PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sexta-feira, 8 de março de 2019

Trem,Metrô,VLT e a homenagem ao dia Internacional das mulheres

Transportes sobre trilhos 👩 🚇

Operadoras de sistemas de  transportes sobre trilhos,"Metrô,Trem e VLT", promovem ações em homenagem ao dia Internacional da Mulher em Salvador,João Pessoa e Natal nesta Sexta (08)

Da Redação
foto - ilustração/mulheres Ferroviárias
Em Salvador em homenagem ao Dia da Mulher, a CCR Metrô Bahia vai promover um dia de beleza especial para as clientes. O Espaço da Beleza vai oferecer maquiagem, drenagem facial, esmalteria (limpeza, higienização das unhas, pintura e desenhos artísticos), cosmetologia (orientação de cosméticos naturais), massagem relaxante e distribuição de brindes. As ações serão realizadas no dia 8, no Terminal de Ônibus Mussurunga (das 9h às 12h) e na Estação Rodoviária de Metrô (das 14h às 18h), em parceria com o SE7E Centro Tecnológico. As atividades são gratuitas e integram o projeto Vem pra Cá, que promove eventos durante todo o ano nas estações de metrô da cidade.


Em João Pessoa a CBTU terá uma programação especial e totalmente voltada para as suas funcionárias,em parceria com o Sindicato dos Ferroviários da Paraíba (Sintefep),serão dois dias para celebrar o Dia Internacional das Mulheres. As atividades começam neste domingo, 10, das 09h às 16h, com um Dia de Lazer na Pousada Paraíso dos Colibris, em Conde, cidade do Litoral Sul. No dia 11, das 09h às 12h, haverá Oficina de Identidade da Mulher e uma sessão de cinema no Auditório da Estação João Pessoa.

Em Natal a CBTU promove o evento, “Mulheres na CBTU”, reunindo as funcionárias da Companhia para uma manhã de atividades e dinâmicas de empatia e companheirismo.
História de mulheres de relevância e importância para o cenário nacional e internacional foram destacadas, a fim de inspirar ações e lutas femininas em seus diferentes contextos. Além de um bate-papo sobre as vivências cotidianas e desafios da mulher no mercado de trabalho, as ferroviárias contaram ainda com momento de relaxamento, com seções de massoterapia.
Pregopontocom 08/03/2019

Salário mínimo

Ponto de Vista  🔍

A convocação pelas centrais sindicais de atos mobilizatórios nos dias 22 e 29 de março, de visitas a parlamentares e manifestações nos aeroportos e para que as mulheres transformem as comemorações do dia 8 de março em atos de repúdio à deforma que as agride e discrimina fazem parte do pacote,para resistir à PEC da deforma previdenciária para impedir que o governo tenha os 308 votos de deputados na Câmara para aprová-la.

João Guilherme Vargas Netto* - Portogente
foto - ilustração/arquivo
Tudo deve ser feito para resistir à PEC da deforma previdenciária e para impedir que o governo tenha os 308 votos de deputados na Câmara para aprová-la.
Isto é certo e a convocação pelas centrais sindicais de atos mobilizatórios nos dias 22 e 29 de março, de visitas a parlamentares e manifestações nos aeroportos e para que as mulheres transformem as comemorações do dia 8 de março em atos de repúdio à deforma que as agride e discrimina fazem parte do pacote.
A luta será longa e intensa e apesar da propaganda do governo (e da ridícula página publicitária da Fiesp) tudo indica que a reação popular será decisiva para os embates congressuais e evolui a nosso favor.
Mas é preciso estar atento e travar uma outra batalha que, embora simultânea, é diferente da luta contra a PEC. Trata-se de aprovar no Congresso a lei da valorização do salário mínimo cuja vigência caducou em janeiro, transferindo ao presidente da República o poder de decidir sobre o reajuste.
Tomando-se como princípios a sua importância e o papel protagonista do Congresso em sua efetivação é preciso que o movimento sindical ajude o mundo político-partidário e os parlamentares a compreenderem o alcance e a especificidade do problema.
O próprio ministro Paulo Guedes já explicitou a vontade de impedir sua aprovação porque sem ganhos reais do salário mínimo as despesas previdenciárias despencariam, mas sem eles também todos os trabalhadores deixariam de ganhar bilhões de reais (como, ao contrário, ganharam com a vigência da lei e com os aumentos reais).
Uma tática que poderia ser apropriada a este combate – travado, insisto, simultaneamente com a luta no Congresso contra a PEC previdenciária – seria a escolha de alguns deputados para serem os porta-bandeiras dele. Estes deputados, sejam da oposição ou não, teriam a incumbência de articular a luta específica pela aprovação da lei na Câmara (aproveitando o projeto sobre o assunto já existente no Senado) e seriam os “campeões” de seu encaminhamento e aprovação.
O que não pode acontecer é o descaso sobre este assunto ou seu abandono devido à preocupação com a PEC. A política de valorização do salário mínimo é, em si e pelos seus efeitos, tão importante quanto ela para a defesa dos trabalhadores e para retomada do crescimento com emprego e distribuição de renda.
*João Guilherme Vargas Netto é analista político e sindical
Fonte - Portogente  08/03/2019

