matias Araújo, o Dadá, também fazia parte da negociação. Em um grampo, Dadá diz a Cachoeira que falou com o advogado (possivelmente do partido) e que ele teria pedido R$ 300 mil.— Já aumentou aquele valor que falei para você. Falou que era R$ 200 mil, passou para R$ 300 mil.Cachoeira questiona. — Tá roubando. Que garantia que tem? — Disse que faz na hora. O presidente vem e faz tudo e vai para o TRE. Resolve tudo. Cachoeira então quer saber quanto custa a manutenção anual do partido e Dadá diz que ele não falou sobre o assunto. — Falou que fica com o Estado todo na mão e nomeia os municípios. Cachoeira anima-se e diz que é para fechar o negócio por R$ 150 mil. — Até R$ 200 mil dá para fazer. Fecha logo, mas tem que ter garantia. Segundo a PF, em agosto o grupo continuava discutindo o assunto. No início do mês, Dadá liga para Cachoeira perguntando se ele ainda estava interessado "naquele negócio do partido?" Ele confirma e pergunta qual era a legenda. Dadá responde que é o mesmo partido do Levy, o PRTB. No dia 11, Cachoeira liga para Dadá e questiona. — E o negócio do partido lá, o que deu? O araponga responde. — Uai, tá naquele lenga, lenga, o cara quer, tá lá em São Paulo, hoje mesmo ligou, querendo os nomes, mas eu sugeri aquilo que você me falou, 'ó meu irmão, é, vamos visitar lá o 01 do Estado', aí ele falou 'não', que ele ficou de ver com o cara o seguinte: se a gente mandasse um emissário nosso com os nome e se lá o cara quiser trazer a nominata, beleza, entendeu? Agora entregar os nomes e pegar a nominata no outro dia, eu falei que não tava certo. Aí ele ficou de ver lá com o Levy Fidelix, pra ver se fazia assim, pra mim te falar e mandar mensageiro lá, mandar o negão lá com esses nomes.Cachoeira mostra-se satisfeito com a resposta e pede que Dadá verifique o andamento das negociações. Três dias depois, Dadá informa que levaria os nomes para o pessoal do partido. Cachoeira insiste para que o araponga marque uma conversa com Fidelix para "desenrolar" o assunto. As investigações não revelam se a negociação prosperou. O R7 procurou o PRTB para falar sobre o assunto, mas ninguém foi localizado. 
Fonte - R7 Noticias 01/05/2012

INQUÉRITO DA PF APONTA SUSPEITA ENTRE CACHOEIRA E REVISTA

Fonte - TV Record 30/04/2012

Ernani José de Paula diz que vídeo do mensalão foi produzido por Cachoeira

 
Deputado Fernando Ferro fala sobre  a Operação Monte Carlos / as ligações entre a Veja o Sen.Demóstenes e o crime organizado  

Gravação mostra conversa entre Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira
R7.com - jornal da record news ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DA EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS  Serra tenta sabotar CPI da Privataria  Por Altamiro Borges

