sábado, 4 de agosto de 2018

Av. Paralela terá trecho interditado para implantação de passarela da Estação Tamburugy do Metrô

Mobilidade  🚇  👪

A interdição parcial da pista sentido Aeroporto,próximo ao Shoppig Paralela,a partir das 23h30 deste sábado,deverá durar até as 5h do domingo.A CCR operadora do sistema metroviário de Salvador deverá concluir a obra até o final do mês.

Da Redação
Estação Tamburugy/foto - CCR 
O trecho da Av. Paralela nas proximidades do Shopping Paralela no sentido Aeroporto,será interditado neste sábado a partir das 23h30, para a implantação de parte da passarela que dá acesso a Estação Tamburugy do Metrô de Salvador.
A interdição parcial da pista deverá durar até as 5h do domingo.A CCR operadora do sistema metroviário de Salvador deverá concluir a obra até o final do mês.O equipamento que conta com o mesmo padrão das passarelas já instaladas pela CCR, terá câmeras de segurança,rampas,escadas rolantes inteligentes e piso tátil.
Durante a operação a via contará com sinalização e apoio de agentes de trânsito para orientação do trânsito.
Pregopontocom  04/08/2018

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Venda da Embraer: voando com o inimigo

Ponto de Vista 

A joint venture que garantirá o controle de 80% da área comercial pela Boeing é um mau negócio ao País. Essa é a opinião de Murilo Pinheiro, presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), corroborada por diversos especialistas.Pelo acordo, a norte-americana Boeing vai pagar US$ 3,8 bilhões para ficar com 80% do controle da joint venture, que terá atuação exclusiva na área de aviação comercial. Pelos termos anunciados, a Embraer manteria o controle das áreas militar e de aviação executiva.

Portogente
foto - ilustração/arquivo
O anúncio de um acordo entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e a norte-americana Boeing para criar uma nova empresa (joint venture) com operações em comum foi criticado, nesta quarta-feira (1º/08) em comissão geral no Plenário da Câmara dos Deputados. A joint venture que garantirá o controle de 80% da área comercial pela Boeing é um mau negócio ao País. Essa é a opinião de Murilo Pinheiro, presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), corroborada por diversos especialistas.
O deputado Flavinho (PSC-SP), que propôs o debate e reside em São José dos Campos – cidade sede da Embraer –, demonstrou preocupação com a manutenção dos empregos, o futuro da empresa e a soberania nacional. “Precisamos ter transparência na negociação e informações corretas para formar uma opinião. Hoje, com tudo o que ouvi, penso que não seria bom para os trabalhadores e nem para o Brasil”, disse.
Pelo acordo, a norte-americana Boeing vai pagar US$ 3,8 bilhões para ficar com 80% do controle da joint venture, que terá atuação exclusiva na área de aviação comercial. Pelos termos anunciados, a Embraer manteria o controle das áreas militar e de aviação executiva.
Durante o debate, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Herbert Claros, disse que não há garantias de que a nova empresa vai preservar empregos e direitos dos 13 mil trabalhadores da Embraer. Segundo ele, as demissões já estão ocorrendo. “Antes mesmo do negócio ser firmado, os sindicatos já registraram 300 demissões”, disse.
Para Claros, separar a área de aviação comercial das áreas de defesa e de aviação executiva, em vez de criar uma salvaguarda nacional, poderá decretar o fim da empresa. “Se deixar o setor de defesa nas mãos da Boeing é visto como um risco à segurança nacional, também é uma ameaça à soberania deixar a Embraer dividida e sem caixa para fazer investimentos nos sistemas de defesa do País”, alertou.
Para o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Marco Aurélio Cabral Pinto. “Não é questão de preço, garantias ou taxas. A Boeing se confunde com o Departamento de Estado norte-americano. É uma gigante em setor que se beneficia do aumento da instabilidade política no mundo. O governo brasileiro pode e deve contrapor rol variado e extenso de exigências. Estas devem permitir o desenvolvimento de uma indústria aeroespacial no Brasil integrada, exportadora e com crescente autonomia tecnológica. A questão dos empregos depende disso”, enfatiza ele.
* Com informações da Agência Câmara e da FNE
Fonte - Portogente  03/08/2018

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Ferry-Boat opera com quatro embarcações e tem movimento tranquilo nesta quinta(02)

Travessia marítima 🚢

Quatro embarcações operam nesta quinta(02) na travessia entre a ilha de Itaparica e Salvador,com saídas nos horários regulares com intervalos de uma hora entre cada viagem.

