segunda-feira, 7 de março de 2016

As mulheres estão cada vez mais presentes no metrô de Salvador

Metrô de Salvador

Uma das funções que mais desperta a curiosidade dos passageiros do metrô é a de Operadora de Trem. Com sorriso largo, sempre maquiada e de bem com a vida, Gisele Maria N. Ventura, 26 anos, é uma das 13 mulheres que conduzem, diariamente, mais de 20 mil passageiros do metrô. Ano passado, eram apenas 4 mulheres.

CCR

Elas ainda são minoria no quadro de colaboradores da CCR Metrô Bahia, mas isso não significa menos importância, menos profissionalismo ou menor força de trabalho, em um dos principais projetos de mobilidade urbana do país. Atualmente, as mulheres ocupam cerca de 30% dos 930 cargos diretos da concessionária responsável pela operação e manutenção do metrô de Salvador. Nos canteiros de obra do metrô, atuam 300 trabalhadoras.
Uma das funções que mais desperta a curiosidade dos passageiros do metrô é a de Operadora de Trem. Com sorriso largo, sempre maquiada e de bem com a vida, Gisele Maria N. Ventura, 26 anos, é uma das 13 mulheres que conduzem, diariamente, mais de 20 mil passageiros do metrô. Ano passado, eram apenas 4 mulheres.
“Quando se fala em operador, maquinista de trem, logo vem à tona a imagem de um homem, mas isso está mudando no mercado de trabalho. As portas estão abertas para as mulheres, inclusive para transportar pessoas. Isso é muito gratificante!”, orgulha-se a colaboradora que recebe elogios do supervisor Rodrigo Bertollaci: “Ela é muito pró-ativa, sempre prestativa e simpática com todos”.
Única entre os nove homens que atuam na área de manutenção de material rodante, Debora Santos, 31 anos, desempenha o que se pode chamar de mecânica de trem. Ela troca filtro, troca módulo de freios, calibra o pantógrafo - equipamento responsável por captar a energia elétrica que move o trem - entre outros serviços de manutenção preventiva e corretiva na oficina dos trens da CCR Metrô Bahia. Casada, ela diz que as mulheres já derrubaram o estigma de que lugar de mulher é em casa e ressalta que as piadinhas machistas passam longe do seu ambiente de trabalho.
“Às vezes os colegas tentam me poupar para não pegar equipamentos muito pesados, mas mostro que sou capaz. Eles me respeitam muito”, afirma. O supervisor de Debora, Brunno Canhadas, avalia o desempenho profissional - “Ela está indo muito bem”.
A presença feminina nas estações, garantindo a segurança e o bem-estar dos usuários, também chama a atenção. Na equipe de Agentes de Atendimento e Segurança (AAS) da concessionária atua Jacinta Santana, 39 anos, que sentencia: “Sinto orgulho de mim mesma, de ser mulher, de ser segurança no metrô e, de ser respeitada por todos”. Questionada se a disciplina e a ordem continuam fora do ambiente de trabalho ela revela que os afazeres domésticos são divididos com o companheiro há 30 anos que também ajuda com a filha de 9 anos. “Tem que chegar junto!”.
Líder da área de Gestão de Pessoas da CCR Metrô Bahia, Cris Adad, avalia “A CCR Metrô Bahia não faz distinção de gênero, avalia a competência para o trabalho. É notório que a mulher está descobrindo essas novas funções que estão surgindo no mercado de Salvador com o metrô, como as engenheiras na obra, as operadoras de trem, as agentes de segurança, as agentes de manutenção. Se o percentual de mulheres ainda é menor no quadro de colaboradores é porque a procura pelas vagas por elas é ainda pequena”.
Fonte - CCR Metrô Bahia  07/03/2016

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