PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sábado, 2 de agosto de 2014

Brasileiro anda cada vez menos de ônibus

Mobilidade

Queda na utilização se deve, principalmente, à migração das pessoas para os transportes individuais motorizados....   - Por que razão e motivos???????!!!!

Ultima Hora
FOTO: NATINHO RODRIGUES
Apesar de criticar falta de investimentos públicos,
associação avalia que avanços, como os BRTs,
 já começam a apresentar resultados
Brasília. Balanço divulgado ontem pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) contabiliza que, em 2013, 175 milhões de passageiros deixaram de usar ônibus nas nove capitais mais populosas do País (Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo). Ou seja: 560 mil passagens deixaram de ser vendidas a cada dia, na comparação com o ano anterior.
Isso corresponde a uma redução de 1,4% no número de passageiros transportados, entre 2012 e 2013. Esse percentual sobe para 30% se o recorte for entre 1995 e 2013. De acordo com a NTU, essa queda se deve, principalmente, à migração das pessoas para os transportes individuais motorizados e ao alto custo do diesel, repassado ao valor da tarifa.
Na opinião do presidente da NTU, Otávio Cunha, não é a má qualidade do transporte público o que tem resultado nessa diminuição da demanda por ônibus - e na consequente migração das pessoas para os automóveis. "É a baixa demanda o que tem resultado na má qualidade do transporte público", garante. A baixa qualidade do transporte tem, segundo ele, suas explicações.
"Em primeiro lugar, faltou ao governo federal o estabelecimento de políticas públicas de transportes. Falta inteligência para pensar o transporte e também investimento e capacitação profissional", disse ele.

Velocidade média cai
O resultado dessa falta de políticas públicas para o setor, acrescenta o presidente da NTU, "é a queda da velocidade operacional, o aumento do custo dos insumos e a competição com transporte individual. Nesse cenário, a velocidade média das viagens caiu em 50% nos últimos dez anos, passando de 25 quilômetros por hora (km/h) para 12 km/h", completou. Segundo o diretor administrativo da NTU, "as pessoas colocam o empresário como vilão por tentar aumentar a tarifa". Mas, de acordo com ele, o aumento de tarifa serve para "manter o mesmo nível do transporte público". Segundo Cunha, as empresas fazem o que podem na gestão interna. "O que acontece é que a crise está muito mais motivada pela falta de políticas públicas", criticou.
Apesar da crítica, a diretoria da NTU avalia que os recentes investimentos em infraestrutura para mobilidade começam a apresentar resultados. "Os corredores (exclusivos para transporte público) recentes darão melhorias significativas ao transporte. A partir de 2016 veremos resultados muito significativos".
Fonte - Diário do Nordeste 02/08/2014

COMENTÁRIO Pregopontocom

""Na opinião do presidente da NTU, Otávio Cunha, não é a má qualidade do transporte público o que tem resultado nessa diminuição da demanda por ônibus - e na consequente migração das pessoas para os automóveis. "É a baixa demanda o que tem resultado na má qualidade do transporte público", garante. A baixa qualidade do transporte tem, segundo ele, suas explicações.""

Pregopontocom - No mínimo a explicação desse SR. é uma justificativa totalmente falsa e tendenciosa,quando inverte a lógica verdadeira e subverte ordem natural do problema, ou seja na verdade atua como autêntico lobista.Afirmar que a queda da qualidade do (péssimo) transporte por ônibus e o resultado da queda da demanda de passageiros só pode estar fazendo uma piada de muito mau gosto ou desprezando totalmente a inteligência dos demais.Não Sr....não é nada disso....a queda na demanda de passageiros no transporte por ônibus dar-se em função justamente por razões contrarias a tudo que o Sr. afirma.Os passageiros se afastam na medida em que esse sistema se deteriora na qualidade do serviço prestado,em razão do preço cobrado por ele (a tarifa),na qualidade do equipamento usado bem como a falta de vontade dos donos de ônibus em investir na modernização da atual frota em circulação com novas tecnologias já disponíveis,a exemplo de ônibus com piso baixo,câmbio eletrônico automático,suspensão pneumática,propulsores traseiros ou centrais e até ar refrigerado ou ventilação forçada.Investir em tecnologia de bordo com sistemas de monitoramento e informação para os passageiros,implantar o uso do bilhete único (integrado com todos os modais) por tempo de permanência no sistema (por hora) com a inclusão de bilhetes eletrônicos avulso além dos cartões mensais,e a integração física e tarifária com todo o sistema existente.Em vez disso insistem, com algumas exceções, em continuar utilizando ônibus montados em plataformas de caminhão,com motores dianteiros,duros,barulhentos, desconfortáveis e com difícil acessibilidade pára todos os usuários.Além disso o fato da grande maioria dos ônibus serem mecânicos e não automáticos,tornam a jornada dos seus condutores mais dolorosa e extremamente exaustiva.Investir em capacitação profissional é obrigação única e exclusiva dos "empresários" do setor que se utilizam da mão de obra,pois são empresas privadas e não públicas.
Quanto aos custos das empresas,eles são fixos e não variam em função do numero de passageiros transportados a exemplo das empresas aéreas,que com tarifas mais baratas atraem mais passageiros que ocupam os assentos vazios.E muito fácil querer,nesse caso do transporte por ônibus,transferir toda a responsabilidade para o poder público ao tempo em que os donos de ônibus não investem um centavo sequer em infraestrutura viária,ou não dão nenhuma contrapartida,achando tudo pronto e sempre disponível para o uso inteiramente free cabendo todo o ônus de custeio de construção e manutenção ao poder público.O mais interessante é que sempre se queixam do valor da tarifa,e folgam em dizer que quase não tem lucros,alguns chegam até alegar prejuízos,mais no entanto nenhum deles quer lagar o "osso",ou seja desistir do negócio,mudar de ramo,brigam desesperadamente pela sua permanência no sistema e "investem" pesado nisso. Dizer que o aumento da tarifa serve apenas para manter o nível do transporte público,por ônibus,...que nível????...ao que se sabe serve apenas para manter o bom nível de lucros dos donos de ônibus que choram e choram de barriga cheia......
Sinto muito lhe informar Sr. mais a verdade é que ônibus,principalmente os de péssima qualidade usados nas cidades do país,infelizmente não retiram passageiros do transporte individual que oferece ao seu proprietário comodidade,conforto,ar condicionado,som,flexibilidade de horários,ainda que tenham que enfrentar diariamente o caos urbano dos estressantes congestionamentos,mais mesmo assim preferem conviver com todo esse transtorno,pelo menos com mais conforto,do que ter mofar horas nos pontos para andar ensardinhados e em pé em latas velhas quentes,barulhentas e horários duvidosos.O poder público comete um erro sim, em demorar para investir com mais intensidade e mais rapidez em sistemas troncais de transportes de massa como trens,metrôs e VLTs,e também em sistemas hidroviários e de transportes verticais além de sistemas cicloviários e calçadas largas e livres para as viagens a pé.O BRT Sr.... é apenas uma caricatura mal desenhada de um sistema de transportes de massa,por ser ele um modal de baixa capacidade de demanda (23.mil pasgs/h-pico.p/sentido),comparado aos sistemas de transportes sobre trilhos,e não ser nada mais além do que um mero sistema de transportes por ônibus mais organizado (para garantir a sobrevivência dos ônibus mediante novas tecnologias que afloram para o transporte público),onde na maioria das vezes compromete e agride o meio ambiente com seus corredores,viadutos e elevados de concreto que quase sempre devastam e aniquilam áreas verdes de canteiros centrais ainda existentes.Os corredores de ônibus utilizando simplesmente a 1ª faixa da direita das vias existentes,custam infinitamente mais baratos,melhoram a circulação e a velocidade média do sistema,além de contribuírem para reduzir os espaços utilizados pelo transporte individual. Ônibus Sr.....não é transporte de massa ....é apenas um sistema complementar e alimentador dentro de uma rede moderna e eficiente de transportes públicos.

Novos Ferries vão partir da Grécia para Salvador

Bahia

Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia), Eduardo Pessôa. “Neste final de semana eles serão abastecidos com combustível, água doce, potável e alimentação para a tripulação, e na segunda-feira (4), começam a travessia com o prazo de 10 a 12 dias para aportarem na cidade”, revelou o dirigente. Após chegar à capital o prazo para começar a operar é 10 dias.

TB
fonte - Seinfra Ba
Os Ferries Dorival Caymmi e Zumbi dos Palmares zarpam nesta segunda-feira (4), para a capital baiana onde irão reforçar o transporte hidroviário de navegação do estado.
As duas embarcações chegarão em Salvador dia 16 de agosto, e a previsão para começarem a operar é dia 26 deste mesmo mês. A informação foi dada a Tribuna da Bahia, pelo diretor Executivo da Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia), Eduardo Pessôa. “Neste final de semana eles serão abastecidos com combustível, água doce, potável e alimentação para a tripulação, e na segunda-feira (4), começam a travessia com o prazo de 10 a 12 dias para atracarem na cidade”, revelou o dirigente. Após chegar à capital o prazo para começar a operar é 10 dias. “Quando aportarem começa a fase de inspeção, adaptação, regularização das documentações junto a Receita Federal, até a Marinha dar o aval de funcionamento. Estimo que dentro de 10 dias todo esse processo esteja concluído”, afirmou o diretor da Agerba.
Conforme Pessôa, os novos Ferries gregos são modernos e têm a capacidade de transportar três vezes mais do que os outros barcos que já existem no estado. “O Zumbi dos Palmares tem capacidade para 208 veículos e o Dorival para 180. Ambos suportam aproximadamente mil pessoas. As novas embarcações não têm instalações confortáveis, modernas, não fazem manobras ao atracar e com isso ganham tempo e agilidade”, afirma. Atualmente Salvador conta com sete Ferries, porém seis deles estão em operação. Os Ferries Agenor Gordilho e Juracy Magalhães comportam 90 veículos cada um. O Ana Nery e Ivete Sangalo 60 veículos, já o Rio Paraguaçu e o Pinheiro 50 veículos.
As novas embarcações custaram 18 milhões de Euros e foram adquiridas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Infra Estrutura. “Esse custo inclui adaptação, seguro, treinamento de funcionários, documentação. Compramos o pacote que inclui os barcos e o serviço”, explica Pessôa. De acordo com ele o objetivo é melhorar o sistema de Ferryboat dando mais acessibilidade, conforto e segurança para a população que utiliza desse transporte. Os novos Ferries irão reduzir o tempo de espera das filas, principalmente em horários de picos e feriados e a capacidade de atendimentos.
De acordo com Internacional Marítima, concessionária responsável pelo sistema Ferryboat, a média de passageiros em dias de semana, considerando terça a quinta-feira é 1.500 veículos e 15 mil pedestres por dia. Já em final de semana, considerando de sexta a segunda-feira o fluxo aumenta para 2.750 veículos e mais de 16 mil pedestres. Em relação a preparação para a chegada dos novos Ferries a Internacional Marítima, informou que toda a parte de estrutura é com o Governo do Estado, e a empresa só pode se pronunciar quando oficialmente as embarcações forem repassadas para Internacional Marítima, concessionária que administra o sistema.
Fonte - Tribuna da Bahia 02/08/2014

Poder aquisitivo e acesso levam Brasil a liderar ranking de cirurgia plástica

Saúde 

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, João de Moraes Prado Neto, um dos fatores que contribuíram para o Brasil ultrapassar os Estados Unidos no ranking foi a alta do poder aquisitivo de parte da população brasileira. Outro fator é o aumento do número de cirurgiões plásticos no país, o que levou a reduzir o preço dos procedimentos, tornando-os mais acessíveis.

