sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Fluxo de passageiros no VLT de Fortaleza cresce 140% após ampliação de horário

Transportes sobre trilhos  🚄

Em funcionamento de 6h às 13h e de 16h40 às 20h, de segunda a sábado, o VLT está em operação assistida, isto é, uma fase de testes e aprendizagens, envolvendo os operadores, as equipes de obras, passageiros e comunidades do entorno. Por conta disso, o embarque é gratuito.O VLT iniciou a fase de operação assistida, com transporte de passageiros e sem cobrança de tarifa, em julho de 2017, entre as estações Parangaba e Borges de Melo, de 6 horas ao meio-dia, de segunda a sexta-feira.

Metrofor
Divulgação/Metrofor
O VLT Parangaba-Mucuripe comprova diariamente seu papel fundamental para a mobilidade de quem mora em Fortaleza e na Região Metropolitana. Após ampliar sua operação para o horário noturno e para os sábados – a partir de 10 de setembro -, o modal registrou um crescimento de 140% na quantidade média de passageiros transportados por dia. O número saltou de 1.932, em agosto, para 4.647 embarques diários, em setembro.
Em funcionamento de 6h às 13h e de 16h40 às 20h, de segunda a sábado, o VLT está em operação assistida, isto é, uma fase de testes e aprendizagens, envolvendo os operadores, as equipes de obras, passageiros e comunidades do entorno. Por conta disso, o embarque é gratuito.
Para a Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), o aumento no número de passageiros demonstra que a população aprovou o VLT. “Temos percebido que muitos passageiros já optam pela integração de modais. Usuários dos terminais de ônibus da Parangaba e do Papicu e da Linha Sul do Metrô, que vem de Pacatuba ou Maracanaú, se utilizam do VLT para chegar mais rápido ao seu destino. Isso tem nos mostrado que o VLT vem cumprindo o seu objetivo”, reforça o Secretário da Infraestrutura, Lucio Gomes.
O VLT iniciou a fase de operação assistida, com transporte de passageiros e sem cobrança de tarifa, em julho de 2017, entre as estações Parangaba e Borges de Melo, de 6 horas ao meio-dia, de segunda a sexta-feira. Em julho de 2018, a operação foi estendida e passou a ser entre as estações Parangaba e Papicu, aumentando o percurso para cerca de 10,8 km e incluindo 8 das 10 estações previstas no projeto. São elas: Parangaba, Montese, Vila União, Borges de Melo, São João do Tauape, Pontes Vieira, Antônio Sales e Papicu. Desde o início da operação com passageiros, o VLT já soma mais de 330 mil embarques.

Saiba mais
O projeto do VLT Parangaba-Mucuripe prevê a implantação de 13,2 quilômetros de via férrea, com 10 estações, 12 pontes e 3 passarelas, além da urbanização de diversas áreas ao longo dos 22 bairros da capital cearense cortados pelo sistema. O modal também se integra ao sistema de ônibus da Prefeitura de Fortaleza e às linhas Sul e (futura) Leste do metrô de Fortaleza. O restante da obra, com mais duas estações (Mucuripe e Iate), além de cercamento e outras obras complementares, deve ficar pronto até o final de 2018. A previsão de demanda potencial do modal é de 90 mil passageiros por dia.

Serviço
VLT PARANGABA-MUCURIPE
Operação assistida
6h às 13h e 16h40 às 20h
Segunda a sábado
Fonte - Metrofor  19/10/2018

TSE e PGR foram omissos diante de atos violentos e fake news, diz CNDH

Política  👀

“A procuradora-geral da República [Raquel Dodge], a presidente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber] e as demais autoridades estavam onde, quando receberam essas denúncias, e não adotaram as providências necessárias para evitar que o processo eleitoral brasileiro chegasse ao [ponto] que chegou esta semana?”, perguntou Darci Frigo, vice-presidente do CNDH – órgão autônomo, com 11 representantes da sociedade civil e 11 do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil

