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terça-feira, 8 de julho de 2014

Banco e fundo do Brics complementam apoio a países em desenvolvimento

Política

“Os financiamentos serão para projetos sustentáveis e de infraestrutura. O banco suplementa o Bird e o arranjo de contingente de reservas espelha o FMI. Os países do Brics têm propostas de reformas que não podem ser atendidas, especialmente pelo FMI. De certa maneira, a criação do arranjo contingente de reservas e do banco atende a essas necessidades”

Flavia Villela 
Repórter da Agência Brasil 
foto - ilustração
O banco e o fundo do Brics, que serão criados na semana que vem, na sexta reunião de cúpula do bloco, em Fortaleza, não serão competidores do Banco Mundial (Bird) nem do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas suplementares a essas entidades, disse hoje (8) o embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário de Política do Ministério das Relações Exteriores.
Em palestra para jornalistas, no Centro Aberto de Mídia da Copa, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, ele falou sobre o encontro do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que começará no dia 15, na capital do Ceará, e terminará em Brasília, no dia seguinte, com participação de todos os mandatários das nações do Brics e de países convidados da América do Sul.
“Os financiamentos serão para projetos sustentáveis e de infraestrutura. O banco suplementa o Bird e o arranjo de contingente de reservas espelha o FMI. Os países do Brics têm propostas de reformas que não podem ser atendidas, especialmente pelo FMI. De certa maneira, a criação do arranjo contingente de reservas e do banco atende a essas necessidades”, disse ele. “O foco da participação do Brics está na responsabilidade em uma ordem mais justa, não para ter mais poder. Nos dias de hoje não é importante apenas crescer, é preciso crescer com melhor distribuição da renda, e é disso que estamos justamente tratando na 6ª Cúpula do Brics”, completou.
O banco terá capital inicial de US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em recursos e US$ 40 bilhões em garantias. Depois da assinatura do acordo para sua criação, o banco terá que ser aprovado pelos Parlamentos dos cinco países. O fundo terá capital inicial de US$ 100 bilhões para fazer face a desequilíbrios nos balanços de pagamentos de algum dos países do Brics que venha a enfrentar dificuldades. A China entrará com US$ 41 bilhões; o Brasil, a Rússia e Índia com US$ 18 bilhões cada; e a África do Sul com US$ 5 bilhões. A expectativa é que outros países em desenvolvimento também possam tomar empréstimos do banco, mas os critérios para tanto serão definidos em um segundo momento, disse Graça Lima.
No seu entendimento, com esse aporte de recursos e foco no desenvolvimento sustentável, o banco deve influir em uma ordem econômica mais justa. “Isso é parte de uma estratégia não escrita, mas muito segura, dos países do Brics, de procurar influir, mas de maneira construtiva”, comentou.
A presidência do banco, que será rotativa, e a sede serão definidas na cúpula, bem como o conselho de administração e outras questões técnicas. O Brasil foi o único membro que não se candidatou a sediar o banco. As opções são Xangai (China), Joanesburgo (África do Sul), Moscou (Rússia) e Nova Delhi (Índia).
Ainda segundo o embaixador, é possível que durante a cúpula haja menção sobre a crise que envolve Ucrânia e Rússia. Esta deve seguir a tendência demonstrada em declarações e posições anteriores, como a ocorrida na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na qual os países do Brics se abstiveram de votar a favor da resolução da organização, de condenar a anexação da Crimeia à Federação Russa.
O embaixador detalhou também a visita de Estado do presidente da China, Xi Jimping, que se inicia logo após o evento do Brics, no dia 17, com visita ao Congresso Nacional, almoço, assinatura de atos e sessão de trabalho, entre outras atividades ao longo do dia.
Fonte - Agência Brasil  08/07/2014

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