quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O Centro Histórico de Salvador não é um apêndice da cidade,é o coração dela

Salvador/Centro histórico

O Centro histórico de Salvador é o berço da cidade,onde ela começou,onde ela nasceu,é a raiz da sua história da sua cultura da sua identidade e toda sua magia.Salvador sem o seu Centro Histórico jamais seria Salvador.

A.Luis
foto - ilustração/Pregopontocom
Nas esquinas das ruas cansadas de Salvador, Das paisagens pintadas no exterior, É o retrato da beleza em harmonia, Com o mistério e a riqueza da Bahia(*)......Porque cantada em verso em prosa e alegria,a beleza e a festança da cidade fala da sua essência,mais não reproduz a sua realidade.A história de uma cidade e de seu povo não é apenas contada nos livros,em crônicas ou documentos,ela está gravada nas pedras das ruas,nas faixadas dos casarios,na sua arquitetura antiga,na beleza singela dos seus traços,nas quebradas das esquinas,nas conversas dos antigos,na alegria das suas cores,que não falam mais contam para todos nós,tudo sobre os anos que já viveram e vivenciaram.Andar por ruas antigas da cidade,apreciar velhas construções,suas faixadas e os belos traços de sua arquitetura,não é um simples sentimento nostálgico,mais a magia e o prazer de caminhar por dentro da história,tomar conhecimento e conviver com ela,passear em um livro a céu aberto,mergulhar no passado,e desvendar os mistérios que as suas páginas desnudam e afloram para os nossos encantos,sobre tudo que sabem e tem a nos contar.É a história viva que precisa ser preservada,restaurada quando necessário,e mantida originalmente sem maquiagens,ou sem as deformidades de "reformas" sem nenhum sentido,que quase sempre rasgam,aniquilam,subtraem paginas da sua trajetória ao longo dos anos,retalhando a história criando espaços vazios,e descontinuando a sua narrativa.
(*) Trecho da Musica Esquinas do Pelô de Luis Som


E o que ainda pode ser feito? Assim pesamos.....

Centro da Cidade

Rua Chile e Av. Sete de Setembro
Os bondes aqui já reinaram altivos e soberanos,mas...foram engolidos pela famigerada orgia dos pneus.A revitalização e a humanização do centro Histórico de Salvador terá que dar uma quinada na direção da mobilidade com sustentabilidade e uma convivência pacífica e harmônica com a sua história e a sua população.A implantação de um sistema de VLT no centro da cidade,ligando a Pça. da Sé ao C.Grande/Canela, usando todo o percurso em via dupla na Rua Chile e na Av. Sete no corredor compreendido entre a Praça Castro Alves até próximo ao Campo Grande (Casa D'Itália) proibindo o estacionamento e restringindo-se a circulação de veículos no local no período compreendido entre as 7:00hs e as 21:00hs,sendo permitido nesse horário apenas a circulação de táxis bicicletas,veículos de serviços (excluído operações de carga e descarga),e moradores cadastrados e autorizados,melhorando-se as condições para a circulação de pedestres com o alargamento e modernização das calçadas,revitalizando-se o degradado centro da cidade com intervenções urbanas voltadas para a sua restauração (digo,restauração e não reformas,demolições e descaracterizações)de maneira abrangente,comercio,moradias e sua conseguente recuperação e reocupação,devolvendo a sua real importância no contexto urbano da cidade,garantindo e preservando também dessa forma a sua identidade histórica. Poderia se criar também a expl. do que já foi feito na década de 80, estacionamentos periféricos em áreas fora do centro com alimentadores entre os estacionamentos e o terminal do VLT no C.Grande.A operação desse tipo de veículo movido a energia elétrica atualmente,devido ao seu alto grau de evolução tecnológica,não implica mais na necessidade da implantação de uma rede aérea de alimentação elétrica contínua,sem prejuízos para o aspecto visual e sem impactar o ambiente urbano no local,No Campo Grande se faria a integração com um sistema de ônibus destinados aos bairros da região,(Como já foi feito na década de 80 com a implantação da linha de ônibus circular Pça,da Sé/Campo Grande e os estacionamentos periféricos),com as linhas transferidas do centro (Rua Chile) para o C.Grande e as linhas que já usam o local como ponto final.
A região central da cidade,Ruas Chile e Av. Sete que no passado já fervilharam com comércio altivo e grandioso,de grandes lojas e magazines tradicionais,do glamour do Palace Hotel,das casas de chá e restaurantes com musica ao vivo,onde a população desfrutava do prazer de por elas passar,bater pernas,subir e descer,e participar de rodas de conversas,foi solapada com a mudança de mala e cuia,do comercio e do centro financeiro,para a região do Iguatemi com a criação do 1º grande Shopping da cidade.Desprezadas e esquecidas pela fúria da modernidade,mergulharam em um "banzo"profundo,em uma fase de decadência e degradação.Mais a história ainda permanece ali,ignorada pelo descaso,coberta pelo manto da displicência e pela poeira da falta de cuidado com o seu conteúdo.O que é preciso fazer agora?...puxar a coberta,sacudir a poeira,encarar a realidade e trata-la com o devido respeito,deixar que a história continue o seu registro e assuma a sua verdadeira narrativa.