Com base nas denúncias do Fantástico da TV Globo, o exibicionista Álvaro Dias – que parece querer ocupar o posto de “senador ético” depois da tragédia que abalou o seu amigo demo Demóstenes Torres – decidiu coletar assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a suposta corrupção no Ministério da Saúde. Será que ele consultou José Serra? A iniciativa do senador tucano pode causar insônias ao eterno candidato. Por um lado, porque uma das firmas denunciadas pelo Fantástico, a Toesa, iniciou seu meteórico crescimento na gestão de José Serra no Ministério da Saúde, durante o governo FHC. Quando foi eleito prefeito, Serra também contratou a empresa, que inclusive montou uma filial na capital paulista. Chacoalhada na base governista Além disso, o assanhamento da oposição de direita pode dar uma chacoalhada no governo e nos parlamentares da sua base que ainda resistem à proposta de criação da CPI da privataria tucana, protocolada pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). As crises políticas às vezes ajudam a superar o pragmatismo exacerbado e acovardado que impera no mundo institucional. A criação desta CPI abateria os tucanos metidos a éticos. Além de desnudar os crimes cometidos no processo de privatização das estatais, durante o reinado de FHC, ela colocaria no banco de réus inúmeros privatas, a começar de Serra, sua filha, seu genro e ex-tesoureiro de campanha. O livro de Amaury Ribeiro, “A privataria tucana”, é uma fonte inesgotável de documentos e provas. Tentativa de postergar a instalação Não é para menos que Serra, agora candidato ao “enterro” da prefeitura paulistana, tem feito de tudo para sabotar a sua criação. Segundo Protógenes Queiroz, a comissão virou “moeda de troca” entre parlamentares governistas e oposicionistas. Em entrevista exclusiva ao jornal Correio do Brasil, o deputado afirmou que existe “uma ação pesada para postergar a CPI”. Apesar dos obstáculos, Protógenes está otimista. “Agora é inexorável. A CPI já foi instalada. Não tem mais como voltar atrás. O que se discute são os nomes dos integrantes, mas há uma pressão muito grande, por parte de setores conservadores na Casa, na oposição e em parte do PMDB, para que os trabalhos comecem mesmo somente depois das eleições”. Pressão urgente da sociedade O Correio do Brasil ouviu um “renomado líder tucano, que prefere falar em condição de anonimato”, sobre a manobra em curso. “Sem dúvida, um setor do partido tem trabalhado incansavelmente para adiar a instalação da CPI. Se os trabalhos começarem antes das eleições, a campanha de Serra corre o sério risco de ir direto ‘para o vinagre’”. Para Protógenes, o fundamental agora é intensificar a pressão da sociedade. “Vamos começar a recolher o apoio, por todo o país, dos eleitores que querem ver o Brasil passado a limpo. Em São Paulo, teremos pontos de recolhimento de assinaturas. O mesmo movimento se repetirá no Rio de Janeiro e nas principais capitais do país. O momento agora é de mobilização popular”. A iniciativa do senador tucano Álvaro Dias pode, de forma indireta, contribuir com esta mobilização. Ela embaralha a manobra da “moeda de troca” e confirma a urgência de se desmascarar o falso moralismo da oposição demotucana e da sua mídia. A conferir! Fonte - Blog do Miro 21/03/2012 Caiu a cabana do "pai Demóstenes"  Por Leandro Fortes Na CartaCapital Ao longo de nove anos no Congresso Nacional, o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás, notabilizou-se por não dar trégua à corrupção. Nem aos corruptos. Nem aos amigos dos corruptos. Nem aos amigos dos amigos dos corruptos. Ex-promotor de Justiça, ex-delegado e ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, Torres sempre se mostrou inflexível com o crime. Dele, portanto, não se esperava outra coisa senão distância de criminosos e corruptos. Mas a força desse mito desmoronou em 29 de fevereiro passado, quando aconteceu a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Naquele dia, a PF desmontou uma quadrilha que atuava no ramo ilegal da jogatina e prendeu, em Goiânia, o famoso bicheiro Carlos Augusto Ramos. Apelidado de Carlinhos Cachoeira, o contraventor, quem diria, é um amigão do senador linha-dura. Entre fevereiro e agosto de 2011, Torres e Cachoeira trocaram nada menos que 298 telefonemas, segundo interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça. No inquérito aberto pelo Ministério Público Federal, é possível observar que a dupla conversou, no período, mais de uma vez por dia, inclusive nos fins de semana, mas ainda não foi revelado o exato teor de tanta prosa. Por ser senador, Torres tem direito a foro privilegiado, e a investigação será encaminhada