Aline Leal 
Repórter da Agência Brasil 
foto - ilustração
Publicação da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética desta semana aponta o Brasil como o país que mais fez cirurgias plásticas estéticas em 2013. Ao todo, foram mais de 11,5 milhões de procedimentos em todo o mundo. O Brasil foi responsável por 12,9%, cerca de 1,49 milhão. Em seguida, aparecem os Estados Unidos (12,5%), o México (4,2%), a Alemanha (3%) e a Colômbia (2,5%).
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, João de Moraes Prado Neto, um dos fatores que contribuíram para o Brasil ultrapassar os Estados Unidos no ranking foi a alta do poder aquisitivo de parte da população brasileira. Outro fator é o aumento do número de cirurgiões plásticos no país, o que levou a reduzir o preço dos procedimentos, tornando-os mais acessíveis.
A qualidade das cirurgias e o culto à beleza levaram o brasileiro a procurar a cirurgia estética.
Quando são considerados os procedimentos não cirúrgicos, como aplicação de botox e de preenchimento, os Estados Unidos continuam em primeiro lugar. O mais procurado é o botox.
Em todo o mundo, pouco mais de 87% dos procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos foram feitos em mulheres, de um total de mais de 20 milhões. Os mais procurados por elas são o aumento das mamas, a lipoaspiração, a cirurgia de pálpebra, a lipoescultura e o lifting de mama. Já entre os homens, a procura é maior pela cirurgia de nariz, a ginecomastia (redução das mamas), a cirurgia de pálpebra, a lipoaspiração e a cirurgia de orelhas.
Prado Neto alerta que quem quiser fazer uma cirurgia plástica deve consultar um especialista. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica disponibiliza uma lista com nomes de profissionais habilitados. “Se o nome não estiver lá, não é cirurgião plástico”, disse.
“A pós-graduação para cirurgia plástica dura cinco anos. São 15.500 horas de atividades. Enquanto isso, alguns médicos fazem cursos de 400 horas e se dizem especialistas, não são. Podem produzir desastres, tragédias”, destacou.
Fonte - Agência Brasil  02/08/2014

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Rui se eleito promete elevar para 41 km a extensão do projeto do metrô de Salvador

Transportes sobre trilhos

“Após anos de má gestão e acusações de corrupção, o Governo do Estado da Bahia, em apenas 11 meses, botou o metrô para funcionar. O metrô de Salvador terá 41,4 km de extensão, 22 estações, chegará até Cajazeiras e Lauro de Freitas e estará entre os três maiores do país”, garantiu o petista.

Victor Pinto TB
foto arquivo - Pregopontocom
Por mais de uma década, o metrô de Salvador ganhou a denominação de metrô “calça curta” por ter um circuito de apenas 6 km, ligando a Lapa à Rótula do Abacaxi. Depois que o Governo do Estado assumiu a operação, concluiu a obra e já elevou o percurso para quase 8 km, indo até o Retiro, e anuncia, até janeiro, sua chegada a Pirajá. Agora, o candidato petista à sucessão estadual, apelidado pela presidente Dilma Rousseff (PT) como o pai do PAC na Bahia, Rui Costa, ainda mais otimista, promete elevar, se eleito, para 41 km a extensão de todo o projeto, podendo assumir o posto de “calça comprida”.
“Após anos de má gestão e acusações de corrupção, o Governo do Estado da Bahia, em apenas 11 meses, botou o metrô para funcionar. O metrô de Salvador terá 41,4 km de extensão, 22 estações, chegará até Cajazeiras e Lauro de Freitas e estará entre os três maiores do país”, garantiu o petista.
Antes vinculado à prefeitura e após pouco mais de uma década sem rodar nos trilhos, o metrô de Salvador só passou a circular com os investimentos do governo do estado tendo a Copa do Mundo como estopim. Atualmente, os trens circulam, gratuitamente, entre o Terminal da Lapa e o Acesso Norte, passando por Brotas e Campo da Pólvora. A próxima etapa seguirá até o Retiro e aumentará o percurso para 8km.
foto arquivo - Pregopontocom
As principais obras de mobilidade da capital também estão na mira de Costa. Entre elas está a integração entre as cidades de Simões Filho, Candeias, Dias D’Ávila e Camaçari com a capital por meio sistema VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) numa interligação com o metrô.
“A estação do metrô Águas Claras/Cajazeiras será o ponto de encontro entre o VLT. Quem mora nas cidades da Região Metropolitana e trabalha em Salvador terá o tempo do percurso casa/trabalho cronometrado”, disse.
No plano ferroviário, o petista vai implantar um ramal de passageiros entre Salvador e Feira de Santana e recuperar a ligação entre Dias D’Ávila e Alagoinhas. A revitalização do ramal ferroviário Belo Horizonte / Feira de Santana / Aratu (antiga FCA) criará corredores de exportação para a produção de minérios do Sudoeste, para os grãos do Oeste do Estado e da região Centro-Oeste, além da produção da região do Norte de Minas Gerais.
“Vamos ter um ramal conectando Feira ao Porto de Aratu, e queremos usar esse ramal para o transporte de pessoas, em um percurso de 150 quilômetros, conectando com a estação de metrô em Águas Claras. Quando foi que a RMS teve um planejamento, um projeto estruturante como esse?”, questionou.
Economia - Ontem, durante encontro promovido pelas federações da Agricultura e Pecuária (Faeb), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) e das Indústrias (Fieb), Costa ouviu as propostas e prioridades específicas de cada setor, como contribuição para uma agenda positiva de desenvolvimento econômico. O petista se comprometeu em descentralizar as atividades econômicas.
Fonte - Tribuna da Bahia  01/08/2014

IPC-S recua na última semana de julho

Economia

A apuração, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que a principal influência sobre esse resultado partiu do grupo alimentação com queda de 0,25% ante um recuo de -0,1%. Entre os itens, destaque para as carnes bovinas (de 0,32% para -0,13%).

Marli Moreira 
Repórter da Agência Brasil 
Entre as principais influências de queda estão
o tomate (-21,66%)Antonio Cruz/Agência Brasil
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou a última semana de julho com decréscimo de 0,1%. A taxa anterior tinha indicado alta de 0,16% ante 0,24%. A apuração, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que a principal influência sobre esse resultado partiu do grupo alimentação com queda de 0,25% ante um recuo de -0,1%. Entre os itens, destaque para as carnes bovinas (de 0,32% para -0,13%).
Mais dois grupos tiveram redução: vestuário (de -0,03% para -0,09%) e comunicação (de 0,02% para -0,30%). Neste último caso, a baixa reflete os preços dos pacotes de telefonia fixa e internet que ficaram 1,05% mais baratos.
Além disso, ocorreram perda no ritmo de elevação os grupos: transportes (de 0,10% para 0,06%), saúde e cuidados pessoais (de 0,40% para 0,30%) e despesas diversas (de 0,30% para 0,22%). Já em educação, leitura e recreação, houve ligeira recuperação no reajuste, mas ainda com variação negativa (de -0,08% para -0,07%).
No grupo habitação – único a apresentar elevação expressiva – o índice subiu de 0,48% para 0,56%).
Os cinco itens que mais pressionaram a inflação no período foram: refeições em bares e restaurantes com alta de 0,81%; tarifa de eletricidade residencial (2,1%) ; mão de obra para reparos em residência (1,66%); aluguel residencial (0,59%) e plano e seguro de saúde (0,69%).
Em sentido oposto, as cinco maiores influências de queda foram: o tomate (-21,66%); a batata-inglesa (-24,57%); a passagem aérea (-17,58%); a taxa de água e esgoto residencial (-1,55%) e os alimentos preparados e congelados de ave (-4,63%).
Fonte - Agência  Brasil  01/08/2014

Morro de São Paulo - Travessia maritima opera com conexão na Ilha

Travessia Marítima

Mau tempo suspende travessia marítima direta para Morro de São Paulo - Com conexão, viagem dura cerca de 3h20

A Tarde
Da Redação
Gildo Lima | Arquivo | Ag. A TARDE
Por conta do mau tempo, a travessia marítima Salvador-Morro de São Paulo realiza o transporte de passageiros na manhã desta sexta-feira, 1º, com conexão em Itaparica.
Segundo a Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), os catamarãs saem do Terminal Náutico da Bahia, no Comércio, e atracam em Itaparica, de onde os passageiros seguem via terrestre até a Ponta do Curral (Valença) e fazem a travessia até Morro.
As saídas acontecem às 10h30, 13h e 14h30. Com conexão, a viagem dura 3h20. O valor da passagem é R$ 75.
Já a travessia Salvador-Mar Grande funciona sem restrições e com movimento tranquilo. Oito embarcações estão em tráfego e os horários de saída aontecem a cada 30 minutos. A última saída do dia será às 18h30, de Mar Grande para a capital, e às 20h no sentido inverso.
Fonte - A Tarde  01/08/2014

Questão indígena ganha destaque no terceiro dia da Flip

Cultura

A primeira mesa que a Flip dedicada aos índios e à Amazônia reúne, às 15h, a fotógrafa suíça Claudia Andujar e o xamã indígena Davi Kopenawa, pajé e presidente da Hutukara Associação Yanomami. Ela fez um trabalho de saúde preventiva em terras Yanomami, em Roraima.

