quarta-feira, 18 de junho de 2014

Preços seguem em queda com deflação no atacado, confirma IGP-M

Economia

Os preços dos alimentos seguem em queda mas volume de compras cresce - Os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, recuou 1,33% na segunda prévia de junho, ante queda de 0,45% em igual período de maio.

Por Redação

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,64% na segunda prévia de junho, após variação negativa de 0,04% no mesmo período de maio, com deflação dos preços no atacado e desaceleração da alta no varejo. Os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, recuou 1,33% na segunda prévia de junho, ante queda de 0,45% em igual período de maio.
Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta a 0,28%, contra 0,66% no mês anterior. O destaque ficou para a deflação de 0,10% vista no item Alimentação, após alta de 0,63% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve elevação de 1,67% na segunda apuração de junho, ante 1,06% no mesmo período de maio. O INCC responde por 10% do IGP.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis. A segunda prévia do IGP-M calcula as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

IPCA-15 desacelera
Houve também um novo alívio nos preços dos alimentos e de habitação, que ajudou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) a desacelerar a 0,47% em junho, frente a 0,58% de maio, dando novo suporte às expectativas de que o Banco Central não deve elevar os juros tão cedo. Apesar da menor alta do IPCA-15, a prévia da inflação oficial atingiu em 12 meses 6,41% até junho, ante 6,31% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Com isso, aproximou-se um pouco mais do teto da meta de inflação, de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Os resultados ficaram um pouco acima das expectativas em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters, cujas medianas indicavam alta de 0,42% no mês e de 6,35% em 12 meses. Os grupos Habitação e Alimentação e bebidas foram os principais guias para a desaceleração mensal do indicador em junho. Segundo o IBGE, o primeiro registrou alta de 0,29% agora, após ter avançado 1,19% em maio, influenciado pela queda de 18,36% nas taxas de água e esgoto em São Paulo.
O grupo Alimentação subiu 0,21% neste mês, ante avanço de 0,88%, com destaque para a queda de 0,23% nos preços da alimentação consumida em casa, segundo o IBGE.
Os preços dos alimentos já vinham mostrando alívio, como esperado por agentes econômicos e pelo próprio Banco Central, depois da seca no começo do ano.
Na ponta oposta, informou o IBGE, os preços das passagens aéreas subiram 22,15% em junho, “sob impacto da maior demanda decorrente da Copa do Mundo”, com maior impacto positivo no IPCA-15 neste mês (0,09 ponto percentual).A desaceleração do IPCA-15 continua sustentando as expectativas de que BC deve manter a Selic no atual patamar de 11% por mais tempo, depois de interromper o ciclo de aperto monetário iniciado em abril de 2013 citando a atividade econômica fraca.
A expectativa de economistas consultados na pesquisa Focus do BC é de que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá apenas 1,24% este ano, com a inflação encerrando a 6,46%. O BC vem argumentando que os efeitos da política monetária ocorrem com defasagem, mas ainda mostra preocupação com os preços administrados.
Fonte - Correio do Brasil  18/06/2014

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