Marcelo Camargo - Agência Brasil
Integrantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) disseram hoje (19) que as instituições brasileiras foram omissas diante dos atos de violência e da disseminação de fake news associados às eleições no país. O grupo se reuniu nesta manhã em Brasília.
“A procuradora-geral da República [Raquel Dodge], a presidente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber] e as demais autoridades estavam onde, quando receberam essas denúncias, e não adotaram as providências necessárias para evitar que o processo eleitoral brasileiro chegasse ao [ponto] que chegou esta semana?”, perguntou Darci Frigo, vice-presidente do CNDH – órgão autônomo, com 11 representantes da sociedade civil e 11 do Executivo, Legislativo e Judiciário. As declarações foram feitas em meio à apresentação de motivos da nota de repúdio que o colegiado divulgou ontem (18). No texto, o grupo cobra das autoridades brasileiras de todos os Poderes ações objetivas diante das últimas ocorrências de violência.
O vice-presidente do conselho lembrou que a incitação à violência é crime e não foi adotada qualquer medida diante de gestos de candidatos que, segundo ele, se enquadram na situação. “Outra coisa são as fake news que já vínhamos alertando”, disse ao citar a suspeita de impulsionamento de notícias falsas pelo Whatsapp contra o PT. Para ele, essa notícia deveria ter sido identificada pelo grupo de trabalho da Justiça Eleitoral.
A presidente do colegiado e defensora pública Fabiana Severo descartou que o CNDH defenda a anulação das eleições. Para Fabiana, seriam necessárias medidas previstas na Constituição para garantir um processo democrático e transparente. Segundo a defensora, ainda há tempo de as instituições enviarem mensagem mostrando que são fortes o suficiente para agir em defesa da democracia. “E não uma mensagem de que tudo está transcorrendo dentro da normalidade”, afirmou.

Outro lado
Em resposta, o TSE lembrou que debaterá o assunto numa entrevista coletiva marcada para as 16h desta sexta na sede do tribunal, em Brasília, com a presidente Rosa Weber, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Sérgio Etchegoyen, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rogério Galloro. Na declaração, eles pretendem apontar as medidas institucionais adotadas para responder aos questionamentos levantados no primeiro turno das Eleições 2018.
A Agência Brasil procurou a PGR e aguarda resposta.
Fonte - Agência Brasil  19/10/2018

Metrô SP adia licitação da estação Jardim Colonial

Transportes sobre trilhos  🚄

A Linha 15-Prata, cujos trens são do tipo monotrilho, funciona desde agosto de 2014 entre as estações Vila Prudente e Oratório, ao longo de 2,9 km (contando com o pátio de manobra).Inicialmente, o projeto previa a extensão até Cidade Tiradentes, mas a extensão foi cortada e hoje a linha prevê ao todo 11 estações entre Vila Prudente e Jardim Colonial, com 15,3 km de extensão.A licitação é do tipo menor preço e o valor de orçamento estimado pela companhia é de R$ 92,5 milhões (data-base 01/06).Agora, a sessão pública de recebimento de propostas e abertura de envelopes está marcada para o dia 30/11 às 10h (a data anterior era 22/10).

Revista Ferroviária
foto - ilustração
O Metrô de São Paulo adiou os prazos da licitação de execução das obras civis da Estação Jardim Colonial (ex-Iguatemi) da Linha 15-Prata do Metrô, conforme aviso publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (19). Agora, a sessão pública de recebimento de propostas e abertura de envelopes está marcada para o dia 30/11 às 10h (a data anterior era 22/10).
A data-limite para pedido de esclarecimentos foi alterada para 09/11, a data para resposta aos pedidos de esclarecimentos ficou marcada para 23/11 e a data-base dos preços ofertados deverá ser o primeiro dia do mês de apresentação das propostas, ou seja, dia 1º de novembro.
A licitação é do tipo menor preço e o valor de orçamento estimado pela companhia é de R$ 92,5 milhões (data-base 01/06).
Está no escopo da concorrência do edital, divulgado no dia 14 de setembro, a execução de obras civis na Estação Jardim Colonial e implantação de paisagismo, iluminação, ciclovia e adequação do sistema viário no trecho compreendido entre as estações São Mateus e Jardim Colonial. Entre as atribuições da empresa vencedora da licitação está a elaboração de um projeto executivo com:

Projetos de desvio de tráfego;
Projeto de obra civil para implantação da ciclovia;
Projeto para adequação do sistema viário;
Projetos de iluminação da ciclovia;
Projetos de sinalização horizontal, vertical e semafórica;
Projetos de reurbanização e paisagismo.

O prazo de vigência do contrato é de 28 meses a contar da data da assinatura e os serviços têm prazo de execução de 24 meses contados a partir da emissão da primeira Ordem de Serviço (OS), ou seja, com isso estima-se que a estação ficaria pronta em 2021. O prazo máximo para a emissão da primeira OS é de 30 dias a contar da data de assinatura do contrato.