Flávia Villela 
Enviada Especial 
Exposição Millôr, 90 Anos de Nós Mesmos,
 na Casa de Cultura de Paraty faz parte da Flip
Fernando Frazão/Agência Brasil
Ditadura no Brasil, questão indígena e culinária são alguns dos destaques de hoje (1º) da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que termina no domingo (3).
A primeira mesa que a Flip dedicada aos índios e à Amazônia reúne, às 15h, a fotógrafa suíça Claudia Andujar e o xamã indígena Davi Kopenawa, pajé e presidente da Hutukara Associação Yanomami. Ela fez um trabalho de saúde preventiva em terras Yanomami, em Roraima.
Cada índio foi marcado com uma numeração no intuito de ajudar a combater o avanço de epidemias causadas pela abertura de uma estrada, em meados dos anos de 1970. Ela transformou o trabalho no livro Marcados – nome também escolhido para a mesa. A publicação serviu de alerta para o mundo sobre a situação dos índios que pareciam “marcados para morrer”, segundo ela.
No circuito paralelo da FlipMAis, a mesa Em Nome do Pai reúne às 20h o engenheiro Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar, e o escritor Marcelo Rubens Paiva, filho do deputado Rubens Paiva, torturado pelo regime militar e ainda desaparecido. A medição será feira por Zuenir Ventura.
Mais tarde, às 21h30, o cineasta Cacá Diegues e o músico Edu Lobo, que lançam livros de memórias durante a Flip, falam de seus desafios pessoais e profissionais ao longo de 50 anos.
A culinária também tem lugar na programação principal deste terceiro dia de mostra, com o ensaísta norte-americano Michael Pollan que falará ao meio-dia da importância do ato de cozinhar e de fazer refeições ao redor da mesa, como bases de nossa noção atual de civilização.
Na Flipzona, programação dedicada aos jovens, estão previstas leitura dramatizada da obra de Millôr Fernandes – homenageado desta edição – por jovens de Paraty e mesas sobre imagem e texto e astronomia. Na programação infantojuvenil da Flipinha, as escritoras Bia Bedran e Marilda Castanha falam de música e literatura e, durante todo o dia, haverá musicais e peças de teatro encenadas por alunos de escolas da cidade.
Fonte - Agência Brasil  01/08/2014

Funcultural intensifica esforços pela recuperação da Estrada de Ferro Mamoré

Transportes sobre trilhos

Parte dos trabalhos de retirada dos sedimentos foi realizada com tratores e caminhões basculantes, a outra parte, que se refere a limpeza dos trilhos soterrados, foi realizada manualmente.

Rondônia Dinâmica

A Fundação Cultural do Município de Porto Velho (Funcultural) está avançando nos serviços de recuperação do complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM). Na terça-feira (29), foram realizados trabalhos de raspagens dos sedimentos que soterravam parte dos trilhos. As ações estão sendo realizadas em quatro etapas distintas e o conjunto da operação é orientado pelo museólogo Antônio Ocampo.
Parte dos trabalhos de retirada dos sedimentos foi realizada com tratores e caminhões basculantes, a outra parte, que se refere a limpeza dos trilhos soterrados, foi realizada manualmente. “Temos que fazer esse trabalho manual para limpar bem os trilhos, a fim de que possamos trazer uma das máquinas que está emperrada, quase ao fim da Linha. Ela precisa ser retirada de lá não apenas para que possamos lavá-la, mas também porque o local em que ela se encontra também deve ser limpo. Mas além de limpar os trilhos, teremos também que desentortar alguns que foram impactados pela força das águas e dos sedimentos empurrados contra a Estrada”, explicou Leninha Bastos, técnica da Funcultural que coordena a equipe de recuperação da EFMM.
Outro problema a ser brevemente solucionado, segundo as informações da técnica da Funcultural, é a retirada de dejetos que estão sendo derramados no complexo da EFMM, advindos dos edifícios acima da Estrada. “O que se vê aqui é esgoto que vem lá de cima. Já pedimos ao pessoal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para fiscalizar isso e tomar as providências cabíveis”, disse Leninha.
Quanto às etapas dos serviços, a técnica da Funcultural explicou que as primeiras ações visavam retirar as camadas mais grossas de lama apegadas às peças do Museu, máquinas, galpões e prédios, assim como aos trilhos e demais elementos de todo o complexo da EFMM. “Gastamos três meses de trabalho apenas para realizar esse serviço. Foi fundamental a colaboração do Exército. Sem essa ajuda teríamos que contratar mão de obra especializada, pois o trabalho era gigantesco”, observou Leninha, esclarecendo também que a segunda etapa dos serviços, ponto em que está atualmente a operação, acontece na forma de uma limpeza mais detalhada dos materiais.
A terceira etapa será a catalogação, peça por peça, de todo o patrimônio. “Temos contado com as orientações do museólogo Antônio Ocampo para todas as ações que vimos realizando, mas especialmente nesse ponto é que ele mais vai cooperar conosco”, explicou.
A última etapa dos trabalhos pretende a completa revitalização da EFMM. Para isso, será realizado um seminário nos dias 30 de setembro a 02 de outubro, no galpão 2. Serão chamadas para o evento instituições governamentais, instituições não governamentais e os demais interessados em discutir regras e formas de ocupação de uso do complexo da EFMM. “A Funcultural espera poder utilizar todo esse espaço para a realização de diversas atividades artísticas e culturais de maneira constante. Com o seminário queremos definir as melhores formas de uso e ocupação da EFMM. Esperamos atrair muitos parceiros para que conosco façam com que este espaço se torne o maior centro de cultura e lazer a céu aberto para as famílias de Porto Velho”, informou Leninha Bastos.
Fonte - STEFZS   01/08/2014

Termina hoje prazo de matrícula dos selecionados no Sisutec

Educação

O candidato deve verificar, na instituição de ensino em que foi encaminhado, o local, horário e procedimentos para a matrícula - A segunda chamada será divulgada na terça-feira (5), e as matrículas estão previstas para os dias 6, 7 e 8.

Da Agência Brasil 
Arquivo/Agência Brasil
Hoje (1º) é o último dia para que os selecionados na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) façam a matrícula nas instituições. A lista dos aprovados está disponível site do Sisutec. O candidato deve verificar, na instituição de ensino em que foi encaminhado, o local, horário e procedimentos para a matrícula.
Nesta edição, foram oferecidas 289.341 vagas em cursos técnicos e gratuitos em instituições públicas e particulares e do Sistema S.
A segunda chamada será divulgada na terça-feira (5), e as matrículas estão previstas para os dias 6, 7 e 8. As vagas remanescentes serão disponibilizadas online para todos aqueles que fizeram o ensino médio, independentemente de terem feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para concorrer, o candidato precisa ter concluído o ensino médio e feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado, sem tirar zero na redação. Pelas regras do Sisutec, 85% das vagas são destinadas a candidatos que cursaram o ensino médio em escolas públicas ou privadas, como bolsistas integrais.
O Sisutec foi criado no ano passado, como parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O processo seletivo ocorre duas vezes por ano.
Fonte - Agência Brasil  01/08/2014

Aécio indica dono de jatinho que usou em aeroporto ilegal para dirigir estatal mineira

Política

Costa Filho, dono do jatinho , foi indicado por Aéciopara a direção de uma estatal mineira - Apuração publicada, nesta tarde, no blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário, mostra que um dos donos do jatinho usado por Neves, hoje candidato tucano ao Palácio do Planalto, foi indicado por ele para a direção de uma das estatais mais rentáveis do governo mineiro.

Correio do Brasil
Por Redação - RJ

Aécio Neves publicou em sua página no Facebook, nesta quinta-feira, artigo sobre a recente polêmica envolvendo o aeroporto construído, durante sua gestão à frente do governo mineiro, no município de Cláudio, em terras que pertenceram à sua família. Apuração publicada, nesta tarde, no blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário, mostra que um dos donos do jatinho usado por Neves, hoje candidato tucano ao Palácio do Planalto, foi indicado por ele para a direção de uma das estatais mais rentáveis do governo mineiro.

Leia, a seguir, o texto de Miguel do Rosário:
O erro 1 é fofinho: “No caso de Cláudio, cometi o erro de ver a obra com os olhos da comunidade local e não da forma como a sociedade a veria à distância.”
Erro 2: “Depois de concluída essa obra, demandada pela comunidade empresarial local, pousei lá umas poucas vezes, quando já não era mais governador do Estado. Viajei em aeronaves de familiares, no caso a da família do empresário Gilberto Faria, com quem minha mãe foi casada por 25 anos”.

