sábado, 2 de novembro de 2019

VLT de Fortaleza entra em operação experimental do Papicu ao Mucuripe

Transportes sobre trilhos  🚄

O início desta fase é necessária para realizar testes e ajustes na via férrea antes do transporte de passageiros. “Esse é mais um avanço importante e que nos aproxima da conclusão da obra. Chegamos na penúltima estação do percurso do VLT Parangaba-Mucuripe. O próximo passo é chegar com o trem na estação Iate, que é o final da linha”, comemorou Secretário da Infraestrutura do Ceará, Lucio Gomes.

Da Redação
divulgação/Metrofor
O VLT Parangaba-Mucuripe entrou em operação experimental, sem passageiros, em mais um trecho do percurso, entre as estações Papicu e Mucuripe. O início desta fase é necessária para realizar testes e ajustes na via férrea antes do transporte de passageiros. “Esse é mais um avanço importante e que nos aproxima da conclusão da obra. Chegamos na penúltima estação do percurso do VLT Parangaba-Mucuripe. O próximo passo é chegar com o trem na estação Iate, que é o final da linha”, comemorou Secretário da Infraestrutura do Ceará, Lucio Gomes.
No trecho, que tem 1,5 km de extensão, estão sendo finalizados serviços de urbanização de vias e construção dos muros de contenção, além da montagem da passarela de pedestres do Mucuripe.
O VLT opera de forma assistida, com transporte de passageiros e sem cobrança de tarifa, da Estação Parangaba à Estação Papicu. No total, o modal percorre cerca de 10,8 km nesse trecho, passando por 8 estações, das dez previstas no projeto. São elas: Parangaba, Montese, Vila União, Borges de Melo, São João do Tauape, Pontes Vieira, Antônio Sales e Papicu. Nessa fase de operação assistida, o equipamento funciona de 6h às 13h e de 16h40 às 20h, de segunda a sábado.

Mais informações do VLT
O projeto original do VLT Parangaba-Mucuripe prevê 13,2 quilômetros (1,4 km em elevado) de extensão com 10 estações, 12 pontes e 3 passarelas, além da urbanização de inúmeras áreas de 22 bairros da capital cearense. Para atender a população do trecho, foram incluídas no projeto outras 5 passarelas: na rua Paulo Firmeza (São João do Tauape); rua Eduardo Garcia (Papicu); na avenida Alberto Sá (Papicu) e na avenida Abolição (Mucuripe), além da passarela sobre o Riacho Tauape (São João do Tauape). O A linha se integra ao sistema de ônibus da Prefeitura de Fortaleza e às linhas Sul e (futura) Leste do metrô de Fortaleza. A previsão de demanda é de 90 mil passageiros por dia.
Com informações do Metrofor  01/11/2019

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Prefeitura de Maceió promove Operação Coletivo Seguro

Mobilidade  🚌

Operação Coletivo Seguro remove ônibus por irregularidades.Na ocasião, 18 autuações foram aplicadas de acordo com Código de Trânsito Brasileiro (CTB), como iluminação interna e externa deficitárias, elevadores de acessibilidade danificados, pneus em mau estado de conservação, para-brisas trincados e sensores sonoros inoperantes. Dois outros ônibus foram removidos ao depósito de veículos da SMTT.

Da Redação
foto - Ascom/SMTT
Mais uma etapa da Operação Coletivo Seguro aconteceu, na manhã desta sexta-feira (1º), em Maceió. Equipes de fiscalização da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) estiveram no Terminal do Trapiche da Barra, onde lacraram e encaminharam às suas respectivas garagens sete ônibus em situação irregular.
Na ocasião, 18 autuações foram aplicadas de acordo com Código de Trânsito Brasileiro (CTB), como iluminação interna e externa deficitárias, elevadores de acessibilidade danificados, pneus em mau estado de conservação, para-brisas trincados e sensores sonoros inoperantes. Dois outros ônibus foram removidos ao depósito de veículos da SMTT.
“Esta ação é uma forma que o Município tem de cobrar que as empresas cumpram com o que foi estabelecido na licitação. É de extrema importância para garantir um transporte de qualidade aos maceioenses. A SMTT continuará realizando esta operação nos terminais, verificando sempre o estado de conservação dos ônibus e qualquer outra irregularidade que possa prejudicar os passageiros”, explica o assessor técnico de Transportes da SMTT, Alexsandre Serafim.

Participação da população
Os usuários dos ônibus que fazem parte do Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió (SIMM) também possuem um papel fundamental na fiscalização das condições de segurança dos veículos. Pelo Disque SMTT, no número 118, o maceioense pode registrar qualquer tipo de ocorrência referente aos coletivos. O horário de atendimento é de segunda à sexta, das 7h às 19h.
Com informações da Ascom SMTT /Maceió  01/11/2019

Sistema Ferry-Boat Salvador/Itaparica tem movimento tranquilo no 1º dia do mês

Travessia Marítima/Turismo  🚢

O sistema Ferry-Boat opera com normalidade nesta sexta(01) na Travessia Marítima entre Salvador e a ilha de Itaparica com movimento tranquilo nos dois terminais,São Joaquim e Bom Despacho.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
Sexta feira,fim de semana e o 1º dia do mês de novembro,para muitos a oportunidade para um bom descanso apos uma semana de trabalho e nada melhor do que aproveitar as belezas da ilha de Itaparica ou nas localidades na borda da Baia de Todos os Santos.E para quem pode desfrutar desse privilégio ou se desloca para Salvador e utiliza o sistema Ferry-Boat que opera na Travessia Marítima entre Salvador e Itaparica para chegar ao seu destino preferido,não encontrou dificuldades e sim um movimento tranquilo para veículos e passageiros nos dois terminais,São Joaquim e Bom Despacho.
A ITS empresa que opera o sistema mantem em serviço nesta sexta(01) quatro embarcações, Dorival Caymmi, Ivete Sangalo, Anna Nery e Zumbi dos Palmares, com saídas nos horários regulares com saídas de hora em hora. A embarcação Maria Bethânia na reserva(stand by), pode realizar viagens a qualquer momento. O embarque de caminhões e veículos pesados segue normal, com fluxo sem filas.
Para mais informações a ITS disponibiliza o Tel número 0800 028 2723,ou através do e-mail demandastravessias@sollobrasil.com.br
Com informações da ITS  01/11/2019