Da Redação
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A ITS, administradora e operadora do sistema Ferry-Boat, informa que estão em operação quatro as embarcações,Anna Nery, Zumbi dos Palmares, Dorival Caymmi e Rio Paraguaçu, com saídas nos horários regulares com intervalos de uma hora entre cada viagem. As embarcações Juracy Magalhães Jr. e Ivete Sangalo estão de reserva(em stand by) e poderão entrar na operação realizando viagens a qualquer momento. Nesta manhã desta quinta (02), o fluxo de passageiros  e veículos está tranquilo nos dois terminais.em São Joaquim e Bom Despacho.
Para mais informações a ITS disponibiliza o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) atrvés do número 0800 028 2723.
Com informações da ITS  02/08/2018

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Aprovada documentação do consórcio que vai construir VLT de Salvador

Transporte sobre trilhos  🚄

Após a homologação da licitação, o próximo passo é a assinatura do contrato da PPP, que deve ocorrer no prazo de 30 dias. Em seguida, serão iniciados os trabalhos preliminares, como interferências na poligonal onde será implantado o VLT, com instalação do canteiro de obras e outros procedimentos. As obras serão iniciadas cerca de 90 dias após a assinatura do contrato.Do tipo monotrilho elevado, sistema ligará a região do comércio de Salvador até a Ilha de São João, no município de Simões Filho

CNT
foto - ilustração
O Governo da Bahia aprovou a documentação do consórcio que vai construir e operar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) do subúrbio de Salvador. O Skyrail Bahia, composto pelas empresas Build Your Dreams e Metrogreen, foi o vencedor do leilão, que ocorreu no dia 24 de maio. O investimento total previsto para implantação do VLT é de R$ 1,5 bilhão. A aprovação da proposta econômica foi realizada no modelo de Parceria Público-Privada.
Após a homologação da licitação, o próximo passo é a assinatura do contrato da PPP, que deve ocorrer no prazo de 30 dias. Em seguida, serão iniciados os trabalhos preliminares, como interferências na poligonal onde será implantado o VLT, com instalação do canteiro de obras e outros procedimentos. As obras serão iniciadas cerca de 90 dias após a assinatura do contrato.
Do tipo monotrilho elevado, o modal metropolitano — que ligará a região do comércio de Salvador até a Ilha de São João, no município de Simões Filho — será movido a propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente. O VLT terá cerca de 20 quilômetros de extensão e 22 estações e substituirá o atual Trem do Subúrbio.
Dez estações de trem serão desativadas e reaproveitadas para prestação de serviços à comunidade, como postos da Polícia Militar e centros de atendimento ao cidadão. A capacidade do modal será de transportar cerca de 200 mil usuários por dia. Além disso, o transporte será integrado ao sistema de metrô e de ônibus da cidade. Com investimento adicional para integração física com o metrô, o consórcio vencedor irá implantar trecho de ligação até o Retiro, partindo da Estação de Santa Luzia, passando pela região da Avenida San Martin.
Fonte - Agência CNT   01/08/2018

Temer não pode descarrilar o Brasil com leilão e renovação antecipada de ferrovias

Ponto de Vista  🚄

O Brasil carece de uma estratégia logística de Estado para tornar o País menos caro internamente e mais competitivo no comércio internacional. No entanto, estes movimentos relacionados às ferrovias parecem atender somente aos interesses do atual Governo e de seus apoiadores.