Fofinho também. Usou o jatinho do marido da mamãe.
Aécio esqueceu, contudo, o erro principal. A pista não estava homologada pela Anac, nem preparada ainda para receber jatinhos do porte que ele usou.
Como um sujeito imprudente, que usa “umas poucas vezes” uma pista clandestina, quer governar o Brasil?
Além disso, acho útil trazer mais detalhes sobre o jatinho.
Na verdade, o jatinho, um Hawker 800, de numeração PT-GAF, pertence à empresa Banjet Táxi Aéreo Ltda, que tem dois proprietários: Clemente de Faria (filho do padrasto de Aécio) e Oswaldo Borges da Costa Filho.
Pois bem, Oswaldo Borges da Costa, um dos donos do jatinho, foi indicado por Aécio, já na transição para seu sucessor, para uma das mais estratégicas estatais de Minas Gerais, a Codemig.
A Codemig opera no setor de mineração, como, por exemplo, na reserva de nióbio de Araxá, cuja exploração o governo de Minas entregou a CBMM, pertencente à família Moreira Salles.
Antes de assumir a Codemig, Borges da Costa foi, também por indicação de Aécio, diretor-presidente da Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá, uma companhia mista pertencente à Codemig e à CBMM.
Documento vazado pelo Wikileaks em 2010 revela que a mina de Araxá é considerada um dos lugares mais estratégicos para a sobrevivência dos Estados Unidos. A exploração da mina de nióbio Araxá é uma fábrica de dinheiro para os Salles. A CBMM vale US$ 13 bilhões. Com faturamento anual superior a R$ 4 bilhões, dá mais dinheiro à família do que o Itaú-Unibanco, onde a família detêm 33% das ações.
O Brasil possui praticamente 100% das reservas mundiais de nióbio e até hoje não possui uma política específica para o setor.
Segundo a própria CBMM, em 2002 terminou o prazo da parceria entre o governo do estado e a empresa para a exploração conjunta do nióbio em Araxá, mas “as partes não manifestaram interesse na rescisão” da parceria, através da qual o governo de Minas, via Codemig, fica com 25% dos lucros líquidos de toda a operação com nióbio na região.
Adriano Benayon, um especialista em nióbio, denuncia que a CBMM exporta o produto a um preço abaixo do mercado internacional, lesando os cofres públicos em bilhões de dólares por ano.
O site da Sociedade Militar acusa a CBMM de explorar sem licitação, há décadas, o nióbio brasileiro. O Ministério Público de Minas Gerais decidiu investigar o caso, mas não se sabe se o inquérito teve andamento. Parece que o MP e a Justiça de Minas estão mais interessados em prender jornalistas críticos a Aécio Neves do que sustar uma evasão bilionária das riquezas de Minas e do Brasil.
De fato, o povo brasileiro gostaria de saber quando é que alguém pediu sua opinião sobre tanta generosidade com a família Salles?
Aliás, por coincidência, o político que mais recebe doações da família Salles, através do Itaú Unibanco, é Aécio Neves. Em 2010, o Itaú doou, oficialmente, R$ 500 mil para sua campanha ao senado. O Itaú doa para todos os partidos, inclusive para o PT, mas Aécio Neves é seu preferido.
E pensar que tudo isso começou com um jatinho.
Gilberto Carvalho tem razão. É só a ponta do iceberg.
Fonte - Correio do Brasil   31/07/2014

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Metrô estende horário de funcionamento em agosto

Transportes sobre Trilhos

Metrô de Salvador amplia o horário de atendimento aos usuários do sistema - Operação comercial está prevista para iniciar em 15 de setembro

A Tarde
Da Redação
Lúcio Tavora | Ag. A TARDE
A partir de sexta-feira, 1º de agosto, o metrô de Salvador irá funcionar por mais uma hora, com viagens das 9h às 16h de segunda a sexta-feira. O novo horário é válido somente até o dia 31 de agosto, quando sofrerá nova alteração.
A previsão da concessionária CCR Metrô Bahia é que o transporte passe a operar das 8h às 16h a partir de setembro. Ainda de acordo com a empresa, a operação comercial deve ter início no dia 15 de setembro, quando o serviço estará disponível das 5h às 24h todos os dias da semana.
Inaugurado em 11 de junho deste ano, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas está em fase experimental para adaptação gradativa e ajustes na operação. O percurso tem ao todo quatro estações: Lapa, Campo da Pólvora, Brotas e Acesso Norte.
Fonte - A Tarde  31/07/2014

Flip debate papel do urbanismo para a construção de uma cidade mais democrática

Cidadania

Um dos fundadores do Observatório de Favelas, que desenvolve trabalhos sociais na periferia do Rio de Janeiro, Jailson de Sousa acredita que as políticas públicas de segurança aplicadas em favelas tem como eixo a repressão e a polícia atua apenas para combater a criminalidade. 

Flávia Villela 
Repórter da Agência Brasil  
foto - ilustração
O papel do urbanismo na construção de uma cidade mais democrática, acessível e menos desigual foi o tema da primeira mesa hoje (31), no segundo dia da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2014. Para a sul-africana Rene Uren, que é conselheira da cooperação alemã para o desenvolvimento sustentável na área de prevenção de crime e da violência na África do Sul, se a comunidades oferecer dignidade, infraestrutura, equipamentos sociais e serviços básicos, a presença policial não precisa ser ostensiva.
"As moradias feitas pelo governo [sul-africano] têm cerca de 20 metros quadrados, sem paredes internas, que abrigam muitas vezes famílias de oito pessoas", explicou ao citar que as condições precárias contribuem para a proliferação de gangues e assassinatos. "Na minha comunidade 33 mil pessoas moram em uma área planejada para 3 mil pessoas. Temos uma média de dez mortes a cada 11 dias", a maioria de adolescentes, ressaltou.
Um dos fundadores do Observatório de Favelas, que desenvolve trabalhos sociais na periferia do Rio de Janeiro, Jailson de Sousa acredita que as políticas públicas de segurança aplicadas em favelas tem como eixo a repressão e a polícia atua apenas para combater a criminalidade. A lógica de guerra e combate está arraigada nos policiais que entram para a corporação, argumentou ele. “Eles não querem ser mediadores de conflitos, trabalhar a pé", disse. "Precisamos construir um modelo de segurança que incorpore mais a população local que veja a segurança como um direito do cidadão".
A antropóloga Paula Miraglia, especialista em temas como prevenção da violência, segurança pública e urbanismo, acredita que um dos desafios das cidades hoje é promover a conexão entre a periferia e o centro. Para ela, a violência é resultado das desigualdades estruturais que ainda não foram superadas no país e de um modelo de desenvolvimento que não considera a segurança como um direito, mas como um privilégio garantido pelo setor privado. "As cidades brasileiras não podem ser pensadas como negócio, " defendeu ela."Temos uma das maiores populações carcerárias do mundo e ainda assim a violência não para de crescer", disse.
"É necessário ter um modelo de crescimento que agregue e beneficie o conjunto das cidades, que não seja excludente", disse. Para a antropóloga, cidades mal planejadas geram e perpetuam desigualdades e consequentemente a violência. "Belo Monte virou uma grande cracolândia", comentou ao citar a construção da Hidrelétrica de Belo Monte como exemplo de grandes empreendimentos que provocam impactos negativos nas cidades pela falta de planejamento.
Fonte - Agência Brasil  31/07/2014

Comerciantes queixam-se de prejuízo por causa de plano inclinado defeituoso

Salvador

O equipamento público é de competência da Prefeitura de Salvador e foi reinaugurado em fevereiro, após reforma que custou R$ 2,5 milhões, incluindo a restauração de todos equipamentos, motores e bondes, porém quatro meses depois o equipamento voltou a apresentar problemas.

Tamirys Machado -TB
Tribuna da Bahia
Plano Inclinado Gonçalves, que liga o bairro do Comércio à Praça da Sé, está sem funcionar há mais de 15 dias e vem prejudicando o comércio local. Os donos das lojas e vendedores ambulantes revelam que o prejuízo chega 100%.
O equipamento público é de competência da Prefeitura de Salvador e foi reinaugurado em fevereiro, após reforma que custou R$ 2,5 milhões, incluindo a restauração de todos equipamentos, motores e bondes, porém quatro meses depois o equipamento voltou a apresentar problemas.
João Paulo, dono de um mercadinho localizado ao lado da entrada do Plano Inclinado, diz que o prejuízo é muito alto. “Afetou 100% nas vendas, eu já estou pensando em entregar esse ponto. Não houve reforma, é um absurdo isso acontecer se o Plano foi reinaugurado a pouco tempo. Maquiaram a reforma”, reclama.
Ele conta que com o Plano funcionando chega a vender 4 pacotes de água mineral, com 12 unidades em cada, porém com o plano fechado ele não consegue vender nem um pacote. “Todos os dias aqui, desde que o Plano parou, parece feriado de tão pouca gente circulando”, explica.
Neia Almeida, vendedora de uma loja de variedades também reclama do mesmo problema. “Afetou bastante, o movimento está fraco. Estamos com promoções e bastante variedades, mas não tem movimento. Espero que resolva isso logo”, afirma.
“Quando o Plano Inclinado está aberto vem milhares de pessoas todos os dias e isso ajuda nas vendas. O varejo é o que mais afeta, porque em atacado já tenho meus clientes certos”, disse o ambulante Joel Paulo.
Em nota, a Transalvador explicou o motivo que resultou no fechamento da Plano, um problema no motor e que a Transalvador já acionou a Otis (empresa responsável pela manutenção) e afirma que o Plano Gonçalves) voltará a funcionar em breve.
Fonte - Tribuna da Bahia  31/07/2014

Governo descarta ampliar prazo para municípios acabarem com lixões

Meio Ambiente

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, uma ampliação pode ser discutida no Congresso Nacional. Para ela, a repactuação do prazo para a adequação deve vir acompanhada de um debate ampliado sobre a lei, levando em conta a realidade de cada município. “A necessidade de repactuar o prazo deve ser tratada no Congresso Nacional.

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

O governo federal não vai dar mais prazo para que os municípios acabem com os lixões e passem a armazenar os resíduos sólidos em aterros sanitários. O prazo acaba no próximo sábado (2), mas até agora menos da metade dos municípios conta com destinação adequada do lixo.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, uma ampliação pode ser discutida no Congresso Nacional. Para ela, a repactuação do prazo para a adequação deve vir acompanhada de um debate ampliado sobre a lei, levando em conta a realidade de cada município. “A necessidade de repactuar o prazo deve ser tratada no Congresso Nacional. O governo apoia uma discussão ampliada sobre a lei. Ampliar o prazo sem considerar todas as questões é insuficiente. Não se trata de empurrar com a barriga”, disse a ministra hoje (31). Segundo ela, é preciso entender a lógica econômica dos municípios, a dificuldade que eles têm para operar, e considerar, ainda, o tamanho dos municípios e sua localização.
O Brasil tem atualmente 2.202 municípios que contam com destinação adequada dos resíduos sólidos, o que representa 39,5% das cidades do país. Por outro lado, 60% do volume de resíduos já está com destinação adequada.
Enquanto o assunto não é debatido no Congresso, o governo vai trabalhar com os ministérios públicos para “construir soluções” de acordo com a realidade de cada município. Uma reunião está marcada para o dia 22 de agosto para debater o assunto. Segundo a ministra, entre as soluções que podem ser apresentadas estão termos de compromisso e termos de ajustamento de condutas com os municípios.
Nos últimos quatro anos, desde que a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada, o governo federal disponibilizou R$ 1,2 bilhão para municípios e estados para ações de destinação de resíduos sólidos, incluindo a elaboração de planos e investimentos em aterros. Segundo a ministra, menos de 50% desses recursos foram executados, por causa de situações de inadimplência de municípios ou dificuldades operacionais.
Para a ministra, nos últimos quatro anos, houve um engajamento dos municípios para buscar soluções, e o número de cidades com destinação adequada dobrou. Mas, segundo ela, existem vários tipos de dificuldades peculiares de cada município. “Há uma diversidade de situações no país, não é só uma questão de tornar os recursos disponíveis, precisa trabalhar uma capacidade para os municípios darem respostas”, disse a ministra.
Dos 27 estados, apenas Maranhão, Rio de Janeiro e Pernambuco concluíram seus planos estaduais de resíduos sólidos. Para a ministra Izabella, o grande desafio é conseguir o engajamento dos governos estaduais. “Se não tiver uma coordenação dos governos estaduais, a União não pode coordenar na ponta todos os municípios, é necessária a coordenação, o engajamento e a governança dos estados”, disse.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada em 2010 e determina que todos os lixões do país deverão ser fechados até o próximo sábado (2). Pela lei, o lixo terá que ser encaminhado para um aterro sanitário, forrado com manta impermeável, para evitar a contaminação do solo. O chorume deve ser tratado e o gás metano terá que ser queimado. Quem não cumprir a legislação estará submetido às punições previstas na Lei de Crimes Ambientais, que prevê multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.
Fonte - Agência Brasil  31/07/2014

