PALESTINA

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terça-feira, 5 de abril de 2016

Renovação da frota anima a indústria ferroviária

Economia

As operadoras estão investindo fortemente na ampliação e renovação das frotas. Outro ponto positivo para a indústria é que grande parte dom volume transportado, que pouco tempo atrás dependia apenas da carga das mineradoras, hoje atende a outros tipos de mercadoria, com destaque para o agronegócio. 

Valor Econômico
foto - ilustração
Depois de dois anos de bons resultados, a indústria de trens e locomotivas tem expectativa de atingir em 2016, pelo terceiro ano consecutivo, vendas igualmente animadoras, em contraste com o fraco nível de atividade econômica. Este desempenho se explica por características próprias deste tipo de indústria. Um novo projeto de uma única operadora, ou a renovação de frota de um só cliente, é capaz de dar um grande empurrão no volume de encomendas. Foi o que aconteceu em 2014 e 2015, e neste ano não será diferente.
As operadoras estão investindo fortemente na ampliação e renovação das frotas. Outro ponto positivo para a indústria é que grande parte dom volume transportado, que pouco tempo atrás dependia apenas da carga das mineradoras, hoje atende a outros tipos de mercadoria, com destaque para o agronegócio.
“Nosso setor tem ciclos mais amplos. O ano passado foi muito positivo e colhemos resultados de investimentos que nossos clientes vinham fazendo desde 2014”, destaca Rogério Mendonça, presidente da GE Transportation para a América Latina. Em 2015, o volume produzido foi 60% superior ao do ano anterior e a perspectiva para 2016 é crescer, no mínimo, entre 15% e 20%, o que significa até 80 unidades, projeta.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), apesar do momento econômico turbulento, a indústria ferroviária continuará em alta. Esta perspectiva fortalece a meta de produzir 40 mil vagões na década 2010/2019. Há 15 anos o setor não tinha notícias tão positivas como no biênio 2014/2015. Nesses dois anos, foram colocados no mercado 4.703 e 4.683 vagões, respectivamente. “A indústria estava acostumada a uma verdadeira gangorra, com sucessivos picos e quebras bruscas nos pedidos em carteira”, afirma Vicente Abate, presidente da ABIFER. As locomotivas também seguem com demanda aquecida. Em 2015, o setor registrou recorde histórico ao atingir 129 unidades ante as 80 fabricadas em 2014, um acréscimo de 61,2%.
“Trabalhamos com a previsão de produzir mais de cem locomotivas em 2016, volume bastante alinhado com a expectativa para a década, ou seja, uma centena de locomotivas por ano”, afirma Abate. A projeção para os vagões também é otimista. “Serão quatro mil unidades fabricadas neste ano, número também alinhado à projeção para a década”. A receita de R$ 6,2 bilhões no ano passado supera em 10,7% os R$ 5,6 bilhões obtidos em 2014.
A Caterpillar, fabricante de locomotivas instalada em Sete Lagoas, Minas Gerais, fechou 2015 com o dobro da produção verificada no ano anterior. Para 2016, a companhia já tem encomendas fechadas, mas Carlos Roso, diretor da Progress Rail Services no Brasil, braço do setor ferroviário da companhia, diz que o volume deverá ficar um pouco abaixo. “Para este ano, a previsão é de retração da ordem de 20%, porém ainda será satisfatória”.
A Alstom – que encerrou suas atividades de geração e transmissão de energia elétrica e vendeu seus ativos nesta área para a General Electric – passou a focar no serviço de transporte ferroviário. “A Alstom é mais experiente em lidar com os tomadores de decisão no mercado de passageiros, enquanto a GE está mais habituada com ferrovias privadas. A GE vende produtos, enquanto a Alstom foca na venda de sistemas e serviços. Essa troca de experiências será essencial em um momento de grande competição no mercado”, diz Michel Boccaccio, presidente da Alstom no Brasil e vice-presidente sênior na América Latina.
Além das locomotivas, a GE também é responsável por oferecer assistência técnica e treinamento. “Aumentamos o conteúdo de suporte tecnológico, monitoramento remoto e capacitação digital dessas locomotivas”, diz Mendonça. “Assumimos a manutenção a assistência técnica dos clientes. Este é um mercado bastante interessante, até para equilibrar a receita em momentos de alta ou baixa demanda na indústria”.
A GE Transportation, líder global em fornecimento de tecnologia e de equipamentos ferroviários, inaugurou seu primeiro Centro de Monitoramento e Diagnóstico Remoto no Brasil, em Contagem, Minas Gerais. Através do sistema Locomotive Maintenance Suite (LMS), o novo centro será responsável por analisar os dados coletados por diversos sensores instalados na locomotiva, monitorar a “saúde” da frota e antecipar possíveis anomalias, possibilitando alertar as ferrovias para a correção do problema logo após a notificação.
O plano de renovação da frota – feito em 2014 pela ABIFER e pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e amplamente discutido com o governo – perdeu fôlego. “O plano não vingou, pelo menos por ora, por conta do possível ajuste fiscal”, diz Abate. Segundo o executivo, dos 110 mil vagões que compõem a frota brasileira, 40 mil já têm mais de 40 anos. Na mesma situação estão 1,4 mil das 3,2 mil locomotivas do país. “Não deveríamos perder esta oportunidade de transformar uma frota ineficiente em uma frota moderna, mais capaz e menos poluente”. Pelos seus cálculos, a antiga frota de 40 mil vagões seria trocada por 18 mil vagões modernos e as 1,4 mil locomotivas seriam substituídas por 600. 
Fonte - ABIFER   04/04/2016

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