Histórico
A Linha 15-Prata, cujos trens são do tipo monotrilho, funciona desde agosto de 2014 entre as estações Vila Prudente e Oratório, ao longo de 2,9 km (contando com o pátio de manobra).
Inicialmente, o projeto previa a extensão até Cidade Tiradentes, mas a extensão foi cortada e hoje a linha prevê ao todo 11 estações entre Vila Prudente e Jardim Colonial, com 15,3 km de extensão.
Em abril deste ano foram entregues as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União, que até hoje funcionam em operação assistida, com horário reduzido.
Em agosto, o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, previu a inauguração da estação Jardim Planalto entre setembro e outubro e até o final do ano outras três (Fazenda da Juta, Sapopemba e São Mateus). A estação Jardim Colonial é a única da linha que ainda não entrou em obras.
A previsão é que a abertura e recebimento de envelopes da licitação de concessão de toda a linha para a iniciativa privada ocorra no dia 22 de novembro, após dois adiamentos. Ao todo, a licitação recebeu mais de 150 questionamentos de empresas interessadas em participar da concorrência.
O objetivo é conceder à iniciativa privada a operação e manutenção da linha 15 pelo período de 20 anos. O valor do contrato é estimado em R$ 4,5 bilhões, com lance mínimo para outorga de R$ 153,3 milhões.
Fonte - Revista Ferroviária  19/10/2018

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Cidade de Candiac no Canadá testa ônibus autônomo Navya da Keolis

Mobilidade/Tecnologia  🚌

O ônibus autônomo Navya, com capacidade para 15 passageiros e uma velocidade operacional de 25 km / h, operará ao longo de uma rota de 2 km entre um parque-e-passeio, um terminal de ônibus e o cruzamento das avenidas Marie-Victorin e Montcalm North. Existem várias paradas, incluindo a Prefeitura, um complexo de aposentadoria e empresas locais, e a rota também inclui uma travessia ferroviária e um cruzamento com semáforos.

MetroReport
MetroReport
A Keolis e a cidade de Candiac(Canadá) iniciaram neste mês, o que dizem ser a primeira demonstração de longo prazo de um ônibus elétrico autônomo em vias públicas no Canadá.
O Prefeito da cidade,Normand Dyotte,convidou a todos os usuários de transporte público e curiosos,  interessados em conhecer a nova tecnologia, a experimentar  a novidade.
O ônibus autônomo Navya, com capacidade para 15 passageiros e uma velocidade operacional de 25 km / h, operará ao longo de uma rota de 2 km entre um parque-e-passeio, um terminal de ônibus e o cruzamento das avenidas Marie-Victorin e Montcalm North. Existem várias paradas, incluindo a Prefeitura, um complexo de aposentadoria e empresas locais, e a rota também inclui uma travessia ferroviária e um cruzamento com semáforos.
A iniciativa está sendo apoiada pelo governo de Québec, Technopôle IVÉO e ​​o 'cluster' Propulsion Québec para veículos elétricos e inteligentes.
O projeto piloto está programado para durar 12 meses, incluindo oito meses de operação de passageiros. Durante o período de inverno, um projeto de pesquisa e desenvolvimento sem passageiros a bordo testará como o ônibus espacial se adapta às condições do inverno. Um operador estará a bordo do ônibus espacial durante todo o projeto piloto.
"Esta iniciativa é empolgante porque é o primeiro projeto-piloto no Canadá, e a forma como será realizada definirá o rumo para o próximo", disse Marie Hélène Cloutier, vice-presidente de Experiência de Passageiros, Marketing e Vendas da Keolis Canada. Para Keolis, o serviço multimodal é a chave para o futuro do transporte. Os ônibus elétricos autônomos são um ótimo exemplo disso porque complementam os serviços existentes.
Fonte - MetroReport  17/10/2018

Governador Flávio Dino vistoria obras do complexo da RFFSA

Memória Ferroviária   🚄🚃🚃🚃

Realizada pelo Governo do Maranhão, com recursos do tesouro estadual na ordem de R$ 7,5 milhões, a obra contempla serviços de demolição, restauração de ladrilhos, recursos de acessibilidade, elevador, novas esquadrias, pisos, recomposição de paredes, fachadas, construção de rampa, escada e mezanino, revisão e restauração de forro e teto, restauração de grades, dentre outros. O projeto arquitetônico é de autoria do IPHAN.