Viaturas da PM são equipadas com dispositivos tecnológicos

Segurança

O sistema pode ser monitorado por vídeo do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICC)

A Tarde
Da Redação
Divulgação | Secom
Cerca de 200 veículos devem receber os equipamentos para transmissão de imagens em tempo real
Entre os esquipamentos, estão computador de bordo, sistema de localização via satélite (GPS) e rádio.O sistema pode ser monitorado por vídeo do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICC)
Cerca de 200 veículos devem receber os equipamentos para transmissão de imagens em tempo real
A segurança pública da Bahia passa a contar com mais tecnologia e mobilidade. Mais de 80 viaturas da Polícia Militar utilizadas em Salvador já estão equipadas com duas câmeras de vídeo, monitor, computador de bordo, sistema de localização via satélite (GPS) e rádio de comunicação digital. A previsão é de que, até o fim do ano, 200 veículos recebam o kit que permite a transmissão de imagens em tempo real das ações policiais.
O sistema amplia a mobilidade e capacidade de monitoramento por vídeo do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICC), localizado no Parque Tecnológico da Bahia, na Avenida Paralela, na capital baiana.
Por meio dos equipamentos instalados nas viaturas, os policiais que atuam em companhias independentes de Polícia Militar e bases comunitárias de segurança podem consultar, via internet, o cadastro de veículos roubados, situação de condutores e mandados de prisão em aberto. As imagens enviadas para o centro de controle também são visualizadas através do monitor no interior do veículo.
Fonte - A Tarde 31/07/2014

Aposentadoria de Joaquim Barbosa é publicada no Diário Oficial

Brasilia

Ele foi o primeiro negro a presidir o STF e ocupou a presidência da Corte e do Conselho Nacional de Justiça desde novembro de 2012. O ministro foi indicado à Suprema Corte em 2003, no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ana Cristina Campos 
Repórter da Agência Brasil 
Ag.Brasil
A aposentadoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa foi publicada hoje (31) no Diário Oficial da União. Em sua última sessão como presidente do STF, no dia 1º de julho, Barbosa disse que deixava a Corte de forma tranquila e com a “alma leve”.
Em maio, ele anunciou que se aposentaria antecipadamente em julho, após 11 anos como ministro da Corte. Barbosa tem 59 anos e poderia continuar na Corte até a aposentadoria compulsória, em 2024, quando completa 70 anos.
Ele foi o primeiro negro a presidir o STF e ocupou a presidência da Corte e do Conselho Nacional de Justiça desde novembro de 2012. O ministro foi indicado à Suprema Corte em 2003, no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Amanhã (1º), ocorre a eleição do novo presidente do Tribunal. Pela tradição do órgão, os ministros devem escolher o presidente interino e atual vice-presidente, Ricardo Lewandowski, por ser o integrante mais antigo que ainda não presidiu o colegiado.
Fonte - Agência Brasil  31/07/2014

A confissão de Aécio o estrago eleitoral,moral e sua grande fraqueza

Política

A confissão de Aécio prova duas coisas: o estrago eleitoral e sua covardia moral - Mais importante que a semi-confissão do candidato tucano é o que o levou a ela, 11 dias depois de revelado o escândalo pela própria Folha.

Fernando Brito
Tijolaço
Finalmente, hoje, em artigo na Folha de S.Paulo, Aécio Neves admite que o Aeroporto de Cláudio, junto a sua fazenda, serviu para sua comodidade pessoal, em atividades rigorosamente privadas.
E que a obra (que entre contratos e desapropriação custou, em dinheiro de hoje, mais de R$ 20 milhões) que consumiu farto dinheiro público, por não homologada e sem controle público já há quatro anos, só teve mesmo a serventia de dar-lhe este privilégio.
Mais importante que a semi-confissão do candidato tucano é o que o levou a ela, 11 dias depois de revelado o escândalo pela própria Folha.
Depois de várias gaguejadas e diversos “de novo este assunto?” irritados, Aécio tomou essa iniciativa, sem sombra de dúvida, porque as pesquisas internas do tucanato revelaram o estrago que isso fez em sua campanha.
Não foi um ato de honestidade, de quem quer e pode sustentar as atitudes que tomou.
Fosse assim, não teria se evadido de dizer, antes, o que diz agora.
O fez por três fatores, todos sem qualquer dignidade.
O primeiro é que sabe que existem provas deste uso. Não se descarte, até, que tenha sofrido ameaças de que elas seriam reveladas.
O segundo é que só tomou esta atitude depois que as pesquisas eleitorais internas do PSDB mostraram que o estrago não apenas era grande como está se agravando à medida em que o conhecimento da situação se amplia.
O terceiro, mais grave e por isso capaz de continuar ceifando o seu prestígio e o respeito pessoal que possa ter, é o que se provou um homem moralmente covarde.
Precisou ser exposto diariamente às suas contradições e omissões – ou, pior ainda, ser ameaçado por alguém que tinha provas do uso do aeroporto – para confessar que fez, por diversas vezes, uso particular da pista que a ninguém mais servia.
Depois disso, quem acredita na já implausível afirmação de que a obra milionária se justificava pelo “grande pólo industrial” que é aquele município de menos de 30 mil habitantes? Ou que o negócio entre o Estado e o tio, que tinha os bens bloqueados, não foi bom pela família, até porque parte do depósito já foi levantado pela tia, num processo tumultuado de separação e com, inclusive, uma ação de interdição por um dos filhos?

Aécio abaixou o bico.
Diante da mentira que pregou, durante 11 dias, a todo o país e à imprensa, desqualificou-se moralmente para dizer qualquer coisa.
A confissão tardia e cínica não lhe perdoa, exatamente porque é tardia e cínica.
Ficou do tamanho que é: um herdeiro de oligarquias, que controla e uso o poder que o sobrenome foi lhe trazendo e que trata o exercício do poder com a mesma irresponsabilidade que lhe valeu a fama de playboy mimado.
Resta saber o que não fazer com ele: se é melhor deixar que o fracasso recaia sobre sua inconsistência moral ou se tentarão uma muito improvável nova via para disputar as eleições.
O aeroporto de Cláudio foi sua bolinha de papel.
E essa, sim, capaz de provocar um estrago imenso.
Fonte - Blog Tijolaço  31/07/2014

Campanha de inclusão social no metrô - CBTU

Cidadania

A campanha é uma realização da Associação Mineira de Reabilitação (AMR) em parceria com a CBTU Belo Horizonte e estará nas estações também no dia 8 de agosto.O carismático mascote da campanha estará de volta ao metrô, interagindo com os usuários.

Imprensa CBTU BH
CBTU
O metrô de Belo Horizonte receberá, nesta quinta-feira (31/7), a segunda etapa do projeto “Sociedade para Todos”. A ação estará nas estações Vilarinho e Central, às 9h e às 14h, levando uma mensagem especial aos passageiros. A atividade busca promover reflexões sobre atitudes e valores relacionados à questão das diferenças, inclusão social e às potencialidades da pessoa com deficiência. A campanha é uma realização da Associação Mineira de Reabilitação (AMR) em parceria com a CBTU Belo Horizonte e estará nas estações também no dia 8 de agosto.
O carismático mascote da campanha estará de volta ao metrô, interagindo com os usuários. Os passageiros também terão a oportunidade de acompanhar a mensagem de inclusão social, formada por um mosaico humano.
Primeira etapa: A primeira etapa da campanha surpreendeu os usuários do metrô que estiveram nas estações Central e Lagoinha, no dia 24 de julho. Os passageiros participaram ativamente da ação e aproveitaram para tirar fotos com o mascote e conhecer o trabalho dos voluntários que animaram o saguão das estações.
Associação Mineira de Reabilitação - A Associação Mineira de Reabilitação (AMR) é uma instituição não-governamental, sem fins lucrativos, que atende cerca de 500 crianças e adolescentes carentes com deficiência física. A entidade presta serviço de assistência à saúde promovendo a inclusão social. A AMR oferece atendimento em Belo Horizonte e mais de 22 cidades da Região Metropolitana da capital.

Serviço:
Campanha de inclusão na sociedade
Dia: 31 de julho de 2014
Horário: 9h às 11h30 – Estação Vilarinho
14h às 16h30 – Estação Central
Dia: 8 de agosto de 2014
Horário: 9h às 11h30 – Estação Lagoinha
14h às 16h30 – Estação Central
Fonte - CBTU  30/07/2014

CBTU Natal recebe segunda locomotiva

Transportes sobre trilhos

A primeira locomotiva já circula realizando viagens experimentais nos trechos norte e sul do sistema. Por se tratar de um equipamento moderno, cuja configuração é realizada eletronicamente, por meio de telemetria, a locomotiva seguirá em testes até que se chegue a uma configuração que torne seu funcionamento eficiente em todo o trecho operacional da CBTU, em Natal.