Ilha de Itaparica/Google Maps

CBTU implementa novo reajuste tarifário de Trens,Metrô e VLT neste domingo

Transportes sobre trilhos  🚄  🚇

A companhia esclarece que a recomposição tarifária não está atrelada a nenhum investimento em particular. A busca pelo reequilíbrio financeiro das tarifas visa, exclusivamente, reduzir a discrepância provocada pela defasagem de anos sem reajuste. 

Da Redação
divulgação/CBTU
Atendendo a determinação judicial proferida pela 15ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais, a CBTU-BH passa a aplicar no próximo domingo (3/11), o novo reajuste tarifário do metrô, que vem sendo realizado de maneira progressiva em todas as capitais onde a Companhia atua. Com essa medida, a tarifa do metrô passa a custar R$ 3,70.
Vale esclarecer que o reequilíbrio tarifário foi definido após audiência de conciliação realizada em 24 de abril e começou a ser aplicado, em maio, depois de 13 anos sem reajustes nas tarifas em Belo Horizonte, 15 anos em Natal, Maceió e João Pessoa e sete anos em Recife, o que resultou em elevada defasagem em relação ao custo de manutenção do sistema.
A companhia esclarece que a recomposição tarifária não está atrelada a nenhum investimento em particular. A busca pelo reequilíbrio financeiro das tarifas visa, exclusivamente, reduzir a discrepância provocada pela defasagem de anos sem reajuste.
Mesmo com a recomposição das perdas inflacionárias, o novo valor da tarifa ainda é inferior aos praticados pelo sistema rodoviário. O reajuste visa subsidiar o equilíbrio entre o custo operacional e o preço pago pelo usuário, bem como a manutenção do caráter social do serviço metroferroviário prestado pela CBTU, finalidade principal desta Companhia.
A tarifa dos Trens Urbanos de Maceió,João Pessoa e Natal passa a custar R$1.50 a partir de 3/11
A implementação da nova tarifa segue o cronograma ordenado pela Justiça e será realizada conforme descrito:


Com informações da CBTU  01/11/2019

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O que o nordeste brasileiro tem a ver com a tensão entre China e Estados Unidos?

Economia/Política  👀

A medida, estabelecida por meio de parcerias cuja atuação cobre desde investimentos na Bahia ao fornecimento de tecnologias de reconhecimento facial, vai na contramão dos interesses do presidente Jair Bolsonaro, uma vez que terminam por reduzir a área de atuação dos Estados Unidos em território nacional.Segundo Rui Costa (PT), governador da Bahia, a ação conjunta do chamado Consórcio Nordeste não se contrapõe a Brasília.

Portogente
foto - ilustração/arquivo
Na contramão de pressões estadunidenses, Estados do nordeste firmam acordos comerciais com empresas chinesas de tecnologia
Produtos chineses não são novidade na economia nacional, mas as recentes parcerias firmadas entre os Estados do nordeste e o distante país asiático, sobretudo no setor tecnológico, estabelecidas sem o intermédio do Governo Federal, têm sido motivo de grandes polêmicas.
A medida, estabelecida por meio de parcerias cuja atuação cobre desde investimentos na Bahia ao fornecimento de tecnologias de reconhecimento facial, vai na contramão dos interesses do presidente Jair Bolsonaro, uma vez que terminam por reduzir a área de atuação dos Estados Unidos em território nacional.
Segundo Rui Costa (PT), governador da Bahia, a ação conjunta do chamado Consórcio Nordeste não se contrapõe a Brasília.
Nas palavras do governador, a movimentação dos estados “é uma forma de fazer mais e melhor pelas pessoas”.

Consórcio NordesteFirmada em Julho de 2019, a parceria jurídica entre os nove estados da região tem como principais objetivos poupar recursos nas compras de materiais e facilitar o desenvolvimento e execução de políticas públicas que envolvam mais de um estado do grupo.
Chamada de Consórcio Nordeste, um dos principais focos da parceria é o lançamento do programa “Nordeste Conectado”, uma parceria público-privada que visa instalar milhares de quilômetros de fibra óptica na região.
O programa tem chamado a atenção de empresas chinesas, como a Huawei e a ZTE.
De acordo com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), as referidas empresas “estão muito interessadas no programa”.

A Bahia beneficia-se especialmente da movimentação do consórcio.Em Setembro deste ano, o governador do Estado reuniu-se com investidores chineses interessados em participar no projeto de construção da ponte Salvador-Itaparica.
“A tendência é de que as relações comerciais com a China sejam estreitadas com o Consórcio”, comemora Rui.
A ponte Salvador-Itaparica terá 12,3 quilômetros de extensão e será a 23ª maior do mundo.