Bruno Merlin - Portogente
foto - ilustração/arquivo
Neste Brasil rodoviarista e de logística ineficiente, preocupam como estão sendo conduzidos o leilão de um trecho de 682 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D’Oeste (SP) e a autorização para antecipar a renovação da concessão das ferrovias Carajás, no Pará, e Vitória-Minas, no Espírito Santo, ambas administradas pela Vale. Estes processos estão tramitando de modo obscuro e são comandados pela cúpula do governo impopular de Michel Temer (MDB), em seus últimos meses no Palácio do Planalto. O Brasil carece de uma estratégia logística de Estado para tornar o País menos caro internamente e mais competitivo no comércio internacional. No entanto, estes movimentos relacionados às ferrovias parecem atender somente aos interesses do atual Governo e de seus apoiadores.
O trecho Sul da Ferrovia Norte-Sul é essencial para tornar mais ágil o escoamento do agronegócio brasileiro e tem 90% de suas obras concluídas financiadas com investimentos do Poder Público. O Governo Federal projeta um lance mínimo de R$ 1,097 bilhão pela concessão, que seria feita período de 30 anos. No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) produziu relatório alertando que a licitação é "economicamente inviável para novos entrantes" no setor ferroviário. Entre os argumentos apontados pela equipe técnica do TCU está a problemática questão do direito de passagem dos trens da futura concessionária da Norte-Sul pelos trilhos de outras operadoras que dão acesso aos portos marítimos de Itaqui (MA) e de Santos (SP). O TCU sugere, ainda, que a ANTT "se abstenha" de publicar o edital definitivo enquanto não esclarecer "como pretende atuar no caso de conflito entre concessionárias por eventual ausência de capacidade das ferrovias" pelas quais as composições terão que passar para ter acesso aos portos.
A Ferrovia Norte-Sul foi projetada para para ligar Vila do Conde, no Pará, a Rio Grande, no Rio Grande do Sul. As obras, todavia, se arrastam há 30 anos e a futura concessionária pode se deparar com a necessidade de troca de trilhos e dormentes, mesmo nunca utilizados. O TCU protocolou cerca de 40 processos em andamento ligados a irregularidades na construção da Ferrovia, dos quais 23 são referentes à recuperação para os cofres públicos de quantias pagas indevidamente.


Neste mesmo ambiente de incertezas, a renovação antecipada das ferrovias da Vale no Espírito Santo e no Pará tem sido alvo de pedidos de suspensão dos processos. Os governadores Simão Jatene (PSDB-PA) e Paulo Hartung (PMDB-ES) redigiram um ofício em conjunto para Temer alegando causar "estranheza, para dizer o mínimo, o processo antecipado, em quase dez anos, de renovação das concessões sem a observância dos ritos legais previstos na Lei 13.448/2017. Não se conhece os estudos técnicos prévios que fundamentam a vantagem da prorrogação do contrato sem licitação, não houve consulta pública nas regiões interessadas e muito menos a aprovação prévia por parte do Tribunal de Contas da União”. A renovação, em si, não é o problema, mas a falta de transparência, os valores estabelecidos, o destino do dinheiro e as regras da interoperabilidade colocam em xeque a intenção do Planalto.
Neste cenário, desperta atenção os custos questionáveis da renovação, com a Ferrovia de Integração do Centro Oeste - com 300 km de extensão - sendo estimada em R$ 4 bilhões e a Ferrovia Carajás - de 896 km de extensão - estimada em R$ 8,9 bilhões. A pressa em realizar essa antecipação é suspeita por não apresentar estudos técnicos prévios que fundamentam a vantagem da prorrogação do contrato sem licitação.
Ao governo de Michel Temer, marcado por baixa popularidade e denúncias de corrupção, falta a obrigatória credibilidade para mudar a regra de um jogo que define a linha de desenvolvimento de regiões com enorme potencial econômico e de importante papel para o Brasil no quadro geoeconômico mundial. Principalmente por estarmos a seis meses de um novo governo que será escolhido nas urnas.
Fonte - Portogente  31/07/2018

terça-feira, 31 de julho de 2018

Movimento tranquilo na travessia marítima entre Salvador e Itaparica nesta terça(31)

Travessia marítima  🚢

A ITS, administradora e operadora do sistema Ferry-Boat, informa que estão em operação as quatro embarcações, Rio Paraguaçu, Zumbi dos Palmares, Dorival Caymmi e Anna Nery, com saídas nos horários regulares com intervalos de uma hora entre cada viagem nos dois sentidos.