Da Redação

O governador Flávio Dino vistoriou, na manhã de quarta-feira (17), as obras de restauração da antiga sede da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), localizada da Avenida Beira-Mar. O prédio histórico, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), será mais um equipamento reformado pelo Governo do Estado a ser referência cultural e artística para a cidade de São Luís.
“Vai funcionar como espaço cultural para o nosso estado. Teremos aqui o museu ferroviário, exposição de quadros, de pintura, de arte contemporânea, e teremos também um espaço destinado à gastronomia do nosso estado, assim como ao artesanato”, declarou o governador Flávio Dino.
A reforma do prédio da RFFSA é a fase final da revitalização do complexo ferroviário da Avenida Beira-Mar. Em fevereiro deste ano, o governador Flávio Dino entregou a reforma da Praça Gomes de Sousa e implantou a Praça Joãosinho Trinta, que foram pontos de concentração e dispersão do circuito carnavalesco. “São vários equipamentos importantes para o nosso estado. De interesse para a cultura, para o turismo, fortalecendo a economia criativa do Maranhão. Vamos entregar a área completamente revitalizada em 2019”, garantiu Flávio Dino.

Realizada pelo Governo do Maranhão, com recursos do tesouro estadual na ordem de R$ 7,5 milhões, a obra contempla serviços de demolição, restauração de ladrilhos, recursos de acessibilidade, elevador, novas esquadrias, pisos, recomposição de paredes, fachadas, construção de rampa, escada e mezanino, revisão e restauração de forro e teto, restauração de grades, dentre outros. O projeto arquitetônico é de autoria do IPHAN.
Para o secretário de Estado da Cultura e Turismo, Diego Galdino, o prédio da REFFSA já representa um grande patrimônio histórico da capital. “É fundamental preservar e revitalizar os espaços culturais aproximando o cidadão de seu patrimônio e da história da sua cidade”, afirmou.

Parceria com o IPHAN
Superintendente do Iphan no Maranhão, Maurício Itapary exaltou a parceria que o órgão mantem com o Governo do Estado.”Temos 44 obras do PAC Cidades Históricas em São Luís, e em todas elas contamos com a parceria do Governo do Maranhão, em alguma medida. Já entregamos a reforma do Teatro Artur Azevedo, do Palacete Gentil Braga, o Palácio Cristo Rei. E estamos com outras obras em andamento, como a reforma do Teatro João do Vale, o prédio sede da Jucema, o complexo Rua Grande e Praça Deodoro, este último com a participação da Prefeitura de São Luís, também”, finalizou.
Com informações da Secap/Gov.MA

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Governador do RJ veta projeto de lei que previa recuperação de ferrovia para fins turísticos

Ferrovias/Turismo  🚄🚃🚃🚃

O chefe do Executivo alegou que o programa cria atribuições para a administração pública “e, consequentemente, adentra em providências materialmente administrativas que se inserem na lista de atribuições do Poder Executivo”. Dessa forma, disse o governador em nota, a proposta vai contra o Princípio de Separação dos Poderes, uma vez que se trata de uma “iniciativa de matéria privativa do Poder Executivo”. 

Revista Ferroviária
foto - ilustração/Ferrovias do Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, vetou integralmente o projeto de Lei nº 1252/2012, que trata do Programa Estadual de Recuperação da Malha Ferroviária com Objetivos Turísticos, conforme publicado no Diário Oficial da última segunda (15).
O chefe do Executivo alegou que o programa cria atribuições para a administração pública “e, consequentemente, adentra em providências materialmente administrativas que se inserem na lista de atribuições do Poder Executivo”. Dessa forma, disse o governador em nota, a proposta vai contra o Princípio de Separação dos Poderes, uma vez que se trata de uma “iniciativa de matéria privativa do Poder Executivo”.
O projeto, de autoria dos deputados Enfermeira Rejane, Sabino, Edson Albertassi, Andreia Busatto, Roberto Henriques e Janio Mendes, fala em recuperar diversas linhas seguindo o critério de potencial turístico, revitalização de regiões e atração de novos investimentos. Segundo os autores, a recuperação física das estações existentes em cada um dos municípios beneficiados pelo programa seria de responsabilidade das prefeituras locais em Parcerias Público Privada (PPP).
Estavam incluídas na proposta as seguintes linhas: ramal Santa Cruz-Mangaratiba; ramal Sumidouro; ramal Maricá-Cabo Frio; ramal Macaé-Campos dos Goytacazes; ramal São João da Barra; ramal Campista-Campos dos Goytacazes-Miracema; ramal Saracuruna-Cantagalo; ramal Conrado-Miguel Pereira-Paty do Alferes; ramal Serra de Petrópolis (Magé-Guia de Pacopaíba a Piabetá e Magé-Vila Inhomirim a Petrópolis); ramal Trem Mata Atlântica (Angra dos Reis-Lídice-Barra Manda); ramal da Fazenda Mato Alto (Guaratiba); ramal Paraíba do Sul-Três Rio-Sapucaia; ramal Barrinha (Barra do Piraí-Japeri); ramal Porto de Mauá (Magé)-Fragoso/Vila Inhomirim; e ramal Barra do Piraí (Central-Ipiabas).
O projeto também previa para a secretaria estadual de Transportes a tarefa de promover a análise da malha ferroviária existente, com elaboração do projeto de recuperação, o respectivo orçamento das obras e o cronograma para sua implantação.
Fonte - Revista Ferroviária  16/10/2018