Motivos de tensão
A aproximação entre o Consórcio Nordeste e a China tem sido razão para muitos debates, sobretudo no que diz respeito à atuação dos EUA na economia brasileira.
Sob acusação de representarem ameaça à segurança dos Estados Unidos da América, as chinesas ZTE e Huawei, entre outras, vêm sofrendo algum tipo de embargo por parte da grande potência chefiada por Donald Trump.
Além de maior produtora mundial de equipamentos de telecomunicação, a empresa Huawei detém o maior número de patentes da tecnologia 5G, fundamental para o avanço da telefonia móvel e para a consequente evolução industrial.
Por isso, a gigante chinesa está no centro dos conflito entre China e Estados Unidos.
De acordo com o ministro-conselheiro da embaixada da China no Brasil, Qu Yuhu, o país tem 37% do total das patentes na área de tecnologia 5G e a Huawei conseguiu fechar mais contratos de 5G que as suas concorrentes.
O Brasil tem papel decisivo neste cenário. Porém, segundo o economista Ronaldo Fiani, o país não se beneficia tanto quanto poderia desse fato.
De acordo com o especialista, isso se deve à ausência de uma estratégia de desenvolvimento.
“O Brasil encontra-se no meio de um confronto geopolítico global (...), a falta de percepção dessa dimensão geopolítica, juntamente com uma política ingênua e simplista de alinhamento automático com americanos ou chineses compromete gravemente a defesa dos interesses do País”, diz.
Esta realidade, contudo, tem dado sinais de mudança.
Ao longo deste ano, governadores de 4 estados nordestinos, assim como 2 vice-governadores e um grande número de secretários visitaram o país asiático. Em contrapartida, diversas comitivas chinesas foram enviadas para os estados que compõem o Consórcio Nordeste.
Fonte - Portogente  31/10/2019

Aeroporto de Jequié passará por obras de recuperação a partir de novembro

Infraestrutura 

Os serviços serão feitos na pista de pouso e decolagem, no pátio de estacionamento de aeronaves, no taxiway, além de melhorias na sinalização horizontal e vertical. O município de Jequié tem uma das maiores populações do estado com mais de 155 mil moradores. 

Da Redação
divulgação/Seinfra BA
O aeroporto Vicente Grilo, em Jequié, vai passar por recuperação a partir da próxima semana. A obra no equipamento aeroviário da região do Médio Rio de Contas será realizada pela Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) e tem como objetivo dar mais segurança e conforto aos usuários durante as operações. Os serviços serão feitos na pista de pouso e decolagem, no pátio de estacionamento de aeronaves, no taxiway, além de melhorias na sinalização horizontal e vertical.
O município de Jequié tem uma das maiores populações do estado com mais de 155 mil moradores. Na economia, se destaca a agricultura, a pecuária, o minério e os produtos derivados de petróleo e álcool. O aeroporto Vicente Grilo recebe voos de Taxi aéreo, UTIs aéreas e de transporte de medicamentos e de valor. A obra contribuirá no desenvolvimento econômico e na atração de novos negócios para a região.
Com informações da Seinfra BA 31/10/2019

Um Brasil em choque com a natureza

Ponto de Vista  🔍

Foi visível e lamentável a falta de providências prévias para enfrentar situações de emergência. Instaladas as crises, o que primeiro se apresentou foram ações se trombando.Com certeza, passada a tormenta, reuniões acontecerão e planos serão propostos. Mal acabados, serão inúteis e esquecidos. Entretanto, plano de contingências ambientais é sustentabilidade, é um compromisso com a conformidade, de poder enfrentar a crise com eficácia. No caso das manchas de óleo, aconteceu em áreas povoadas do Brasil. Tanto quanto preservar a vida humana, o desafio do século XXI é a preservação do meio ambiente.

Portogente

No ditado latino “si vis pacem parabellum” (se desejas a paz, prepara-te para a guerra) encontra-se a chave para os problemas enfrentados nos recentes desastres ambientais, das queimadas na Amazônia e do aparecimento de manchas de óleo em praias nordestinas. Foi visível e lamentável a falta de providências prévias para enfrentar situações de emergência. Instaladas as crises, o que primeiro se apresentou foram ações se trombando.
Com certeza, passada a tormenta, reuniões acontecerão e planos serão propostos. Mal acabados, serão inúteis e esquecidos. Entretanto, plano de contingências ambientais é sustentabilidade, é um compromisso com a conformidade, de poder enfrentar a crise com eficácia. No caso das manchas de óleo, aconteceu em áreas povoadas do Brasil. Tanto quanto preservar a vida humana, o desafio do século XXI é a preservação do meio ambiente.
A poluição marinha se dispersa no mar com facilidade. Além de sofrerem alterações biológicas, físicas e químicas, são transportadas por correntes marinhas, atingindo e impactando severamente os ecossistemas marinhos e costeiros. Neste caso, e apesar dos quase oito mil quilômetros de costa brasileira, ficou claro que a questão do planejamento estratégico no País é deficitária. Apesar da evoluída legislação ambiental brasileira e do Plano Nacional de Contingência Brasileira (PNC).
Ainda é prematura, e precisa ser bem avaliada, qualquer conclusão sobre o governo Bolsonaro ter dado fim a dois comitês que integravam o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Água (PNC), instituído em 2013. Confirmando que as instituições nacionais estão fortes e em pleno funcionamento, o Ministério Público Federal entrou com ação contra o governo federal por omissão diante do maior desastre ambiental no litoral brasileiro; pediu que a Justiça Federal obrigue a União colocar o PNC em ação em 24 horas.
Não se pode duvidar de que há uma nova mentalidade em evolução no Brasil. A iniciativa popular e voluntária de combater as manchas de óleo é uma demonstração de consciência ambiental e compromisso com o futuro. Como o herói de Tchékov: “[...] se dentro de mil anos o homem puder ser feliz, será também um pouco graças a mim.”
Fonte - Portogente  31/10/2019

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Ford encerra produção de caminhões na fábrica de São Bernardo do Campo

Economia  🚗 🚚

O anúncio havia sido previamente divulgado em fevereiro e, segundo nota da montadora, está “em linha com a decisão de sair do segmento de caminhões na América do Sul”.A fábrica de São Bernardo do Campo foi adquirida pela Ford há 52 anos, com a incorporação da Willys Overland do Brasil.  Nela foram produzidos vários ícones da indústria automobilística, como o primeiro carro de projeto global a chegar ao Brasil, o Ford Escort, além dos modelos Corcel, Del Rey, Pampa, Ka e Fiesta. 

