quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Praça Almeida Couto no bairro de Nazaré não tem mais o charme e a paz de antes

Cidade

Uma das praças mais antigas em de bairro tradicional de Salvador hoje se encontra abandonada e entregue a própria sorte.Segundo alguns comerciantes, o abandono da praça não é novidade. Além das pichações, os monumentos estão danificados, e até mesmo uma placa de bronze que continha informações sobre uma das estátuas foi roubada.

Matheus Fortes - TB
Foto: Francisco Galvão
Salvador - Principal espaço de lazer de um dos bairros mais antigos da cidade, a Praça Conselheiro Almeida Couto, em Nazaré, enfrenta um processo de degradação com atos contínuos de vandalismo, roubos, e uso de drogas – problemas que tem afastado a população de um lugar, outrora conhecido como espaço de lazer familiar, principalmente aos casais de namorados.
Segundo alguns comerciantes, o abandono da praça não é novidade. Além das pichações, os monumentos estão danificados, e até mesmo uma placa de bronze que continha informações sobre uma das estátuas foi roubada. A fonte, situada no centro não está funcionando, e sua grade de um dos monumentos é utilizada pelos flanelinhas e moradores de rua para pendurar roupas. A presença dos mendigos, pedintes, e guardadores de carro na praça já é uma realidade que muitos transeuntes precisaram se acostumar.
Para a dona de casa Lucimara Couto, estacionar nos arredores da praça sempre é uma dor de cabeça, pois são vários flanelinhas, e, não bastando a intimidação, eles vivem se desentendendo. “Certa vez, fui buscar meu carro, e quando fui dar o dinheiro a um deles, veio outro, no mesmo momento, reivindicando o espaço. É revoltante porque isso aqui é espaço público, eu pago a eles, com medo de acontecer alguma coisa comigo ou com meu carro”, ela explicou.
Karla Suzane também trabalha como secretária em um consultório médico ao lado da praça, e afirma que o verdadeiro perigo é na parte da tarde. “Durante a manhã, o movimento da praça é muito tranquilo. É problema é com o passar do dia. À tarde o fluxo diminui e as pessoas se arriscam menos em sentar-se aqui para descansar, pegar um ar livre”, relata ela, explicando que o consumo de drogas normalmente é feito à noite.
Se durante o dia, transitar pelo lugar exige atenção constante, à noite todo cuidado é pouco. Há dezesseis anos trabalhando em uma farmácia ao lado da Almeida Couto, a balconista Ana Meire dos Santos diz que após 20h, o fluxo de pessoas diminui, enquanto usuários de droga se aproveitam do espaço para o consumo das substâncias ilícitas, como o crack.
A Secretaria de Manutenção de Salvador (Seman) informou que a praça Conselheiro Almeida Couto passa por revisões periódicas, e que hoje mesmo estará enviando técnicos para averiguar os danos ao patrimônio público. Além disso, o órgão municipal está planejando uma grande ação de manutenção da praça que deverá ocorrer depois do carnaval.

Menores de idade
Mas os problemas da praça não se restringem a falta de políticas para cidadãos em situação de vulnerabilidade. Alguns transeuntes, como a balconista Eunice Silva, afirmaram já ter visto barracas nas proximidades da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato vendendo bebidas alcoólicas a menores de idade,sem qualquer preocupação. “O ideal aqui seria ter alguma cabine fixa para fiscalizar e fazer segurança o tempo todo, só que isso não acontece”, opinou.
Fonte - Tribuna da Bahia  04/02/2015

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