PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sábado, 21 de maio de 2016

Deputados portugueses de três partidos acusam golpe no Brasil e criticam Temer

Política 

Crítica foi feita durante um ato chamado Portugal Pela Democracia, convocado pelo ator brasileiro Gregório Duvivier, em Lisboa. Evento foi marcado por discursos a favor da democracia e críticas ao governo interino de Michel Temer

Lucas Rohan - Sputnik
Lucas Rohan
Três parlamentares portugueses participaram, nesta sexta-feira, de um ato em defesa da democracia brasileira promovido pelo ator Gregório Duvivier no Teatro Tivoli, na região central de Lisboa. Joana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda (BE), Isabel Moreira, deputada do Partido Socialista (PS) e Miguel Tiago, deputado do Partido Comunista Português (PCP), foram os primeiros a discursar no ato e condenaram o processo de destituição da presidenta Dilma Rousseff.
O ato contou com a presença de cerca de 300 pessoas e aconteceu pouco antes de um show do ator brasileiros na mesma casa. Gregório optou por abrir o espaço para a realização de um ato em defesa do Brasil e convidou diversas personalidades portuguesas. Duvivier disse que gostaria de fazer um ato pelo “fica, Dilma”, mas em razão do afastamento já ter sido consumado, sugeriu uma campanha por diretas já. “O que aconteceu no Brasil foi um golpe dos derrotados nas últimas eleições”, disse o ator, ao abrir o evento.
O ator lembrou uma frase que ouviu em Portugal e que resume o atual quadro da crise política no Brasil: “Quando os políticos nos fazem rir nos restam os humoristas para nos fazerem pensar”.
Na sequência, Duvivier convidou várias personalidades a usar o microfone. Foram vários discursos condenando o golpe da direita no Brasil e criticando o governo interino de Michel Temer. Além dos três deputados, ainda fizeram discursos favoráveis ao Brasil a apresentadora portuguesa Rita Ferro Rodrigues, o poeta Sérgio Godinho, a jornalista Anabela Mota Ribeiro, o antropólogo Miguel Vale de Almeida e o escritor angolano José Eduado Agualusa.
A presidenta da Fundação José Saramago, Pilar del Río, foi convidada a participar, mas não pode comparecer. No entanto, ela enviou um vídeo onde diz que “é direito” de todos opinar sobre o que está acontecendo em “um país que nos é próximo”. “É nossa obrigação como cidadãos opinar sobre o que está acontecendo no Brasil e dizer que é necessário restituir a democracia. É preciso restituir um governo da cultura e que contemple cidadãos e cidadãs”, afirmou a jornalista na mensagem.
O ato terminou com todos os participantes ocupando a frente do palco para um foto com a faixa “golpe nunca mais”. O evento encerrou uma semana de intensas atividades relacionadas ao Brasil em Lisboa. A presença de um grupo de deputados e senadores, que estiveram na capital portuguesa desde o início da semana, incentivou a realização de debates e atos contra o impeachment e contra o governo Temer. Uma organização de brasileiros nascida após os primeiros protestos, chamada Coletivo Andorinha, tem organizado uma série de atividades para discutir a política brasileira em Portugal.
Fonte - Sputnik  21/05/20/16

Dilma se emociona em BH com recepção calorosa e faz críticas ao governo interino

Política

Dilma disse em encontro de blogueiros que o governo do presidente interino Michel Temer não teria legitimidade para fazer as mudanças que propõe.Ao chegar ao evento,ela foi recebida por milhares de manifestantes contrários ao processo de impeachment.Após abraçar diversos deles,ela fez uso da palavra e não conteve as lágrimas."Iremos resistir. Eu agradeço a vocês a imensa energia dessa recepção",disse.

Léo Rodrigues
Correspondente da Agência Brasil
Leo Rodrigues/Agência Brasil
A presidenta afastada Dilma Rousseff participou na noite hoje (20) da abertura do 5º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais em Belo Horizonte. Ao chegar ao evento, ela foi recebida por milhares de manifestantes contrários ao processo de impeachment. Após abraçar diversos deles, ela fez uso da palavra e não conteve as lágrimas. "Iremos resistir. Eu agradeço a vocês a imensa energia dessa recepção", disse.
O 5º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais começou hoje e vai até o próximo domingo (22). Na abertura, Dilma Rousseff criticou o fim do Ministério da Cultura (MinC) e a possibilidade de redução do Sistema Único de Saúde (SUS). Também acusou o governo interino de planejar cortes no Bolsa Família, acrescentando que o programa é elogiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e permitiu tirar o Brasil do mapa da fome.
Segundo a presidenta afastada, o governo não teria legitimidade para fazer as mudanças que propõe. "Não só as pessoas não foram submetidas às urnas, como o programa que eles estão tentando implantar também não foi. E isso é o mais grave", disse. Dilma Rousseff considerou que o processo de impeachment não se justifica e o classificou de golpe. "Não cometi crime algum, não tenho contas no exterior". Na última quarta-feira, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber notificou a presidenta afastada para explicar o uso da palavra golpe.
Dilma comparou a política externa do seu governo com a do presidente interino Michel Temer. "Uma vez Chico Buarque sintetizou que a política externa deles é a que fala fino com os países ricos e falava grosso com a Bolívia. Na época, a oposição queria até que invadíssemos a Bolívia. Mas a nossa política externa, que criou laços na América Latina e na África, foi a que tornou o Brasil respeitado internacionalmente", disse.
Por fim, Dilma disse que não vai ficar presa no Palácio da Alvorada e pretende aceitar convites para participar de atos, além de seguir tentando impedir o impeachment no Senado e em todas as instâncias possíveis do Poder Judiciário. "No meu governo e no governo do presidente Lula sempre asseguramos que as pessoas pudessem se expressar mesmo quando eram contra nós, porque damos imenso valor à democracia. Eu temo que um governo ilegítimo, ao tentar implantar certas medidas, só tenha o recurso da repressão para fazê-las viáveis", disse.
Durante o discurso, os presentes interromperam a presidenta diversas vezes para gritar palavras de ordem, criticando o presidente interino Michel Temer e a Rede Globo. A emissora de televisão foi acusada de contribuir com o processo que classificam de golpe. Os veículos de comunicação do grupo Globo foram vetados pela organização de receber credenciais para cobrir evento.
O encontro seria feito com patrocínio da Caixa Econômica Federal. Ontem (20), porém, o presidente interino Michel Temer suspendeu o repasse dos recursos. "Se eles acharam que esse corte iria nos impedir de debater a mídia alternativa, eles não nos conhecem", disse na abertura do evento Renata Mielli, diretora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, uma das entidades organizadoras.

Manifestação
Um ato contra o afastamento de Dilma Rousseff estava agendado para ontem (20), mas a data foi alterada após a presidenta afastada confirmar que estaria na capital mineira nesta sexta-feira. A jornalista Alessandra Brito, 28 anos, considerou que esse encontro com Dilma precisa estimular mais ações. "É um momento de acolhimento e força, mas a gente precisa ser combativo e seguir ocupando as ruas até que o Temer caia. Esse governo é machista e é racista. É só olhar para o ministério", disse.
Leo Rodrigues/Agência Brasil
Ato contra o afastamento de Dilma Rousseff foi transferido para hoje após confirmação da participação da presidenta afastada em encontro de blogueiros
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (Sintect-MG), Robson Silva, defendeu uma greve geral e manifestou preocupação com o futuro das estatais. "Este governo é a favor do estado mínimo e das privatizações. Querem entregar nossas empresas para os grupos internacionais", disse.
Os manifestantes se reuniram na Praça Afonso Arinos, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, que está ocupada desde o dia 12 de maio por estudantes contrários ao impeachment. Eles se direcionaram para a entrada do Hotel Othon Palace, onde ocorre o encontro dos blogueiros.
Após a recepção à presidenta afastada, a manifestação seguiu para a sede da Fundação Nacional de Artes (Funarte). O local está ocupado por artistas contrários ao impeachment desde o último domingo.
A Funarte era vinculado ao recém-extinto MinC e tem como objetivo o desenvolvimento de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, ao teatro, à dança e ao circo. Sua sede nacional fica no Rio de Janeiro e há representações em Belo Horizonte, Brasília, São Paulo e Recife. Na semana passada, o então presidente do órgão, Francisco Bosco, apresentou sua carta de renúncia e justificou sua decisão dizendo não reconhecer o novo governo.
Fonte - Agência Brasil  21/05/2016

Acordo de Paris enfrenta primeiro teste

Clima

Representantes dos Estados que assinaram o acordo vão negociar em Bonn,na Alemanha, os termos de um novo mecanismo internacional sobre o clima que irá transferir fundos das nações desenvolvidas aos países em desenvolvimento com o objetivo de financiar projetos que contribuam para a mitigação das emissões de poluentes e apoiem o desenvolvimento sustentável.