CBTU
cbtu
A Superintendência de trens urbanos de Natal recebeu na última semana a segunda locomotiva adquirida pela CBTU. A aquisição é fruto dos investimentos realizados pelo Governo Federal, através do PAC Equipamentos, que destinou 10 milhões de reais para a aquisição de duas novas locomotivas. Essa ação deu início ao processo de modernização do sistema ferroviário do Rio Grande do Norte.
A primeira locomotiva já circula realizando viagens experimentais nos trechos norte e sul do sistema. Por se tratar de um equipamento moderno, cuja configuração é realizada eletronicamente, por meio de telemetria, a locomotiva seguirá em testes até que se chegue a uma configuração que torne seu funcionamento eficiente em todo o trecho operacional da CBTU, em Natal.
A segunda locomotiva passará pelos mesmos procedimentos, para então ser posta em tráfego, substituindo as locomotivas mais antigas, que estão em operação desde a década de 1950.
O superintendente regional da CBTU, João Maria Cavalcanti destaca que “a entrega da segunda locomotiva marca oficialmente o início do processo de modernização do sistema de trens de Natal. E que somado a essas, teremos em breve, a entrega das composições de VLT, permitindo que a CBTU possa disponibilizar um transporte público com melhor pontualidade, frequência e qualidade para a população”.
Fonte - CBTU Natal 30/07/2014

Minha Casa Minha Vida na Região Norte: Madeira é Bom!

Sustentabilidade

O déficit habitacional nesta região varia de 500 mil a 5 milhões de unidades, considerando o período 2014-2030. Os instrumentos federais criaram o ambiente institucional adequado para o desenvolvimento de um projeto de geração de créditos de carbono florestal e de construção civil, previsto no IPCC2006. 

Eder Zanetti, Eng Florestal, Dr.