Pesquisa do IBGE mostra que mulher ganha menos em todas as ocupações

Desigualdade  👨 👩

As maiores proximidades de rendimento, ainda que não haja igualdade, ocorreram no caso dos professores do ensino fundamental, em que as mulheres recebiam apenas 9,5% menos que os homens, afirmou a analista da Coordenação de Trabalho do IBGE, Adriana Beringuy.Entretanto, estão na agricultura e nos comércios varejistas e atacadistas as maiores desigualdades salariais entre homens e mulheres. As mulheres agricultoras e as gerentes de comércios varejistas e atacadistas, recebem, respectivamente, 35,8% e 34% menos que os homens.

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

foto - ilustração/arquivo
Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que as mulheres ganham menos do que os homens em todas as ocupações selecionadas na pesquisa. Mesmo com uma queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2018, as trabalhadoras ganham, em média, 20,5% menos que os homens no país.
“As maiores proximidades de rendimento, ainda que não haja igualdade, ocorreram no caso dos professores do ensino fundamental, em que as mulheres recebiam apenas 9,5% menos que os homens”, afirmou a analista da Coordenação de Trabalho do IBGE, Adriana Beringuy.
Em seguida, destacam-se os dos trabalhadores de central de atendimento e de limpeza de interiores de edifícios, escritórios e outros estabelecimentos: as mulheres recebiam, respectivamente, 12,9% e 12,4% menos que os homens.
Entretanto, estão na agricultura e nos comércios varejistas e atacadistas as maiores desigualdades salariais entre homens e mulheres. As mulheres agricultoras e as gerentes de comércios varejistas e atacadistas, recebem, respectivamente, 35,8% e 34% menos que os homens.
O estudo do IBGE feito para o Dia Internacional da Mulher teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2018. Ele mostra que a diferença entre carga horária diária trabalhada de homens e mulheres vem diminuindo.
“Verificamos isso todos os anos, essa diferença já foi de seis horas. É uma característica do mercado de trabalho, uma vez que isso indica apenas as horas nesse setor”, disse Adriana Beringuy. Entretanto, este resultado se deu muito mais por conta de uma redução na carga horária de trabalho dos homens. Em 2012, a diferença era de 6h, mas caiu em 2018 para cerca de 4h48min.
Adriana ressalta, no entanto, que a jornada apresentada na pesquisa não reflete de fato o que a mulher trabalha em todo o seu dia. “A menor jornada da mulher no mercado de trabalho está associada às horas dedicadas a outras atividades, como os afazeres domésticos e os cuidados com pessoas”, afirmou.
Reflexos na participação da mulher no mercado
Hoje, as mulheres respondem por 43,8% dos 93 milhões de brasileiros ocupados. Na população acima de 14 anos, por exemplo, a proporção é diferente: 89,4 milhões (52,4%) são mulheres, enquanto 81,1 milhões (47,6%) são homens, constata o estudo.
Quando a comparação entre os rendimentos das mulheres e dos homens é feita de acordo com a ocupação, o estudo mostra que a desigualdade é disseminada no mercado de trabalho, embora varie de intensidade.
“A mulher acaba tendo participação maior na população desocupada e na população fora da força de trabalho. Temos muitas procurando trabalho ou na inatividade, ou seja, não procuram emprego, por inúmeras questões”, avalia Adriana.
Fonte - Agência Brasil  08/03/2019

