terça-feira, 30 de junho de 2015

Brasil e China avançam em novo fundo

Internacional

Desde o anúncio, pelo menos a cada 15 dias, teleconferências entre equipes das duas instituições financeiras têm ocorrido para aprofundar a formatação do fundo. O atual momento, segundo fontes que acompanham o assunto, é de conhecimento dos arcabouços jurídicos brasileiro e chinês. Isso está sendo feito para avaliar as possibilidades de execução das operações financeiras necessárias a fim de que os recursos ingressem no Brasil e sejam destinados aos investimentos em infraestrutura.

Valor Econômico
foto - ilustração
Uma missão técnica do governo brasileiro deverá embarcar para a China em julho, com o objetivo de avançar nas negociações em torno da implantação do novo fundo anunciado pela presidente Dilma Rousseff e pelo primeiro ministro Li Keqiang para financiar projetos de infraestrutura. Paralelamente
à visita de Li a Brasília,em maio,um memorando de entendimento assinado entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) prevê a criação do fundo. Na ocasião, os dois países falaram numa cifra de US$ 50 bilhões ¬ basicamente, verbas chinesas geridas pela Caixa.
Desde o anúncio, pelo menos a cada 15 dias, teleconferências entre equipes das duas instituições financeiras têm ocorrido para aprofundar a formatação do fundo. O atual momento, segundo fontes que acompanham o assunto, é de conhecimento dos arcabouços jurídicos brasileiro e chinês. Isso está sendo feito para avaliar as possibilidades de execução das operações financeiras necessárias a fim de que os recursos ingressem no Brasil e sejam destinados aos investimentos em infraestrutura. O grupo de trabalho entre Caixa e ICBC deve funcionar até o fim de agosto.
Na sexta feira passada, na declaração final da 4ª Reunião da Comissão Sino Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban),o vice presidente Michel Temer e o vice primeiro ministro Wang Yang reiteraram o interesse na pronta implementação do memorando de entendimento.Uma das grandes dúvidas na iniciativa privada continua sendo a mesma de antes:se projetos de infraestrutura de energia e de transportes,por exemplo,poderão receber financiamento do novo fundo mesmo se uma empresa chinesa não ganhar a licitação pública ou não for contratada como
fornecedora de equipamentos,turbinas para hidrelétricas ou trilhos para ferrovias.
Temer e Wang também anunciaram a decisão de criar o Fundo Brasil-China de Cooperação para a Expansão da Capacidade Produtiva. Esse fundo, que não deve ser confundido com o financiamento do ICBC a projetos de infraestrutura,teria US$ 20 bilhões os chineses se dispõem a fazer um
aporte de US$ 15 bilhões e o Brasil entraria com a parte restante.Os aportes ocorreriam conforme avanços na definição dos projetos prioritários,especialmente em logística e na indústria, inclusive por meio de Joint Venture com companhias locais.
Fonte - Revista Ferroviária  30/06/2015

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