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Déficit orçamentário e retomada da economia

Ponto de Vista/Economia  🔍

Os bancos são os guardiães do dinheiro entesourado pelos capitalistas. Recebem uma remuneração por conta. Esse dinheiro é remunerado integralmente pelo Banco Central sem qualquer contrapartida de investimento. Milton Friedmann, o pai do monetarismo, dizia que não existia algo como almoço grátis na economia. É um equívoco. Os bancos recebem almoço grátis, isto é, juros toda vez que guardam reservas no Banco Central.Não é necessário explicar por que os banqueiros não gostam de taxas de juros baixas; isso afeta diretamente seus ganhos.

*José Carlos de Assis - Portogente
foto - ilustração/arquivo
É claro que os capitalistas teriam graves problemas com seu caixa porque não teriam como aplicá-lo com segurança. É que eles são muito críticos da dívida pública mas na hora de guardar dinheiro preferem títulos do governo aos papéis emitidos pelo setor privado, de segurança duvidosa.
Os bancos são os guardiães do dinheiro entesourado pelos capitalistas. Recebem uma remuneração por conta. Esse dinheiro é remunerado integralmente pelo Banco Central sem qualquer contrapartida de investimento. Milton Friedmann, o pai do monetarismo, dizia que não existia algo como almoço grátis na economia. É um equívoco. Os bancos recebem almoço grátis, isto é, juros toda vez que guardam reservas no Banco Central.
Voltemos ao ponto inicial. Os economistas ditos ortodoxos só são tolerantes com déficits orçamentários quando sua origem são gastos de defesa. Mas aí temos outro problema. Gastos de defesa, do ponto de vista financeiro, são da mesma natureza de um gasto orçamentário qualquer. Como o déficit público costuma ser associado a surtos inflacionários, não há nada que explique o fato pelo qual o gasto com defesa não gera inflação.
Até aqui foi possível argumentar que o déficit público beneficia os capitalistas e não gera inflação. Agora convém explicar por que os banqueiros não gostam dele. A razão é estupidamente simples: déficit público aumenta o dinheiro em circulação na economia e por isso força a baixa da taxa de juros. Não é necessário explicar por que os banqueiros não gostam de taxas de juros baixas; isso afeta diretamente seus ganhos.
Mas há outra razão pela qual banqueiros não gostam de déficits públicos: é que o déficit em geral corresponde a gastos públicos sociais que beneficiam proporcionalmente mais os pobres dos que os ricos - o que é considerado um “roubo” pelos banqueiros, uma espécie de Robin Wood ao contrário. Quando o gasto público se destina a salários, e não a investimento, os banqueiros ficam ainda mais exasperados em relação ao déficit.
Agora vamos analisar a questão do déficit do ponto de vista do interesse público, e não do interesse dos banqueiros. Primeiro, vamos admitir que uma economia em rápido crescimento não deve ter déficit público. Nesse caso, o Governo deve gastar o que arrecada, nem mais nem menos. Mas a economia pode entrar em recessão ou depressão, como é nosso caso hoje. Nesse caso surge um problema: de onde virá a recuperação?
A característica da crise é uma queda da demanda efetiva, ou seja, uma situação na qual as pessoas não tem dinheiro suficiente para comprar tudo o que a economia oferece. O desemprego agrava a situação. Com isso, os empresários não investem, pois estará sobrando mercadorias nas prateleiras. O único setor da economia que pode retomar os investimentos sem ter que se preocupar com a demanda é o setor público.
O besteirol neoliberal – ou seja, os economistas que racionalizam os interesses dos banqueiros – sustenta que se o governo equilibrar o orçamento os empresários terão confiança para voltar a investir. É uma patacoada. Como o empresário pode ter confiança na recuperação da economia se suas prateleiras estão cheias, sem perspectiva de venda? O empresário pode até manter o nível de produção, mas aumentar nunca.
Tudo isso tem pouca importância em relação ao lado humano que é mantido escondido pelos neoliberais: o desemprego. Uma alta taxa de desemprego é uma desgraça para milhões de famílias. Não colocar o combate ao desemprego como prioridade absoluta de governo é um crime de lesa-pátria. O mais grave é que conhecemos muito bem os meios de acabar com o desemprego. São os fâmulos do neoliberalismo que nos impedem de usá-los.
*José Carlos de Assis é economista. Artigo publicado, originalmente, no site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet)
Fonte - Portogente  16/10/2018