Cuidado! A nova previdência vai te pegar

Ponto de Vista  🔍

Mais sofisticada, a “nova Previdência” alterará as regras para acesso a todos os benefícios especiais e para o cálculo dos valores correspondentes, sempre reduzindo os valores. Pensões serão reduzidas. Mulheres e trabalhadores rurais, professores e servidores públicos serão os mais afetados.O governo afirma que a sua iniciativa cria a “nova Previdência Social” que, ao reformar o sistema de Previdência e Seguridade Social, resolve muitas das mazelas que afligem o País. 

Clemente Ganz Lúcio* - Portogente
foto - ilustração/arquivo
Anunciada como cura para múltiplos males – como baixo crescimento econômico, desemprego, investimento público pífio, déficit fiscal e desigualdades – mudanças nas regras da Previdência e Seguridade Social foram encaminhadas pelo governo ao Congresso Nacional. Foi dada a largada para uma nova etapa desse jogo social complexo, que inclui produção e distribuição econômica, orçamento fiscal do Estado, tributação, investimentos e gastos públicos, políticas públicas e proteção social, igualdade, equidade e justiça.
O governo afirma que a sua iniciativa cria a “nova Previdência Social” que, ao reformar o sistema de Previdência e Seguridade Social, resolve muitas das mazelas que afligem o País. Para indicar o tamanho da economia que a “nova Previdência Social” realizará, o governo afirma que economizará mais de R$ 1 trilhão de reais em 10 anos!
Truco! Truuuco! A gente paga! Quanto custa esse trilhão por cabeça? Divide aí entre os trabalhadores que hoje contribuem para a Previdência e ... bem, arredondando, por cabeça, dá uma contribuição adicional de 2 mil reais por ano ou de 20 mil reais em 10 anos!

Seeeeeis, frouxão! Vai cortar, responde o posto Ipiranga! Está aqui o projeto!

Portanto, você aí parado, também será tungado! Como? A “nova Previdência” será econômica e vai deixar de pagar um trilhão de reais em direitos! De que jeito? Criando a idade mínima para a aposentadoria de 65 anos para os homens e de 62 anos para as mulheres e exigindo, ao mesmo tempo, um mínimo de 20 anos de contribuição. Esses dois critérios deverão ser cumpridos. Essa régua já excluirá milhões de trabalhadores. Depois, arrochará o valor do benefício de quem conseguir superar a régua idade/tempo de contribuição. Se chegar à idade mínima com 20 anos de contribuição, o aposentado levará para casa o benefício correspondente a 60% do valor médio dos salários que recebeu na vida. Suponha que seu salário seja hoje de R$ 2 mil reais e que a média dos seus salários durante toda a vida tenha sido de R$ 1.600,00 (atenção, essa é uma ótima média). O valor do seu benefício seria de R$ 960,00. Entendeu? Se aposenta muito tempo depois e leva para casa muito menos! Essa é a mágica.
Mais sofisticada, a “nova Previdência” alterará as regras para acesso a todos os benefícios especiais e para o cálculo dos valores correspondentes, sempre reduzindo os valores. Pensões serão reduzidas. Mulheres e trabalhadores rurais, professores e servidores públicos serão os mais afetados.
Os miseráveis que recebem os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) da Seguridade Social são brindados com a idade mínima de 70 anos para adquirir o direito de receber um salário mínimo. E, para viver melhor sua pobreza, receberão R$ 400,00 a partir dos 60 anos.
Jabutis (medida estranha que acompanha o conteúdo principal de projetos no Congresso) foram inseridos no projeto da “nova Previdência” para ajudar na economia ou para avançar na reforma trabalhista. O governo mexe, por exemplo, no FGTS, retirando o direito à multa de 40% se, no momento da demissão, o trabalhador já estiver aposentado. Outro Jabutizinho: exclui do direito ao Abono Salarial quem ganha mais de um salário mínimo.
Não tenha dúvida: não há mágica. Se a meta é economizar R$ 1 trilhão, ou vai arrecadar ou vai cortar. A opção foi cortar os direitos dos trabalhadores, acelerando a transição para a entrada de todos na “nova Previdência”. Uma opção que o Congresso não deve aceitar, pois há outros caminhos para uma Seguridade e Previdência acessível a todos, com benefícios dignos e sustentabilidade econômica e atuarial.

