quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Porto de Santos terá agendamento ferroviário

Logística

Os planos, ainda em fase inicial, foram revelados pelo diretor de Operações Logísticas da estatal, Cleveland Sampaio Lofrano.Segundo o executivo, as composições deverão obedecer a critérios como ocorre no modal rodoviário. Haverá uma programação conjunta entre as concessionárias ferroviárias que atendem a região (a Rumo-ALL e a MRS Logística), que será coordenada através de uma central de controle.

A Tribuna
foto - ilustração
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos, irá implantar um serviço de agendamento ferroviário para melhorar o controle sobre a chegada das cargas em vagões no complexo marítimo. Os planos, ainda em fase inicial, foram revelados pelo diretor de Operações Logísticas da estatal, Cleveland Sampaio Lofrano.
Segundo o executivo, as composições deverão obedecer a critérios como ocorre no modal rodoviário. Haverá uma programação conjunta entre as concessionárias ferroviárias que atendem a região (a Rumo-ALL e a MRS Logística), que será coordenada através de uma central de controle.
Lofrano não revelou quais serão as regras do novo agendamento. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, a Docas pretende iniciar negociações para acertar como serão as regras para os vagões que seguem em direção ao Porto de Santos. “Essa medida poderá eliminar conflitos observados entre os dois modais de transporte”, destacou o diretor da Codesp.
Esta é uma das medidas da Autoridade Portuária para facilitar e, assim, impulsionar o transporte ferroviário no cais santista. O modal tem ampliado sua participação no deslocamento de mercadorias entre o complexo e o interior do País nos últimos anos. Em 2010, as cargas transportadas em vagões somaram 19 milhões de toneladas, 19,5% de tudo o que passou pelos terminais marítimos da região no período. Já no ano passado, chegou a 27,5 milhões de toneladas, 24,7% das cargas.
A expectativa é de que, em dez anos, o modal responda por 40% das mercadorias que seguem em direção ao cais santista. Considerando apenas as commodities (principalmente as agrícolas, como soja e milho), essa participação é ainda maior, chegando a 58%.
Modal ferroviário respondeu por 24,7% do movimentado entre o Porto de Santos e o Interior do País em 2015
Em números absolutos, o movimento de vagões entre o interior do Brasil e o Porto de Santos também vem crescendo. No ano passado, aumentou 4,58%. Em contrapartida, o de caminhões caiu 5,76%. A expansão do modal ferroviário no transporte de cargas como granéis sólidos de origem vegetal (açúcar e grãos) impulsionou essa mudança na matriz de transporte de mercadorias.
Para ampliar ainda mais a participação das ferrovias no transporte de cargas no Porto, o diretor de Operações Logísticas também estuda segregar o tráfego de trens e eliminar conflitos rodoferroviários no Porto de Santos. Nesse processo, o agendamento de vagões é uma das ferramentas a serem utilizadas pela Docas.

Agendamento de Caminhões
Hoje, todo caminhão com grãos que chega ao cais santista deve passar pelos pátios reguladores credenciados (instalados tanto na Baixada Santista como na Grande São Paulo), onde será agendado. O motorista receberá, por escrito, o período em que o terminal deve recebê-lo.
O veículo que chegar dois dias antes ou depois do período agendado para carga ou descarga será considerado infrator. Mas, neste caso, o terminal que impedir o ingresso do caminhão irregular (aquele não esperado ou não apontado pelo sistema) não será responsabilizado pela permanência do auto em vias públicas. Ou seja, não será cobrada multa da instalação que comprovar que o auto não foi atendido pois o motorista burlou as regras de agendamento sem seu conhecimento.
Conforme resolução publicada pelo Governo Federal em 2013, o terminal que desrespeitar a norma de agendamento e causar congestionamentos pode ser multado de R$ 1 mil a R$ 2 mil por caminhão irregular. A normativa também prevê que as instalações recebam multas variando entre R$ 10 mil e R$ 20 mil por veículo que interromper o trânsito portuário.
Fonte - Revista Ferroviária   06/01/2016

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