Da Redação
foto - ilustração/arquivo
O movimento de passageiros e veículos no sistema Ferry-Boat,entre Salvador e a ilha de Itaparica, segue tranquilo nesta terça(31) nos dois terminais de São Joaquim e Bom Despacho.
A ITS, administradora e operadora do sistema Ferry-Boat, informa que estão em operação as quatro embarcações, Rio Paraguaçu, Zumbi dos Palmares, Dorival Caymmi e Anna Nery, com saídas nos horários regulares com intervalos de uma hora entre cada viagem nos dois sentidos. As embarcações Juracy Magalhães Jr. e Ivete Sangalo estão na reserva(em stand by) e poderão realizar viagens entrando em operação a qualquer momento.
A ITS disponibiliza o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) através do número 0800 028 2723 para autoatendimento e acesso a informações sobre o sistema.
Com informações da ITS  31/07/2018

O Judiciário de celebridades... A Moralidade elástica

Ponto de Vista  🔍   

O juiz Moro diz que a eleição pode pôr a Lava Jato "em risco". No "Valor Econômico" o repórter Ricardo Mendonça informa: -Moro não registrou no sistema de transparência da Justiça Federal sua participação como palestrante em Nova York; num evento do Lide, empresa da família de João Doria.Palestra em 16 de Maio. Segundo o Valor o registro deveria ter sido feito em até 30 dias. Em maio Moro foi a Nova York também para ser homenageado como "Homem do Ano". Então, na Folha, Daniela Lima informou...... Ao menos 7 bancos, brasileiros e estrangeiros, patrocinaram a homenagem a Moro. A Petrobras também. Cada um pagando US$ 26 mil por mesa do evento.

Bob Fernandes



Imagem - YouTube/arquivo


segunda-feira, 30 de julho de 2018

Miopia estratégica põe o Brasil fora dos trilhos

Transportes sobre trilhos  🚄

O governo descarrilou mais uma vez ao anunciar projetos ferroviários destinados somente a interligar os corredores de exportação. Foi incapaz de conceber um projeto estratégico de integração territorial, unindo o país de norte a sul, especificamente na faixa litorânea, onde vivem mais de 80% da população e se concentram quase 75% do PIB.O transporte sobre trilhos foi rebaixado para a Série “C”, sendo praticamente extinto o transporte de passageiros em média e longa distância. Só restaram trens de passageiros nas ferrovias da mineradora Vale: Carajás e Vitória-Minas.