Eles dizem: mas, se correr o bicho pega!

Nós dizemos: o bicho é feio, assusta! Mas vamos ficar e é para lutar!
*Clemente Ganz Lúcio é sociólogo e diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
Fonte - Portogente  08/03/2019

quinta-feira, 7 de março de 2019

Metrô de Salvador transportou mais de 1 milhão de pessoas durante o Carnaval 2019

Transportes sobre trilhos  🚇

O número representa um crescimento de 23,4% em relação à quantidade de embarques realizados no mesmo período de 2018. A chegada do metrô à Região Metropolitana de Salvador e a integração com o Aeroporto Internacional foram fatores que promoveram esse incremento. 

Da Redação
foto - ilustração/CCR
Com a operação plena do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas e o funcionamento da Estação Aeroporto de Metrô, o modal foi um dos meios de transporte mais utilizados pelos foliões para curtir o Carnaval na capital baiana. Somente nos seis dias da folia, o metrô transportou 1.233.068 clientes. O número representa um crescimento de 23,4% em relação à quantidade de embarques realizados no mesmo período de 2018. A chegada do metrô à Região Metropolitana de Salvador e a integração com o Aeroporto Internacional foram fatores que promoveram esse incremento. Com isso, moradores da RMS e turistas puderam chegar rapidamente aos circuitos da folia, em uma viagem sobre trilhos de cerca de 40 minutos. A Estação Lapa de Metrô foi o destino dos foliões que fizeram a integração com os ônibus exclusivos para os circuitos. A operação de Carnaval contou com 35 trens.
Com informações da CCR Metrô Bahia  07/03/2019

Capitalização: o verdadeiro ‘Cavalo de Tróia’ da reforma - da previdência

Ponto de Vista  🔍

A eventual adoção do regime de capitalização previsto no artigo 201-A será o verdadeiro “Cavalo de Tróia” da reforma, porque poderá exterminar tanto os regimes Próprio e Geral, quanto o regime complementar, organizado sob a forma de entidade fechadas de Previdência, como a Previ, a Petros, entre outros.

Antônio de Queiroz* - Portogente
foto - ilustração/arquivo
Desde a Constituição de 1988, já foram feitas e aprovadas cinco emendas constitucionais com reformas paramétricas na Previdência, que consistem em mudanças tópicas nos critérios de elegibilidade de benefícios e correções de disfunções do sistema, diferentemente da reforma proposta por Bolsonaro, que promove mudanças estruturais na direção de privatização da Previdência Pública brasileira.

A reforma da Previdência, no formato apresentado, tem dois objetivos claros:

1) um fiscal, voltado para reduzir o gasto previdenciário; e

2) outro de mercado, voltado para a privatização da Previdência Social brasileira, a partir da substituição do regime de repartição, de caráter solidário, pelo modelo de capitalização individual e de gestão privada.

O primeiro objetivo, que justifica a agressividade sobre os segurados, aposentados e pensionistas, se traduz:

1) na redução de benefícios;

2) no aumento da idade mínima;

3) na ampliação do tempo de contribuição; e

4) na adoção de alíquotas maiores, progressivas e extraordinárias, medidas que podem caracterizar confisco. A meta fiscal é ambiciosa e visa obter ganhos de R$ 1,1 trilhão em dez anos, fato que faz dessa reforma a mais dura de que se tem notícia no Brasil.