Ludmilla Souza
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração/Twiter
A Ford anunciou nesta quarta-feira (30) o encerramento da produção de caminhões na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo, depois de 52 anos. O anúncio havia sido previamente divulgado em fevereiro e, segundo nota da montadora, está “em linha com a decisão de sair do segmento de caminhões na América do Sul”.
De acordo com a nota, as negociações envolvendo a venda da planta para o grupo Caoa ainda estão em andamento. “A Ford reitera que continua fazendo todos os esforços cabíveis para alcançar um resultado positivo.”
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que cerca de 650 funcionários que trabalham na produção serão desligados da fábrica. As demissões começam a ser homologadas nesta quinta-feira (31), em turmas de 100 trabalhadores por dia. Cerca de mil trabalhadores, da parte administrativa, continuam na fábrica de São Bernardo.
Segundo o sindicato, a partir de abril, os funcionário serão transferidos para uma nova sede na capital paulista. Nos próximos dias, continuam sendo realizados no sindicato módulos dos cursos de educação financeira e orientação para o mercado e carreira, oferecidos pela entidade.
Na última assembleia com os trabalhadores na Ford São Bernardo, realizada nesta terça-feira (29) representantes do sindicato lembraram ações realizadas pela entidade em conjunto com os trabalhadores na tentativa de reverter a decisão da montadora – greve, atos e passeatas, além da ida de dirigentes à matriz da Ford, nos Estados Unidos, para uma conversa com a direção mundial da empresa.
O sindicato lembrou que, após a confirmação de que o fechamento da unidade era irreversível, os esforços voltaram-se para a negociação de um pacote de indenização que ajudasse a amenizar o impacto da decisão sobre os trabalhadores, o que foi alcançado, e para o contato com diversas instâncias do poder público que pudessem ajudar na busca de um comprador que mantivesse o parque fabril e os empregos.
A fábrica de São Bernardo do Campo foi adquirida pela Ford há 52 anos, com a incorporação da Willys Overland do Brasil.  Nela foram produzidos vários ícones da indústria automobilística, como o primeiro carro de projeto global a chegar ao Brasil, o Ford Escort, além dos modelos Corcel, Del Rey, Pampa, Ka e Fiesta.
“Em nome da Ford Motor Company, quero agradecer aos funcionários de São Bernardo pelo seu profissionalismo e dedicação durante vários anos”, disse, em nota, o presidente da Ford América do Sul, Lyle Watters. “Mesmo após o anúncio feito em fevereiro, eles nunca deixaram de cumprir com suas obrigações, produzindo produtos de altíssima qualidade e cuidando da segurança.”
A história da fábrica de São Bernardo se confunde com o crescimento da indústria no no município, no estado de São Paulo e no Brasil. Além de automóveis, o complexo produziu motores, tratores e, em 2001, passou a abrigar a fábrica de caminhões, transferida da antiga unidade do Ipiranga. A Ford São Bernardo foi também o berço do sindicalismo no Brasil e a primeira na indústria a ter uma comissão de fábrica, no início dos anos 80.
Fonte - Agência Brasil  30/10/2019

Sistema Ferry-Boat Salvador/Itaparica tem movimento tranquilo nesta quarta (30)

Travessia marítima  🚢

O sistema Ferry-Boat, opera nesta quarta(30) na travessia Salvador/Itaparica, com quatro embarcações, e tem movimento tranquilo nos dois terminais, São Joaquim e Bom Despacho

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
O sistema Ferry-Boat, que realiza a travessia marítima entre Salvador e a Ilha de Itaparica,opera nesta quarta(30) com quatro embarcações, Maria Bethânia, Ivete Sangalo, Anna Nery e Zumbi dos Palmares, com saídas nos horários regulares com intervalo de uma hora entre cada partida. Nesta manhã, o movimento é tranquilo para veículos e passageiros nos dois terminais, São Joaquim e Bom Despacho. O embarque de caminhões e veículos pesados segue normal, com fluxo sem filas.
A ITS,operadora do sistema, disponibiliza para os seus clientes condutores de veículos,o serviço de Hora Marcada.A compra antecipada dos bilhetes de embarque deve ser feita através do site -internacionaltravessias.com-.
Mais informações através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC): pelo Tel 0800 028 2723 ou através do e-mail demandastravessias@sollobrasil.com.br.
Com informações da ITS 30/10/2019

Pesquisa mostra que transporte público coletivo gratuito é possível

Mobilidade/Tarifa zero 🚌 🚄  🚇

Usuários arcam com quase 90% dos custos deste modal no país.O estudo demonstra como é possível criar fontes de recursos diferentes para subsidiar os gastos da população com ônibus, trem e metrô. Hoje os usuários arcam com quase 90% da receita do sistema de transporte público urbano no Brasil. Segundo o instituto, há estados, como São Paulo e Distrito Federal, que utilizam algum tipo de subsídio público, mas eles são exceções. 

Camila Boehm
Repórter da Agência Brasil

Rovena Rosa/Agência Brasil
A oferta de transporte público coletivo gratuito ou com tarifas reduzidas é possível, de acordo com o estudo Financiamento Extratarifário da Operação dos Serviços de Transporte Público Urbano no Brasil, produzido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).
O estudo demonstra como é possível criar fontes de recursos diferentes para subsidiar os gastos da população com ônibus, trem e metrô. Hoje os usuários arcam com quase 90% da receita do sistema de transporte público urbano no Brasil. Segundo o instituto, há estados, como São Paulo e Distrito Federal, que utilizam algum tipo de subsídio público, mas eles são exceções.
O documento foi escrito pelo especialista em mobilidade urbana Carlos Henrique de Carvalho e as conclusões serão apresentadas hoje (30), às 15h30, durante audiência pública na Câmara dos Deputados que trata da regulamentação do transporte como direito social.
“O transporte é um direito assim como a saúde e a educação. E assim como a saúde e a educação, ele tem que ser bancado por impostos. Além disso, o transporte é aquele que faz com que as pessoas acessem os outros direitos, porque em um país tão desigual quanto o nosso, se as pessoas não tem condição de pagar a tarifa, elas não acessam hospital, não acessam escola pública, não acessam o centro da cidade para procurar emprego”, disse Cleo Manhas, assessora política do Inesc.

