terça-feira, 8 de julho de 2014

OAB usará força máxima na defesa de adversário do ministro Barbosa

Justiça

O time foi montado por Marcus Vinícius Coelho, atual presidente da OAB, para sinalizar empenho máximo da entidade na defesa das prerrogativas da advocacia. -  Veremos se, sem a proteção do cargo, Barbosa terá a mesma disposição e o mesmo desassombro para continuar a agredir.

Por Redação - CB
O ministro Lewandowski tem mantido toda
 a paciência do mundo com Joaquim Barbosa
A Ordem dos Advogados do Brasil nomeou, nesta terça-feira, dois de seus mais graduados expoentes, para a defesa do criminalista Luiz Fernando Pacheco, defensor de José Genoino, expulso do plenário por ordem de Joaquim Barbosa. São eles José Roberto Batochio e Marcio Thomaz Bastos, ambos ex-presidentes, além de Guilherme Octavio Batochio, conselheiro federal da Ordem. O time foi montado por Marcus Vinícius Coelho, atual presidente da OAB, para sinalizar empenho máximo da entidade na defesa das prerrogativas da advocacia.
– Veremos se, sem a proteção do cargo, Barbosa terá a mesma disposição e o mesmo desassombro para continuar a agredir. Quando a advocacia é expulsa dos tribunais, sobrevém a tirania”, lembra o criminalista. “O Luiz Fernando Pacheco não excedeu em nada os limites do direito de defesa”, completa Thomaz Bastos. “E a saída de Barbosa fará bem não apenas ao STF como também à relação dos ministros com os advogados – disse Batochio a jornalistas do site de notícias 247.
Pacheco teve sua palavra cassada na Tribuna do STF e foi retirado da sala de audiências por força de seguranças, após rogar a Barbosa para que colocasse em pauta o processo em que José Genoino pedia o direito de cumprir pena em regime domiciliar, prerrogativa negada logo depois, em nova sessão do STF. Irritado, Barbosa chamou os seguranças e o expulsou. Depois disso, pediu à Polícia Federal a instauração de inquérito por calúnia, injúria e difamação.

Sujeito inusitado
Na véspera, o atual presidente do STF protagonizou uma nova cena inusitada nos anais da Suprema Corte, ao pedir o adiamento de sua aposentadoria. O magistrado alegou que a transição para a posse do sucessor Ricardo Lewandowski estaria sendo feita “rápida demais”.
Em sua nova conta no microblog Twitter, Barbosa sugeriu alterações na seleção brasileira, mas não comentou sobre a sua mudança de ideia. O ministro pediu, nesta segunda-feira, que a publicação de sua aposentadoria seja adiada para o dia 6 de agosto.
Na semana passada, Barbosa pediu oficialmente ao Ministério da Justiça, órgão responsável pela tramitação, que a aposentadoria fosse publicada no dia 10 deste mês. Barbosa havia afirmado que a sessão do dia 1º de julho, última antes do recesso do Judiciário, seria sua última no Supremo. Na ocasião, o presidente do STF disse que deixava a Corte de forma tranquila e com a “alma leve”. Em maio, ele anunciou que se aposentaria antecipadamente, após 11 anos como ministro da Corte.
Ao menos inicialmente, Barbosa deveria deixar os trabalhos no Supremo ainda nesta semana, após análise do governo em relação à sua aposentadoria. Para isso, a presidente Dilma Rousseff precisa confirmar a decisão em decreto que será publicado no Diário Oficial da União.
Fonte - Correio do Brasil  08/07/2014

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