Revista Amazônia*
foto - ilustração/PensamentoVerde
Os signatários do Acordo de Paris para o clima enfrentam nesta semana seu primeiro teste durante a reunião de Bonn, na Alemanha, onde negociarão um novo mecanismo de financiamento dos projetos de adaptação às mudanças climáticas, disse um especialista em direitos humanos da ONU na semana passada (13).
“O momento não é de complacência. O fato de 177 Estados terem assinado o Acordo de Paris, em menos de um mês, é uma notícia muito bem-vinda, mas o trabalho duro de proteger o meio ambiente e os direitos humanos só está começando”, disse John H. Knox, relator especial da ONU sobre direitos humanos e meio ambiente.
Na reunião de Bonn, convocada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima(UNFCCC) e que ocorre até dia 26, representantes dos Estados vão negociar os termos de um novo mecanismo que irá transferir fundos das nações desenvolvidas aos países em desenvolvimento, com o objetivo de financiar projetos que contribuam para a mitigação das emissões de poluentes e apoiem o desenvolvimento sustentável.
O novo fundo será o sucessor do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, amplamente criticado por contribuir com obras de hidrelétricas e outros projetos ligados a violações aos direitos humanos e responsáveis pelo deslocamento de comunidades indígenas.
Antes da reunião, Knox fez uma série de recomendações ao Órgão Subsidiário de Assessoramento Científico e Tecnológico (SBSTA). Ele recomendou a adoção de medidas preventivas específicas, tais como avaliações anteriores, incentivos à participação do público e garantias de que os projetos propostos não serão executados sem levar em conta os direitos humanos das comunidades mais afetadas.
Para o relator especial da ONU, a urgência de abordar a mudança climática não justifica a violação dos direitos de pessoas que vivem e trabalham nas redondezas dos projetos.
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.
Fonte - Revista Amazônia  20/05/2016

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Bombardier fornecerá 12 VLTs para a cidade de Karlsruhe na Alemanha

Transportes sobre trilhos

Os veículos deverão ser entregues no período entre Setembro de 2017 a Março de 2018.Os veículos com ar condicionado deverão ser equipados com sistema de internet Wi-Fi,e sanitários para os passageiros.

Da Redação
foto - Railway Gazette
A Bombardier Transportation,fabricante Canadense de trens,devera fornecer 12 Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT), Flexity Swift ET 2010,para a operadora AVG,na cidade de Karlsruhe na Alemanha.
Os veículos deverão ser entregues no período entre Setembro de 2017 a Março de 2018.
Os VLTs com ar condicionado deverão ser equipados com sistema de internet Wi-Fi,e sanitários para os passageiros.
Os veículos terão 37 m de comprimento e 2 650 mm de largura,com capacidade para 244 passageiros,sendo 93 sentados.
Os novos VLTs serão incorporados a atual frota de 30 Flexity Swift ET 2010 já em operação no sistema.
Com informações da Railway Gazette 20/05/2016

Bahia registra 9,8 mil casos de violência contra a mulher no primeiro trimestre

Direitos Humanos

Na comparação com o mesmo período de 2015,houve redução de 32%,segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado.Os dados levam em conta os registros de homicídio doloso (com intenção de matar),tentativa de homicídio,lesão corporal intencional,estupro e ameaça.Quase todos os tipos de violência registraram queda em relação ao ano anterior,no entanto, o número de homicídios entre janeiro e março subiu de 73 em 2015 para 80 este ano.

Sayonara Moreno
Correspondente da Agência Brasil

foto - ilustração
Nos três primeiros meses deste ano, a Bahia registrou 9.795 casos de violência física contra mulheres. Na comparação com o mesmo período de 2015, houve redução de 32%, segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado. Os dados levam em conta os registros de homicídio doloso (com intenção de matar), tentativa de homicídio, lesão corporal intencional, estupro e ameaça.
Quase todos os tipos de violência registraram queda em relação ao ano anterior, no entanto, o número de homicídios entre janeiro e março subiu de 73 em 2015 para 80 este ano.
Apesar da redução, a secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Olívia Santana, diz que os números continuam alarmantes e que a legislação não é suficiente para conter a violência contra a mulher.
“Temos que mexer nos espaços estratégicos, que é o espaço da educação. O sistema educacional precisa se abrir para a promoção da igualdade de gênero. Enquanto essa temática não for tratada nas escolas, como um desafio civilizatório que precisa ser cumprido, a gente vai continuar oferecendo às gerações uma formação que reproduz o machismo e a ideologia do patriarcado, na qual o homem se sente tão superior à mulher que alguns se sentem até no direito de tirar a vida das mulheres”, disse Olívia.
“Nós avaliamos como lamentável que, em pleno século 21, ainda tenhamos que conviver com essas estatísticas de homicídios de mulheres. Mas a legislação foi uma conquista fundamental, como a Lei Maria da Penha e a lei que tipifica o feminicídio como um crime hediondo”, acrescentou.

Cumprimento da lei
A secretária ressaltou que a ausência de discussão sobre questões de gênero nas escolas e no ambiente familiar perpetuam o discurso e as atitudes que sustentam a violência contra a mulher, além de transferir para as vítimas a culpa por terem sofrido violência.
Segundo Olívia, a garantia e a rapidez na punição aos agressores é umas das medidas para reduzir a violência de gênero.
“O Judiciário precisa se apropriar plenamente dessa questão do feminicídio, tem que garantir julgamentos mais céleres e garantir que as medidas protetivas sejam garantidas, para que as mulheres que já denunciaram seus algozes gozem de proteção. O Judiciário às vezes leva meses para julgar, os criminosos acabam ficando em liberdade e deixando as mulheres em risco. É uma situação que exige um maior comprometimento do Poder Judiciário, em fazer valer as leis Maria da Penha e do feminicídio”.
Denúncias sobre qualquer tipo de violência contra a mulher podem ser feitas pelo disque 100 ou 180. O anonimato do denunciante é garantido.
Fonte - Agência  Brasil  20/05/2016

Metroviários de São Paulo podem entrar em greve na terça (24)

Transportes sobre trilhos

A entidade fez críticas ao governo estadual. “O Metrô se recusa a negociar com os trabalhadores, por isso uma ampla mobilização denunciando os ataques do governo Alckmin que não negocia com os trabalhadores”, informou a categoria por meio de nota.

Viatrolebus
foto - ilustração
O sindicato dos Metroviários de São Paulo aprovaram em assembleia realizada nesta quinta-feira, 19 de Maio, o estado de greve, com a possibilidade de paralisação total no próximo dia 24, terça-feira, com duração de 24 horas. O grupo reivindica reajuste salarial.
A entidade fez críticas ao governo estadual. “O Metrô se recusa a negociar com os trabalhadores, por isso uma ampla mobilização denunciando os ataques do governo Alckmin que não negocia com os trabalhadores”, informou a categoria por meio de nota.
Os metroviários pedem 10,82% de reposição de inflação mais 6,59% de aumento real; Vale Alimentação de R$ 487,27 e Vale-Refeição de R$ 34,33.
Caso os trabalhadores decidam pela greve, as Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-lilás e 15-Prata seriam afetadas. A linha 4-Amarela operaria normalmente já que é administrada pela iniciativa privada. Cerca de 3,5 milhões de passageiros podem ser afetados.
Uma assembleia está marcada para a segunda-feira, 23 de Maio, entre os metroviários para decisão final sobre a paralisação.

Greve na CPTM
Os ferroviários da CPTM devem decidir também no dia 23, sobre uma eventual paralisação no dia seguinte, mesma data marcada pelos metroviários. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ofereceu reajuste de 10,44%. A categoria pede 11,08%.
Fonte - Viatrolebus  20/05/2016

Em torno do poder

Ponto de Vista

No Conselho de Ética da Câmara,a batalha em torno da cassação de Eduardo Cunha reflete muito melhor as lutas pelo poder político nos parlamentos.Poder que,sobretudo no Brasil,vem a ser também material,com influência em altos valores públicos e privados,possíveis manipulações de projetos e outras no interesse de grandes grupos econômicos,e ainda favorecimentos em nomeações ou eleitorais.