A Portaria 318/2014 do Ministério das Cidades e a Portaria ICMBIO 27/2014 prevêem o emprego de Madeira Morta e Produtos Florestais Madeireiros para o Programa Minha Casa Minha Vida na Região Norte. O déficit habitacional nesta região varia de 500 mil a 5 milhões de unidades, considerando o período 2014-2030. Os instrumentos federais criaram o ambiente institucional adequado para o desenvolvimento de um projeto de geração de créditos de carbono florestal e de construção civil, previsto no IPCC2006. Esta atividade de projeto pode ser incluída nas metas de redução de emissões voluntárias do Brasil, no âmbito das ações para combate ao desmatamento e degradação florestal na Amazônia Brasileira, REDD e REDD+. No total a inclusão das atividades de projeto de construção de casas populares de madeira do PMCMV pode gerar 40milhões a 400 milhões tCO2e de redução de emissões GEE, correspondendo de7 a 70% da meta brasileira para o setor na Amazônia. Para efetivar este potencial é necessário implantar uma metodologia MRV adequada para gestão de carbono ao longo da cadeia produtiva de casas de madeira na região, e desenvolver um Documento de Projeto de carbono de Programa de Atividades.
Com o objetivo de reduzir as emissões globais de GEE, a UNFCCC busca incluir os projetos de gestão florestal e aumento dos estoques florestais como novas formas de aumentar a renda nas florestas tropicais, o chamado REDD = Redução do Desmatamento e da Degradação Florestal (conserva o Carbono) e REDD + = Aumento da cobertura florestal, conservação e Manejo Florestal Sustentável (aumenta o Carbono) e os Produtos Florestais Madeireiros - PFM. De acordo com a FAO, o Desmatamento representa “mudanças no uso da terra com diminuição da cobertura de copa das árvores para menos de 10% em cada ha, enquanto a Degradação pode ser traduzida como mudanças entre as classes de florestas (por exemplo, de “fechada” para “aberta”), que afetam negativamente o talhão ou sítio e, em particular, diminuem a sua capacidade produtiva. O IPCC2006, guia com diretrizes para elaboração de inventários de carbono para os diferentes setores, dedica o capítulo 4 para o setor AFOLU (Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra), que inclui a contabilização da Madeira Morta e dos Produtos Florestais Madeireiros. No guia do IPCC2006 a Madeira Morta – MM é todo tipo de galhos, folhas, raízes, árvores mortas e outros tipo de biomassa que não está inclída na serrapilheira ou nos solos. Já os Produtos Florestais Madeireiros – PFM são todo material lenhoso que deixa os limites geográficos da atividade de projeto – outros materiais que permanecem dentro dos limites geográficos devem ser considerados como Madeira Morta – MM. Desta forma, a madeira utilizada dentro dos limites geográficos para energia, cercas, móveis, construções, sinalização e outras aplicações, deve ser contabilizada como MM para fins de determinação do sequestro e estoque de carbono das áreas florestais, incluindo aquelas sem plano de manejo florestal. Nas áreas que possuem plano de manejo florestal sustentável a regra é a mesma para a MM, e as exportações e importações de madeira em toras, vigas, lenha e outros usos também devem ser contabilizadas como PFM.
As questões metodológicas relacionadas com os projetos no nível da UNFCCC, determinaram alguns aspectos básicos para a implantação de atividades, incluindo: Estimativas e Monitoramento; Metodologia consistente e robusta e; Aplicabilidade da metodologia de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC.
Os limites geográficos da atividade de projeto vão determinar a sua contabilização como MM ou PFM. As atividades de projeto REDD incorporam a Madeira Morta como forma de garantir consistência e robustez nas estimativas e monitoramento de acordo com o IPCC2006. No limite geográfico da atividade de projeto em uma determinada floresta, por exemplo uma Unidade de Conservação Federal no Brasil, a Madeira Morta inclui a biomassa empregada para uso no interior da área (cercas, residências etc). Em nível regional a MM deve ser contabilizada como atuando junto aos vetores de pressão, assim como mantendo a contribuição regional da biomassa utilizada dentros dos limites geográficos considerados. Da mesma forma que nas atividades REDD, nos projetos de REDD+ a nível local, regional e nacional, a MM aumenta a contribuição para o desempenho do combate ao desmatamento e degradação florestal. Entretanto, no caso de REDD+ é possível ainda incluir estratégias para aumentar o consumo de PFM de madeira tropical para enfrentar os vetores de pressão e melhorar a contribuição das Unidades de Conservação Federal brasileiras de mitigar o fenômeno das mudanças climáticas globais. REDD+ é, por definição, nacional, o que fortalece uma estratégia voltada para uso de madeira tropical como forma de reduzir emissões do desmatamento e degradação florestal no Brasil.
O Programa Minha Casa Minha Vida é um programa do Governo Federal do Brasil, que produz unidades habitacionais que depois de concluídas são vendidas às famílias . Participam do programa o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal, as Instituições Financeiras Oficiais Federais, o Distrito Federal, os Estados e Municípios e as Empresas de Construção Civil. O Ministério das Cidades é responsável por estabelecer diretrizes, fixar regras e condições, definir a distribuição de recursos entre as Unidades da Federação, além de acompanhar e avaliar o desempenho do Programa.
A Portaria 318/2014 do Ministério das Cidades, Dispõe sobre o uso de madeira nas construções e reformas de habitações no âmbito do Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR, integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV. A Portaria autoriza a construção de habitações de madeira, inicialmente na região Norte, para o Grupo de Renda 1 (agricultores familiares, indígenas, ribeirinhos etc). A madeira de quase 50 espécies florestais que pode ser utilizada nas construções (de acordo com a especificação) tem de ser de origem sustentada, e pode ser retirada do interior dos limites geográficos das Unidades de Conservação Federais. A Portaria ICMBIO no. 27/2014 dispensa a madeira utilizada para cumprir a Portaria 318/2014 oriunda das UCs de apresentar plano de manejo florestal sustentável. Para a Reserva Legal e madeira que irá transitar entre UCs e para as demais áreas com floresta nativa, incluindo a madeira comprada no mercado, é necessário apresentar o documento de origem florestal, com as autorizações de exploração e nota fiscal.
O Brasil adotou metas voluntárias de redução para o período 2012-2020, com foco no combate ao desmatamento. A redução das emissões dos gases do Efeito Estufa tem sido uma grande preocupação mundial diante das mudanças climáticas e um aumento de desastres ambientais. Entre os setores industriais que estão relacionados a estes impactos está o da construção civil, hoje apontado como um grande emissor, especialmente o dióxido de carbono (CO2). Para cada 1 m3 de biomassa florestal tropical nativa do Brasil, são gerados cerca de 0,14 m3 de Produtos Florestais Madeireiros – PFM, de uso final.
Na colheita, uma grande parte do carbono na biomassa aérea arbórea é transferida para os produtos florestais madeireiros e estará disponibilizada em uma das categorias de produtos florestais. O volume de biomassa nas áreas florestais é utilizado como ponto de partida para estimativa do carbono nos produtos florestais, empregando fatores de conversão específicos para a produção de toras para cada destinação específica. Estimativas relacionadas à base de produtos florestais estão disponíveis sob a forma de quantidades entregues às plantas industriais ou em termos da produção dessas plantas. São toras industriais ou produtos florestais madeireiros primários (tábuas, pranchas, painéis ou papel). A disposição do carbono nesses produtos, ao longo dos anos, é estimada em função de outros parâmetros, que indicam a quantidade de carbono que permanece “em uso” e aquela que é destinada a aterros. A inclusão da reciclagem nas estimativas de carbono dos produtos florestais depende da disponibilidade de informações.
As estimativas da contribuição dos produtos florestais, em termos de Carbono, utilizam variáveis genéricas, incluindo (i) o estoque de produtos florestais da colheita doméstica e importações (tCO2e / ano); (ii) as variações anuais nos estoques de carbono em produtos florestais produzidos a partir de madeira colhida no país, incluindo as variações anuais no estoque de carbono de produtos florestais madeireiros exportados (tCO2e / ano); (iii) as importações anuais de todos os tipos de madeira e papel (tCO2e / ano); (iv) as exportações anuais de todos os tipos de madeira e papel (tCO2e / ano); e (v) a colheita anual para produtos madeireiros (tCO2e / ano). O grau de perda de produtos sólidos e papel, em um ano determinado, são especificados através de uma constante de perda (k), que por conveniência, é expressa em termos de meia-vida em serviço, em anos. A meia-vida em serviço é o número de anos necessário para que metade do material mude de ambiente, que pode ser, por exemplo, de uma casa para o aterro sanitário, dentro daquele setor, no qual ele se encontra estocado. Produção, importação e exportação de madeira sólida e papel, são convertidos de m3 ou t, para tCO2e. Para realizar as estimativas durante o ano, o método utiliza os dados de incremento (Consumo = Produção Doméstica + Importações – Exportações).
Globalmente, as florestas estocam cerca de 8,4 bilhões tCO2e, e são capazes de seqüestrar outras 3,7 bilhões tCO2e / ano, enquanto estima-se que 4,2 a 20 bilhões tCO2e estejam estocadas em produtos florestais madeireiros. A produção mundial de de madeira, inclui toras industriais de 1,5 bilhão m3 / ano, que correspondem a 1,1 bilhão tCO2e / ano (WGCCFP, 2004), sendo 420 milhões m3 de madeira serrada e 220 milhões m3 em painéis e compensados - representando 20% do total em produtos florestais de longos períodos de vida, que seqüestram e estocam perto de 200 milhões tCO2e / ano.
O volume de 3,4 bilhões m3 de madeira colhida globalmente todo ano é equivalente a apenas 20% do crescimento total (17 bilhões m3). Muito do que é colhido é utilizado para queima direta e ineficiente, como lenha. O aumento no uso desta biomassa retirada das florestas e também dos níveis de colheita teria um profundo efeito positivo para o clima global. Com o uso de mais 2 bilhões m3 / ano de madeira industrial seria possível reduzir de 14 a 31% das emissões da produção de cimento e aço e de 12 a 19% do consumo de combustíveis fósseis com o uso dos resíduos das cadeias de produção industrial para produção de energia limpa. Com o manejo florestal sustentado e intensificado mais CO2 é sequestrado e estocado evitando emissões de materiais e produzindo energia limpa do que é perdido na colheita. E os estoques colhidos são renovados. O Brasil tem de longe o maior estoque e crescimento de madeiras “duras”, que tem alta durabilidade e perspectivas de maior tempo de vida útil, fazendo dessas florestas importantes fornecedoras de Produtos Florestais Madeireiros – PFM, que estocam carbono por vários anos.
A Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas – UNFCCC foi estabelecida com o objetivo de analisar do ponto de vista técnico, científico, sócio-econômico e político soluções tecnológicas que possam ser utilizadas em todo o mundo, para conter o aumento de CO2. Desta forma é fundamental que as tecnologias que estão sendo transferidas dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, dentro dos objetivos de adaptação e mitigação das mudanças climáticas globais causadas pelo homem, sejam utilizáveis em curto, médio e longo termo pelas populações locais. Estas tecnologias devem contribuir para implantar uma forma de desenvolvimento que seja sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental. Tecnologias que contribuam para aumentar a atividade econômica com inclusão social e conservam a qualidade ambiental.
A utilização racional da biodiversidade florestal da Amazônia brasileira, através do cultivo de espécies madeireiras com técnicas silviculturais contemporâneas é fundamental para garantir sua conservação. O consumo de MM e PFM para construção de casas populares garante um consumo mais intenso. De um lado as plantações florestais de espécies nativas garantem um aumento do nível de colheita, enquanto na outra ponta as construções asseguram mercados para a madeira. Ao longo da pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea as árvores e as florestas sofreram modificações. As modificações incluem deriva continental, glaciações e inter-glaciações, meteoritos, tempestades, pragas, animais e o relacionamento com o homem. Inicialmente eram 27 mil árvores disponíveis para cada habitante todas naturais, e na atualidade as 370 árvores por habitante existentes são em grande parte representadas por plantações florestais (43) e florestas semi-naturais (75), que praticamente não existiam na idade Moderna. O investimento para criar um posto de trabalho no setor florestal é de U$ 600, enquanto são necessários U$ 17 mil para gerar apenas um emprego urbano no Brasil (IPEA, 1999). O desenvolvimento de plantações florestais de espécies diversificadas é essencial para garantir a criação de novos postos de trabalho, a geração de renda e conservação da biodiversidade florestal, deve ser observada uma ampliação muito grande no número de espécies florestais plantadas no Brasil, ao longo das próximas décadas.
Na Europa e nos Estados Unidos o cultivo e consumo de espécies florestais nativas para uso industrial é histórico e responsável pelo aumento da produtividade e dos estoques florestais. A seleção de indivíduos, coleta de sementes, produção de mudas, plantios planejados, fertilização, irrigação, melhoramento e modificação genética levaram os estoques das florestas européias de 100 m3/ha no séc XVIII para mais de 300 m3 / ha no séc XX. Os estoques nos EUA para os cultivos nativos no Sul da Flórida chegam a 450 m3 / ha, partindo dos mesmos 100 m3 / ha.No Brasil o mesmo tem sido verificado para uma série de espécies florestais madeireiras, tanto introduzidas (Pinus sp, Eucalyptus sp etc) como nativas (Araucaria angustifolia, Schizolobium amazonicum etc).O que se observa é uma reação biológica das florestas aos tratamentos silviculturais, que determinam aumento da produtividade a curto e longo termo. A substituição da regeneração natural pela plantação de florestas, aumenta a produtividade. Somados, os efeitos da prática silvicultural moderna elevam o volume da colheita. A utilização intensiva e extensiva das florestas, através de manejo florestal sustentável com base científica, aumenta o volume médio de espécies comerciais estocadas por unidade de área, e também aumenta os incrementos anuais. No mundo, cerca de ¾ das plantações florestais são com espécies nativas dos países. Países com importantes reservas florestais naturais, como o Canadá e a Rússia, coordenam ações em microrregiões de ocorrência de espécies, as Zonas Ecológicas de Ocorrência, ou Ecoregiões (NRC, 2008). Na América do Norte a proporção de espécies introduzidas é de menos de 5%, enquanto na América do Sul menos de 5% são de espécies locais. Somente na Oceania vamos ter uma proporção de pouco mais de 20% de espécies nativas plantadas, na África (60%), na Ásia (70%) e na Europa (90%).
Nas regiões com maior consumo de madeira no mundo, a cobertura florestal aumentou nos últimos 25 anos, como na Europa, China e Índia, enquanto nas regiões com menor consumo, como na África, América Latina e Ásia-Pacífico, o desmatamento tem sido a regra no mesmo período. É o consumo de produtos florestais, principalmente madeira industrial de valor comercial, que contribui para manter e aumentar as áreas cobertas com florestas.
Para o PMCMV e PNHR na Região Norte, o uso da madeira tropical de origem sustentada para construção em substituição, ou como alternativa, ao emprego de cimento e ferro, a tecnologia silvicultural para aumentar produtividade de espécies madeireiras nativas, a expertise do comércio em todos os níveis (marketing, Treinamento & Capacitação, redes de distribuição, certificações etc), industrial (painéis reconstituídos, madeira líquida etc) e recursos financeiros adequados (Green Bonds, Fundo Verde etc) são fundamentais. Os créditos de carbono para o setor de indústria envolvendo as atividades de construção civil com uso de madeira irão contribuir para organizar uma estratégia nacional de redução de emissões GEE. Para obter reconhecimento internacional e garantir a contribuição para as metas nacionais, esta estratégia nacional deve estar alinhada com as demandas técnicas e institucionais da UNFCCC.
Somente a área de florestas existente na Amazônia é capaz, em regime de manejo sustentado, de possibilitar a ampliação da participação do setor florestal dos atuais 4,5% do PIB para mais de 7%, o que equivaleria a um valor anual de receita superior a US$ 43 bilhões. Os serviços ecossistêmicos na região foram estimados em US$ 4 trilhões / ano.
Apesar da aparente vantagem competitiva com relação a disponibilidade de biomassa florestal, o Brasil apresenta um consumo moderado de produtos florestais, enquanto todos os vizinhos na América do Sul e Central, apresentam consumos mínimos. Normalmente, os países em desenvolvimento expandem seu consumo pela ampliação da produção de plantações, que tem baixos custos de trabalho e melhorias técnicas, gerenciais e tecnológicas, sendo sistematicamente promovidas nos mercados, com suporte institucional e político
A gestão sustentável dos recursos naturais dos ecossistemas brasileiros depende de inversão tecnológica. Com investimentos em desenvolvimento de tecnologias silviculturais apropriadas, os produtos florestais nacionais podem ter alta competitividade na economia verde. A diversidade, produtividade e qualidade das madeiras tropicais brasileiras, cultivada seguindo tecnologias silviculturais modernas, podem colocar o setor florestal brasileiro de espécies nativas entre os maiores do mundo. A contribuição das madeiras brasileiras para o cultivo da biodiversidade das espécies florestais é um resultado direto do incentivo dos consumidores. Oferecer produtos florestais de qualidade ambiental é uma necessidade. A regulamentação nacional precisa incentivar o uso e consumo de madeira nativa de origem sustentada, como forma de garantir a sustentabilidade do cultivo da biodiversidade florestal.
Aumentar o carbono seqüestrado pelas florestas e nos produtos florestais, é o mesmo que reduzir emissões, e representa uma oportunidade significativa para o setor privado, para ensejar ações voluntárias e também no mercado internacional de Carbono. O valor dos créditos de carbono registrados pode fornecer renda para os proprietários, dar suporte ao desenvolvimento do setor rural e facilitar o manejo florestal sustentado. As madeiras produzidas para garantir suprimento industrial de origem sustentada podem receber pagamentos voltados para melhorar o desempenho tecnológico da silvicultura, indústria, comércio e renda do setor florestal tropical. Quando a madeira tropical utilizada na sociedade é de origem sustentada, aumenta o sequestro e estoque de carbono das áreas florestais.
O Brasil possui o maior estoque de madeiras duras do planeta. Algumas das madeiras duras tropicais brasileiras têm características que as tornam terapêuticas, confortáveis, charmosas assim como imunes ao ataque de fungos e insetos. As madeiras duras brasileiras, assim como as macias e leves possuem uma diversidade de qualidades difícil de ser encontrada em outras árvores do mundo. Estas qualidades únicas são vantagens competitivas que podem ser utilizadas para realçar a importância do consumo de madeira tropical para garantir a conservação da biodiversidade da Amazônia. Com o consumo incentivado e crescente, os proprietários rurais dispõe de mercados para justificar os investimentos necessários para o cultivo das espécies florestais madeireiras nativas da Amazônia Brasileira. O uso de manejo florestal adaptativo, de estratégias regionais de implantação de bancos de biodiversidade de espécies florestais nativas e de agregação de valor pelo uso de indústrias modernas (MDF, HDF etc), aumenta as chances de inclusão social e, com ela, a sustentabilidade da atividade no longo termo.
No setor de construção, estima-se que hoje o Brasil tenha um déficit habitacional de 8 a 10 milhões de moradias, e um crescimento com relação direta com o crescimento populacional. Empregando um volume de madeira de 5 m3 / habitação, chegamos a uma estimativa de demanda de até 50 milhões m3 de madeira, apenas para cobrir o déficit - que representam um volume total de quase 25 milhões tCO2e somente no estoque de PFM. O uso de madeira em substituição a outros materiais, pode gerar ainda mais créditos de carbono, pelas emissões reduzidas. Em um estudo realizado pela comparação entre um modelo de casa tradicional, de 52 m2, construído pela Companhia de Habitação do Paraná – COHAPAR e identificada como “casa tipo R1 e R1A – CF52”, e o modelo construído pelo Laboratório de Produtos Florestais do Ministério do Meio Ambiente – LPF/MMA, chamado de “habitação popular em madeira”, também de 52 m2, foi obtido o total de emissões de GEE.
A habitação de interesse popular do modelo da Companhia de Habitação do Paraná - COHAPAR de 52 m2, já utiliza um total de 5,8 m3 de PFM – o mais elevado volume para este modelo de moradia popular no Brasil – e este modelo foi avaliado comparativamente com modelo desenvolvido pelo Laboratório de Produtos Florestais do Ministério do Meio Ambiente - LPF/MMA que emprega 9,2 m3 de PFM. A economia em termos de emissões de GEE resultou do aumento no uso da ordem de mais de 50% de PFM. Por isso, o estoque de carbono retido é maior em 1,7 tCO2eq / casa. Por conta do menor uso de materiais com alta demanda energética na sua cadeia produtiva, o total de emissões associadas é menor em 10,4 tCO2eq / casa para a LPF/MMA. No total, são 12,1 tCO2e de emissões por unidade habitacional a menos associadas as casas de madeira. Este valor é incorporado aos inventários nacionais e as metas voluntárias como PFM associado a atividade de projeto de construção civil do setor indústria. Ao longo da cadeia produtiva da casa de madeira, o impacto total estimado foi de 83 tCO2e reduzidas. As 71 tCO2e da cadeia produtiva envolvem atividades de projeto REDD e REDD+ do setor AFOLU. A contribuição de ambos é valida para atingir as metas brasileiras para a Amazônia, de redução de desmatamento.
Para a Amazônia brasileira a portaria 318/2014 vai contribuir para atender um déficit habitacional de 500 mil a 5 milhões de unidades, considerando o período 2014-2030. O emprego de madeira tropical de origem sustentada no PNHR e PMCMV pode gerar um impacto de redução de emissões GEE que varia de 41 a 400 milhões tCO2e, correspondendo a algo como de 7 a 70% da meta brasileira, que é de 564 milhões tCO2e (2012-2020). Os PFM na construção civil representam uma redução de emissões GEE de 6 a 60 milhões tCO2e, enquanto a MM das atividades de projeto REDD e REDD+ representa de 35 a 350 milhões tCO2e, de 6 a 60% da meta brasileira. Uma região em expansão e importante reserva de recursos naturais para o desenvolvimento sustentável brasileiro, o uso de madeira industrial na Amazônia Brasileira pode ser ainda mais significativo para melhorar o desempenho da região Norte no futuro próximo.
“Tackle Climate Change: Use Wood” é um programa do Parlamento Europeu, para fortalecer o uso da madeira pela sociedade como forma de combater o acumulo de CO2 na atmosfera. O programa Francês “de Bois-Construction-Environment”, o Inglês “Wood for Good”, o Holandês do “Centrum Hout”, o Dinamarquês da “Trae Information”, o Finlandês “Puuinfo”, o “Wood Forum” da Bélgica, o “Viver Con Madera” da Espanha, o “Wood Naturaly Better” da Austrália e “Promo Legno” da Aústria e Itália são apenas alguns exemplos de redes nacionas, binacionais e multilaterais para promoção do uso da madeira como forma de mitigar as mudanças climáticas globais.
A “International Wood Culture Society” é uma organização sem fins lucrativos, não governamental internacional formada por entusiasta da madeira, dedicados a pesquisa, educação e promoção da cultura da madeira. A IWCS advoga por uma convivência harmoniosa entre as pessoas e a natureza, explora o valor do uso da madeira de uma perspectiva cultural e fornece uma plataforma para o estudo da cultura da madeira, encorajando a sua prática e promoção. A IWCS estabelecu o dia 21 de março como o Dia Mundia da Madeira, uma data para disseminar o valor que a madeira agrega ao dia a dia das pessoas. A IWCS, assim como a portaria 318/2014 e o PMCMC e PNHR, promove o conceito de que a “Madeira é Bom!”
Fonte - Revista Amazônia  30/07/2014

