quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Mais Médicos faz um ano com boa cobertura na Bahia

Mais Médicos

O médico português Raul Ramalho atende no subúrbio da capital baiana. - Nesta quinta-feira, 25, completa-se exatamente um ano que a comunidade de Nova Constituinte, localizada no bairro de Periperi (subúrbio ferroviário), estreou o programa no estado.

Franco Adailton - A Tarde
Luciano da Matta | Ag. A TARDE
Setembro marca o primeiro aniversário da chegada à Bahia dos profissionais estrangeiros para atuar pelo programa Mais Médicos. Nesta quinta-feira, 25, completa-se exatamente um ano que a comunidade de Nova Constituinte, localizada no bairro de Periperi (subúrbio ferroviário), estreou o programa no estado.
Nesse intervalo, a quantidade de médicos do programa na Bahia saltou de 144 para 1.408 profissionais, segundo o titular da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Washington Couto. Faltam 69 para atingir a meta de 1.477 médicos solicitados ao Governo Federal.
Inicialmente, 63 dos 417 municípios baianos haviam sido contemplados com os profissionais do programa.
O quadro atual é de 380 cidades com, pelo menos, um profissional do Mais Médicos, de acordo com informações do secretário.
Quando aderiu ao programa, Salvador possuía apenas seis médicos, em setembro do ano passado. Atualmente, 75 profissionais da política pública federal atuam nas unidades básicas de saúde da capital, segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Do total de médicos pelo programa, em Salvador, 37 são cubanos, 32 são brasileiros e seis são intercambistas internacionais (brasileiros com diploma de outro país e estrangeiros), também conforme a SMS.

Nova Constituinte
Para atuar na Unidade de Saúde da Família (USF) de Nova Constituinte foram designados o português Raul dos Reis Ramalho, 67 anos, e o angolano Francisco Manuel Pegado, 53, que, depois de um ano, continuam a atender aos moradores da comunidade.
Quem antes era atendido por técnicos de enfermagem e enfermeiros, como a dona de casa Sandra Passos, 39 anos, comemora a permanência dos estrangeiros na comunidade pobre, que se destacava na capital devido aos alarmantes índices de violência.
Vizinha da unidade de saúde há dez anos, Sandra diz entregar o filho, uma criança de 10 anos, com frequência aos cuidados dos estrangeiros. "Antes deles, não havia médico. Vez ou outra aparecia um, mas não ficava. Temos uma relação muito boa com eles", comemora a mulher.
Para a moradora local Maria Aparecida, 58, que é hipertensa, a atenção à saúde "melhorou muito" em Nova Constituinte. "Hoje, a gente tem acompanhamento médico. Não precisamos mais correr para uma emergência lotada", afirma.
Diabético, o mecânico Roberto Silva, 44, ressalta também não haver a necessidade de esperar por horas para ser atendido. "As consultas são marcadas. Claro que há um pouco de espera, mas não perdemos uma manhã ou uma tarde inteira", destaca o mecânico.

Aproximação
Formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em Salvador, entre 1976 e 1983, o médico português Raul Ramalho conta que, no intervalo de um ano, um dos maiores desafios dele foi conquistar a confiança dos moradores da comunidade de Nova Constituinte.
Na unidade do bairro, Ramalho atua como clínico geral, mas possui especialidade em cirurgia maxilofacial e, nas primeiras experiências na Bahia, já atuou nas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), no Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e no Hospital Santa Izabel.
"Em um ano no programa, para mim, o resultado tem sido positivo", iniciou Ramalho, que prosseguiu: "Alcançamos não só o objetivo de conquistar a confiança da comunidade, assim como conseguimos implantar uma filosofia nos pacientes de que eles também são responsáveis pela manutenção da própria saúde".
Fonte - A Tarde  24/09/2014

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