Jânio de Freitas
Jânio de Freitas
A rapidez e a facilidade com que Câmara e Senado levaram ao processo de impeachment não foram naturais, nem espontâneas. No Conselho de Ética da Câmara, a batalha em torno da cassação de Eduardo Cunha reflete muito melhor as lutas pelo poder político nos parlamentos.
Poder que, sobretudo no Brasil, vem a ser também material, com influência em altos valores públicos e privados, possíveis manipulações de projetos e outras no interesse de grandes grupos econômicos, e ainda favorecimentos em nomeações ou eleitorais. As aparências públicas sugerem a luta em torno de um mandato, mas, se não for um deputado chinfrim, o mandato propriamente é o de menos.
Com mais razão, e com seu poder disseminado sobre uma infinidade de interesses privados e públicos, passa-se o mesmo em torno de uma presidência suscetível de assédio. O exemplo do que ocorreu com Getúlio, no seu criativo e ótimo governo presidencial nos primeiros anos 1950, é para se tornar clássico na história da luta entre a força de interesses e o poder governamental. No Brasil, até hoje, sempre com o mesmo vencedor.
Foram várias as forças a impulsionar as ações e o ambiente nacional pelo impeachment de Dilma Rousseff. Os políticos, por exemplo, estão conhecidos em seu papel. Imprensa e TV, mais ainda, talvez na culminância dos seus surtos de antijornalismo político (nem a visita e as palavras institucionais e democráticas do secretário-geral da OEA, Luis Almagro, foram divulgados). Mas há os impulsos pouco ou nada conhecidos, o que já lhes indica a força e a dimensão do interesse.
Petróleo. Pré-sal. Petrobras. Os boicotes tramados contra o sistema de concessões e participações no pré-sal foram frustrados, e isso resultou em que as petroleiras boicotadoras ficaram de fora. Indignadas e sedentas. O competente corpo técnico da Petrobras superou os problemas para exploração no pré-sal, com os quais as boicotadoras poderiam contar para dificuldades que lhes abrissem nova oportunidade. Os percalços de uma ou outra empresa associada à exploração foram insignificantes no êxito geral.
Retirar da legislação das concessões a obrigatória participação e operação da Petrobras, na exploração mesmo por empresa privada, é a primeira fórmula proposta para quebra do sistema vigente, aproveitando-se da crise financeira da estatal e do seu desgaste político e na opinião pública. Surgiu ainda sob improbabilidade do impeachment: José Serra apresentou o projeto no Senado.
Logo se iniciou o trabalho sobre e dentro da imprensa, em pouco tempo aparecendo páginas inteiras de assuntos correlatos mas incidentes na abertura do pré-sal. A possibilidade do negócio foi levantada por alguns até no próprio governo de Dilma.
Dois nomes tornaram-se citados na articulação, política e comercial, dos interesses dirigidos ao pré-sal. Daniel Dantas, dono do banco de investimentos Opportunity, notabilizado por negócios grandiosos e vários deles rumorosos; e Eduardo Cunha, íntimo conhecedor da área estatal e controlador de grande parte da Câmara.
É a estarem ambos no assunto petróleo que se atribui a proximidade de Serra e Cunha, até que o desgaste forte do presidente da Câmara retraísse o senador, para efeitos públicos.
Michel Temer entregou o programa de concessões a Moreira Franco, de histórico notório. Para ter tal encargo, Moreira abriu mão até de ser ministro. Há várias semanas, já dizia a jornalistas: "Tudo que for privatizável vai ser privatizado". Toda estatal é privatizável. E Michel Temer fala em concessões como parte importante de suas intenções.
O preço baixíssimo do petróleo torna a ocasião muito propícia para a compra de pré-sal da Petrobras. O custo alto da exploração não é empecilho. Por certo, em algum tempo o preço voltará a subir. Não é preciso dizer mais sobre uma das forças pouco ou nada mencionadas que agitam o Brasil e, entre outros feitos, impulsionam o impeachment –você sabe como.
*Jânio de Freitas, articulista do jornal Folha de S.Paulo
Fonte - Portogente  19/05/2016

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Bahiatursa divulga estado para agentes de países do Mercosul

Turismo

Presente com estande próprio, a Bahiatursa mostrará os atrativos e roteiros, bem como os segmentos e produtos turísticos baianos. A equipe atenderá o público e a imprensa, e realizará capacitação com o objetivo de treinar os profissionais do turismo para que possam vender mais e melhor o destino e assim gerar maior fluxo turístico desses mercados para o estado.

Da Redação
foto - Jota Freitas/Bahiatursa
A Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa) divulgará as 13 zonas turísticas do estado na 22ª BNT Mercosul, que acontece no Centreventos em Itajaí (Santa Catarina), nesta sexta (20) e sábado (21). Participarão do evento profissionais de turismo, jornalistas nacionais e internacionais, operadoras e agentes de viagens do Mercosul, formado pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Presente com estande próprio, a Bahiatursa mostrará os atrativos e roteiros, bem como os segmentos e produtos turísticos baianos. A equipe atenderá o público e a imprensa, e realizará capacitação com o objetivo de treinar os profissionais do turismo para que possam vender mais e melhor o destino e assim gerar maior fluxo turístico desses mercados para o estado.
“Como sempre, representantes do trade turístico estarão presentes, em parceria com a Bahiatursa, divulgando seus roteiros e produtos”, afirmou o superintendente, Diogo Medrado, que justifica a presença do estado com a importância que os mercados sulistas do Brasil e os outros países do Mercosul têm para o turismo baiano. Uma baiana tipicamente trajada distribuirá fitinhas do Senhor do Bonfim.
“A BNT Mercosul é uma excelente oportunidade de divulgação para um público de cerca de milhares visitantes qualificados. Temos 13 regiões, cada uma com suas características, atendendo os turistas de praia e sol, natureza, aventura, com todo nosso apelo cultural. A estratégia do Governo do Estado é promover toda essa diversidade dentro e fora da Bahia”, afirmou Diogo.
Segundo os organizadores do evento, a 21ª BNT Mercosul contou com a presença de quase sete mil participantes, em 2015, entre profissionais do turismo em geral, agentes de viagens e operadoras de turismo, jornalistas e expositores, de 20 estados brasileiros e de cinco países (Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai e Uruguai). Foram 483 empresas expositoras divididas em 131 estandes.
Com informações da Secom Ba.  19/05/2016

Estão desmontando a Previdência Social!

Ponto de Vista

Se não houver alguma resistência, depois será muito difícil reestruturar o Seguro Social. A ideia de desvincular o piso dos benefícios previdenciários do salário mínimo é absolutamente indecente e fere cláusulas pétreas da Constituição Federal.

Sérgio Pardal Freudenthal* - Portogente
foto - ilustração
O governo provisório que se instalou não apenas ameaça com novas reformas na Previdência Social, como também, de uma canetada só, desmontou o sistema previdenciário brasileiro. Se não houver alguma resistência, depois será muito difícil reestruturar o Seguro Social.
Sobre as propostas reformistas este blogueiro já falou bastante. O limite de idade para as aposentadorias já está na lei: explicitamente nos regimes próprios dos servidores públicos e, no Regime Geral (INSS) através do fator previdenciário (FP) e da somatória 95/85. A ideia de desvincular o piso dos benefícios previdenciários do salário mínimo é absolutamente indecente e fere cláusulas pétreas da Constituição Federal.
Porém, o pior de tudo é que, com a desculpa de redução dos ministérios, distribuíram a Previdência Social de forma reacionária e vil, igualzinho à ditadura militar de 1964. O INSS, autarquia importante e histórica para os trabalhadores brasileiros, foi entregue a um tal de Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, e o resto da Previdência (inclusive retirando o Social do termo) foi para o Ministério da Fazenda.
Parece que a tecnocracia, cada vez mais firme no Planalto, quer transformar a Previdência Social em apenas números, como se assim pudessem ocultar os acidentes do trabalho que continuam ocorrendo e as condições laborais que exigem as aposentadorias especiais.
A estrutura conjunta com o Ministério do Trabalho ainda representava a garantia dos trabalhadores segurados, tanto através de benefícios quando necessários como também com necessárias fiscalizações sobre as condições de trabalho a que estão submetidos. Tal desmonte representa grave desprezo pelo Seguro Social construído em um século.
*Sérgio Pardal Freudenthal, advogado especialista em direito previdenciário
Fonte - Portogente  19/05/2016 

Rodoviários de Salvador aprovam manutenção de estado de greve

Transportes

Apesar de manter a mobilização, os trabalhadores evita decretar greve, já que estão na expectativa de chegar a um acordo com o patronato durante mesa de negociação agendada para acontecer nesta sexta, 20, às 10 horas, na Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE).A categoria ainda protocolou um pedido de intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) no diálogo com os empresários.

A Tarde
foto - ilustração
Os rodoviários aprovaram durante assembleia nesta quinta-feira, 19, a manutenção do estado de greve da categoria. Após encontro, eles saíram dos Aflitos em direção aos Barris. Eles voltam a se reunir nesta tarde, às 15 horas, no Sindicato dos Bancários.
Apesar de manter a mobilização, os trabalhadores evita decretar greve, já que estão na expectativa de chegar a um acordo com o patronato durante mesa de negociação agendada para acontecer nesta sexta, 20, às 10 horas, na Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE).
A categoria ainda protocolou um pedido de intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) no diálogo com os empresários.
Nesta quinta, o prefeito ACM Neto disse que não acredita que haja greve. Ele mantém conversa com os rodoviários e o patronato. "Tenho confiança que não haverá greve. Desde a semana passada estou conversando, apesar de não ser assunto que a Prefeitura tenha poder de decisão. Mas pode, deve e estou fazendo esse diálogo para tentar uma aproximação das propostas. Inicialmente, os empresários sequer tinham aceitado conversar sobre a pauta. Agora já sentaram e a pauta está avançando", afirmou Neto.
Caso não haja acordo, o diretor do sindicato da categoria, Daniel Mota, disse que a entidade pode deflagrar a greve a qualquer momento. "A diretoria está autorizada a decretar greve assim que achar oportuno", afirmou, alegando que os rodoviários devem tomar uma posição ainda no mês de maio, data-base da categoria.
Mota também não descarta a realização de paralisações. Ele explica que o sindicato pode realizar assembleias nas garagens de ônibus, o que atrasaria a saída dos coletivos. Contudo, Mota afirmou que ainda não há data prevista para esse tipo de mobilização aconteça. O sindicalista garante que não terá nenhuma paralisação nesta sexta, 20.
Eles pedem reajuste de 18% no salário, ticket-alimentação no valor de R$ 20 e a redução do desconto do auxílio-alimentação. Além disso, a categoria não aceita a prorrogação da data-base para novembro, como proposto pelos empresários.
Fonte - A Tarde  19/05/2016

Amazônia ameaçada: guardiões lutam para manter a floresta em pé

Meio ambiente

A estrada de terra de Colniza à vila do Guariba,distrito do município,é margeada por áreas abertas de pasto,sem vegetação nativa,a não ser a típica árvore de babaçu.Todos na região sabem o motivo,a espécie estraga a corrente da motosserra e é ruim de derrubar, o que explica porque sobreviveram no cenário desmatado.