à Procuradoria-Geral da República. Caberá ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciar ou não o parlamentar do DEM por associação com o notório criminoso goiano. Os sinais da amizade foram detectados não só pelo número de ligações entre o senador e o contraventor, mas pela singular generosidade de Carlinhos Cachoeira com o amigo parlamentar. Torres ganhou do amigo uma cozinha completa, com fogão e geladeira, no valor de 27 mil dólares (46,7 mil reais). O regalo foi importado dos Estados Unidos, não se sabe ainda se pelas vias oficiais. Outro a cair nas graças do bicheiro foi Geraldo Messias (PP), prefeito de Águas Lindas de Goiás, um dos municípios mais miseráveis da região do entorno do Distrito Federal. Messias ganhou uma viagem a Las Vegas, em maio de 2011, hotel e despesas incluídos. Foi o próprio senador, graças a um corolário de desculpas esfarrapadas, quem revestiu a história de tragicomédia. Sobre a cozinha de luxo, explicou que a mulher com quem casou em 13 de julho do ano passado é, além de advogada, boa cozinheira. Por essa razão singela Cachoeira havia prometido um “bom presente”. Como promessa é dívida e o bicheiro parece ser um homem de palavra, a cozinha foi entregue sem atrasos. Mas e as outras mais de 200 conversas telefônicas? O assunto, diz Torres, também era mulher, mas não a dele. O parlamentar garante ter gastado tanto tempo para contornar uma grave crise conjugal protagonizada pelo empresário Wilder Pedro de Morais, atual secretário de Infraestrutura de Goiás e seu primeiro suplente. De acordo com Torres, a mulher de Morais, Andressa, mudou-se de mala e cuia para a casa de Carlinhos Cachoeira. Essa traição foi suficiente para acionar o gatilho de um psicodrama capaz de obrigar o senador, por longos seis meses, a atuar de conselheiro amoroso na nobre tentativa de evitar uma tragédia passional. Aparentemente por ter sido surpreendido pela ação da Polícia Federal e do Ministério Público, o senador foi obrigado a montar o álibi que até o momento só serviu para torná-lo alvo de piadas na internet. No Twitter e no Facebook, por exemplo, criou-se a figura do “Pai Demóstenes”, um curioso cartomante que “traz a pessoa amada de volta em 298 ligações”. Mas nenhuma declaração do senador foi mais constrangedora do que a desculpa para justificar a aproximação com o bicheiro. “Pensei que ele tivesse abandonado a contravenção e se dedicasse apenas a negócios legais”, declarou, após perceber que negar a amizade seria tecnicamente impossível. Para quem foi promotor, delegado e secretário de Segurança Pública, é no mínimo humilhante não saber que um amigo tão próximo estava no topo de uma rede de cassinos ilegais. E ao que parece, Cachoeira ainda dava pitaco nas nomeações de delegados de polícia de Goiás. A história não deixa de trazer embutida uma ironia particularmente cruel à oposição fincada pelo DEM, em parceria com o PSDB, no Congresso Nacional. Isso porque o bicheiro foi o pivô do primeiro escândalo do governo Lula, em 2004. Na época, Waldomiro Diniz, então assessor da Casa Civil comandada por José Dirceu, apareceu numa gravação de 2002, quando presidia a Loteria Estadual do Rio de Janeiro, em um escancarado achaque ao contraventor. A crise instalou-se no governo e o Congresso acabou por editar uma Medida Provisória para acabar com os bingos e as máquinas de caça-níquel em todo o País. No início de março deste ano, Diniz foi condenado por corrupção a 12 anos de reclusão. Cachoeira foi preso agora, em compa-nhia de outros 34 suspeitos, sob a acusação de explorar as mesmas máquinas caça-níqueis e por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a ordem expedida pela Justiça Federal, a ação da PF se deu assim: “a partir do monitoramento do terminal utilizado por Carlos Cachoeira, foram identificados laços estreitos com políticos e empresários. Além disso, descobriu-se a influência de Carlos Cachoeira na nomeação de dezenas de pessoas para ocupar funções públicas no estado de Goiás”. A prisão do contraventor coincidiu com sua condenação no mesmo processo de Diniz. A juíza Maria Tereza Donatti, da 29ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, o sentenciou a oito anos de cadeia pelos crimes de corrupção passiva e contra a Lei de Licitações. Não fosse pela infeliz coincidência de ver sua estranha amizade revelada ao público, Torres teria sido o primeiro, sem dúvida, a subir à tribuna do Senado para louvar mais uma vitória da Justiça contra a corrupção. Agora, apesar dos afagos dos colegas senadores, corre o risco de sofrer um processo por quebra de decoro.
Fonte - Blog do Miro 11/03/2012

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