domingo, 14 de dezembro de 2014

CONFERÊNCIA DO CLIMA, Negociações são proteladas em Lima

Meio ambiente

O objetivo é reduzir as emissões de carbono para limitar o aquecimento global a 2ºC até o fim do século - Manuel Pulgar Vidal fez um apelo a acelerar os debates e a entrar em acordo sobre o texto final do novo pacto global

Ultima Hora-DN
FOTO: REUTERS
Lima - A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20), que deveria ter terminado na sexta-feira (12) em Lima, estendeu suas negociações a este sábado, enquanto os países tentam aparar suas diferenças em torno dos compromissos que assumirão para deter o aquecimento global.
A sessão de encerramento da reunião foi adiada, enquanto os integrantes do encontro tentavam concluir o rascunho de um novo pacto global que definirá as medidas para reduzir as emissões de carbono e avançar em direção a um modelo de produção com menos impacto sobre o meio ambiente. "Estamos quase lá. Devemos apenas fazer um esforço final", pediu o presidente da COP20, o peruano Manuel Pulgar Vidal, que fez um apelo a acelerar os debates e a entrar em acordo sobre o texto final.
As organizações ambientais advertiram que se os compromissos dos países em Lima forem modestos, isto será catastrófico para o acordo final previsto para o próximo ano, em Paris. A entrada em vigor do acordo está prevista para 2020. O objetivo é reduzir as emissões de gases do efeito estufa para limitar o aquecimento global a 2ºC até o fim do século. "As decisões adotadas hoje nos colocarão em um caminho de trabalho para Paris ou nos condenarão a um futuro perigoso", disse à AFP Jan Kowalzig, assessor de políticas da Oxfam.
A mudança climática pelo aquecimento da terra e dos mares provoca fenômenos extremos, como derretimento de geleiras, enchentes, tempestades violentas, inundações e secas em diferentes áreas do mundo, onde impactam de maneira trágica as populações mais vulneráveis. "Tenho uma sensação de otimismo e vejo que é o momento para a ação", declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, depois de se reunir na sexta-feira com o presidente peruano, Ollanta Humala.

Princípio de diferenciação
As divergências de última hora envolvem a maneira de se interpretar o princípio de "diferenciação" sobre as responsabilidades que correspondem a cada país na mudança climática.
Os países em desenvolvimento defendem que as nações ricas são as principais responsáveis pelo aquecimento global, devendo assumir maiores responsabilidades. Mas os países industrializados afirmam que gigantes emergentes, como China e Índia, também devem fazer grandes esforços devido a suas indústrias, baseadas na energia do carvão, serem altamente poluentes.
Os Estados Unidos planejam reduzir, até 2025, suas emissões de carbono em entre 26% e 28%, em relação a 2005. A China também se comprometeu, pela primeira vez, a limitar as emissões, como fez a União Europeia.
Na quinta-feira, o secretário americano de Estado, John Kerry, exortou as nações menos desenvolvidas a reduzir o uso de combustíveis fósseis. "Sei que as discussões podem gerar tensão e são difíceis, mas devemos recordar que hoje mais da metade das emissões globais procede dos países em desenvolvimento".
Conforme a ONU, os países desenvolvidos reduziram entre 51,8% e 40,9% a incidência global de emissões, enquanto as nações em desenvolvimento elevaram a participação de 48,2% a 59,1% de 2000 a 2010.
Fonte - Diário do Nordeste  14/12/2014

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