quarta-feira, 8 de julho de 2015

Cobrança de estacionamento nos Shoppings causa retração aponta Fecomércio

Economia

Fecomércio aponta prejuízos com cobrança de estacionamento. - Lojistas esperam que a entidade interceda na questão, diante da retração nas vendas, agravada pelas chuvas que atingem a cidade nos últimos dois meses.A redução de 15% nas vendas, sobre a retração de 30% já verificada por conta da crise econômica, foi constatada menos de 15 dias após o início da cobrança pelo estacionamento.

Joyce de Sousa - A Tarde
Carlos Andrade, da Fecomércio, propõe consenso contra a crise 
Mila Cordeiro - Ag. A TARDE
A Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) planeja para a próxima semana uma reunião com as empresas administradoras de shopping centers de Salvador, na tentativa de rever a cobrança por estacionamento.
Lojistas esperam que a entidade interceda na questão, diante da retração nas vendas, agravada pelas chuvas que atingem a cidade nos últimos dois meses.
A redução de 15% nas vendas, sobre a retração de 30% já verificada por conta da crise econômica, foi constatada menos de 15 dias após o início da cobrança pelo estacionamento.
"Temos recebido muitas queixas dos lojistas de shopping por conta da queda do movimento, devido à cobrança do estacionamento, atingindo, inclusive, supermercados e farmácias que, até então, vinham mantendo as vendas estáveis", afirmou o presidente da Fecomércio, Carlos Andrade.
Ao participar, ontem, de reunião da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Andrade percebeu que, diante da crise geral enfrentada pelo setor no país, o caso de Salvador e, especialmente dos lojas de shopping, foi considerado "ainda mais preocupante", por conta da chuva e do estacionamento.
Segundo Andrade, os lojistas questionam o início da cobrança pelas vagas em um momento tão desfavorável.
"Entendemos que as administradoras têm também enfrentado dificuldades e querem reduzir custos, como, aliás, tem feito todo o setor produtivo, mas a medida pode inviabilizar a permanência do lojista no centro comercial. Entendemos que é hora de buscar um consenso, contando com o apoio das empresas e, também, do poder público, se for o caso, para que possamos rediscutir essa questão", disse o líder empresarial.

Reação
A auditora Karla Borges, do Instituto Latino-americano de Estudos Jurídicos (Ilaej), diz que, considerando que a decisão judicial assegura o direito de cobrança nos estacionamentos, "só resta ao cliente a pressão e o boicote, visando criar meios mais brandos para amenizar esse pagamento obrigatório".
Ela sugere que, diante da queda no movimento, o comércio crie estratégias de atração, a exemplo de programas de fidelidade.
Para Karla, mesmo que os governos estadual e municipal quisessem dispor sobre o assunto, não poderiam fazê-lo: "Não há lei que limite esse poder de atuação das empresas que não venha a ser considerada inconstitucional, por se tratar de local privado".
E conclui: "Ao consumidor só resta reduzir as idas aos estabelecimentos, priorizando os que oferecem o serviço gratuitamente".
Fonte - A Tarde  08/07/2015

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