sábado, 26 de novembro de 2016

Salvador sedia ato público contra a intolerância religiosa

Direitos Humanos  👫

Participam do ato contra a intolerância religiosa, lideranças do movimento negro e de mulheres, blocos afro, afoxés, povos de terreiro e demais representantes da sociedade civil e do poder público. A iniciativa é do terreiro Abassá de Ogum e do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), com o apoio da Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi) e do Comitê Interreligioso da Bahia (Cirb).

Da Redação
foto - ilustração
Na Bahia, segundo informações do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, este ano foram registrados 169 casos de violação de direitos nesta área, sendo 117 de racismo e 52 de intolerância religiosa. Com o propósito de chamar a atenção para o problema, será realizado na manhã desta segunda-feira (28), como ação integrante do Novembro Negro, um ato público no espaço onde está instalado busto de Mãe Gilda, que foi alvo de vandalismo no mês de maio, após dois anos de instalação no Parque do Abaeté.
Participam do ato contra a intolerância religiosa, lideranças do movimento negro e de mulheres, blocos afro, afoxés, povos de terreiro e demais representantes da sociedade civil e do poder público. A iniciativa é do terreiro Abassá de Ogum e do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), com o apoio da Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi) e do Comitê Interreligioso da Bahia (Cirb).
A yalorixá Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda, se tornou símbolo de resistência pela afirmação das religiões de matriz africana. O caso da liderança é um dos mais emblemáticos na luta contra o racismo e o ódio religioso no País. Após ter sua imagem maculada e o terreiro (Ilê Axé Abassá de Ogum, em Salvador) invadido e depredado por representantes de outra religião, a sacerdotisa teve agravamentos de problemas de saúde e faleceu em 21 de janeiro de 2000.
O ato repercutiu amplamente, resultando em projetos de lei na esfera municipal e, em seguida, sendo reconhecido na esfera federal pelo então presidente Lula que, em 2007, sancionou o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, fazendo da data um marco para fomentar o debate acerca do respeito às diferentes crenças e à liberdade de culto.
Com informações da Secom Ba.  26/11/2016

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