A população como um todo se beneficia da redução de tarifa do transporte público, diz assessora do Inesc 

Emenda Constitucional
Em 2015, foi aprovada a Emenda Constitucional 90, de autoria da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), que inclui o transporte como direito social, assim como são a saúde e a educação. No entanto, é necessário que haja a regulamentação para que a emenda comece a valer. A proposta do fundo é que o sistema funcione com outras fontes de financiamento que não a tarifa, utilizando essa lógica do transporte como direito.
“É muito importante que os parlamentares tomem conhecimento e que esse projeto vingue, porque a gente precisa regulamentar o direito social ao transporte. E principalmente porque a gente precisa ver o transporte como direito e não como uma mercadoria”, disse Cleo.
A assessora explicou que os custos do sistema de transporte seriam pagos com impostos que já existem. “Não é a criação de nenhum imposto novo, eles já existem e são todos ligados à mobilidade urbana, teriam pequenos acréscimos de tarifa na gasolina, no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Teríamos a [arrecadação da] mobilidade por transporte individual motorizado contribuindo para o transporte público urbano”, disse Cleo. Além disso, haveria recursos do estado e arrecadação na iniciativa privada.
As justificativas do estudo para a escolha dessas receitas são: quem tem imóveis em regiões valorizadas pela oferta de ônibus e metrô no local deve pagar um IPTU maior; donos de automóveis aceitariam um aumento no IPVA, pois com mais gente migrando para um transporte coletivo barato, menos trânsito terão no seu trajeto.
O estado, que abrirá mão de uma pequena parte da arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cumprirá seu papel social e os empresários devem participar do rateio, porque recebem em contrapartida o aumento na circulação de potenciais clientes pela cidade, além de reduzir ou zerar o valor pago em vale-transporte aos seus funcionários.

Segundo o estudo, uma composição de metrô elimina
800 automóveis das vias públicas
foto - ilustração/arquivo
Custo do sistema
Segundo o estudo, atualmente, o transporte coletivo no país se mantém com R$ 59 bilhões ao ano, sendo que 89,8% (R$ 52,9 bi) vem de tarifas cobradas dos passageiros. Os incentivos públicos representam 10,2% desse montante, enquanto as receitas não tarifárias (publicidade, por exemplo) correspondem a R$ 375 mil.
“Para chegar na tarifa zero, nós teremos que ter um fundo de cerca de R$ 70,8 bilhões, isso em termos de políticas públicas e de orçamento público juntando União, estados e municípios, não é um número assustador, não é muito [dinheiro] e é muito viável”, avaliou Cleo.
O estudo apresenta três cenários: no primeiro, haveria redução da tarifa de transporte em 30%; no segundo, a redução chegaria a 60%; e no terceiro cenário a tarifa teria custo zero. Para isso, os valores do IPVA aumentariam de 6% a 20%; o IPTU, de 4% a 11%; o combustível, de 10% a 53%; e a arrecadação com empregadores de 3,9% a 8,9%. O Inesc ressalta que a arrecadação dos recursos ocorreria de maneira progressiva, ou seja, quem tem maior renda paga mais.
“As pessoas vão dizer o seguinte 'vai onerar as pessoas que usam e que não usam transporte público urbano', mas hoje, por exemplo, a infraestrutura para transporte individual motorizado, que é o maior gasto dos orçamentos público com mobilidade, quem paga isso são os impostos de todas as pessoas, proprietários usuários ou não do transporte individual motorizado. E isso não é visto como uma coisa absurda”, disse Cleo.

Benefícios
A assessora diz que a população como um todo se beneficia da redução de tarifa do transporte público por diversos motivos, seja pela redução do número de automóveis nas vias, seja porque leva as pessoas para trabalhar. “Da mesma forma que os impostos bancam a infraestrutura para automóveis, pode também financiar o sistema de transporte público urbano”.
Segundo o estudo, o prejuízo econômico gerado pelos ônibus – a poluição, os danos ambientais e os acidentes – é de R$ 16,6 bilhões por ano, já a circulação de carros e motos provoca uma perda oito vezes maior (R$ 137,8 bilhões). “Não faz sentido só os passageiros sustentarem o transporte coletivo, quando cada ônibus consegue tirar 50 carros da rua, e uma composição de metrô elimina 800 automóveis das vias públicas”, disse Cleo.
Fonte - Agência Brasil  30/10/2019

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Planejamento Urbano é fundamental para o futuro das cidades no Brasil

Sustentabilidade  🏠 🚗  🚄  🚇  🚲  👫

No Dia Mundial das Cidades, 31 de outubro, é preciso repensar o urbanismo.De acordo com o IBGE, as 27 capitais do País apresentaram, em média, um crescimento de 0,84% em 2019 e já têm, juntas, mais de 50 milhões de habitantes, cerca de 23% do total do País. Para comportar toda essa população, será preciso repensar o urbanismo e olhar com mais atenção o planejamento urbano de longo prazo.