Jornal do Brasil, por Antônio Pastori
foto - ilustração
Após a paralisação dos caminhoneiros, em maio, o trem saiu do obscurantismo (99,9% da população brasileira nunca andou de trem) para o centro dos debates ligados à mobilidade, segurança viária e abastecimento. Não foi à toa: quando a conta de dez dias de paralisação chegou, o PIB havia caído 1%, apenas alguns trilhões de reais.
Investimentos em ferrovias demandam vultosos recursos, demoram muito para ficarem prontos e, consequentemente, o retorno do capital investido por empreendedores privados se dá somente após alguns anos após o início da operação. Portanto, faz sentido o Estado bancar obras ferroviárias e arrendá-las à iniciativa privada por longo prazo.
Esse modelo somente foi adotado no Brasil a partir de 1996, quando 28 mil quilômetros da malha ferroviária foi transferida para operação da iniciativa privada por 30 anos. As atuais concessionárias acham o prazo insuficiente e querem a renovação das concessões por idêntico período, assumindo, em troca da benesse, algumas obras ferroviárias como o Ferroanel de São Paulo e a Fico (Ferrovia da Integração Centro-Oeste). É muito pouco em face do que o país precisa.
Os governadores do Espírito Santo, Paulo Hartung; e do Pará, Simão Robinson; perceberam a pobreza desses projetos e ameaçaram paralisar o processo de renovação das atuais concessões sob a alegação de inconstitucionalidade. Acuado, o governo tirou da manga a religação ferroviária entre Rio e Vitória (EF118) para acalmar Hartung, com direito a pit stop no Porto do Açu, no Rio de Janeiro; e o Pará foi presenteando com o tramo Norte da famosa ferrovia Norte-Sul, interligando Barcarena, no Pará, a Açailândia, no Maranhão. Os recursos viriam do tal Fundo de Desenvolvimento Ferroviário Nacional (FDFN), a ser criado por medida provisória.
Ora, a ideia do fundo ferroviário não é novidade no país da jabuticaba. Por volta dos anos 1950, o Estado brasileiro precisava de recursos para tocar obras ferroviárias e criou o primeiro Fundo Ferroviário Nacional (Lei 1272-A, de 12/12/50). A ideia pegou.
Em 1962 esse fundo foi reformulado, surgindo o Fundo Nacional de Investimentos Ferroviários (FNIF) e, em 1969, criaram o Fundo Federal de Desenvolvimento Ferroviário. O último, gestado em 1974, é o Fundo Nacional de Desenvolvimento, cujos recursos foram transferidos para o setor rodoviário. Muita troca de siglas, poucos resultados.
De lá para cá conhecemos o fim da história: o transporte sobre trilhos foi rebaixado para a Série “C”, sendo praticamente extinto o transporte de passageiros em média e longa distância. Só restaram trens de passageiros nas ferrovias da mineradora Vale: Carajás e Vitória-Minas. O tamanho da malha para passageiros ficou com pouco mais de mil quilômetros, basicamente restritos às regiões metropolitanas de Rio, São Paulo, Minas, Brasília, Porto Alegre e algumas cidades do Nordeste.
A realidade é que as concessionárias transportam somente cargas dos seus acionistas, sendo mais de 90% commodities exportáveis: minério de ferro, produtos siderúrgicos, soja, milho etc. Ou seja, o nosso atual modelo ferroviário não serve ao povo brasileiro.
Praticamente não há espaço nos trens para a carga geral que faltou nos postos de combustíveis, supermercados, farmácias etc. E o tal FDFN não vai ajudar a melhorar essa dependência do setor rodoviário.
Esse fundo não é o mesmo Fundo Ferroviário Nacional (FFN) que estamos pleiteando há tempos, destinado à implantação de trens regionais de passageiros, trens turísticos e pequenos cargueiros para carga geral (short lines, muito comuns na Europa). Os recursos do nosso FFN seriam aplicados, em parte, nos 15 mil quilômetros de linhas ociosas e abandonadas pelas atuais concessionárias, que as classificam como antieconômicas, pois só querem operar no filet mingon dos corredores de exportação, que somam pouco mais de 10 mil quilômetros.
O governo descarrilou mais uma vez ao anunciar projetos ferroviários destinados somente a interligar os corredores de exportação. Foi incapaz de conceber um projeto estratégico de integração territorial, unindo o país de norte a sul, especificamente na faixa litorânea, onde vivem mais de 80% da população e se concentram quase 75% do PIB. Focou só na carga e esqueceu o passageiro.
Mesmo que isso não aconteça por enquanto, devido à latente miopia no DNA palaciano, o governo deveria, por obrigação moral, exigir nos contratos de renovação das atuais concessões que estas passem a transportar um percentual mínimo de carga geral e passageiros, que fosse crescendo ano a ano. Senão, vamos continuar vulneráveis ao humor dos caminhoneiros. Oremos, pois!
Fonte - Revista Ferroviária  30/07/2018

MPF aciona Viabahia, ANTT e União por falta de iluminação e segurança em trecho da BR-324

Infraestrutura viária  🚗  🚚  🚌

De acordo com a ação, o trajeto entre o Shopping Bela Vista e a Estação Pirajá, do sistema metroviário, permanece sem iluminação desde abril de 2016, mesmo com o pagamento das tarifas provenientes do pedágio administrado pela concessionária.