Engenharia ferroviária é referência para outros setores, diz especialista

Transportes sobre trilhos  🚄  🚇

O primeiro uso da eletricidade foi para alimentar os bondes. Só depois, em 1879, que Thomas Edison inventou a lâmpada incandescente, diz ele. Outros exemplos são o desenvolvimento da fuselagem dos aviões, que ocorreu a partir da calderaria ferroviária, a construção de oleodutos, que tem origem na técnica de soldagem de trilhos ferroviários, e o desenvolvimento de sistemas óticos. 

Revista Ferroviária
foto - ilustração/arquivo
O legado técnico da engenharia ferroviária foi tema de palestra organizada pela Associação de Engenheiros Ferroviários (Aenfer), no último dia 10. Em sua apresentação, o especialista e consultor da Kanaflex S/A, Osvaldo Barbosa, levantou um pouco do histórico das ferrovias para mostrar a importância da engenharia ferroviária e o quanto as soluções vindas dos trilhos influenciaram setores como o de telecomunicações, eletricidade, construção rodoviária e civil, petróleo/calderaria e até mesmo aviação.
O primeiro uso da eletricidade foi para alimentar os bondes. Só depois, em 1879, que Thomas Edison inventou a lâmpada incandescente, diz ele. Outros exemplos são o desenvolvimento da fuselagem dos aviões, que ocorreu a partir da calderaria ferroviária, a construção de oleodutos, que tem origem na técnica de soldagem de trilhos ferroviários, e o desenvolvimento de sistemas óticos. O primeiro sistema de fibra ótica foi implantado no subúrbio do Rio de Janeiro por meio de um contrato assinado em 1983, muito à frente dos sistemas de telecomunicações, conta.
Ele colocou ainda a importância das ferrovias não só para o passado, mas para o presente e o futuro do setor. Ele disse que, no Brasil, alguns ainda veem a ferrovia como algo ultrapassado. O mundo não vê assim. O que o brasileiro precisa entender é que a ferrovia ainda é referência no transporte, afirma, lembrando os investimentos que países como China, Canadá e Estados Unidos fazem no setor.
Deveria chegar às escolas, em especial às de engenharia, a importância das ferrovias para o nosso passado e também para o nosso futuro. A gente deveria reaprender isso, declarou.
Fonte - Revista Ferroviária  15/10/2018

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Maria Fumaça resgata memórias do transporte em Sorocaba (SP)

Turismo Ferroviário  🚄🚃🚃🚃

A série de passeios é realizada por uma iniciativa da Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária, em parceria com a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur), Associação Comercial de Sorocaba (Acso) e Votorantim Cimentos, para viabilizar a gratuidade da atração.A Maria Fumaça foi construída em 1891 e faz reviver memórias para diversos sorocabanos. Ao todo, 60 passageiros podem desfrutar da aventura, que dura 20 minutos. O trem passa pelos trilhos da Rua Dr. Paula Souza até a Vila Hortência.

Diário do Transporte
foto - ilustração/Pinterest
A antiga Locomotiva 58, famosa Maria Fumaça, voltou a fazer passeios turísticos em Sorocaba, no interior de São Paulo. Após a atração ter voltado aos trilhos em 7 de setembro, feriado do Dia da Independência, outras seis datas ficaram agendadas.
Neste sábado, 13 de outubro, foi realizado mais um passeio gratuito por Sorocaba. Em 22 de setembro, também foi possível se divertir na antiga locomotiva.
Agora, as próximas datas para aproveitar a chance de passear gratuitamente de Maria Fumaça são 17 de novembro, 15, 16 e 22 de dezembro.
A série de passeios é realizada por uma iniciativa da Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária, em parceria com a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur), Associação Comercial de Sorocaba (Acso) e Votorantim Cimentos, para viabilizar a gratuidade da atração.
A Maria Fumaça foi construída em 1891 e faz reviver memórias para diversos sorocabanos. Ao todo, 60 passageiros podem desfrutar da aventura, que dura 20 minutos. O trem passa pelos trilhos da Rua Dr. Paula Souza até a Vila Hortência.
O embarque é realizado na Estação Paula Souza, localizada na rua Dr. Paula Souza, 420, no Centro. Contudo, é preciso correr para garantir os ingressos, pois a procura sempre é muito alta.
Em geral, são feitas cinco viagens por dia de passeio, percorrendo dois quilômetros sobre os históricos trilhos de Sorocaba.
Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados com antecedência na Acso, localizada na rua da Penha. A recomendação é evitar deixar para garantir o lugar em cima da hora.