Portogente
Portogente
A cada semana, segundo dados da ONU, 1,4 milhão de pessoas migram para o meio urbano em todo o mundo. O Brasil não é exceção. De acordo com o IBGE, as 27 capitais do País apresentaram, em média, um crescimento de 0,84% em 2019 e já têm, juntas, mais de 50 milhões de habitantes, cerca de 23% do total do País. Para comportar toda essa população, será preciso repensar o urbanismo e olhar com mais atenção o planejamento urbano de longo prazo.
"Fica claro que precisamos rever urgentemente questões internas e políticas públicas", comenta Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor da empresa de planejamento urbano Sobloco. "Conforme destacou a Cúpula de Nairóbi, cerca de 70% da infraestrutura urbana que teremos em 2050 ainda está por ser construída. Isso nos dá duas ou três décadas para nos alinharmos às melhores tendências globais, mas precisamos começar agora", explica.
Aproveitando o Dia Mundial das Cidades, comemorado em 31 de outubro, dentre as questões apontadas por Almeida, que precisam ser melhor analisadas temos mobilidade urbana, migrações urbanas, déficit populacional, restrições ambientais, legislações elitistas, melhores opções de uso e ocupação do solo, verticalização e adensamento.

foto - ilustração/arquivo
Para citar alguns exemplos, a mobilidade urbana brasileira não levou em conta a expansão da frota de veículos e hoje vemos engarrafamentos diários, sendo que existem alternativas viáveis que dependem do planejamento urbano, como VLTs ou navegabilidade em rios; permite-se a ocupação urbana em áreas de risco, prejudicando meio ambiente e saúde, e não criamos condições eficazes de produzir habitação de qualidade em áreas urbanas consolidadas, resultando ora em tragédias, como alagamentos e desabamentos, ora em escassez de moradias; e possuímos um déficit habitacional de sete milhões, que, sem novas propostas de uso do solo, não será atenuado ou resolvido.

foto - ilustração/arquivo
Todos esses pontos, se não pensados a longo prazo, contribuem para que fiquemos cada vez mais longe dos conceitos de cidades inteligentes. Segundo o estudo Cities in Motion Index (CIMI) 2019, da Escola de Negócios da Universidade de Navarra, na Espanha, já estamos distantes das cidades mais inteligentes do mundo. A cidade mais bem colocada do Brasil é o Rio de Janeiro, em 128º, atrás de Santiago do Chile (66º) e Buenos Aires (77º).
"Há alternativas viáveis, mas elas precisam ser baseadas no planejamento urbano, visão de longo prazo e desapego ideológico de modo que atendam aos requisitos básicos do ser humano como saúde, educação e segurança" afirma Almeida.
Fonte - Portogente  28/10/2019

VLT fator de renovação dos centros urbanos

Transportes sobre trilhos  🚄

O VLT é um sistema de transporte de média capacidade, do tipo ferroviário, com tração elétrica, salvo raras exceções, utilizado em geral em linhas urbanas estruturais de transporte, articulado a eixos de alta capacidade como Metrô e Trem Metropolitano e que se integra perfeitamente com a rede de ônibus e com o automóvel particular. É um sistema limpo, seguro, rápido, confortável, silencioso e circula com suavidade, adaptando-se perfeitamente ao traçado da linha.