Maiana Diniz*
Repórter da Agência Brasil

Estrada que leva ao distrito de Guariba e marca o limite  da Terra Indígena 
Kawahiva do Rio Pardo - Marcelo Camargo/Agência Brasil
A estrada de terra que parte de Colniza em direção à vila do Guariba, distrito do município a cerca de 150 km de distância, é margeada por áreas abertas de pasto, sem vegetação nativa, a não ser a típica árvore de babaçu. Todos na região sabem o motivo: a espécie estraga a corrente da motosserra e é ruim de derrubar o que explica porque sobreviveram no cenário desmatado.
A cerca de 80 km de Colniza, no extremo noroeste do estado, próximo ao Amazonas e a Rondônia, a paisagem muda com o surgimento de árvores altas que anunciam a Floresta Amazônica densa em áreas conservadas da região.
Do lado esquerdo da estrada fica a Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, com 138.092 hectares nos municípios de Aripuanã e Colniza, onde vivem cerca de 400 ribeirinhos extrativistas que tiram o sustento da mata em pé. Do lado direito da estrada fica a Terra Indígena (TI) Kawahiva do Rio Pardo, com 411.844 hectares, onde vive um grupo de indígenas isolados da etnia Kawahiva, do tronco linguístico Tupi.
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Área degradada no município de Colniza, noroeste de Mato Grosso
Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Do Rio Aripuanã até o Rio Guariba era tudo mato. Nos últimos dez anos derrubaram tudo”, conta Jair Candor durante a viagem até a base da Fundação Nacional do Índio (Funai), a 114 quilômetros de Colniza, onde trabalha desde que provou a existência do grupo Kawahiva do Rio Pardo, em 1999.
As duas áreas são ilhas de conservação da Amazônia no noroeste ameaçado de Mato Grosso. Mas quem vive lá conta que as tentativas de invasão são recorrentes. Os territórios não estão imunes à pressão fundiária. Um dia após a visita da equipe da Agência Brasil ao acampamento provisório da equipe da Funai na terra indígena, o responsável Jair Candor encontrou um acampamento de grileiros com cerca de 150 pessoas dentro da área protegida por lei. Eles estavam morando em uma área recém-desmatada.
Os funcionários da Funai têm poder de polícia dentro da área interditada, mas não têm recursos para grandes operações. Por não conseguir enfrentar o problema sem ajuda, o sertanista apenas notificou os superiores. Ele informou que quando a Polícia Ambiental de Cuiabá chegou à região, os grileitos já não estavam no local, mas dentro de áreas de fazendas interditadas. "Vimos os lotes marcados dentro da TI, mas disseram que era engano e que não iam mais invadir a área."
Filho e neto de extrativistas, o líder comunitário Ailton Pereira dos Santos disse que se a reserva não tivesse sido criada “já estaria tudo ocupado e detonado”. “A pressão para que a gente saísse e as terras fossem tomadas, especialmente para exploração da madeira, era muito grande“, lembra. Ele vive em São Lourenço, comunidade ribeirnha de 250 habitantes às margens do Rio Guariba, dentro da reserva extrativista.
Professor da escola de São Lourenço, Ailton afirma que a comunidade tem uma visão diferente sobre desenvolvimento. “Temos uma ideia clara de que para desenvolver não é preciso desmatar. Desenvolvimento é manter para os nossos netos o que recebemos dos nossos avós”, diz.
A Secretaria de Meio Ambiente do estado avalia que a Resex, além de preservar o meio ambiente e o modo de vida dessas populações, contribui para a conectividade ambiental da região noroeste e “ao lado das demais unidades de conservação do noroeste de Mato Grosso maximiza os esforços de conservação e funciona como barreira ao avanço do Arco do Desmatamento em sentido norte”, conforme parecer técnico do órgão sobre a reserva.
As invasões continuam mesmo após a criação da reserva. O promotor Daniel Luís dos Santos, que atuou no município de Colniza no último ano – a rotatividade de promotores na região é enorme –, contou que na última grande operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em meados de 2015, foram autuadas 30 pessoas e encontradas grandes áreas devastadas, uma delas de 4 mil hectares de desmatamento.
“Uma estrada saía da vila do Guariba, passava por uma fazenda e ia para dentro da Reserva Extrativista Guariba Roosevelt. Essa estrada não tinha outro caminho, não tinha outra finalidade senão entrar na Resex. Lá foi encontrada uma esplanada onde se explorava madeira e era escoada por essa estrada para, provavelmente, ter toras esquentadas em Guariba mesmo, pois não vale a pena transportar a madeira bruta para muito longe. É provável que essas toras tenham sido serradas em Guariba e escoadas como legais”, conta o promotor.
Gerente da reserva, o funcionário da Secretaria de Meio Ambiente José Cândido Primo contou que a estimativa é que 4 mil cubos de madeira tenham sido retirados da Resex só no ano passado. “No distrito Guariba tem 42 serrarias no papel. Instaladas, são 18. Aptas para operar, são apenas 8.” Segundo ele, existe uma operação montada na região para forjar notas e transformar madeira ilegal em legal.
Ailton, que é presidente da Associação de Moradores, disse que os órgãos de fiscalização têm ido cada vez mais à reserva, o que era raro no passado. Ele defendeu a delimitação da área da reserva como medida para impedir invasões e deixar claro a área protegida. “Hoje não tem placa, cerca, nada. Isso vai facilitar até para que nós, moradores, também possamos ajudar a fiscalizar.”
Alisio Pereira dos Santos vive próximo ao irmão Ailton em uma colocação [área reservada a cada família, com espaço para casas, roça e pontos de extrativismo] às margens do Rio Guariba, também na comunidade de São Lourenço, dentro da Resex Guariba Roosevelt.
Nascido e criado em São Lourenço, Alísio lamenta ter visto o desmatamento avançando tão rapidamente na região. “Apesar de a gente cuidar e manter a floresta conservada aqui na reserva, essa destruição total da mata em volta da área protegida está levando à diminuição de animais de caça e do volume da água do Rio”, avalia. Ele contou que nos últimos 20 anos, sempre a partir de agosto, a fumaça toma conta de toda a região. “É uma prática generalizada, especialmente entre grileiros”, lamenta. “A gente ainda come carne de bicho do mato, mas está difícil caçar por aqui agora. Os catetos, os veados, foram embora por causa das queimadas anuais.”
O especialista e chefe do Ibama Evandro Selva explicou que, após a destruição da mata original, é difícil recuperar a floresta e alcançar a mesma variedade de biodiversidade e equilíbrio entre espécie das originais. “Não existem cálculos precisos de quando uma floresta secundária vai atingir esse potencial em termos madeireiros e não madeireiros, mas estimo muito mais de 100 anos. Temos acompanhado florestas secundárias em campo e, às vezes, a pobreza da biodiversidade é tanta que poucas espécies sobrevivem nas áreas. Temos experiência com florestas de mais de 20 anos em que nunca foi registrada uma onça passando. Então, calculamos mais de 100 anos para alcançar a riqueza da original”, diz Selva.

Reserva Guariba-Roosevelt
Comunidade sobrevive da coleta da castanha

Criada em 1996, a Guariba-Roosevelt é a única reserva extrativista de Mato Grosso e é uma das últimas áreas de extrativismo tradicional no estado. A comunidade sobrevive da coleta da castanha, do óleo de copaíba e da borracha. Atrás das casas de madeira construídas nas margens do Guariba, a distância segura das variações do rio, também praticam agricultura orgânica para subsistência.
A área inicial da reserva era de 57.630 hectares, mas sempre foi considerada insuficiente pelos moradores da região, que contam que a área abrangia apenas 7 das 40 colocações da comunidade no Rio Guariba. Ou seja, a maior parte das áreas de roças, os castanhais, os seringais nativos e os locais privilegiados de pesca, coleta e caça estavam fora do limite protegido. Em 2007 a reserva foi ampliada para 138.092 hectares.
Além das colocações nas margens do Guariba, a Resex abrange outras comunidades que vivem nas margens no Rio Roosevelt.
Em 2015, numa decisão que foi revogada posteriormente pelo estado, a área foi reduzida para o limite original pela Lei 10.261/2015. Em abril do mesmo ano, o governo do estado voltou atrás na decisão e ampliou a área por meio de um decreto.
A criação da reserva extrativista estadual ainda não garantiu regularização fundiária da área protegida. Os fazendeiros que têm terras na região estão com as propriedades interditadas e aguardam indenização. Quando a área foi criada, em 1997, constavam registros e processos de títulos definitivos em favor de 37 proprietários, entre pessoas físicas e jurídicas.