O segundo objetivo é a privatização da Previdência Pública, mediante instituição de novo regime de Previdência, organizado com base em sistema de capitalização, na modalidade de contribuição definida, de caráter obrigatório para quem aderir, com a previsão de conta vinculada para cada trabalhador e de constituição de reserva individual para o pagamento do benefício, com “livre escolha” pelo trabalhador da entidade e da modalidade de gestão das reservas, assegurada a portabilidade.
A própria ideia de “adesão” já é uma armadilha. Assim como ocorreu em 1967, quando foi extinta a estabilidade no emprego e criado o FGTS, o novo sistema foi criado por Roberto Campos e pelos militares como “opcional” para o trabalhador. O que se viu, porém, é que somente conseguia emprego quem exercesse, no ato da admissão, a “opção” pelo novo regime. O mesmo ocorrerá com o novo sistema, que deverá representar redução ou desoneração de encargos previdenciários para os empregadores. Assim, quem não optar “facultativamente” pelo novo regime não terá emprego.
Num sistema desses, que é inspirado no modelo chileno de previdência, as chances de a Previdência Social pública e de caráter solidário, e até mesmo os fundos de pensão existentes, sobreviverem é muito baixa, porque irão disputar diretamente com o sistema financeiro internacional, leia-se bancos e seguradoras privadas, que terão muito melhores condições de concorrência e poderão usar seu poder de mercado para implodir as previdências dos regimes Próprios, Geral e complementar das entidades de previdência fechada.
Ora, se a simples autorização prevista no parágrafo 15 do artigo 40 – de patrocínio de plano administrado por entidade fechada de previdência instituída por ente público, assim como, por meio de licitação, o patrocínio de plano administrado por entidade fechada de previdência complementar não instituída pelo ente federativa ou por entidade aberta de previdência complementar – já seria suficiente para colocar em risco fundos de pensão como a Funpresp.
A eventual adoção do regime de capitalização previsto no artigo 201-A será o verdadeiro “Cavalo de Tróia” da reforma, porque poderá exterminar tanto os regimes Próprio e Geral, quanto o regime complementar, organizado sob a forma de entidade fechadas de Previdência, como a Previ, a Petros, entre outros.
Ou os segurados, os aposentados e pensionistas do setor privado e do serviço público se organizam para modificar ou suprimir esses dois dispositivos do texto da reforma, ou sua aposentadoria estará comprometida, pois a gula do sistema financeiro, em matéria previdenciária, é insaciável. Mãos à obra!
*Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político e diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
Fonte - Portogente  07/03/2019

terça-feira, 5 de março de 2019

Brasil é o 4º país que mais produz lixo no mundo, diz WWF

Sustentabilidade 👎

O Brasil é o quarto país no mundo que mais produz lixo. São 11.355.220 toneladas e apenas 1,28% de reciclagem. Só está atrás dos Estados Unidos (1º lugar), da China (2º) e da Índia (3º).No Brasil, segundo dados do Banco Mundial, mais de 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular, sem tratamento e, em muitos casos, em lixões a céu aberto. 

Por Agência Brasil
foto - ilustração/arquivo
O estudo “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mostra que o Brasil é o quarto país no mundo que mais produz lixo. São 11.355.220 toneladas e apenas 1,28% de reciclagem. Só está atrás dos Estados Unidos (1º lugar), da China (2º) e da Índia (3º).
No Brasil, segundo dados do Banco Mundial, mais de 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular, sem tratamento e, em muitos casos, em lixões a céu aberto. Aproximadamente 7,7 milhões de toneladas de lixo são destinados a aterros sanitários.
A poluição por plástico gera mais de US$ 8 bilhões de prejuízo à economia global. Levantamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) indica que os diretamente afetados são os setores pesqueiro, de comércio marítimo e turismo.
O diretor executivo do WWF no Brasil, Mauricio Voivodic, alertou sobre a necessidade de adotar medidas urgentes para reverter a situação. “O próximo passo para que haja soluções concretas é trabalharmos juntos, por meio de marcos legais, que convoquem à ação os responsáveis pelo lixo gerado. Só assim haverá mudanças urgentes na cadeia de produção de tudo o que consumimos.”