Peter Alouche*
peter Alouche
A implantação de linhas de VLTs nos centros urbanos pode contribuir para transformar e renovar uma cidade de modo sustentável. Isto pode ser conseguido se o objetivo do projeto de uma cidade sustentável usa os efeitos potenciais do VLT moderno, para a renovação conjunta do espaço urbano nas suas esferas econômica, social e da biosfera. Uma nova linha de VLT é uma nova oferta no sistema de transporte de uma região urbana, mas com grandes efeitos potenciais sobre o ambiente econômico geral, ambiente social e natural da cidade.
De fato, as consequências da implantação do VLT num sítio urbano se fazem sentir nos mais diversos campos, com efeitos sobre a demanda por transporte no serviço de transporte oferecido aos usuários, sobre os valores imobiliários ao longo da linha, sobre negócios, comércio, empregos e também sobre os espaços públicos, a segurança, a própria imagem da aglomeração, sem esquecer a redução do ruído, poluição do ar e consumo de energia. Esses efeitos atingem, portanto, a economia, a geografia, o urbanismo, a sociologia, a antropologia e a ecologia, em suma a qualidade de vida urbana da região. Assim, a implantação de novas linhas de VLT não agem tão somente como soluções de transporte, mas são atores de uma revolução urbana. Estes efeitos foram identificados a partir de diferentes estudos de agências de planejamento urbano em muitas cidades europeias, australianas, americanas e outras. 
foto - ilustração/VLT Citades X 05
O VLT é um sistema de transporte de média capacidade, do tipo ferroviário, com tração elétrica, salvo raras exceções, utilizado em geral em linhas urbanas estruturais de transporte, articulado a eixos de alta capacidade como Metrô e Trem Metropolitano e que se integra perfeitamente com a rede de ônibus e com o automóvel particular. É um sistema limpo, seguro, rápido, confortável, silencioso e circula com suavidade, adaptando-se perfeitamente ao traçado da linha. É compatível com as áreas de pedestres e consegue circular nos centros históricos, sem provocar a degradação do meio, porque permite uma adaptação estética perfeita ao meio urbano. Sua acessibilidade é muito amigável com as pessoas idosas e com dificuldade de locomoção. Consegue atrair para seu sistema os automobilistas e os usuários de transporte motorizados. Assim, sua implantação torna a cidade mais humana.
Nos EUA, as cidades de Jersey City, Baltimore, Dallas, Portland, Phoenix e outras por todo o sul e oeste dos EUA, de Charlotte a San Diego, são exemplos emblemáticos que transformaram bairros menos desenvolvidos em centros tranquilos com real desenvolvimento.
Para me ater, à França o VLT provocou renovação urbana em praticamente todadas as suas cidades, desde a metrópole Paris, até cidades de tamanho grande e médio como Marseille, Lille, Strasbourg, Rouen Montpellier, Orléans e Lyon . Algumas preferiram o VLT sem catenária, como Bordeaux. Outras optaram por um VLT sobre pneus guiados por um trilho central.
No Brasil, os exemplos do VLT da Baixada Santista e do VLT Carioca são muito significativos. No Rio de Janeiro, o Porto Maravilha é um projeto que deu requalificação urbana à região portuária, por meio de um novo conceito de ocupação e mobilidade urbana. O VLT foi um dos alicerces deste projeto.
Vamos analisar o caso da Cidade de São Paulo. Contrastando com toda a pujança e riqueza, os que nela habitam ou por ela passam, sentem na pele o que é uma cidade cheia de problemas de todo tipo, principalmente no seu Centro histórico e em algumas de suas periferias. São problemas de habitação, de congestionamentos, de violência sem fim, problemas ambientais com o ar, muitas vezes irrespirável, com sem-tetos dormindo nas calçadas revelando a miséria e pobreza de uma parte importante de sua população. A degradação é visível em muitos de seus cortiços, edifícios abandonados ou invadidos por pessoas sem moradia própria. Muitas cidades ao redor do mundo se confrontaram com essa profunda degradação. Algumas encontraram o remédio milagroso, através da implantação de linhas de VLTs. São Paulo poderia, ou melhor, deveria seguir o exemplo.
São Paulo já teve uma rede de bondes nos anos 70. Diversas linhas de VLT foram sugeridas ao longo dos últimos trinta anos, mas nenhum Prefeito teve a ousadia de implantar alguma. Neste artigo apresentamos três sugestões de linhas que poderiam, no futuro breve, constituir uma rede de VLT. Evidentemente, ninguém tem a ilusão de que esta rede será implantada de vez. Mas numa primeira fase, há uma linha que consideramos prioritária, porque ela poderá mudar radicalmente para melhor, o grande Centro. É a Circular Centro. Sua característica é de trafegar por vias de pedestres, praças e em alguns trechos juntamente com os veículos, e, assim podendo mitigar o problema da poluição e dos congestionamentos nesta região e melhorar de modo significativo a qualidade de vida da população e a relação com o meio ambiente. Ela terá como meta principal o grande poder de induzir o desenvolvimento e revitalização das áreas degradadas, com a potencialização de outras. A outra linha, o VLT Oeste é também um projeto de grande importância para o transporte e revitalização da região, podendo ser implementado numa segunda etapa. Por fim, o VLT Anchieta é a alternativa para a Linha 18-Bronze do Grande ABC, sugerindo uma solução de qualidade, com menor custo. Embora a decisão do Governo do Estado de São Paulo tenha sido no sentido de substituir o Monotrilho por um BRT, estamos sugerindo esta alternativa com VLT como solução mais ecológica, durável e de baixo custo. Há alguns outros trajetos onde o VLT caberia bem, como Av. 9 de Julho, Av. República do Líbano, para citar tão somente a Zona Sul.
Se argumentarem que tais projetos, por serem custosos, não têm viabilidade econômica, eu diria que sim, são custosos, mas o transporte público sobre trilhos traz benefícios incalculáveis. Além de ser essencial para a maioria das pessoas que precisam dele para realizar atividades de trabalho, educação, saúde, lazer e outras, ele é indutor de desenvolvimento e de renovação urbana. Por isto, é sempre necessário discutir e avaliar quais são realmente os custos dos projetos, quais são os seus benefícios e externalidades a médio e longo prazos, e como conseguir os recursos necessários para sua implantação e operação. Isto requer que sejam feitos esforços para convencer a sociedade e os poderes Executivo e Legislativo sobre a importância de dedicar estes recursos, que também são solicitados por outras áreas de interesse público, como a educação, a saúde e a segurança pública.
Esta necessidade de argumentação para obter tais recursos, precisa de informações de qualidade e uma metodologia de análise dos custos e dos benefícios de cada modo de transporte. Embora amplamente desenvolvida nos países ricos, esta metodologia ainda não está bem estabelecida no Brasil. Isto prejudica muito a causa do transporte público, porque a ausência de argumentos mais sólidos geralmente faz com que a demanda pelos recursos não seja atendida plenamente. É preciso saber avaliar os impactos positivos e os ganhos econômicos, a médio e longo prazos que um transporte sobre trilhos de qualidade e é preciso saber como revertê-los a favor do financiamento do sistema. Assim, a identificação das externalidades precisa ser acompanhada de sua mensuração. Alguns efeitos são medidos com certa facilidade, como o excesso de tempo imposto pelo congestionamento em uma via, enquanto outros são difíceis de mensurar, como os efeitos da poluição na saúde das pessoas.
Enquanto não se souber avaliar, com uma visão sistémica, os impactos positivos do VLT, como a redução do tempo de percurso dos usuários, redução da emissão de poluentes, economia estratégica da energia, dos ruídos e vibrações, a diminuição da violência, a redução de viagens por automóveis particulares, o impacto na redução do congestionamento e da manutenção das vias, a regularidade e a confiabilidade do transporte, os custos do VLT vão parecer muito altos.
Há também os impactos positivos indiretos, de médio e longo prazos, como a valorização econômica das áreas do entorno, o aumento da macro – acessibilidade para as empresas e comércio, a geração de empregos e atividades e, principalmente, a revitalização da região e a renovação urbana, todos impactos difíceis de serem transformados em valores monetários.
Tais impactos, é bom lembrar, podem ocorrer na escala local, regional ou nacional, dependendo da magnitude da intervenção.
A questão que se coloca é simples: “Vamos deixar São Paulo degradar cada vez mais, criando de um lado uma cidade de primeiro mundo, desenvolvida e dinâmica e do outro, um aglomerado decadente, foco de pobreza e violência?” São Paulo é um doente quase terminal que precisa de uma cirurgia difícil e corajosa.
Podemos afirmar, em conclusão, que custe o que o custar, vale a pena investir numa rede de VLTs em São Paulo, porque esta é a única solução, comprovada em muitas cidades do mundo, que conseguirá salvar a nossa querida Cidade de São Paulo. Afinal, com o VLT não estamos construindo apenas um sistema de transporte, estamos construindo a Cidade.
*Peter Alouche é Engenheiro eletricista pelo Mackenzie, com pós-graduação na USP. Diversos cursos de especialização em transporte público em universidades e entidades do Brasil, Europa e Japão. Foi por durante 35 anos – no Metrô de S. Paulo – assessor técnico para Projetos Estratégicos. Foi Representante do Metrô na UITP e no CoMET (Benchmarking de Metrôs). Professor titular nas Escolas de Engenharia da FAAP e do Mackenzie. Hoje é Consultor independente de transporte nas áreas de tecnologia. Tem inúmeros artigos publicados em revistas Técnicas do Brasil e do exterior.
Fonte - Abifer  28/10/2019