Transporte precário deixa população vulnerável e dificulta o acesso à saúde, educação e programas sociais
Apesar de manter a floresta em pé, as famílias que vivem na comunidade de São Lourenço, na Resex, enfrentam dificuldades de locomoção devido à falta de infraestrutura de transporte no local.
Um dos principais problemas relatados pelas famílias é a dificuldade de buscar atendimento médico em casos de urgência e de acessar políticas públicas.
Beneficiária do Bolsa Família há cinco anos, Artemísia Alves dos Santos tem quatro filhos e recebe R$ 250 por mês. Ela contou que as mulheres da comunidade viajam em condições precárias para buscar o benefício na cidade de Aripuanã todos os meses, sem o apoio da prefeitura. “Quando chega o dia do recebimento, ficamos na dependência de carona para irmos até a cidade. Às vezes vamos na carroceria de caminhões, às vezes, de moto. Se eu tiver que pagar para ir até a cidade, custa mais de R$ 300, não compensa”, explicou. Artemísia lembrou que os aposentados da comunidade enfrentam o mesmo problema.
O líder comunitário Ailton Pereira dos Santos, marido de Artemísia, disse que é comum as pessoas deixarem o benefício acumular por mais de um mês para compensar os gastos com a viagem. “Para ir até Aripuanã de ônibus, município vizinho de Colniza onde a maioria recebe, custa R$ 100. Ida e volta, R$ 200. Ainda é preciso somar a gasolina do barco para chegar até a estrada. O ideal seria que alguém buscasse os beneficiários para irem todos juntos à cidade ou que os benefícios fossem pagos na própria comunidade”, avalia Ailton. “Outro problema é que se atrasarmos mais de três meses, o benefício é bloqueado”, afirma Artemísia.
O acesso dos moradores a serviços de saúde também é precário. Para chegar até o posto de saúde mais próximo, no distrito de Guariba, leva-se até quatro horas nos barcos comuns da região, ou uma hora e meia em barcos rápidos até a ponte na estrada, mais 15km até o distrito. Se for necessário ir à cidade de Colniza, a viagem pode levar até seis horas.
Os moradores da comunidade se ressentem de meios de se comunicar. Não há rede de telefonia no local. Recentemente a escola da comunidade recebeu computadores. Para viabilizar o acesso à internet, painéis solares de um projeto do Ministério da Ciência e Tecnologia foram instalados. A expectativa para que a internet possa ser usada, principalmente entre os mais jovens, é grande, mas a data ainda não foi definida.
Algumas casas têm televisão que funciona com gerador, mas os entrevistados contaram que a principal fonte de informação da população ribeirinha é o rádio.
O professor Ailton Pereira dos Santos é o educador responsável pela escola de ensino fundamental da comunidade há 19 anos. Com cerca de 40 crianças de idades variadas, a escola fica na colocação em que Ailton mora, herdada do avô, que foi seringueiro. “Esse lugar aqui é uma colocação antiga que foi do meu avô, que viveu aqui há mais de 50 anos. E a gente está dando continuidade até hoje ao que ele deixou pra gente.”
Ele lembra que não havia escola em São Lourenço durante sua infância o que o obrigou a deixar a comunidade por alguns anos para estudar. “Os mais antigos não tiveram oportunidade de estudar, porque não tinha escola aqui. As pessoas viviam da extração dos produtos, não estudavam e não tinham formação. A partir da década de 90, começamos a reivindicar porque tinha muita criança aqui na época. Aí fundamos a escolinha, que começou com quatro alunos”, contou.
Devido a limitações climáticas, a escola não segue o calendário regular. O clima na região varia entre dois períodos bem definidos: o das águas, que chove muito, de dezembro a junho, e o da seca, que não chove e o nível do rio baixa. Como o transporte dos alunos é feito de barco, o acesso dos alunos na época de seca se torna inviável.
“Reunimos a comunidade, discutimos uma proposta e apresentamos à Secretaria de Educação. Criamos um calendário que atende a comunidade. Dura sete meses. Começa em janeiro e vai até julho”, explicou Ailton. As crianças ficam o dia todo na escola, almoçam, praticam atividades paralelas, nadam, brincam, aprendem na horta e nos pontos de coleta.
No início, os alunos iam para a escola remando, muitos contra a corrente do rio. Hoje a comunidade tem um barco escolar, dirigido por Alísio, que busca os estudantes em casa.
Durante visita da equipe da Agência Brasil, no final de março, Artemísia e Ailton estavam apreensivos com a partida das duas filhas adolescentes, de 15 e 16 anos, para Juína, onde vão estudar no instituto federal da cidade. Como a escola da comunidade só vai até o 9º ano do ensino fundamental, quem quer estudar mais precisa ir embora.
A preocupação de Ailton é a mesma dos outros pais da região: além da insegurança com os perigos da cidade e da angústia de não ter os filhos por perto, eles temem que os jovens percam o vínculo com a comunidade e se afastem da cultura em que cresceram. “As pessoas terminam o fundamental e não tem jeito, se quiserem continuar precisam ir para longe. Isso não é legal. Se a gente pudesse trazer uma formação para a comunidade, ou mais próximo, seria melhor.”
Patrícia e Talia Pereira dos Santos, filhas de Artemísia e Ailton, nunca haviam saído da comunidade nem se afastado dos pais. “Estou ansiosa e triste por ter que ficar longe da minha família e amigas”, disse Patrícia. “Eu preferia estudar aqui. Quero me formar e vir trabalhar pelo meu povo, não tenho vontade de ir para outro lugar”, disse Talia. Ela disse amar a vida calma de São Lourenço, onde gosta de pescar e nadar.
Desde meados de abril, as duas estudam em um curso técnico de meio ambiente no Instituto Federal de Juína. Elas se mudaram no dia 9 de abril e moram no alojamento do colégio.

Sem atravessadores, coleta da castanha-do-brasil gera renda sustentável para ribeirinhos extrativistas
Presidente da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Barra-Guariba, Ailton Pereira dos Santos, avalia que, apesar das dificuldades que os ribeirinhos ainda enfrentam, a vida melhorou muito desde que a população se organizou na luta por direitos.
Ailton lembra que até o final dos anos 80 não havia acesso por estradas até cidades de Mato Grosso. “Essa região não era reconhecida pelo estado. Até 1995, não tinha dinheiro aqui.”
O único contato dos ribeirinhos com o mundo exterior era por meio dos “marreteiros”, como eram chamados os atravessadores que vinham do Amazonas e passavam de barco pelas comunidades trocando mercadorias pela produção dos extrativistas. “Trabalhávamos o ano todo e no final sempre ficávamos devendo”, recorda o extrativista Valterino Ferreira Santos, também morador da reserva.
Se era ruim com os marreteiros, a população viveu um tempo ainda pior quando eles pararam de aparecer. “Tínhamos a mercadoria, mas não tínhamos para quem vender”, explicou Ailton. Quando o governo de Mato Grosso criou pontos de fiscalização no Rio Guariba para impedir o acesso dos marreteiros, a comunidade enfrentou problemas sérios. “Muitas famílias foram embora nessa época, foi difícil sobreviver aqui” contou Valterino, o Teca, lembrando que nesse período os que ficaram vendiam o que extraiam por preços muito baixos para atravessadores que apareciam ocasionalmente.
A situação começou a mudar em 2006 quando a comunidade passou a ter o apoio do Projeto Pacto das Águas, patrocinado pela Petrobras, que capacitou os extrativistas em boas práticas e prestou assessoria para a elaboração de projetos para captação de recursos e para a construção de parcerias comerciais mais justas. Depois de muito trabalho de conscientização sobre a importância de se organizarem, em 2010, foi criada a Associação de Moradores.
Atualmente, a mesma castanha que antes não trazia lucros, gera renda e melhora a qualidade de vida das famílias da região. Desde 2013, a associação firmou um contrato com a Conab, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Formação de Estoque que garante um empréstimo a juros baixos para a Amorar. Para a safra de 2015/2016, a associação recebeu R$ 200 mil.
Com o recurso, a associação compra a produção das famílias à vista e estoca a castanha para negociar posteriormente com o melhor valor. “Hoje a gente que dá o preço, não precisamos mais dos atravessadores. São as empresas que procuram a gente, nem precisamos ir atrás”, disse Ailton.
Este ano a associação comprou 40 mil quilos de castanha a R$ 3,20 o quilo.
Ailton afirmou que a maior parte da produção é vendida in natura. Os associados sabem que o beneficiamento do produto aumentaria as margens de lucro da comunidade, mas os planos ainda são incipientes.
Valterino destacou que a maior parte do dinheiro fica na Vila do Guariba. “Não é bom só para os extrativistas, faz girar a economia da região.”
A profissionalização ainda é baixa, mas os moradores comemoram avanços recentes como a construção de galpões nas colocações para que cada família extrativista possa armazenar o produto antes de escoá-lo rio abaixo até a associação, que fica ao lado da ponte, evitando o apodrecimento da castanha. Outro avanço é o crescente acesso ao crédito, que permitiu à associação a compra de um barco tipo voadeira para uso de toda a comunidade.
O presidente da associação está preocupado com uma nova modalidade de invasão que passou a ocorrer desde que a castanha passou a dar dinheiro, a grilagem da castanha. Segundo ele, na última temporada da castanha, que vai de novembro a abril, os moradores da Resex perceberam que alguns castanhais haviam sido saqueados. “Aqui na comunidade todo mundo se conhece e sabe bem quais são os locais de coleta. Ao chegarmos em algumas áreas, vimos que a castanha já havia sido levada. Na associação, só compramos castanha dos associados, mas é possível vender com preço um pouco mais baixo em outros locais.”
Muitos moradores da Resex reclamaram que a Cooperativa Mista do Guariba (Comigua), criada a partir de uma parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso para beneficiar a castanha-do-brasil, pode representar um risco para a Associação de Moradores da Resex, por viabilizar a venda de castanha de origem desconhecida. A cooperativa paga R$ 3 pelo quilo da castanha com casca e qualquer pessoa pode se tornar cooperado mediante o pagamento de uma taxa de R$ 1,5 mil.
A Comigua tem maquinário superior ao da Associação de Moradores da Reserva, o que permite que possam embalar a castanha e fabricar barras de cereais e biscoitos.
O gerente da Resex Guariba-Roosevelt, José Cândido Primo, trabalha como voluntário na cooperativa e afirma que o objetivo não é concorrer com a associação, mas incentivar a cadeia econômica da castanha na região e envolver cada vez mais a população local, sem distinção entre extrativistas tradicionais e pessoas que atuavam em outros ramos. “Queremos mostrar que existem alternativas econômicas na região que não dependem da destruição da floresta”, diz Primo.
“O distrito de Guariba tem cerca de 5 mil moradores. Os envolvidos com extrativismo não chegam a mil. A cooperativa é totalmente independente de governos e somos abertos a quem quiser participar. O extrativismo precisa ser uma parte mais relevante da economia daqui. No meu ponto de vista, está longe de acontecer”.
José Cândido Primo chegou na região em 2005 com a função de ajudar as pessoas da região a se organizar. “Quando cheguei aqui estava no auge do desmate e da ocupação por madeireiros. Foi muito complicado quando chegamos dizendo que o desmate como era feito não era viável. Ninguém acreditava no extrativismo.” Ele avalia que as pessoas estão cada vez mais receptivas à ideia.

Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo
“A reação deles foi flechar, a minha foi correr”, conta o sertanista Jair Candor sobre encontro casual com indígenas Kawahiva do Rio Pardo, 100% isolados
Base da Funai na Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A base da Fundação Nacional do Índio (Funai) na Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo fica a 114 quilômetros de Colniza e é liderada pelo sertanista Jair Candor, um dos mais experientes funcionários da fundação. Candor defende com paixão a demarcação da área, sob o argumento de que o fato de serem isolados deixa esses indígenas mais vulneráveis a violações, por desconhecerem seus direitos. “Eles não sabem os limites deles. Como que um índio isolado pode saber o limite dele. Ele nem sabe que existe isso. A mata é dele, sempre viveu ali. Se a terra dele é contígua com a reserva de uma fazenda, por exemplo, ele não diferencia o que é de quem”, explicou.
Jair Candor avalia que a história de contato dos “brancos” com os indígenas no Brasil é “um verdadeiro desastre”. Ele disse que o período de maior mortandade de índios foi na época dos contatos feitos de forma despreparada. “A Funai até hoje não tem equipes realmente preparadas para isso. Esses povos que vivem isolados são muito sensíveis ao contato. Qualquer gripe, qualquer coisa, pode matar. Se não tiver preparo de equipes de saúde, principalmente podemos levar esses grupos a extinção”, alertou.
“Desde 1999 aguardamos essa demarcação”, conta o sertanista. Jair Candor participou da expedição que, em junho de 99, encontrou vestígios de Kawahivas tradicionais, povo nômade que vive de caça e coleta, após um pesquisador de madeira avisar a Funai que tinha avistado indígenas na mata fechada. “Quando fomos verificar, encontramos 'tapiris', casinhas provisórias típica dos Kawahiva e outros objetos. Acreditamos que esses indígenas deixaram de praticar agricultura pela necessidade de fugas constantes devido aos ataques no território deles”.
Após a existência do grupo indígena ser comprovada, 166 mil hectares foram interditados por três anos para garantir a proteção dos índios. Pela Constituição Federal de 1988, os indígenas “detêm o direito originário e o usufruto exclusivo sobre as terras que tradicionalmente ocupam. Após estudos antropológicos, históricos, fundiários, cartográficos e ambientais, 411 mil hectares tiveram interdição definitiva em 2007.
Em 2011, Jair Candor liderou uma nova expedição na região e teve um encontro casual com os indígenas na mata fechada. Passado o susto, Jair lembra com humor a reação de cada grupo ao encontro. “A reação deles foi flechar. A nossa foi correr”, conta. “O único contato que tive foi visual. Registramos imagens de 9 pessoas. Estimamos que sejam cerca de 20 indígenas no total, 100% isolados. Eles nunca buscaram a nossa ajuda”, contou.
Após anos de espera, no dia 20 de abril, o Ministério da Justiça publicou a Portaria Declaratória da Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, o primeiro passo para a demarcação definitiva da área, que estava interditada, mecanismo previsto para proteger povos isolados. "Não fiquei feliz, fiquei muito feliz com a portaria. Foi um grande passo, mas temos que continuar lutando pela demarcação, porque a portaria ainda pode cair", disse.
Desde a interdição da área, em 2007, a Funai aguardava a Portaria Declaratória do Ministério da Justiça, ato que reconhece a posse tradicional indígena. É essa declaração que autoriza que as áreas sejam demarcadas fisicamente, com a materialização dos marcos e georreferenciamento. A partir daí, a homologação é feita por meio de decreto presidencial.
Jair chegou na região em 1999 e viu mudanças rápidas que ameaçam o bem-estar dos índios isolados, entre elas, o crescimento acelerado das cidades. Jair viu a população de Colniza e de Guariba explodir. “A maior parte da população mais antiga veio dos estados da Região Sul do país e os mais recentes de Rondônia. Aqui tem muito madeireiro. Cheguei em 1999 e, desde então, chegou muita gente, muito rápido. Aqui teve muita morte por causa de terra e fazenda”, contou, lembrando que o município já liderou a lista dos mais violentos do estado.
A área da terra indígena tem problemas fundiários antigos. Partes eram ocupadas por fazendas e outra parte é terra devoluta. “Tudo aqui tem dono, mas se procurar documentação, não tem”, destacou Jair Candor. Ele lembrou que desde a interdição das fazendas que estavam na terra indígena, em 2007, muitas liminares de fazendeiros foram apresentadas contra a decisão. “Três fazendeiros da época da interdição conseguiram ficar na área e manter o que tinham, bois, por meio de liminar.” Segundo ele, há rumores de que fazendeiros com área interditada estimulam a grilagem para dificultar uma possível demarcação. “Passam por cima de tudo, é má fé”, julga o sertanista.
Jair Candor contou que quando a área foi ampliada, em 2007, a Operação Rio Pardo da Polícia Federal prendeu muita gente envolvida com grilagem e extração de madeira ilegal, inclusive políticos e poderosos conhecidos na região. “Nessa época aliviou e ficamos muito tempo sem invasão. Mas tem uns três anos que começou de novo. O Ibama dá uma força, mas é difícil conseguir pegar os verdadeiros culpados”, avaliou. “Mas aqui, quando ficam sabendo que o Ibama vem, os grileiros queimam as pontes para dificultar a chegada e dar tempo pra fugir”, completou.

Dedicação ao trabalho
Jair Candor já recebeu incontáveis ameaças indiretas por estar há 17 anos defendendo a demarcação de terra e a proteção dos indígenas. “Já fui acusado de plantar índios e já ouvi comentários como 'fulano falou que você não passa de hoje. Toma cuidado' de moradores. O pessoal amigo me alerta sempre”, contou.
As instalações da Funai na TI Kawahiva do Rio Pardo ainda são provisórias e foram construídas pela equipe de campo. A sede definitiva, de alvenaria, não pode ser construída até que a terra seja regularizada. O acampamento provisório serve de lar para Jair Candor e outros funcionários por longos períodos. Jair chega a passar até 40 dias na reserva, longe da mulher e dos filhos, que vivem em Alta Floresta. “Acredito no trabalho que faço e faço o que gosto”, afirma.
Imerso na selva, Jair Candor já teve malária 42 vezes. “Pra mim já virou uma gripe, nem procuro mais médico”, brinca. A malária foi a causa do abandono de terras em muitos assentamentos da região.
Na base, há sempre de 4 a 6 funcionários que se revezam para fiscalizar a área, na tentativa de evitar invasões, e cuidam da estrutura do acampamento provisório, uma casa típica da região com um cômodo que acomoda até dez pessoas em redes e camas, mesa de jantar e cozinha. Eles produzem a maior parte dos vegetais e das frutas que consomem. O pequeno pomar rende visitas noturnas, diárias, de uma anta em busca das frutas. “Adora mamão”, comenta Jair.
No acampamento, há painéis solares e um gerador que garantem energia e acesso à internet. A área aberta pelo acampamento é pequena, cercada por floresta nativa. Há uma televisão onde a equipe assiste jornais e novelas antes de dormir. Acordam com o sol.
*Os repórters viajaram a convite da ANDI - Comunicação e Direitos, pelo projeto Mídia e Amazônia
Fonte - Agência Brasil   19/05/2016

Metrô de BH apoia Campanha de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Educação/Cidadania

A ação desenvolvida em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, Associação Municipal de Assistência Social (AMAS) e Conselho Tutelar da capital começou pela Estação Minas Shopping e seguiu dentro dos trens, levando informações e entretenimento para milhares de usuários do Metrô.

