quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Grito dos Excluídos pede saída de Temer e que povo decida sobre governantes

Política

A concentração teve início por volta das 8h30, em frente ao Museu da República no DF. Após o fim do desfile, às 11h30, a passeata seguiu para o Congresso Nacional. Com o fim do desfile, diversas outras pessoas uniram-se à manifestação.Em Salvador, Grito dos Excluídos protesta por defesa da democracia

Mariana Tokarnia e
Paulo Victor Chagas
Repórteres da Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Uma frase unificou hoje (7) o discurso dos participantes do Grito dos Excluídos DF Fora Temer, manifestação realizada do lado oposto ao do desfile do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios: “Eu já falei, vou repetir, é o povo que tem que decidir”, diziam os manifestantes, em sua maioria integrantes de movimentos sociais e estudantis e entidades civis. Eles pediam a saída de Michel Temer da Presidência da República e que o povo decida sobre os novos governantes.
“Mesmo que vença alguém de direita, que o povo possa decidir. Que o Temer se candidate e apresente seu plano de governo”, disse Ademar Lourenço, um dos coordenadores do Grito. “Estamos aqui para mostrar o repúdio da população. As medidas que o Temer propõe são piores que as de todos os governos anteriores: Dilma, Lula e até FHC.”
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, no auge da manifestação, havia cerca de 2,7 mil participantes. Para os organizadores, eram 10 mil.
Acompanhada por amigas, a estudante Luiza Lucchesi levava um cartaz com a frase "Fora, Temer" escrita repetidas vezes. “Repito quantas vezes forem necessárias”, afirmou a estudante. “A gente não pode ficar em casa se escondendo”, acrescentou Luiza.
Os manifestantes fizeram também críticas à proposta da reforma da Previdência, que poderá tornar mais rígidas as regras de aposentadoria e a proposta de fixação de um teto para o reajuste orçamentário, contida na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016. Reclamaram também da falta de representatividade de mulheres, negros e representantes dos grupos LGBTs no governo e negros no governo.
A concentração teve início por volta das 8h30, em frente ao Museu da República. Após o fim do desfile, às 11h30, a passeata seguiu para o Congresso Nacional. Com o fim do desfile, diversas outras pessoas uniram-se à manifestação.

Em Salvador, Grito dos Excluídos protesta por defesa da democracia
Sayonara Moreno – Correspondente da Agência Brasil
No Centro de Salvador, manifestantes fizeram passeata hoje (7) na 22ª edição do Grito dos Excluídos, com a participação de representantes de movimentos sociais, religiosos e centrais sindicais.
Concentrados na Praça Dois de Julho, no Campo Grande, os participantes incluíram mais duas demandas ao movimento pelos direitos das minorias: a saída de Michel Temer da Presidência da República e a realização de eleições gerais.
Um dos coordenadores do movimento, padre José Carlos Silva, coordenador das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Salvador, disse que a pauta do evento anual permanece pelos pobres e menos favorecidos, mas este ano é também pela democracia.
“A gente tem que lutar pelos mais pobres e se, neste momento, os pobres ficam cada vez mais excluídos, a Igreja tem que estar do lado deles, e apoiando. É por isso que hoje, no Grito dos Excluídos, a gente diz também "Fora, Temer”, afirmou o líder religioso.
Por volta das 11h, os manifestantes saíram do Campo Grande e seguiram, em passeata, até a Praça Castro Alves, pela Avenida Sete de Setembro. Minutos antes, pela mesma via, passou o desfile cívico, em comemoração à Independência do Brasil.
A estudante Marcela Carvalho, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), representante do Coletivo Juventude e Revolução, afirmou que o presidente Michel Temer representa a queda da democracia, "já que entrou na presidência por meio de um golpe".
“Estamos aqui em defesa da democracia e contra o golpe de Estado no país. A UFBA vem sofrendo corte nas verbas, e isso é uma afronta, porque é um caminho para a privatização da universidade pública. Estamos aqui em defesa disso, defendemos o governo de Dilma, que foi eleita democraticamente com 54 milhões de votos”, disse a estudante de Artes Cênicas.
Também representando coletivos populares, grupos de jovens negros gritavam pela democracia a cantavam palavras de ordem contra o atual presidente. Frases como "Nenhum passo atrás. É Fora Temer e eleições gerais”, foram cantadas pelos manifestantes que estavam, em maioria, vestidos de vernelho e branco, carregando faixas, cartazes e bandeiras contra Michel Temer.
Durante a passeata, líderes e coordenadores do Grito dos Excluídos se manifestaram no carro de som, em tom de crítica, contra o atual governo e à atual situação social e política do Brasil. Segundo os organizadores, mais de 15 mil pessoas participaram do ato de hoje.
A Polícia Militar não divulgou a estimativa de participantes até o fechamento desta matéria. O ato terminou no início da tarde, na Praça Castro Alves.
Com informações da Agência Brasil  07/09/2016

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