domingo, 27 de outubro de 2019

Linha 3 do VLT Carioca entrou em funcionamento no sábado(26)

Transportes sobre trilhos  🚄

Com a Linha 3, o sistema consolida uma rede de 28km de trilhos, 29 paradas e estações e 32 trens que circulam desde junho de 2016 no Centro e Região Portuária do Rio. O novo trecho liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont, passando pela avenida Marechal Floriano, em apenas 18 minutos.

VLT Carioca

A Linha 3 do VLT Carioca iniciou no sábado,(26), a operação com passageiros. Na parte da manhã, o Prefeito Marcelo Crivella fez a viagem inaugural no trecho ao lado do presidente da Concessionária do VLT Carioca, Marcio Hannas.
Com a Linha 3, o sistema consolida uma rede de 28km de trilhos, 29 paradas e estações e 32 trens que circulam desde junho de 2016 no Centro e Região Portuária do Rio. O novo trecho liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont, passando pela avenida Marechal Floriano, em apenas 18 minutos.
O percurso conta com 10 paradas, sendo três novas: Cristiano Ottoni-Pequena África (na praça de mesmo nome, também na região da Central), Camerino-Rosas Negras (na Marechal Floriano, próxima à rua de mesmo nome) e Santa Rita-Pretos Novos (também na Marechal Floriano, à altura da igreja homônima). Os nomes contam com homenagens a ícones da cultura africana, batizados em consenso com o Iphan e entidades do movimento negro e sociedade civil.
As paradas Central e Cristiano Ottoni-Pequena África terão serviço compartilhado com a linha 2, enquanto as paradas Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont atenderão às linhas 1 e 3. Nos trechos compartilhados, os intervalos entre os trens são de, aproximadamente, três minutos como já acontece atualmente na região da Rodoviária.
A Linha 3 permite também novas conexões para os usuários do VLT. Próximo à Parada Praça Cristiano Ottoni – Pequena África estão estações de trem e metrô da Central, além do terminal de ônibus Américo Fontenelle. Já a Parada Camerino fica próxima a um dos acessos do metrô da Presidente Vargas. O benefício de transferência entre linhas segue mantido no período de até 1 hora. É possível realizar troca entre as três linhas ou no mesmo sentido nesse período. Só há nova cobrança em caso de mudança de sentido na mesma linha.
Como em outras áreas, o novo corredor do VLT reúne parte da história do Rio. Prédios como o colégio Pedro II, o Palácio Itamaraty e o Centro Cultural Light, além da Igreja de Santa Rita, são algumas das atrações a serem visitadas ou apreciadas na viagem.

Sobre o VLT
Em três anos de operação, o VLT Carioca ultrapassou a marca de 50 milhões de passageiros transportados e a expectativa com a nova linha é que, já nos primeiros meses, o total de passageiros ultrapasse a marca de 100 mil usuários por dia útil.
A passagem do VLT custa R$ 3,80, o cartão é de uso individual e pode ser adquirido ou recarregado nas paradas e estações. Além disso, os pontos de embarque contam com terminais de consulta nos quais é possível verificar o saldo, desbloquear cartões e liberar recargas realizadas pelo site Recarga Fácil. Para quem precisar se programar, é possível consultar as próximas viagens no aplicativo VLT Carioca (Mapa e Horários) ou no site www.vltcarioca.com.br (Chegadas e Partidas).
Em caso de aquisição de cartão, além do valor da passagem, são cobrados R$ 3 reais como depósito-garantia, reembolsáveis em qualquer loja Riocard Mais. Os cartões são aceitos também em ônibus, trens, metrô e barcas. As máquinas aceitam dinheiro (cédulas e moedas) e cartões de débito Visa, Mastercard ou Elo.
As composições mantêm agentes da concessionária que atuam em parceria com a Guarda Municipal em ações de fiscalização. A não-validação está sujeita à multa de R$ 170, de acordo com a Lei Municipal 6.065/2016. O valor aumenta para R$ 255 em caso de reincidência (multa mais 50%).
A gratuidade no VLT Carioca está assegurada de acordo com a legislação. Pessoas com mais de 65 anos devem validar com o cartão Sênior ou apresentar documento de identidade, caso solicitado. Crianças de até cinco anos (inclusive) não precisam de cartão, como nos demais sistemas de transporte público do Município do Rio.
Passageiros nas seguintes condições devem obrigatoriamente validar o cartão: Alunos da rede pública de ensinos Fundamental e Médio do Rio de Janeiro (uniformizados) e portadores do cartão de gratuidade para estudante; estudantes de universidades portadores do Passe Livre Universitário; pessoas com deficiência e acompanhantes legalmente autorizados e doentes crônicos e acompanhantes legalmente autorizados.

Fonte - ANPTrilhos  26/10/2019