CBTU

A CBTU Belo Horizonte recebeu nesta quarta-feira (18/5) a Campanha “Asas para a Infância Segura e Protegida” – uma mobilização de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
A ação desenvolvida em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, Associação Municipal de Assistência Social (AMAS) e Conselho Tutelar da capital começou pela Estação Minas Shopping e seguiu dentro dos trens, levando informações e entretenimento para milhares de usuários do Metrô.
A assistente administrativa, Giuliana Pereira, elogiou a iniciativa de conscientização. “É importante valorizar e dar mais atenção ao assunto, que ainda é tabu em nossa sociedade”.
Com o slogan “Não deixe o susto de uma violência contra criança e adolescente calar você”, a campanha aborda a importância de orientar adequadamente a população, estimulando a sociedade a quebrar o silêncio sobre práticas que atentem contra a integridade de nossas crianças.
Para o enfermeiro, Murilo Paes, a campanha em local público favorece a divulgação das informações. “É fundamental ter ações desse tipo, principalmente, em locais de grande circulação, como o metrô. Assim a abrangência é maior e podemos mobilizar mais gente no combate a esse problema que ainda aflige tanto a nossa sociedade”.
Durante a ação, os mobilizadores realizaram a distribuição de panfletos, marca-livros, bottons, revistinhas passatempo, adesivos, entre outros materiais gráficos que servem de lembrete para a importância desse cuidado no dia a dia da população.
Esta entrada foi publicada em assuntos externos, assuntos internos com as tags Metrô apoia Campanha de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. ligação permanente.
Fonte - CBTU  18/05/2016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Protestos chegam a Cannes e se espalham. Percebam O Som ao Redor.

Ponto de Vista

A internet tem 3 bilhões de usuários no mundo. O Brasil tem 100 milhões de pessoas na Rede.Imagem é tudo, já sabem PT e ex-governo. Caíram depois de marcados com a aura da corrupção; hoje, mais 23 anos de prisão para José Dirceu.Ciente disso, logo na largada o governo interino, principal acionista desse Sistema há décadas, providenciou slogans e logotipo.Logotipo com bandeira do Brasil, escolhido por Michelzinho, 7 anos, filho de Temer... Teve um probleminha de imagem.

Bob Fernandes



imagem/YouTube

Prefeitura do Rio adia inauguração do VLT para o dia 5 de junho

Transportes sobre trilhos

Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes informou que de olho na segurança da população vem adotando medidas para garantir o melhor atendimento, conforto e agilidade no início da operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). 

O DIA
A Prefeitura anunciou, através da Secretaria de Transportes e da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto, que a inauguração do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será adiada para o dia 5 de junho. Estava marcado para o próximo domingo a abertura do serviço.
Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes informou que de olho na segurança da população vem adotando medidas para garantir o melhor atendimento, conforto e agilidade no início da operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Nesse sentido, segundo a Secretaria, o período de adaptação dos cariocas à nova configuração viária do Centro do Rio foi estendido e a inauguração do primeiro trecho do VLT foi transferida para o dia 5 de junho.
O primeiro trecho do VLT, ligando a Rodoviária ao aeroporto Santos Dumont, seria inaugurado dia 22 de maioFoto: Alexandro Auler
Ainda segundo a Secretaria, desde o dia 7 de maio, alterações viárias estão sendo implementadas no Centro, como a inversão de mão de vias importantes e a reabertura da Avenida Rio Branco para carros. Após o início da operação do VLT, em junho, serão oito fases de implantação.
Por fim, informam que a prioridade é garantir a segurança plena para os futuros passageiros e o melhor convívio entre pedestres, veículos e o novo modal. Como os VLTs vão circular por áreas com grande movimentação de pessoas e carros, é imprescindível que os cariocas estejam preparados e atentos ao circular pelo Centro do Rio.

Protesto estava marcado para a inauguração
Por se tratar de uma obra que visa os Jogos Olímpicos Rio 2016, era esperado que o presidente em exercício Michel Temer estivesse presente na inauguração do Veículo Leve sobre Trilhos. Diante disso, opositores ao seu governo convocaram uma manifestação contra Temer para o local da inauguração. O ato é convocado pela frente "Povo sem Medo" e até a tarde desta quarta-feira já tinha quase 20 mil pessoas confirmadas.
Fonte - O DIA  18/06/2016

Funcionamento do Metrô e Ferry-Boat nessa quarta (18)

Transportes

O Metrô de Salvador funciona nessa quarta ate a meia noite e o sistema Ferry-Boat opera normalmente com quatro embarcações na travessia Salvador/Itaparica

Da Redação
foto - ilustração
Metrô
Os torcedores que forem assistir ao jogo de hoje à noite na Arena Fonte Nova podem contar com o metrô. As estações ficam abertas para embarque até meia-noite todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, com trens em intervalos de 8 minutos nos horários regulares e 6 minutos nos horários de pico. Nos fins de semana e feriados esse intervalo é de 10 minutos. Para evitar filas, a CCR Metrô Bahia orienta que os usuários comprem, antecipadamente, o cartão de embarque nas bilheterias.

Ferry-Boat
O sistema esta operando nessa quarta (18) com quatro embarcações,  Maria Bethânia, Ivete Sangalo, Zumbi dos Palmares e Rio Paraguaçu e realizam viagens nos horários regulares (de hora em hora), viagens extras podem ocorrer com eventual aumento da demanda. As passagens podem ser adquiridas nos terminais por meio dos cartões de crédito, débito ou dinheiro e via internet para hora marcada.
Pregopontocom  18/05/2016

RENFE recebe quatro propostas para renovação da frota de trens de alta velocidade

Transportes sobre trilhos

O contrato abrange o fornecimento de 15 composições, com uma opção para aquisição de mais 15. Ele também vai incluir a manutenção ao longo de um período de 30 anos, com a possibilidade de uma extensão de 10 anos para coincidir com a expectativa de vida útil da nova frota.

Da Redação
Railway Gazette
A RENFE operadora ferroviária nacional da Espanha,anunciou em 18 de maio que recebeu quatro propostas para fornecimento de até 30 composições de alta velocidade (TAV). Após a pré-qualificação,as propostas foram apresentadas pela Alstom Transporte, CAF, Siemens e Patentes Talgo.
O contrato abrange o fornecimento de 15 composições, com uma opção para aquisição de mais 15. Ele também vai incluir a manutenção por um período de 30 anos,com a possibilidade de extensão por mais 10 anos para coincidir com a expectativa do tempo de vida útil da nova frota.
A nova frota segundo a RENFE,irá incorporar as mais novas tecnologias de material rodante,os trens alcançaram uma velocidade máxima de 320 km / h e terão os mais altos níveis de eficiência energética. A oferta de Wi-fi  com 100% conectividade' vai permitir aos passageiros desfrutar de informação personalizada e entretenimento.
Com duas classes de viagem,cada composição terá assentos para no mínimo 400 passageiros,serão equipados com um bar / buffet,e serviço de atendimento aos passageiros em suas poltronas.Ainda segundo a RENFE,a frota terá "100% " de acessibilidade.
Com informações da Railway Gazette 18/05/2016

Bahiatursa promove estado durante evento internacional em Porto de Galinhas

Turismo

O evento é aberto, principalmente para o mercado internacional, com o objetivo de apresentar os atrativos da região Nordeste.Distribuição de material promocional, realização de parcerias e contatos e geração de negócios, no sentido de aquecer o fluxo turístico para o estado, marcam a presença da Bahiatursa no evento.