Mais história em Sorocaba
Se você é amante dos transportes sobre trilhos e vai visitar Sorocaba, no interior de São Paulo, vai gostar de conhecer o Museu Histórico Sorocabano.
Após a inauguração do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”, o museu foi instalado no Casarão que fica dentro do parque.
O museu esconde uma raridade: o bonde elétrico Centex de três portas. O meio de transporte trafegou em Nova Iorque e foi adquirido em 1929 pela antiga companhia de energia elétrica Light, para ser utilizado na capital paulista, conforme informado no museu.
A Prefeitura de São Paulo doou o bonde elétrico ao Museu Histórico Sorocabano em 1968. Em 1996, o veículo foi restaurado pelos funcionários da Prefeitura de Sorocaba.
Se o visitante olhar atentamente para o letreiro do bonde elétrico, vai conseguir identificar mais sobre a história do veículo. Com o prefixo 1779, percorria a linha 35 – Lapa.
Além do bonde, o museu também abriga outras raridades que ajudam a entender a evolução do transporte no Brasil.
O museu traz uma roda de carro de boi, para mostrar as dimensões de um veículo de tração animal utilizado com frequência antes da popularização dos carros com motor a combustão.
Em seguida, é possível conhecer de perto um gasogênio. O aparelho era utilizado para produzir gás combustível gerado pela ação do ar ou vapor de água sobre o carvão aquecido. O gasogênio já foi utilizado como combustível industrial e em motores a explosão como substituto da gasolina.
Por fim, você poderá ver de perto um Ford A 1928. O automóvel foi transformado em uma caminhoneta com carroceria de madeira e pertenceu à frota da Prefeitura de Sorocaba.
Com diversas peças preservadas, o Museu Histórico Sorocabano fica na Rua Teodoro Kaisel, 883, Vila Hortência, em Sorocaba. O preço do ingresso para visitar o zoológico e o museu, que fica dentro do parque, é R$ 8.
Fonte - ANPTrilhos  15/10/2018

Superlotado e com falhas, metrô do DF está longe de entrar nos trilhos

Transportes sobre trilhos  🚇

Em média, 162,5 mil pessoas usam o transporte de trilhos na capital do país diariamente, de acordo com dados da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF). No dia de maior movimento do ano, que aconteceu em setembro, o número atingiu 175,5 mil usuários. Em 2015, 144 mil utilizavam esse meio para se locomover. Vários fatores contribuíram para aumento de 12,9% no número de passageiros, desde 2015.  Apesar disso, não houve, no período, melhorias capazes de acompanhar a curva de crescimento da demanda.