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Especialistas criticam trânsito e cobram investimentos em mobilidade no Rio

Mobilidade

Pesquisa estimou que prejuízos, em 2014, devem chegar a R$ 25 bilhões - De acordo com a pesquisa da Firjan, em 2014 o prejuízo deve cair para R$ 25 bilhões e esse valor deve ser mantido em 2015, mesmo com a previsão de um aumento estimado em 0,9% dos engarrafamentos. Contudo, ainda segundo a pesquisa, caso não haja novos investimentos na ampliação do transporte de massa e no uso da Baía de Guanabara, pode haver um aumento do prejuízo em 2016 e, em 2022, alcançar R$ 40 bilhões.

Louise Rodrigues
Jornal do Brasil
foto - ilustração
Especialistas comentaram pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgada segunda-feira (28), que estima o custo dos congestionamentos na Região Metropolitana do Rio em R$ 29 bilhões em 2013, o que equivale a 8,2% do PIB metropolitano. Entre outros aspectos, economistas e engenheiros destacaram que a quantidade de obras no Rio contribui para essa perda, e que o problema de mobilidade reduz a produtividade, já que o trabalhador chega cansado no trabalho.
De acordo com a pesquisa da Firjan, em 2014 o prejuízo deve cair para R$ 25 bilhões e esse valor deve ser mantido em 2015, mesmo com a previsão de um aumento estimado em 0,9% dos engarrafamentos. Contudo, ainda segundo a pesquisa, caso não haja novos investimentos na ampliação do transporte de massa e no uso da Baía de Guanabara, pode haver um aumento do prejuízo em 2016 e, em 2022, alcançar R$ 40 bilhões. A Firjan considerou o tempo em que as pessoas economicamente ativas ficam paradas no trânsito e o gasto extra com combustível.
Para Adriano Pires, economista e especialista em infraestrutura da Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), “o estudo da Firjan mostra um obstáculo a um maior crescimento e eficiência do Rio de Janeiro”. Ele explica que “esse dinheiro que está sendo perdido, poderia ser investido em outras necessidades. Além disso, há o gasto de gasolina e as pessoas perdem horas de trabalho”. Para Adriano, “a quantidade de obras no Rio de Janeiro contribui para essa perda e a saída é investir em transporte coletivo e em diversos modais”.
João Sicsu, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que “o problema de mobilidade no Rio é grave porque reduz a produtividade. O trabalhador chega cansado no trabalho, depois horas no engarrafamento, e, quando vai voltar para casa, demora novamente e tem menos tempo de descanso”. Ele acrescenta que “além da perda de combustível, os congestionamentos trazem a poluição do ar e a poluição sonora”. Para Sicsu, a alternativa seria “investir em transporte de massa sobre trilhos, ampliando o metrô e modernizando os trens da SuperVia”. Perguntado sobre os impactos desse prejuízo para o bolso do carioca, o economista respondeu: “quando falamos em perdas, existem custos. Então, os preços tendem a subir”.Fechamento da Avenida Rodrigues Alves gera longos congestionamentos na Zona Portuária
De acordo com engenheiro de transporte Alexandre Rojas, é difícil mensurar valores para a perda em produtividade que uma pessoa tem ao ficar parada no engarrafamento. Contudo, ele confirma que “os números pela perda de mobilidade são bastante grandes”. Rojas acredita que “as políticas de transporte vão atender razoavelmente às Olimpíadas”. Ele explica: “Regiões que têm uma demanda significativa, como São Gonçalo e Niterói, estão sendo jogadas para segundo plano. O projeto da Linha 3 do metrô, que ia melhorar a mobilidade São Gonçalo – Rio de Janeiro, parou. Estamos falando de 600 mil viagens por dia. Isso iria desafogar o trânsito em vias como a Ponte Rio – Niterói e a Avenida Brasil. Fora isso, a Baia de Guanabara é poluída. Se uma barca colide com algum objeto maior, como um móvel, ela quebra a proa e pode naufragar. Para investir em barcas Rio - São Gonçalo é preciso despoluir a Baía de Guanabara. Além disso, as barcas estão saturadas e sem investimentos e quem é responsável por isso é o Estado e não a iniciativa privada”.
Sobre Plano Diretor de Transportes Urbanos (PDTU), Rojas esclarece que ele “aponta pontos críticos e, se o Estado atender as diretrizes desse plano, vai melhorar a mobilidade do Rio”, mas acrescenta: “O discurso está impecável. Só que apenas nos discursos, os planos são insuficientes”. O engenheiro também reforçou a necessidade de investimento nas linhas férreas do metrô. “Existem vários planos para o metrô e muitos deles, se implantados, serão bons. É preciso finalizar a Linha 4, por exemplo. Mas uma lacuna é a Linha 3, que é extremamente necessária”, apontou.
A pesquisa da Firjan estimou também que o Arco Metropolitano, os BRTs e a Transbaixada serão importantes para reduzir os congestionamentos, mas ressalta que novas obras precisam ser feitas a fim de atender a demanda de infra estrutura de transporte. Para a engenheira de transporte da COPPE/UFRJ, Eva Vider, não se pode descartar uma visão pessimista para o futuro. “É preciso terminar as linhas de metrô e investir pesado em infra estrutura. Como o próprio estudo aponta, vai sair mais caro se isso não for feito. A Linha 4 de metrô precisa ser concluída, o projeto da Linha 3 precisa ser retomado. É preciso investir também na Baía de Guanabara e em novas ligações aquaviárias”. Eva também acredita que “as obras vão atender a população, mas chegaram por causa das Olimpíadas. O PDTU já indicava há décadas o que devia ser feito em termos de mobilidade urbana no Rio, mas os investimentos só chegaram agora, por causa da Copa e das Olimpíadas”.
Do Programa de Estágio do JB
Fonte - Joranal do Brasil  30/07/2014