Da Redação
foto - Rita Barreto/Ascom Bahiatursa
A Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa) participa do 1º Destination Brazil Travel Mart, nesta quarta (18) e quinta-feira (19), em Porto de Galinhas (município de Ipojuca, em Pernambuco). O evento é aberto, principalmente para o mercado internacional, com o objetivo de apresentar os atrativos da região Nordeste.
Distribuição de material promocional, realização de parcerias e contatos e geração de negócios, no sentido de aquecer o fluxo turístico para o estado, marcam a presença da Bahiatursa no evento. “E teremos mais destaque este ano, ao lado do trade, que vai representar as diversas zonas turísticas, porque a Bahia será o destino anfitrião do DBTM em 2017”, afirmou o superintendente, Diogo Medrado.
Ainda segundo Diogo, “o evento é uma grande rodada de negócios da qual participam os principais compradores internacionais convidados em contato direto com os destinos receptores”. A estimativa é que o DBTM receba mais de 500 visitantes nacionais e do exterior, gerando um retorno financeiro de R$ 200 milhões.
São aproximadamente 200 buyers (compradores) de cerca de 20 países, entre os quais Portugal, Espanha, Itália, Argentina, Chile, Peru, Estados Unidos e França. Eles vão participar de rodadas de negócios com cerca de 120 suppliers (fornecedores). O DBTN é a antiga Brasil National Tourism Mart (BNTM).
Antes, o evento era focado no Nordeste, mas agora participam fornecedores de todo o Brasil. O DBTM foi criado com o objetivo de fomentar negócios, além de disseminar os atrativos e promover a capacitação institucional sobre a região.
O evento acontece no Convention Center do Hotel Armação, onde também serão realizadas aulas interativas sobre os destinos com a apresentação de roteiros sobre cultura, ecoturismo, gastronomia, mercado de luxo, negócios, turismo religioso, roteiros de sol, mar e para o público LGBT.
Com informações da Secom Ba.  18/05/2016

Governo Temer não fugirá de agenda impopular

Ponto de Vista

Inicialmente, vale lembrar que o relator em plenário da reforma da previdência do governo FHC, que suprimiu vários direitos de aposentados e pensionistas, foi o então deputado Michel Temer.A reforma administrativa do governo FHC, que suprimiu vários direitos dos servidores e tentou acabar com a estabilidade e eliminar o regime jurídico único, foi relatada pelo então deputado Moreira Franco, atualmente um dos homens fortes do governo Temer 

Antônio Augusto de Queiroz*- Portogente
foto - ilustração
A equipe do presidente interino Michel Temer, a começar pelo próprio, não terá dificuldades para encampar medidas impopulares, inclusive pelo histórico de comportamento de alguns dos membros do novo governo.
Inicialmente, vale lembrar que o relator em plenário da reforma da previdência do governo FHC, que suprimiu vários direitos de aposentados e pensionistas, foi o então deputado Michel Temer. E o coordenador político do governo Dilma, quando da aprovação no Congresso das Medidas Provisórias 664 e 665, que eliminaram o caráter vitalício das pensões, restringiram o acesso ao seguro-desemprego, ao seguro-defeso e ao abono salarial, além de modificar o cálculo do auxílio-doença, foi o vice-presidente da República, atualmente no exercício interino da chefia do Poder Executivo.
A reforma administrativa do governo FHC, que suprimiu vários direitos dos servidores e tentou acabar com a estabilidade e eliminar o regime jurídico único, foi relatada pelo então deputado Moreira Franco, atualmente um dos homens fortes do governo Temer nos assuntos de privatização, de parcerias público-privada e de venda de ativos.
Quando da votação e aprovação do projeto que flexibilizava a CLT, o PL nº 5.483/01, o presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público era o então deputado Henrique Eduardo Alves, atual ministro do Turismo, que se empenhou pessoalmente na aprovação da matéria. Esse projeto só não virou lei porque em 2003 o então presidente Lula solicitou sua retirada do Congresso.
O atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, na condição de relator do Orçamento para 2016, propôs corte de R$ 10 bilhões do Bolsa Família e eliminação dos reajustes dos servidores, além de defender a flexibilização da CLT, tema que sequer estava em debate na peça orçamentária. Referiu-se ao assunto ao criticar as despesas com a Justiça do Trabalho.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a quem competirá também gerenciar a Previdência Social e Complementar, defende uma reforma radical nas regras de concessões de benefícios previdenciários, desde a instituição de idade mínima até a desvinculação do salário mínimo como Piso de benefícios da seguridade social.
O líder do processo de impeachment, Eduardo Cunha, um dos principais aliados do vice-presidente em exercício Michel Temer, foi também o líder e condutor da votação e aprovação do projeto de lei que institui a terceirização e a pejotização nas relações de trabalho. Mesmo afastado da presidência da Câmara, por decisão do Supremo, continua influente no Congresso e no governo, tendo inclusive indicado nomes para a liderança do governo na Câmara e também para postos-chave na nova gestão.
A formação do segundo escalão dos ministérios do Planejamento e da Fazenda, compostos de técnicos de perfil fiscalista, que já serviram ao governo FHC, demonstra que a batalha não será fácil. Esse pessoal não tem nenhuma sensibilidade política e toda convicção de que é preciso reduzir o tamanho do Estado e cortar gastos, especialmente com a máquina pública e as políticas públicas sociais.
Acrescente-se a essa disposição para enfrentar temas impopulares, o fato de o governo Temer contar com uma grande base parlamentar que envolve parlamentares e partidos de centro e centro-direita que podem ser classificados como liberais, do ponto de vista ideológico, e conservadores, do ponto de vista social.
A julgar por este pequeno apanhado, o governo não terá maiores cerimônias em propor reformas impopulares e, se mantiver unida sua base conservadora e neoliberal, poderá fazer o que nem o “centrão” na Constituinte nem FHC nos seus dois governos conseguiram: instituir idade mínima na previdência, desvincular o salário mínimo dos benefícios da seguridade, abrir a economia ao capital estrangeiro sem reservas, privatizar empresas públicas e sociedades de economia mistas, como os Correios, a Casa da Moeda, setores da Petrobras e toda a Eletrobras, além de flexibilizar a CLT.
Para resistir à investida sobre os direitos dos trabalhadores, servidores, aposentados e pensionistas, os movimentos sindicais e sociais vão precisar de organização, mobilização, unidade de ação e aliança com outras forças contrárias a essa agenda conservadora e neoliberal. Sem um trabalho intenso de resistência, denúncia e contestação à ofensiva do novo governo sobre direitos dos assalariados, conforme preconizado na “Ponte para o futuro”, há risco real de retrocesso nas conquistas sociais.
*Antônio Augusto de Queiroz, jornalista, é diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
Fonte - Portogente  18/05/2016

Manifestantes ocupam escritório do Ministério da Cultura em Salvador

Cultura

Os escritórios do MinC na Bahia e em Sergipe funcionam em edifício antigo, no Pelourinho.“Com o aumento do número de espaços ligados ao Ministério da Cultura ocupados, em diversas partes do país, pessoas ligadas à cultura se reuniram, e decidiram ocupar a sede regional.

Sayonara Moreno
Correspondente da Agência Brasil
Sayonara Moreno/Agência Brasil
Integrantes do setor cultural permanecem ocupando a sede regional do Ministério da Cultura (MinC), em Salvador, onde farão uma plenária hoje (18) para organização interna do movimento. Eles protestam contra o governo do presidente interino Michel Temer.
No edifício antigo, no Pelourinho, funciona o escritório do órgão da Bahia e Sergipe, que está ocupado desde ontem (17), quando os manifestantes chegaram e, em negociação com os funcionários da sede, decidiram não interromper as atividades do ministério.
“Com o aumento do número de espaços ligados ao Ministério da Cultura ocupados, em diversas partes do país, pessoas ligadas à cultura se reuniram, e decidiram ocupar a sede regional. A mobilização foi muito rápida, o que significa que há uma demanda da sociedade civil, não somente dos trabalhadores da cultura e artistas, para a ocupação desses espaços”, disse uma das ocupantes, a produtora de cinema Tenille Bezerra.

Sayonara Moreno/Agência Brasil
Ocupantes disseram que não vão interromper atividades do escritório
A pauta de reivindicações, segundo Tenille Bezerra, está ligada ao governo do presidente Interino da República, Michel Temer. “A nossa pauta é muito clara, se posicionando contra os abusos do governo interino, não reconhecemos a gestão, sobretudo os abusos dessa gestão”, ressalta.
De acordo com os ocupantes, uma plenária deve ocorrer ainda hoje (18), para organizar a comunicação entre as ocupações das outras cidades, onde o movimento já existe. A quantidade de pessoas envolvidas na ocupação do MinC Bahia varia entre 50 e 60. Atividades culturais e reuniões internas estão ocorrendo no local.
A ideia do grupo, diz Tenille, é manter o espaço ocupado, sem prazo definido.
“Hoje são 11 cidades do país, ocupadas, e as pautas são bem próximas. Dessa forma, pedimos a saída do governo. Estamos abertos a participação de quem quiser aderir e se somar à nossa causa. A nossa determinação é continuar ocupando o espaço, estamos aqui em forma de protesto, e não pretendemos sair enquanto Michel Temer não cair”, disse a produtora de cinema.

Sayonara Moreno/Agência Brasil
Grupo criou coletivo de trabalhadores, artistas e movimentos culturais
A partir da ocupação, o grupo criou um coletivo de trabalhadores, artistas e movimentos culturais, o Ocupa MinC Bahia, com uma página no facebook, a OcupaMinc Ba. Na plataforma, uma carta aberta foi divulgada, como forma de explicar o motivo da ocupação.
"Ocupamos para demonstrar insatisfação generalizada com o governo interino. Não é legítima a forma como ele foi empossado, não é legítima a extinção e fusão de ministérios, não é legítimo o enfraquecimento dos mecanismos de controle independentes, não é legítima a diminuição da representatividade. Não respaldamos esse governo! As primeiras falas, as primeiras ações, a estética e as primeiras posturas deste governo apontam na direção do retrocesso, do autoritarismo, da austeridade, da violência institucional e desrespeito às conquistas históricas de espaços de diálogo com a sociedade", diz a carta.
Fonte - Agência Brasil  18/05/2016