segunda-feira, 20 de abril de 2015

Carros e Motos transportam 31% da população e consomem 85% dos gastos

Mobilidade

Carros e motos consomem 85% dos gastos para transportar apenas 31% da população. O mais recente relatório do SIM - Sistema de Mobilidade Urbana da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) - referentes aos dados de 2012 releva o disparate da situação do transporte adotado no país.

Jornal da Manhã
foto - ilustração
O transporte coletivo atende somente 29% da população, mas é responsável por oferecer a maior oferta de deslocamentos, atendendo 57,2% das necessidades de deslocamentos da sociedade
O mais recente relatório do SIM - Sistema de Mobilidade Urbana da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) - referentes aos dados de 2012 releva o disparate da situação do transporte adotado no país. De todos os gastos embutidos e relacionados à mobilidade no Brasil, 85% deles são direcionados aos transportes individuais (carros e motos), entretanto, esta opção atende apenas 31% da população e corresponde a apenas 31% das distâncias percorridas. O relatório flagra ainda que a grande maioria da população prefere o transporte não motorizado, a pé ou de bicicleta (40% da população), para suas necessidades de deslocamento. Apenas 29% da população utiliza o transporte coletivo para se deslocar. O transporte individual, feito por carro ou moto, é utilizado por apenas 31% da população. A pesquisa levantou os dados referentes aos sistemas de transportes de cidades com 60 mil habitantes ou mais, o que representa 438 municípios que somam 119 milhões de habitantes – 61% da população brasileira. Contando com os custos dos próprios deslocamentos e das externalidades (poluição, acidentes de trânsito, uso de estrutura viária, etc.), a mobilidade para 61% da população em todo o País custou R$ 205,8 bilhões no ano de 2012. Os transportes individuais motorizados consumiram R$ 174 milhões deste montante, o equivalente a 85% de todos os custos. A pesquisa demonstra que o meio mais utilizado para se percorrer as distâncias necessitadas pela população foi o transporte coletivo, com 57,2% de todas as distâncias percorridas. O transporte a pé ou de bicicleta atendeu apenas a 11,8% dos deslocamentos e o transporte individual só atende a 31% das distâncias percorridas pela população. Segundo o gerente da AMTU, Paulo Pupo, enquanto os carros e motos recebem a maior parte dos estímulos diretos e indiretos, são os ônibus os responsáveis pela maior parte dos deslocamentos em transportes públicos. “Os dados mostram a necessidade de o transporte por ônibus receber prioridade e investimentos para que a maioria da população brasileira seja atendida com mais qualidade, menor custo para o País e para o próprio usuário, sem dizer menor poluição ou consumo de energia não renovável pela sociedade.” Em um rápido comparativo é possível exemplificar que um ônibus coletivo retira 50 carros das ruas, evitando todo o gasto financeiro e prejuízo ambiental que estes veículos despendem. Aliás, em relação ao custo de deslocamento, o transporte coletivo ainda é o mais barato e eficiente das opções existentes, principalmente aos trabalhadores, que se beneficiam da lei que regulamenta o vale-transporte, subsidiado pelos empregadores que também se garantem dentro da legalidade do benefício. O custo não pode ultrapassar 6% do salário do empregado. Por exemplo, o custo mensal do vale-transporte em Marília é de R$ 132,00/ mês. Se um empregado ganha R$ 1.000,00, 6% deste total representa R$ 60,00. A empresa é quem paga o que exceder, que no caso seria R$ 72,00. Em Marília, a AMTU (Associação Mariliense de Transporte Urbano) estimula o uso do transporte coletivo como principal opção de mobilidade para a população e pagamento com cartão para maior segurança e agilidade das viagens, seja para deslocamentos para o trabalho, laser, etc. Mais informações pelo 3402-9010 ou no site -  www.amtumarilia. com.br.
Fonte - Jornal da Manhã  19/04/2015

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