Metrópoles
Adicionar legenda
A população do Distrito Federal tem utilizado cada vez mais o metrô. O turbulento cenário econômico do Brasil, as sucessivas altas nos preços dos combustíveis e recorrentes paralisações de funcionários do combalido sistema rodoviário, entre outros fatores, segundo especialistas, explicam o aumento de 12,9% no número de passageiros, desde 2015. Apesar disso, não houve, no período, melhorias capazes de acompanhar a curva de crescimento da demanda.
Em média, 162,5 mil pessoas usam o transporte de trilhos na capital do país diariamente, de acordo com dados da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF). No dia de maior movimento do ano, que aconteceu em setembro, o número atingiu 175,5 mil usuários. Em 2015, 144 mil utilizavam esse meio para se locomover. Os investimentos em manutenção também apresentaram incremento: cinco vezes em 2017 comparado às aplicações de 2013 a 2016. O aporte saltou de R$ 4,5 milhões anuais para R$ 22,2 milhões. Entretanto, problemas como superlotação e falhas estruturais ainda dão o tom das reclamações dos usuários.
Nesta reportagem da série DF na Real — na qual os candidatos ao Governo do DF expõem propostas (confira no fim do texto) de solução para os problemas apontados pelos brasilienses —, o Metrópoles aborda as adversidades enfrentadas por passageiros do metrô.
“Quando a escada rolante e o elevador não funcionam, tenho de descer com minha filha de 1 ano e o carrinho dela pelos degraus comuns. É um risco. Às vezes, aparece alguém do metrô para me ajudar. Às vezes, não”, reclama a monitora Franciele Camelo, 28 anos. Moradora da Ceilândia, ela usa o transporte de segunda a sexta para ir e voltar da creche onde trabalha, em Águas Claras, cujo terminal só não é mais movimentado que o Central, na Rodoviária do Plano Piloto. Percorre esse trajeto sempre acompanhada da filha Isabella Carneiro, de apenas 1 ano.
Após superar os desafios enfrentados logo na chegada da Estação Ceilândia, Franciele e o bebê adentram na multidão de passageiros dentro do vagão. A superlotação faz parte da rotina das duas. O incômodo ocorre principalmente quando não há alguém que, caridosamente, cede assento à mulher. “Nunca nos machucamos por causa disso. Mas já vi muita gente passando mal quando está muito cheio. Fica abafado, quase insuportável”, lamentou.
Joseir Rodrigues Bezerra, 49, engrossa o coro. “Há quem embarque na Estação Ceilândia, vá até a próxima [Ceilândia Norte] e volte a essa para viajar sentado. Mas, para isso, é preciso chegar muito mais cedo”, relatou. Ele trabalha em um shopping ao lado da estação.
Além da superlotação e do mau funcionamento de escadas rolantes e dos elevadores, os passageiros se queixam de falhas no sistema de bilhetagem. Joseir é usuário do Bilhete Único, cartão pelo qual pessoas podem utilizar ônibus e metrô, integradamente. Ele conta que passou por constrangimentos devido a erros ocorridos nas catracas de acesso. Além das situações embaraçosas, esses imprevistos geram longas filas e, consequentemente, atrasos nos embarques.
“A gente passa vergonha, tenta cinco, seis vezes, e o cartão não passa. Somos forçados a comprar um bilhete ou outro cartão. Mas nem sempre temos dinheiro para isso", Joseir Bezerra, passageiro.

Aumento da demanda
Especialista em mobilidade urbana, Luis Roberto Paganini projeta um cenário ainda mais desafiador para a população do DF que depende de metrô. Principalmente, se o cenário socioeconômico não melhorar nos próximos anos.
“A população tem crescido em ritmo acelerado. O aumento de 12,9% no número de passageiros do metrô em três anos é elevado. E há um conjunto de fatores que não contribuem para as pessoas utilizarem outros meios de locomoção, como bicicletas e ônibus, por exemplo. O alto desemprego e o preço elevado do combustível atrapalha quem quer ter carro. Isso preocupa”, explicou.
Sob promessa de facilitar o transporte de Samambaia, terceira cidade mais populosa do DF, o governo local lançou em setembro edital de licitação para expansão e modernização do metrô na região administrativa. A medida deve possibilitar acesso de 9,8 mil novos passageiros por dia na cidade onde vivem 252 mil pessoas, de acordo com a última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios, de 2015/2016, da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Apesar disso, o pesquisador avalia a ação como insuficiente.
“Há centenas de milhares de pessoas na parte norte do DF que nem sequer têm acesso ao metrô. Sobradinho, Planaltina e Asa Norte são exemplos. Essa população merece atenção prioritária”, criticou. A diarista Janilda Oliveira, 46, vive no Paranoá e reclama da falta de estação de metrô na cidade. “A maior parte dos meus clientes vive na Asa Sul. Todos os dias, preciso sair de casa às 6h, no máximo, para conseguir chegar lá por volta das 7h20. Se houvesse metrô, eu gastaria muito menos tempo no trajeto”, lamentou.

Investimento
Para ter sistema de transporte metroviário eficiente, moderno e livre de problemas, o DF precisaria investir R$ 26 bilhões em melhorias e construções de ferrovias e terminais. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional de Transporte (CNT) divulgada em agosto. O investimento traria ampliação de 300km no sistema.

O outro lado
O Metrô-DF informou que o sistema de bilhetagem envolve, além da companhia, a Secretaria de Mobilidade (Semob-DF) e o DFTrans. “Como se trata de um novo sistema, alguns ajustes vêm sendo realizados. A contratação de empresa para dar manutenção dos validadores do sistema gerido pelo DFTrans tem previsão de conclusão para a próxima semana”, acrescentou.
A companhia disse também que a decisão do governo federal em liberar os recursos para melhorias do Metrô-DF em Samambaia ocorreu em função da cidade possuir grande expansão populacional em relação às demais regiões do DF.
O Metrô-DF não comentou o problema de superlotação.
Fonte - Revista Ferroviária  14/10/2018