sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Aeroporto de Salvador deve ser duplicado, segundo Infraero

Infraestrutura

Atualmente, o aeroporto ocupa uma área de 5,7 milhões de m². Com a duplicação passará a dispor de praticamente o dobro com 10 milhões de m² Ele salientou, todavia, que parte desse terreno pertence à Conder.Segundo o documento divulgado no período pela Unidunas, “a ampliação do Aeroporto de Salvador extinguiria uma grande parte do parque e do ecossistema do Abaeté,

Albenísio Fonseca - TB
foto - ilustração/infraero
O superintendente da Infraero-Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, na Bahia, José Cassiano Ferreira Filho, anunciou, ontem, durante almoço promovido pelo Rotary Club, na Casa do Comércio, que um novo projeto de duplicação do Aeroporto Luís Eduardo Magalhães encontra-se em fase de estudos e adequações na Diretoria de Planejamento da estatal. Atualmente, o aeroporto ocupa uma área de 5,7 milhões de m². Com a duplicação passará a dispor de praticamente o dobro com 10 milhões de m² Ele salientou, todavia, que parte desse terreno pertence à Conder.
O superintendente admitiu que a não obtenção do licenciamento ambiental para a duplicação, em 2009, “decorreu do entendimento do Inema-Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (à época era o IMA) de que a pista velha teria possibilidade de ampliação, o que tornava injustificável a construção de uma nova pista, à época”. Para Cassiano, contudo, “a duplicação da pista existente não contemplaria o redimensionamento da operacionalidade prevista para o aeroporto”. A assessoria da Infraero, em âmbito nacional, ficou de emitir hoje um posicionamento oficial sobre a obra, como se haverá ou não manutenção do custo da intervenção em R$ 200 milhões, conforme previsto naquele ano.
Para José Cassiano, somente uma nova pista permitirá pousos e decolagens simultâneos e a ampliação do terminal de passageiros. A pista tem extensão prevista em 2,4 quilômetros. Portanto, tendo como perspectiva o ano de 2039, Cassiano disse que “efetivada a duplicação, o aeroporto de Salvador terá capacidade para operar um movimento de até 42 milhões de passageiros por ano. Em 2014 a movimentação alcançou 9,1 milhões, compreendendo um acréscimo de 6,5% em relação ao ano anterior.
A propósito das obras no terminal de passageiros, que permanecem sem conclusão e que deveriam estar concluídas antes da Copa do Mundo de Futebol, transcorrida em 2014, Cassiano garantiu que, “embora a conclusão já tenha sido anunciada para maio próximo, ainda não será possível concluir nesse novo prazo”.
Ele atribuiu o atraso à “falta do repasse de recursos pelo governo federal”, além das “necessidades de adequação do projeto diante das demandas surgidas com o início dos trabalhos”. Conforme o superintendente, dos dias 9 a 18 – período do Carnaval em Salvador – estão previstos 290 vôos extras, além dos 130 operados normalmente, com um aumento de 25% na malha diária. A propósito da privatização do Luis Eduardo Magalhães, o dirigente da Infraero na Bahia, disse tratar-se de questão sobre a qual não poderia se pronunciar. Mas confirmou que estudo nesse sentido vem sendo desenvolvido pela Secretaria da Aviação Civil.
Nova pista
Embora conste do Plano Diretor do Aeroporto, elaborado em 1981, a construção da terceira pista para pouso e decolagem de grandes aeronaves em Salvador é fonte de polêmica desde 2009. O projeto previa, então, a utilização de cerca de 80% da Área de Preservação Ambiental Lagoas e Dunas do Abaeté. Os ambientalistas chegaram a questionar a obra, à época, como “mais um crime ambiental anunciado que envergonha a Bahia”.
Segundo o documento divulgado no período pela Unidunas, “a ampliação do Aeroporto de Salvador extinguiria a quase totalidade do manancial do Abaeté, aterraria 15 lagoas, erradicaria espécies em risco de extinção, além de centenas de espécies vegetais raras, como orquídeas que só acontecem naquele ecossistema”.
Fonte - Tribuna da Bahia  06/02/2015

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