quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Caterpillar fechará 2015 com produção 100% maior

Economia

As informações são do diretor geral da Progress Rail Services (PRS) no Brasil, braço do setor ferroviário da Caterpillar, Carlos Roso. Segundo ele, as negociações e pedidos de novas locomotivas acontecem entre a empresa e, principalmente, a Valor da Logística Integrada (VLI), a Vale S/A e a América Latina Logística (ALL).

Diário do Comércio - RF
foto - ilustração/RF
A Caterpillar, fabricante de locomotivas instalada em Sete Lagoas (região Central), vai fechar este ano com o dobro da produção registrada em 2014. E para 2016 a empresa já tem encomendas para ocupar a fábrica de maneira “satisfatória”, mas abaixo do nível verificado neste exercício.
No entanto, o cenário no longo prazo não é dos mais promissores para a empresa, uma vez que a indústria ainda não tem pedidos para 2017, o que já deveria estar acontecendo devido ao longo ciclo de fabricação das máquinas.
As informações são do diretor geral da Progress Rail Services (PRS) no Brasil, braço do setor ferroviário da Caterpillar, Carlos Roso. Segundo ele, as negociações e pedidos de novas locomotivas acontecem entre a empresa e, principalmente, a Valor da Logística Integrada (VLI), a Vale S/A e a América Latina Logística (ALL).
“Neste ano devemos dobrar a produção em relação a 2014. E para 2016 já temos encomendas que deixarão a fábrica ocupada, não em um nível tão alto e abaixo do de 2015. Mas que dá para operar. Para 2017, porém, o cenário é preocupante porque já era hora de estarem entrando novos pedidos e isso não está acontecendo”, disse Roso.

Concessões
Diante disso, a Caterpillar deposita suas expectativas na tentativa do governo federal de acelerar as negociações com as atuais concessionárias do setor ferroviário para renovar e estender os prazos dos contratos de concessão, com o objetivo de garantir investimentos para os próximos anos.
Em contrapartida, os aportes desses players na malha já existente podem chegar até R$ 16 bilhões.
As negociações estão concentradas basicamente na ALL, na MRS Logística e na Ferrovia Centro Atlântica (FCA). A primeira, por exemplo, que detém a maior malha ferroviária do País, anunciou, após a fusão com a Rumo Logística (do grupo Cosan), uma proposta de investimento que soma R$ 7,4 bilhões, sendo que R$ 4,6 bilhões estariam condicionados à extensão contratual das suas concessões.
“Renovar as concessões é fundamental porque isso vai garantir os investimentos em melhorias das ferrovias, como está previsto nos contratos”, afirmou o diretor da Caterpillar. Esses aportes, entre ampliação da capacidade de tráfego, novos pátios, redução de interferências urbanas, novos ramais e sinalização, também incluem a ampliação da frota, o que seria bom para os negócios da fabricante de locomotivas instalada em Sete Lagoas.
Sobre os investimentos da Caterpillar na planta da região Central do Estado, Roso disse que a empresa está “discutindo algumas coisas”, que segue players como a VLI, Vale e ALL de perto e que acompanha o mercado. “Para o cenário de hoje, já fizemos aportes mais que suficientes”, completou o diretor.

Vendas
Ao longo deste ano, a Caterpillar concretizou a venda de 113 locomotivas para a VLI. Entre as máquinas já entregues estão cinco modelos de bitola métrica de oito eixos, os primeiros deste tipo no Brasil. Anteriormente, dois protótipos já tinham sido entregues.
Conforme já informado, a planta de Sete Lagoas foi montada para atender a América do Sul e o Brasil, sendo que o País representa cerca de 80% desse mercado. Além do modelo de oito eixos, também saíam das linhas de montagem outros dois modelos de locomotivas, com 60% de conteúdo nacional.
O primeiro é uma máquina diesel elétrica, de bitola larga e de corrente alternada com seis eixos. A outra é semelhante a primeira, mas com bitola métrica.
Porém, os novos modelos de oito eixos, de acordo com o diretor, devem ocupar a planta no próximo ano. Eles trazem um diferencial para a Caterpillar ganhar mercado, uma vez que consomem menos combustível e são capazes de reduzir em cerca de 50% a emissão de partículas em relação às máquinas mais antigas.
Além disso, duas locomotivas novas, como as negociadas com a VLI, são capazes de fazer o trabalho de três mais velhas, como as que comumente rodam atualmente nas ferrovias nacionais.
Fonte - Revista Ferroviária  03/12/2015

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