PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Brasil gasta mais de R$ 50 bilhões por ano com acidentes de trânsito,alerta ONG

Trânsito  🚗

ONG alerta que Brasil gasta mais de R$ 50 bilhões por ano com acidentes de trânsito.Números apresentados para sensibilizar sociedade e gestores marcam o Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito.E essa conta alta não para aí. O Brasil perdeu com a violência no trânsito em 2014 (último ano com os dados consolidados de mortes no trânsito pelo SUS), 56 bilhões de reais

Mariana Czerwonka.
Portal do Trânsito

Portal do Trânsito
Em tempos de recessão, com recursos cada vez mais escassos, sobretudo no setor público, imagine se o Brasil pudesse construir 28 mil escolas de Educação Básica, a um custo de R$ 2 milhões cada unidade? Cada estado poderia comemorar mais de 1037 escolas para os cidadãos. E se o Governo Federal, em reposta a crise crônica no sistema de saúde, pudesse anunciar recursos par a construção de 1800 novos hospitais para o país, custando R$ 30 milhões cada – o que daria mais de 66 hospitais por estado computando-se os 26 estados e o Distrito Federal? Tudo isso poderia ser realidade se a violência no trânsito não “sequestrasse” todo ano esses recursos para pagar os custos das mortes e tratamentos das vítimas e sequelados nas vias.
E essa conta alta não para aí. O Brasil perdeu com a violência no trânsito em 2014 (último ano com os dados consolidados de mortes no trânsito pelo SUS), 56 bilhões de reais, o correspondente a todo o repasse de recursos do Governo Federal para a região Norte (sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), mais estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Se considerarmos os últimos 5 anos de dados disponíveis, esse montante chegaria a quase 250 bilhões de reais, o equivalente a: 125 mil escolas, ou mais de 8 mil hospitais.
Os números de mortes por acidente de trânsito no país são preocupantes e nos levam a crer que o país dificilmente atingirá a meta de redução do número de mortes estabelecida no contexto da Década Mundial de Ações para a Segurança Viária. O gráfico a seguir mostra a evolução no número de mortes no país de acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde.


Desse total de mortes, em 2014, por exemplo (ano com informações mais recentes disponíveis), cerca de 1/3 concentra-se em apenas 3 estados brasileiros: São Paulo (7032), Minas Gerais (4396) e Paraná (3076). Há de se ponderar, no entanto, que estes também são os estados que concentram parcela significativa da população e frota no Brasil. Ao analisarmos índices de acidentes, percebe-se que a situação é muito mais crítica nos estados do Piauí (taxa de mortes por 10 veículos igual a 13,62), do Maranhão (taxa de mortes por 10 veículos igual a 13,19) e de Alagoas (taxa de mortes por 10 veículos igual a 12,33).
Esse conjunto de dados que revela a dimensão dos prejuízos com a violência no trânsito no Brasil é o principal alerta que o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, em conjunto com o SindSeg-SP, traz à sociedade para marcar o Dia Mundial das Vítimas de Acidentes de Trânsito, que será lembrado no próximo dia 20 deste mês, terceiro domingo de novembro, em todo o mundo. Dados detalhados para o estado de São Paulo mostram a evolução das mortes no gráfico que segue.


A data foi instituída em 1993 pela Road Peace,
uma organização do Reino Unido, em prol das vítimas de acidentes rodoviários; e, em 2005, adotada pela ONU – Organização das Nações Unidas – para mobilizar países de todo o mundo para lembrar essas vítimas e também conscientizar sobre os prejuízos de toda ordem com os acidentes rodoviários. De acordo com a ONU, mais de 1,3 milhão de pessoas morrem em acidentes de trânsito por ano, em todo o mundo.
Com a proposta de sensibilizar a sociedade para esse enorme problema, o OBSERVATÓRIO ainda levantou mais comparativos para reflexão nesta data. A cada minuto no país, uma pessoa fica com sequelas permanentes, resultantes dos acidentes nas vias e rodovias do país. Os inválidos permanentes, de acordo com dados do DPVAT , foram quase 600 mil cidadãos só em 2014. O gráfico a seguir mostra a evolução do número de pagamentos de indenizações do Seguro DPVAT por invalidez permanente em acidente de trânsito.


Probabilidade de mortes nas vias
Outros paralelos também podem ser feitos com esses prejuízos. Em tempos de intenso uso das redes sociais, tendo o país 99 milhões de usuários do facebook, nos próximos cinco anos (2016-2021), seis dos seus amigos do facebook perderão a vida; ou serão sequelados de forma permanente; ou, ainda, sofrerão com a perda de alguém para a violência no trânsito. Essa conta foi feita considerando que cada pessoa tenha 200 amigos no facebook. Se forem 300 amigos, seriam 9 vítimas. 400 amigos, 12 vítimas. 500 amigos, 15 vítimas. Só pra caso queiram complementar.
Com esse apanhado de dados, o OBSERVATÓRIO quer alertar a sociedade que o somos todos vítimas da violência no trânsito; e a conta a pagar por isso é muito alta. De acordo com o presidente, José Aurélio Ramalho, há uma penalização em série com a violência no trânsito: somos punidos com as perdas das vidas, com as perdas emocionais, com os prejuízos/custos dos acidentes. “Perde a sociedade, perde a saúde, perde a educação, perdem os programas sociais que poderiam ver os prejuízos no trânsito serem transformados em investimentos para as mais diversas necessidade da população brasileira”.
Para engrossar a lista de comparações, Ramalho cita que tudo que o Brasil gasta, por exemplo, com o Bolsa Família, poderia ser triplicado, se os R$ 56 bilhões de gastos com a violência no trânsito fossem usados nesta área”.
Ele esclarece que a adoção dessa ação, que tem como slogan “Somos todos vítimas”, no Dia Mundial das Vítimas de Acidentes de Trânsito, inclusive com a mesma hashtag, busca quantificar as enormes perdas do trânsito para toda a nação. Os esforços para essa conscientização vão estar focados nesta primeira etapa do trabalho na imprensa em geral e nas mídias sociais, sites, facebook e twitter. O objetivo é ressaltar esses comparativos, comprovando que a prevenção não é só economia, mas fonte de recursos para outros investimentos.
Os reflexos negativos dos acidentes, lembra Ramalho, não afetam apenas as famílias dos vitimados, mas toda a sociedade (por isso, o #somostodosvítimas). Os acidentes precisam deixar de ser vistos como fatalidade e, sim, como ocorrências que podem (e devem) ser evitadas. “O trânsito no Brasil está doente. E todos nós temos de nos envolver na busca de outro cenário, ou seja, na cura para este mal”, ilustra.
As informações são do Observatório Nacional de Segurança Viária
Fonte - Portal do Trânsito

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua visita, ajude-nos na divulgação desse Blog
Cidadania não é só um estado de direito é também um estado de espírito