Portogente
foto - ilustração
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública, em 26 de julho, contra a Viabahia Concessionárias de Rodovias, a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e a União, com o intuito de garantir o restabelecimento e a manutenção da iluminação na Rodovia Engenheiro Vasco Filho – trecho da BR-324 que liga Salvador (BA) a Feira de Santana (BA). De acordo com a ação, o trajeto entre o Shopping Bela Vista e a Estação Pirajá, do sistema metroviário, permanece sem iluminação desde abril de 2016, mesmo com o pagamento das tarifas provenientes do pedágio administrado pela concessionária.
O inquérito civil nº 1.14.000.001124/2017-18 foi aberto pelo MPF a partir de um ofício da Prefeitura de Salvador, por meio da Diretoria de Serviços de Iluminação Pública. O órgão destacou a omissão da Viabahia referente às diversas notificações encaminhadas pelo Município, e a falta de manutenção do serviço no local, negligenciando segurança, infraestrutura e monitoramento. Além disso, a prefeitura também buscou auxílio da ANTT – órgão fiscalizador das atividades - como forma de solucionar a situação, mas não obteve retorno.
A Viabahia, por sua vez, admitiu a responsabilidade em garantir a manutenção dos sistemas de energia e iluminação da rodovia. No entanto, relatou que o trecho tem sofrido constantes furtos de cabos e vandalismos, alegando que a garantia de segurança do local é dever da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em resposta, a PRF informou que atua com duas equipes de ronda nos 22 quilômetros fiscalizados na rodovia e conta com um número pequeno de profissionais para essa tarefa. Além disso, afirmou ser de responsabilidade da concessionária a implementação de soluções para a questão, além da instalação de um sistema de monitoramento eficaz, uma vez que as câmeras de monitoramento da Viabahia são ineficientes durante a noite – o que dificulta a fiscalização.
De acordo com o MPF, dentre as obrigações contratuais da concessionária, está o gerenciamento dos riscos provenientes da execução do contrato, destacando-se roubos, furtos e destruição de bens. Além disso, a Viabahia é obrigada a disponibilizar à ANTT verba anual de no mínimo R$ 683.820,00, destinada exclusivamente à segurança de trânsito, envolvendo programas para prevenção de acidentes e até mesmo aparelhamento para a PRF.
Segundo o procurador da República Leandro Bastos Nunes, a Viabahia fere o Código de Defesa do Consumidor e a ANTT, embora seja o órgão fiscalizador dos serviços prestados, demonstrou-se incipiente na atuação. Os ilícitos se dão “a partir do não oferecimento de um serviço público à população que transita em uma das maiores rodovias do país, ligando as duas maiores cidades da Bahia, com grande intensidade de tráfego”, destaca.
Pedidos – O MPF requer, em pedido liminar, que a Viabahia e a ANTT restabeleçam, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, o fornecimento de energia no local, com a instalação dos equipamentos necessários para o serviço de iluminação e monitoramento, no prazo de 90 dias. As acionadas devem indicar, ainda, um novo plano de ação para fiscalização dos equipamentos instalados.
O órgão requer também que a União, por intermédio da PRF, realize um patrulhamento ostensivo na rodovia, executando operações para a segurança das pessoas, e elabore, no prazo máximo de 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, um plano administrativo eficaz para as operações. Além disso, requer a condenação das acionadas ao pagamento de R$ 300 mil por danos morais coletivos.
E agora? A ação civil pública é ajuizada pelo MPF na Justiça Federal, dando início ao processo judicial para solucionar um problema que o órgão apurou ser de responsabilidade dos acionados. A partir de agora, cabe ao juiz designado para o caso dar seguimento ao processo, que inclui a manifestação judicial dos envolvidos. A Justiça deve primeiro analisar o pedido liminar – que pode ser concedido ou não –, e depois seguir até o julgamento do mérito do processo – etapa em que decide qual a responsabilidade de cada réu do processo no caso, o que pode resultar na condenação e aplicação de penas aos acionados.
Fonte - Portogente  30/07/2018