terça-feira, 28 de outubro de 2014

Rui Costa foi o primeiro governador eleito a ser recebido pela presidente Dilma

Política

Especialista prevê mais acesso do governo baiano às verbas federais - “Wagner foi o grande vitorioso e alcançou a meta que ele queria, dando uma ampla margem para a presidente Dilma.

Victor Pinto - TB

O bom desempenho eleitoral da presidente Dilma Rousseff na Bahia, apresentado nas urnas no último domingo, deverão beneficiar diretamente o estado, seja na relação institucional com governos e prefeituras, seja na composição política atual. O fato foi confirmado pelo cientista político Joviniano Neto.
Procurado pela Tribuna e questionado sobre a resposta dos índices do estado, o especialista afirmou que as porcentagens são claras e mostram a interferência de Rui Costa (PT) e o governador Jaques Wagner (PT) no eleitoral local.
“Wagner foi o grande vitorioso e alcançou a meta que ele queria, dando uma ampla margem para a presidente Dilma. Não foi o maior percentualmente, mas a quantidade de votos de frente foi à maior de todas. Com isso, aumenta bastante o prestígio e a posição da Bahia a nível nacional, através da participação de Wagner em um eventual ministério e o acesso de Rui ao governo federal”, analisou.
O aumento do eleitorado de Aécio, que saiu de uma cidade, no primeiro turno, para cinco no segundo momento da eleição, para Joviano, acontece por questões de conjunturas locais. “Confesso que se temos um cenário definido em Buerarema, cidade baiana com maior votação para Aécio, pois a questão das demarcações de terras lá influenciou bastante no processo. Nas demais cidades há uma incógnita, mas a realidade de cada localidade deve ter interferido mais do que de fora para dentro”, disse.
Já no resultado geral, houve, por parte do especialista, a constatação de que foi uma eleição extremamente acirrada. “Foi uma eleição muita disputada, no qual teve um papel de quem se dividiu entre os que precisam da ação do estado e sabem disso e os que mesmo beneficiados pela ação do estado acreditam que pessoalmente não depende dele e defende uma posição mais individualista”, afirmou.
Segundo Joviniano, diferente de 2010, na vitória de Dilma contra Serra, em que as enxurradas de comentários apontavam somente o Nordeste como principal reduto da petista, o caso não foi como se propagou. Contudo, o fato só obteve confirmação em 2014.
“Em 2010, houve muito ataque aos nordestinos dizendo que Dilma tinha vencido pelo Nordeste e não era verdade. Mesmo que os votos de Dilma e Serra fossem abolidos do Nordeste, ela venceria por outras regiões. O que antes era um preconceito foi uma profecia que se cumpriu nessa eleição. Foi o nordeste que definiu da vitória, principalmente pela margem dela aqui na região”, comentou.
Outro ponto ressaltado pelo comentarista, quando indagado, que foi fundamental na confirmação e mudança de votos, diz respeito à troca de acusações dos presidenciáveis, representados não só pelos mesmos – Dilma e Aécio – como também por seu aliados e responsáveis por campanhas espalhadas pelo Brasil. “Existe um ditado que diz que em época de guerra a primeira vítima é a verdade. Nessa eleição enfrentamos uma guerra onde não só a verdade foi vítima, mas os direitos humanos. Foi um jogo de base de noticiário do verdadeiro ou falso”.
“Foi um final de campanha onde as denúncias e boatos tiveram peso imenso e o símbolo maior foi o caso da Veja e o outro foi do boato do envenenamento do doleiro Yousseff. Isso conturba o processo e as campanhas tiveram que lidar com essas adversidades de última hora”, concluiu Joviniano.
Fonte - Tribuna da Bahia  28/10/2014

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