A Baixa do Sapateiros
Assim disse Caymmi......Na Baixa do Sapateiro, Encontrei um dia, A morena mais frajola da Bahia.... Esse tradicional e histórico centro comercial de Salvador por onde os bondes também já desfilaram com a sua cantoria nos trilhos a subir e descer transportando o povo entre a Barroquinha e vários bairros da cidade entre eles o boemio Rio Vermelho,poderá contar com um sistema de Bondes Modernos (VLT) trafegando nos dois sentidos, (em via dupla) Barroquinha,Arquidabã,Sete Portas, chegando até a antiga Estação Rodoviária que seria transformada num "terminal de integração" passando a atender as linhas que hoje se destinam ao terminal da Barroquinha,e do Arquidabã,além de um sistema alimentador para os bairros do entorno e mais próximos.Uma boa parte do comercio hoje ali existente (Na antiga rodoviária) seria transferido para uma área atualmente ocupada e sub utilizada pela Limpurb próxima ao Mercado da Sete Portas previamente reformada e preparada com infraestrutura própria e adequada para o funcionamento do novo centro comercial. O estacionamento e a circulação de veículos ao longo de toda via na Baixa dos Sapateiros assim como na cidade alta(No trecho Barroquinha/Arquidabã), sofreria restrição total no período das 7:00hs até as 21:00hs.Nesse horário apenas circulariam além do VLT, veículos de serviços (excluídos operações de cargas e descargas),táxis,bicicletas e moradores cadastrados e autorizados.O alargamento das calçadas em toda extensão da via,com dispositivos para melhorar a acessibilidade e circulação de pedestres irá possibilitar uma melhoria no fluxo das pessoas com mais conforto e segurança além de trazer também consequentemente,benefícios para o comercio local.A estação do Arquidabã subutilizada atualmente como terminal de ônibus acarretando custos de manutenção para o município seria transformada em um "centro de comercio popular"com infraestrutura adequada,e gerando receita, para onde seriam transferidos os trabalhadores que atuam no comercio informal em toda a extensão da via, arredores e outros locais do centro da cidade,além da instalação de postos de atendimento de serviços públicos e outros serviços "ancoras".A essas ações também se somariam a restauração e a revitalização arquitetônica do local inclusive com a recuperação e reativação do elevador do Taboão e de uma das mais belas obras arquitetônicas e históricas de Salvador o Cine e Teatro Jandaia, um acervo histórico cultural do qual a nossa cidade jamais deverá abrir mão de possui-lo (uma história em ruínas da cultura da nossa cidade),além de outros prédios (Cine Pax) também importantes que fazem parte da história do local e da nossa cidade. - Um estudo poderia ser feito para um possível projeto de um túnel equipado com esteiras rolantes apenas para a circulação de pedestres numa ligação entre o terminal da Barroquinha e a Estação da Lapa,ou o próprio sistema de VLT chegando até lá,possibilitando a integração com o sistema metroviário e o terminal de ônibus
Quem sabe assim tantos outros mais Caymmis e tantas outras mais morenas e bondes e histórias e o alegre caminhar do povo no local continuem a escrever e a fazer parte desse rico cenário e dessa magnifica história.
Pregopontocom  14/09/2016

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A história

A história de uma civilização não pode e não deve ser somente contada pelos livros,ela também deve ser vista,apreciada,admirada e sentida através da preservação dos seus monumentos da sua arquitetura dos seus ambientes naturais,dos hábitos e costumes culturais do seu povo.

Demolir ou simplesmente destruir e apagar o passado,a favor ou em nome da modernidade é como arrancar páginas de um livro de história ou destruir a base sólida de um grande edifício que está sempre a  ser construído.

O passado é uma referência,não se reforma,se restaura,se reconstrói,se preserva,assim como o presente se vive e o futuro se planeja e se constrói,pois haverá sempre espaço para o convívio harmônico entre o passado,o presente,e o futuro,mesmo porque o presente se tornará o passado,assim como o futuro um dia será o presente.
A.Luis

vamos salvar salvador

2 comentários:

  1. A canção citada, "Na Baixa do Sapateiro", é de Ary Barroso e não de Caymmi, como citado.

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  2. Nos sabemos disso,a frase não afirma ser a musica de autoria dele,(Como disse Caymmi)apenas faz referência a cantoria de Caymmi,cantor baiano, que também cantou e gravou a musica,apenas isso.

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