Alerta
Segundo o estudo lançado pelo WWF, o volume de plástico que vaza para os oceanos anualmente é de cerca de 10 milhões de toneladas. Nesse ritmo, mostra a pesquisa, até 2030 serão lançados ao mar o equivalente a 26 mil garrafas de plástico para cada quilômetro quadrado (km2). Aproximadamente metade dos produtos plásticos que poluem o mundo hoje foi criada nos anos 2000.
O diretor-geral do WWF Internacional, Marco Lambertini, afirmou que o sistema atual de produção, uso e descarte de lixo está “falido” e que é necessário mudar o comportamento. “É um sistema sem responsabilidade, e atualmente opera de uma maneira que praticamente garante que volumes cada vez maiores de plástico vazem para a natureza."

Poluição
A poluição do plástico afeta a qualidade do ar, do solo e sistemas de fornecimento de água. Os impactos diretos estão relacionados a não regulamentação global do tratamento de resíduos de plástico, à ingestão de micro e nanoplásticos (invisíveis aos olhos) e à contaminação do solo com resíduos.
A queima ou incineração do plástico pode liberar na atmosfera gases tóxicos, alógenos e dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, extremamente prejudiciais à saúde humana. O descarte ao ar livre também polui aquíferos, corpos d'água e reservatórios, provocando aumento de problemas respiratórios, doenças cardíacas e danos ao sistema nervoso de pessoas expostas.
Na poluição do solo, um dos vilões é o microplástico oriundo das lavagens de roupa doméstica e o nanoplástico da indústria de cosméticos, que acabam sendo filtrados no sistema de tratamento de água das cidades e acidentalmente usados como fertilizante, em meio ao lodo de esgoto residual. Quando não são filtradas, essas partículas acabam sendo lançadas no ambiente, ampliando a contaminação.

Soluções
O estudo do WWF faz recomendações sobre possíveis soluções para a situação envolvendo os sistemas de produção, consumo, descarte, tratamento e reúso do plástico. Os cuidados propostos incluem orientação para os setores público e privado, a indústria de reciclagem e o consumidor final.
As propostas incluem que cada produtor seja responsável pela sua produção de plástico, o fim de vazamento do produto nos oceanos – e reúso e reciclagem como base para uso do material. Paralelamente a substituição do plástico por materiais reciclados.

Danos
Entre os principais danos do plástico à natureza estão estrangulamento, ingestão e danos ao habitat. A gerente do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF no Brasil, Anna Carolina Lobo, disse que a maior parte do lixo marinho encontrado no litoral é plástico. Nas últimas décadas, o aumento de consumo de pescados aumentou em quase 200%.
“As pesquisas realizadas no país comprovaram que os frutos do mar têm alto índice de toxinas pesadas, geradas a partir do plástico em seu organismo, portanto, há impacto direto dos plásticos na saúde humana. Até as colônias de corais – que são as ‘florestas submarinas’ – estão morrendo. É preciso lembrar que os oceanos são responsáveis por 54,7% de todo o oxigênio da Terra”, disse.
O estrangulamento de animais por pedaços de plástico já foi registrado em mais de 270 espécies animais, incluindo mamíferos, répteis, pássaros e peixes, causando desde lesões agudas e crônicas, até mesmo a morte. Esse estrangulamento é hoje uma das maiores ameaças à vida selvagem e conservação da biodiversidade.
A ingestão de plástico já foi registrada em mais de 240 espécies. A maior parte dos animais desenvolve úlceras e bloqueios digestivos que resultam em morte, uma vez que o plástico muitas vezes não consegue passar por seu sistema digestivo.
Fonte - Agência Brasil  05/03/2019